Jumento do Dia
Já toda a gente percebeu a importância que o Conselho de Finanças Públicas tem para Passos Coelho, Teodora Cardoso foi uma voz alinhada com os seus argumentos e, não raras vezes, foi mesmo mais papista do que o papa, revelando-se quase extremista na forma como criticava a política governamental, para não falar das suas previsões permanentemente pessimistas, que se vieram a revelar um falhanço.
Ao transformar a nomeação de dois membros do CFP um tema central do debate político Passos Coelho não só está desmascarando Teodora Cardoso como uma espécie de submarino do PSD, como queima a presidente daquele Conselho ao defendê-la tendo por base a sua voz crítica. É óbvio que Teodora Cardoso apoiasse o governo neste momento Passos Coelho estaria lançando dúvidas sobre a credibilidade dos nomes propostos para o CFP.
Mas eleger como tema central a nomeação de dois membros do CFP revela o vazio de ideias que Passos está atravessando, significa que o líder do maior partido não sabe como criticar o governo.
Boas notícias
«As contas públicas portuguesas completaram os três primeiros meses deste ano com um resultado mais favorável do que o obtido em igual período do ano passado, revelaram esta quarta-feira os dados da execução orçamental publicados pelo Ministério das Finanças.
De acordo com o Executivo, até ao final de Março, o défice das Administrações Públicas cifrou-se em 358 milhões de euros, um valor 290 milhões de euros mais baixo do que nos primeiros três meses de 2016.
Este resultado acontece num cenário de estabilização da despesa pública, que cresceu 0,3% face ao período homólogo, e registou uma taxa de variação inferior à da receita, que cresceu 1,9%. As Finanças dizem que este crescimento da receita poderia ter sido maior não fosse a ocorrência de "efeitos temporários", destacando que a cobrança de impostos está a ser feito a um ritmo bastante elevado, "reflectindo a melhoria da actividade económica". A receita bruta do IVA, que não leva em conta o efeito dos reembolsos, cresceu 7%, diz o Governo.» [Público]
Parecer:
Parece que este Centeno é mesmo melhor do que a encomenda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Há muitas forma de votar na extrema-direita
«Jean-Luc Mélenchon, o candidato da esquerda radical que ficou em quarto lugar na primeira volta das eleições presidenciais, anunciou esta quarta-feira que não vai aconselhar os seus apoiantes a votar em nenhum dos candidatos ainda na corrida ao Eliseu. A decisão foi conhecida na mesma altura em que o ex-Presidente Nicolas Sarkozy fez um apelo ao voto em Emmanuel Macron.
Mélenchon, que no domingo tinha anunciado que iria consultar os militantes do seu movimento A França Insubmissa sobre o passo a seguir, fez saber que manterá o silêncio seja qual for a decisão da maioria, que será conhecida a 2 de Maio. “No nosso movimento haverá muitas opiniões”, mas é necessário “distinguir entre uma escolha íntima e uma escolha política”, afirmou o porta-voz do ex-candidato, Alexis Corbière.» [Público]
Parecer:
Para a extrema-esquerda é indiferente a escolha entre Macron e Le Pen.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
A culpa é do governo
«"Obviamente que depois de perceber os contornos da situação é fácil concluir que houve negligência e uma falta de respeito por terceiros", começa por afirmar ao DN Cláudio Nogueira, presidente do Rottweiler Clube de Portugal, sobre o ataque de um cão desta raça a uma criança de quatro anos, em Matosinhos, na passada terça-feira.
Diz que "há um desrespeito no que toca às leis que envolvem cães de raça perigosa, visto que, além de solto, não tinha nenhum açaime".
"Estamos a falar de um dono que não tem perfil para ter este tipo de cão. Não conhece a legislação e o cão não estava preparado e educado para socializar e estar na via pública, quer através dos meios de contenção, quer através de treino", acrescenta o responsável.» [DN]
Parecer:
A culpa não é do cão, nem do dono do cão, é do governo! O ridículo chega a estes limites e o representante da associação dos canitos simpáticos vem a público defender o bicho, ignorar o dono e culpar o governo. Até apetece mandá-lo à bardamerda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor se a culpa não será do bebé por falta de jeito para lidar com o simpático cachorro.»