Jumento do Dia
Em ano de eleições autárquicas vale de tudo e oi presidente da Junta de Freguesia de Carnide, um militante do habitualmente institucionalista PCP, já teve o seu momento de glória, nas próximas eleições deverá ser reconduzido e no próximo congresso do PCP terá direito a sentar-se duas ou três filas à frente, mais próximo da vista dos membros do CC.
Mas é grave que um presidente de junta organize a população para retirar equipamentos, ainda que o tenha feito sem dar a cara, protegendo-se de consequências. Esperemos que se a população desta ou de outra autarquia do PCP decidir fazer o mesmo em relação a equipamentos instalados pela autarquia, tenha a mesma aceita por parte dos autarcas.
«Cerca de duas centenas de moradores de Carnide, em Lisboa, juntaram-se esta noite para arrancar os sete parquímetros da EMEL colocados na zona histórica do bairro, alegando que estes lhes foram impostos sem uma consulta prévia. Entretanto, a EMEL já garantiu que a população e a Junta de Freguesia estavam informadas da colocação dos parquímetros.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa, disse que esta "ação popular" nasceu de forma espontânea entre os moradores da zona, que se sentem injustiçados com a colocação dos parquímetros por parte da EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, "sem uma consulta pública".
Para esta tarefa de remoção, os moradores dizem-se "munidos das próprias mãos" e de "uma enorme vontade de remover uma injustiça" que lhe foi imposta pela EMEL.
Cerca das 00:00, o presidente da Junta de Carnide disse que já tinham sido retirados quatro dos sete parquímetros da zona histórica, mas garantindo que não foram danificados nem vandalizados, já que estes cidadãos em protesto "são pessoas de bem" que apenas querem fazer valer os seus direitos nas decisões para a zona onde habitam.» [DN]
O idiota contra-ataca
«O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, voltou hoje a sustentar a declaração sobre como certos países gastaram o dinheiro em "copos e mulheres", admitindo que "a forma" não foi a melhor mas defendendo o argumento.
O holandês, que intervinha no Congresso da Banca Alemã, lamentou ter-se expressado "de forma demasiado direta", o que perturbou "tanta gente", mas sublinhou que não se referia aos países do sul, mas a todos os países da zona euro.
"Talvez devesse tê-lo dito de outra maneira", disse Dijsselbloem, que no final da intervenção recebeu um forte aplauso dos cerca de 700 representantes da banca alemã presentes.» [DN]
Parecer:
Este idiota acha que somos todos parvos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao senhor que vá beber uns copos para o bairro da lanterna vermelha, em Amesterdão, e que nos deixe em paz.»
Mil milhões de chaminés
«A percentagem de fumadores baixou nos últimos 25 anos mas, ainda assim, em 2015 um em cada quatro homens e uma em cada 20 mulheres fumaram todos os dias. Em 1990 havia um fumador em cada três homens e uma fumadora em cada 12 mulheres. Portugal acompanha a média mundial nos homens, mas nas mulheres o caso muda de figura: uma em cada oito portuguesas fumava diariamente em 2015. Estes e outros dados sobre a epidemia do tabaco estão no relatório divulgado esta quarta-feira na revista The Lancet pelo grupo de especialistas que coordena o projecto Global Burden Diseases (GBD).
“A guerra contra o tabaco está longe de estar ganha”, concluem os peritos que analisaram os dados de 195 países entre 1990 e 2015 e que aconselham mais e melhores estratégias de combate adequadas à realidade de cada país.» [Público]
Parecer:
Quanto dará em carbono?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Façam-se as contas.»
Mais um diabo de uma boa notícia
«A vulnerabilidade soberana portuguesa saiu em 2016 do ‘vermelho’, depois de sete anos com uma avaliação de “risco elevado”, de acordo com um documento de trabalho do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) divulgado esta quinta-feira.
O documento de trabalho do fundo de resgate permanente da zona euro, elaborado com vista a “contribuir para a capacidade do MEE de monitorizar as vulnerabilidades soberanas nos países” que estiveram sob programa de assistência, atribui a Portugal em 2016 uma nota de 2.0 pontos (‘laranja’) – numa escala de 1 (‘vermelho’, equivalente a muito vulnerável) a 4 (‘verde’, muito resistente) -, depois de sete anos no ‘vermelho’ (com classificações entre os 1,7 e 1,9 pontos entre 2009 e 2015).
A pontuação é dada com base numa série alargada de critérios, como as “necessidades e condições de financiamento do Governo e estrutura da dívida”, “força económica”, “situação orçamental”, “passivos do setor financeiro”, “parâmetros institucionais” e “endividamento do setor privado e fluxos de crédito”, com vista a determinar as ameaças à capacidade de cada país “resgatado” para pagar os empréstimos aos seus credores.» [Eco]
Parecer:
Aos poucos o país recupera do pesadelo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos protestos de Maria Luís e Passos Coelho.»