quinta-feira, abril 06, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Ana Avoila, sindicalista

As greves da Ana Avoila são como os feriados religiosos, são uma agenda de que a sindicalistas não prescinde, mesmo sabendo que a adesão não vai ser grande.

«A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) anunciou esta quarta-feira uma greve nacional de 24 horas para o dia 26 de maio, para reivindicar aumentos salariais e 35 horas de trabalho semanais.

Em conferência de imprensa, a dirigente da FNTSFPS, Ana Avoila, explicou que a ação de protesto pretende reivindicar aumento de salários e do pagamento de horas extraordinárias e a aplicação para todos os trabalhadores das 35 horas.

A sindicalista notou que as maiores participações nas greves costumam ser dos setores da saúde e educação, “mas o sentimento que existe é comum a todos” os 350 mil funcionários da administração central.» [Eco]

 Jumento do Dia



A extrema.-direita não desiste de regressar ao poder e reza para que algo de mau suceda ao país, confiante de que os eleitores são idiotas e acusem Centeno de tudo. Depois do diabo ter falhado em setembro, da recapitalização da CGD ter sido aprovada e da venda ou acordo de venda do Noivo Banco, a extrema-direita chique aposta no Montepio, mais um símbolo da saída limpa.

 A estratégia imbecil



A estratégia política mais recorrente por parte da direita é tentar colocar o BE e o PCP em conflito com o o PS. EM quase todas as reuniões no parlamento há intervenções, principalmente por parte dos deputados do PS, tentando envergonhar o PCP e o BE.

É por isso que ver um comentador vaidoso recorrer a esta estratégia só pode dar vontade de rir, é preciso ter muita ingenuidade ou imbecilidade para que Camilo Lourenço pense que há um único militante, eleitor ou simpatizante daqueles partidos que lhe dão ouvidos.

 Tudo tem custos para os contribuintes

O argumento dos custos para os contribuintes é uma falácia muito ao gosto da nossa classe política, faz passar a falsa ideia de que há sempre uma boa decisão sem custos para os contribuintes e uma má decisão que tem custos para os contribuintes. Quando Passos Coelho de xanatas na mão, na praia da Manta Rota, disse que nada tinha a ver com o negócio estava mentindo, da mesma forma que mentiu quando assegurou que a resolução do BES não teria custos para os papalvos. A prova de que tinha e ele sabia que assim era foi o adiamento da venda, para dar um ar mais higiénico à saída suja.

Tudo o que de mau suceda na economia, seja no Estado seja nas empresas privadas, seja devido a causas externas, meros azares ou más decisões tem custos para os contribuintes. Quando a EDP de um banco paga uma viagem de luxo a um jornalista essa viagem é um custo da qual resultam menos impostos, isto é, são os contribuintes que pagam parte da viagem. Isso sucede com as viagens, com os automóveis de luxo e com uma imensidão de mordomias abatidas dos lucros.

Quando uma empresa corrompe outra empresa ou o Estado destruindo uma outra empresa mais competitiva isso é pago com língua de palmo pelos contribuintes, que não só pagam serviços mais caros como terão de suportar as consequências da destruição de empresas que operam com honestidade.

Os contribuintes não suportam apenas o estado social que a direita odeia e gostava de ver diminuído, suporta também as consequências dos negócios viabilizados por luvas e comissões, a evasão fiscal, a falência de empresas geridas por empresários incompetentes, as falências fraudulentas, a evasão fiscal e muitas outros comportamentos que aos poucos vão destruindo a economia, forçando os que cumprem e se esforçam por se competitivos a pagar por eles e eplos que não cumprem ou são incompetentes.

      
 E já entendem no que dá o referendo?...
   
«Cada dia confirma que o brexit, não sendo um crime, é um erro. O que é bem pior para atos políticos (os crimes curam-se com leis, os erros podem tornar-se irreversíveis). A carta de rutura de Theresa May com a Europa expôs todos os sintomas de quem atravessou o Rubicão e não sabe o que fazer na outra margem. May era contra a saída da UE, tal como o seu chefe, David Cameron, que só convocou o referendo por razões menores de política interna. Brexit votado, Cameron lavou as mãos, Boris Johnson, o conservador mais defensor do brexit, não assumiu a liderança, e o poder caiu em mais espantados do que convencidos. Até o medíocre Nigel Farage, um sub-Le Pen com uma pint de cerveja em cada mão, ganho o referendo, emigrou em part-time para a América, onde Trump lhe arranjou emprego na Fox News. Eis tudo o que levou à carta de adeus de Theresa May, onde em vez de um "divorcio-me", se propõe uma concubinagem que lhe mantenha as regalias do casamento. Com esta chantagem: se não houver acordo (comercial) a cooperação contra o terrorismo "será menor". Sabia disto quem votou no brexit? Os gibraltinos sabiam o seu interesse e votaram a 96% contra. Adivinharam, May nem fala deles na carta. À falta de política, a discussão saltou para ameaças de a Navy avançar para o rochedo de Gibraltar... Sabiam que poderia dar nisto? E o culpado nem é pessoa alguma, é o método: os referendos não são para isto. Há coisas demasiado importantes para um sim ou não.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Incompetência do MP
   
«O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares e da Administração Interna de Cavaco Silva, Manuel Dias Loureiro, diz-se “estarrecido e preocupado” com o despacho de arquivamento do Ministério Público no caso BPN. Para Dias Loureiro, o Ministério Público faz “insinuações” graves sobre a sua idoneidade, isto apesar de não ter conseguido reunir provas suficientes para deduzir acusação.

A decisão do Ministério Público foi conhecida na terça-feira. Os investigadores justificaram o arquivamento do processo com o facto de não ter sido possível identificar, “de forma conclusiva, todos os factos suscetíveis de integrar os crimes imputados aos arguidos”, mesmo depois da análise de “informação bancária relativa às operações e aos sujeitos intervenientes”.

O ex-ministro e ex-deputado do PSD Dias Loureiro e o antigo presidente do BPN e ex-secretário de Estado José de Oliveira Costa estavam indiciados pelos crimes de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada.

De acordo com o Diário de Notícias, que teve acesso às 101 páginas do despacho de arquivamento, o Ministério Público mantém quase todas as dúvidas que estiveram na origem da investigação, sugerindo mesmo que, apesar da falta de provas “do recebimento dessa vantagem pessoal, à custa do BPN/SLN, subsistem as suspeitas, à luz das regras da experiência comum”.

Noutra passagem, escreve o mesmo DN, a procuradora Cláudia Oliveira Porto vai mais longe: “Toda a prova produzida nos autos revela–nos uma engenharia financeira extremamente complexa, a par de decisões e práticas de gestão que, a serem sérias, são extremamente pueris e desavisadas, o que nos permite suspeitar que o verdadeiro objetivo (…) foi tão-só o enriquecimento ilegítimo de terceiros à custa do Grupo BPN, nomeadamente Dias Loureiro e Oliveira Costa”. No mesmo despacho, a procuradora admite: “As diligências efetuadas não nos permitiram detetar e concretizar esse eventual enriquecimento”.» [Observador]
   
Parecer:

É grave que o Ministério Público arquive um processo mantendo todas as suspeitas, ignorando o princípio da presunçaõ da inocência. Das duas uma, o o processo resulta numa acusação e num julgamento onde se avalia a prova o é arquivado, é inaceitável que um despacho de arquivamento seja um rol das suspeitas com que o mesmo processo foi iniciado. Se o processo chega ao fim com as sspeitas iniciais e não resulta numa acusação é porque o MP não foi suficientemente competente para encontrar provas para aquilo que parecem ser certezas. A isto chama-se incompetência.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 A corrupção de que não se fala
   
«Portugal melhorou em 2017 no 'ranking' sobre a fraude nas empresas, passando de 5.º lugar (em 2015) para 19.º, com 60% dos inquiridos a admitirem suborno ou práticas de corrupção (contra 82% do inquérito anterior).

A lista de 41 países analisados pelo inquérito da consultora EY é liderada pela Ucrânia, Chipre e Grécia, que surgem respetivamente nas primeiras três posições do 'ranking', com mais de 80% dos gestores a admitirem suborno ou práticas de corrupção na sua empresa.

Dinamarca, Finlândia e Noruega, por sua vez, são os países onde estas práticas são menos identificadas.

Segundo os resultados do inquérito, em Portugal, foi possível averiguar que 12% dos inquiridos estariam dispostos a oferecer pagamentos em dinheiro para ganhar ou manter negócios.» [Expresso]
   
Parecer:

Há muito mais corrupção entre empresas privadas do que na relação destas com o Estado, mas ninguém fala do assunto e muito menos das suas consequências para a competitividade das empresas e pelo que isso representa de evasão fiscal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»

 Uma boa cristã
   
«"Ao tomar conhecimento da trágica explosão ocorrida na fábrica de pirotecnia, em Avões, envio em meu nome, e do CDS-PP, as mais sentidas condolências a todos os familiares, amigos das vítimas e à população em geral, seguramente abalada com a tragédia", escreveu Assunção Cristas ao autarca Francisco Lopes (PSD/CDS-PP).

Seis pessoas morreram e duas estão ainda desaparecidas após explosões ocorridas na terça-feira numa fábrica de pirotecnia, que deixaram destruída a unidade fabril, a escassos quilómetros de Lamego.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alterou a sua agenda de hoje para se deslocar a Avões, em solidariedade com os familiares das vítimas.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Ou uma oportunista? Enfim, esperemos que as sentidas condolências não tenham chegado primeiro aos jornais do qe aos familiares das vítimas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cristas se fazia o mesmo se fossem eleitores do PCP com uma autarquia gerida por aquele partido.»