segunda-feira, outubro 31, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
João Vieira Lopes, presidente da
Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP)

Depois de uma legislatura em que podiam pedir o escalpe dos trabalhadores que o governo dava, as as associações empresariais vão ter de ser desmamadas. A crer o representante do presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) a questão de dez euros de aumento no salário mínimo nada tem que ver com justiça ou com a produtividade do trabalho, os que eram contra qualquer reversão, aceitam agora aumentos do salário mínimo desde que sejam os contribuintes a pagá-lo. Enfim, oportunismo q.b..

«Numa entrevista publicada no Diário de Notícias, João Vieira Lopes disse que é "muito difícil" que na próxima semana, na nova reunião de concertação social, Governo e parceiros sociais cheguem a acordo sobre o aumento do salário mínimo.

"É muito difícil, por dois tipos de razões. Nós não temos a certeza se, de facto, o Governo pretende um acordo, porque um acordo, como é costume dizer-se, tem páginas pares e páginas ímpares", observou, acrescentando que nas primeiras "as entidades fazem cedências" e, nas segundas, "têm algumas contrapartidas".

O que "acontece é que, para fazer um acordo que envolva o setor empresarial e que envolva alguns retrocessos em algumas áreas - laborais, salariais ou outras -, o governo tem de colocar um conjunto de contrapartidas, seja de caráter económico, seja de caráter fiscal, que permita que as empresas aceitem essa situação. É o que tem acontecido em todos os acordos", disse.

Sublinhou que atualmente não vê "da parte do Governo contrapropostas em que as empresas fiquem satisfeitas para poderem fazer algumas cedências", acrescentando que o salário mínimo "é um ponto muito sensível".» [Notícias ao Minuto]

 Governo tem fim-de-semana inglês?

Se a direita quer manifestações de rua e greves que as façam, compreende-se que é bom andar de boleia dos professores e chegarem ao poder ao colo das suas lutas, aceita-se que tenham saudades das manifestações "espontâneas" contra o encerramento dos serviços de saúde com qualidade medieval que apoiasses os discursos de Manuel Alegre contra os portugueses nascidos em Badajoz. Mas se a direita gosta tanto de manifestações e de greves, como se depreende das opiniões dos opinion makers da direita chique, têm uma boa solução, que as façam.

O Baldaia pode promover uma greve na TSF, o Fernandes pode apelar aos colegas de redação para paralisar o Observador e o Tavares pode tentar paralisar a SONAE a partir do jornal Público.

      
 Um país sem "dinheiro"?
   
«A Suécia é conhecida em todo o mundo por muitos motivos. Casa dos Abba, lar do socialismo idílico, país sem noite durante meses e sem sol aberto em tantos outros, o reino sueco é normalmente o exemplo para as mudanças sociais, mas não se fica por aí. 

Numa viagem ao país nórdico, a CNN descobriu um sistema financeiro inovador, que já esqueceu o título de primeira nação europeia a imprimir notas e está hoje em dia muito próxima de deixar de usar dinheiro físico. No ano passado, as transações com notas e moedas representaram apenas 2% do total de pagamentos na Suécia e na capital Estocolmo, é quase impossível encontrar quem aceite dinheiro clássico. 

O museu dos Abba, o comércio a retalho, as mercearias e os transportes públicos rejeitam notas e moedas e mesmo os vendedores ambulantes de jornais lidam quase exclusivamente com pagamentos eletrónicos.» [Notícias ao Minuto]
  
 Nuno Félix não mentiu ao chefe
   
«Nuno Félix, chefe de gabinete do secretário de Estado do Desporto, que se demitiu esta sexta-feira, afirma ao Expresso que nunca escondeu da tutela que não tinha completado a sua licenciatura. “Nunca escondi”, disse, referindo-se tanto à sua tutela direta, João Wengorovius Meneses, como ao ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, que na sexta-feira garantiu em comunicado não ter sabido do despacho de nomeação de Nuno Félix, datado de fevereiro deste ano, assinado pelo anterior secretário de Estado João Wengorovius, que dava conta dos dois cursos superiores de Nuno Félix - um em Ciências da Comunicação, na Uinversidade Nova de Lisboa, e outro em Direito, na Universidade Autónoma de Lisboa.

Em abril, Wengorovius deixou o governo em rutura com o seu ministro, Tiago Brandão Rodrigues, titular da Educação. João Paulo Rebelo, deputado do PS, foi escolhido para novo secretário de Estado da Juventude, reconduzindo Nuno Félix como chefe de gabinete. Neste segundo despacho de nomeação, datado de junho, o documento foi corrigido: Félix deixou de ter duas licenciaturas e passou a ter duas “frequências”.» [Expresso]
   
Parecer:

Pois, mentiu só ao tipógrafo da Imprensa Nacional, que publicou o seu abastado currículo académico no DR.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada e sugira-se ao rapaz que aranje um emprego de gente normal e para o qual esteja habilitado.»