segunda-feira, outubro 03, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura



  
 Jumento do dia
    
Assunção Cristas

Cristas quer ser vedeta nos médias a qualquer custo, nem que para isso tenha de ir a Oliveira do Bairro dizer que é candidata a Lisboa muitos meses antes de se realizarem eleições autárquicas. Tudo serve para que a líder do CDS apareça a marcar a agenda política.

Mas convenhamos que uma líder da direita conservadora e de um partido confessional que faz parte do Partido Popular Europeu, dirigir-se a um social democrata alemão que preside ao Parlamento Europeu para meter uma cunha em favor de Portugal é ridículo demais. Um dia destes ainda vamos ver António Costa meter uma cunha ao papa para que ministre a comunhão a Assunção Cristas.

«A presidente do CDS, Assunção Cristas, enviou uma carta ao presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, ao presidente do grupo parlamentar do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber, e ainda aos Presidentes das Comissões de Economia e Regionais do Parlamento Europeu a defender que não se suspendam os fundos comunitários a Portugal.

"Sou, enquanto líder do CDS-PP, partido que integrou a coligação de Governo durante o período de aplicação do recente programa de reajustamento financeiro a Portugal, totalmente contra a aplicação de qualquer tipo de suspensão de fundos ao meu País, a qual do nosso ponto de vista não se justifica, nem no plano técnico nem no plano político", pode ler-se na carta.

O tema é discutido esta segunda-feira em Bruxelas e o objetivo de Cristas é evitar o corte destes fundos, até porque, disse ao Expresso fonte do gabinete da líder do CDS, "quando estão em causa interesses nacionais, não há querelas partidárias".» [Expresso]

 The Hillary Shimmy Song



      
 As secretas no seu melhor
   
«No início do verão os sites dos serviços de informação portugueses surgiram na internet com um novo design. Mas a remodelação não se ficou pelo grafismo. As páginas do Serviço de Informações da República Portuguesa (sirp.pt), do Serviço de Informações de Segurança (sis.pt) e do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (sied.pt) contaram ainda com duas novidades: o uso de um certificado digital atribuído a uma empresa estrangeira e a inclusão de um formulário de recrutamento, que leva os dados a passar por um servidor dessa empresa nos EUA, antes de serem armazenados em Portugal.

Nenhum dos sites dos serviços secretos dos EUA, Reino Unido, Espanha ou França usa certificados digitais atribuídos a entidades externas e também não há registo de que levem dados de candidatos a espiões, peritos de segurança, profissionais administrativos ou especialistas em informática a transitar pelo estrangeiro. “Provavelmente, a empresa que presta o serviço segue as boas práticas e tem um contrato em que se compromete a não aceder aos dados, mas tecnicamente a fuga de informação é possível. Basta uma escuta dentro da infraestrutura dessa empresa para aceder aos dados”, explica José Pina Miranda, pioneiro da internet em Portugal e perito em segurança eletrónica.» [Expresso]
   
Parecer:

Ridículo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»