Jumento do Dia
Em relação a Dias Loureiro o cronista João Miguel Tavares descobriu que o ex-banqueiro mereceu uma entrevista no DN graças ao facto de o seu advogado ser administrador do grupo que detém aquele jornal. O raciocínio faz todo o sentido, da mesma forma que faz sentido questionar todo aquele que beneficia de um estatuto especial num órgão de comunicação social, incluindo o próprio João Miguel Tavares.
Assim sendo e seguindo o raciocínio de João Miguel Tavares teremos de concluir que ele beneficia de uma coluna de um jornal pertencente a Belmiro de Azevedo. Sabendo-se do ódio dos Azevedo a alguns quadrantes políticos que o João também odeia, teremos de concluir que foi contratado não em função das suas virtudes opinativas, mas sim porque as suas opiniões servem os interesses políticos dos Azevedos.
Seguidno o raciocínio linear de João Miguel Tavares teremos de concluir que ele próprio é pouco mais do que a voz do dono e que o dono é a família Azevedo. Agora teremos de tentar perceber se algumas das opiniões que expressa são suas ou se não serão de quem lhe paga para opinar. Porque segundo o próprio nos nossos jornais não há independência, são todos vozes dos donos. Terei percebido bem o artigo?
«Dias Loureiro tem como advogado Daniel Proença de Carvalho. O advogado Daniel Proença de Carvalho partilha o invólucro corporal e psíquico com o gestor Daniel Proença de Carvalho, presidente do conselho de administração da Global Media. A Global Media é detentora do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias e da TSF. Há dez dias, Dias Loureiro viu ser arquivado o seu processo-crime relativamente às suspeitas de burla no BPN. Nem ele nem o advogado Daniel Proença de Carvalho apreciaram os termos do arquivamento. No dia seguinte, Dias Loureiro interrompeu o seu silêncio de oito anos para conceder uma entrevista a Paulo Tavares, director-adjunto do DN, jornal gerido pelo gestor Daniel Proença de Carvalho, cujo invólucro corporal e psíquico coincide com o do advogado Daniel Proença de Carvalho. Só no DN, o director Paulo Baldaia criticou o Ministério Público pelas suspeitas que deixou no ar ao arquivar o processo; Anselmo Crespo, subdirector da TSF, criticou o Ministério Público pelas suspeitas que deixou no ar ao arquivar o processo; e Pedro Marques Lopes, colunista do DN e comentador da TSF, criticou o Ministério Público — imaginem — pelas suspeitas que deixou no ar ao arquivar o processo.» [Público]
Mais umas piadas do FMI
«Depois de não ter conseguido antecipar a aceleração da economia portuguesa na segunda metade do ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) viu-se agora forçado a rever em alta as suas projecções de crescimento para este ano. No entanto, continua ligeiramente mais pessimista que o Governo para o curto prazo e mantém um enorme cepticismo em relação à capacidade de o país vir a conseguir assegurar taxas de crescimento mais elevadas no médio prazo.
Nas previsões de Primavera publicadas esta terça-feira, o FMI aponta para uma taxa de variação do PIB este ano em Portugal de 1,7%. Este número representa uma revisão acentuada em alta face aos 1,1% que eram projectados pelo Fundo em Outubro. A nova estimativa mais optimista é o reflexo da aceleração registada na economia portuguesa a partir da segunda metade do ano passado e que os técnicos do FMI não conseguiram antecipar há seis meses, quando publicaram as suas últimas previsões. Aliás, nessa altura, esperavam que o crescimento de 2016 se ficasse por 1%, quando na realidade acabou por ser de 1,4%.» [Público]
Parecer:
Compreende-se a posição do FMI, a sua receita era a reversão do fim da escravatura.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
E porque não reverter a Consttiuição para a versão de 1933?
«O CDS-PP quer uma revisão – e não a rejeição – do Programa Nacional de Reformas (PNR) e do Programa de Estabilidade (PE) do Governo. A reformulação, proposta num dos projectos de resolução, seria para “retomar as reformas” adoptadas pelo anterior executivo PSD/CDS, de acordo com o texto, que é votado esta semana. A outra resolução avança com propostas alternativas a medidas do PNR.
Em conferência de imprensa esta manhã, na Assembleia da República, o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, sustentou que a bancada leva a votos o PNE e o PE por razões de "coerência” – já que fez o mesmo no ano passado – e por “transparência democrática” por considerar que é o voto que "vincula os partidos". Questionado sobre se a resolução do CDS é uma porta aberta para a esquerda chumbar já que propõe retomar políticas do PSD e CDS, Nuno Magalhães acusou os partidos à esquerda do PS de tentarem fingir que são da oposição. “Bem podem o PCP e o BE fazer as simulações de oposição mas lá que votam, votam [PE e PNR]”, afirmou.» [Público]
Parecer:
Esta oposição de Cristas roça o ridículo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
A Dona Teodora está preocupada com 2018/2021
«O cenário macroeconómico do governo no Programa de Estabilidade é "provável" de vir a verificar-se em 2017, mas no período de 2018 a 2021 parece ser demasiado arriscada, tendo alguma falta de fundamentação, diz o Conselho das Finanças Públicas (CFP).» [DN]
Parecer:
Depois de falhadas todas as previsões a Dona Teodora dá de barato que o governo acerta em 2017, o falhanço agora será entre 2018 e 2021.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada e pergunte-se à Dona Teodora quantas previsões tem de falhar antes de apresentar a demissão.»