sexta-feira, abril 28, 2017

Síndroma de Estocolmo

Depois da famosa saída limpa Passos Coelho não encontrou mais adequado ao cargo de vice-presidente do Conselho de Finanças Públicas precisamente uma pensionista do FMI , isto é, não convidar o Subir Lall para acumular as funções de representante do FMI em Portugal com as de membro do CFP, foi buscar um Subir Lall de saias e com mais uns anitos. Até ficamos com a impressão de que Carlos Costa, que não dialogou a escolha com o primeiro-ministro, optou por pedir à Senhora Lagarde que lhe arranjasse alguém.

Poderão dizer que Passos Coelho nada teve que ver com a escolha, mas isso é ingenuidade a mais. A independência do Banco de Portugal em relação ao governo, de que o seu governador gosta tanto, nunca foi assim tanta em relação ao governo, como se viu a promoção a administrador do banco de um secretários Estado que era funcionário naquela instituição. A intimidade entre Passos e Carlos Costa era tanta que não só o fundo de pensões daquele banco se escapou ao destino do fundo de pensões da banca, como os funcionários do BdP foram os únicos funcionários do Estado que ficaram isentos de austeridade.

Parece que a bandeirinha na lapela faz algum sentido, Passos Coelho está na oposição mas é ele que ainda manda nalgumas aldeias gaulesas da austeridade, em particular no banco de Portugal e no tal Conselho de Finanças Públicas que acerta tantas vezes nas previsões que faz lembrar as previsões meteorológicas dos anos sessenta. 

Mas se as previsões da Dra. teodora me faz pensar que a senhora está reeditando as previsões meteorológicas  de quando ela era jovem, a escolha de Teresa Ter-Minassian já é um problema do foro da psicologia, é óbvio de que Passos Coelho sofre de síndroma de Estocolmo.

Sempre que exagerava na austeridade ia pedir ao Subir Lall para fazer ameaças ao país e depois dizia-se vítima de um memorando que não tinha sido ele a assinar. Agora, anos depois da famosa saída limpa Passos sente saudades da troika e traz uma "troikana" reformada para tomar conta do país. Já não nos  bastava a Dra. Teodora que decidiu chamar a si o papel, agora ainda íamos ter mais uma "cota" a desancar diariamente no governo, uma a dizer mata e a outra a dizer escola.