Jumento do Dia
António Mexia, o símbolo vivo da democracia económica de Pedro Passos Coelho, pode ter alguma razão nos comentários que faz a propósito de limitações salariais dos mais bem remunerados. Mas enquanto presidente de uma empresa portuguesa que obedece ao partido Comunista da China e um dos gestores mais bem remunerados do país, devia ficar caladinho que nem um rato, até porque os preços da electricidade dispensam as suas aptidões de gestão que, aliás, nunca ficaram muito bem demonstradas.
«O presidente executivo da EDP recusa a ideia de que os políticos avancem com iniciativas para travar os salários pagos aos gestores no setor privado. António Mexia, um dos administradores mais bem pagos em Portugal, considera que o tema da remuneração dos gestores diz respeito exclusivamente aos acionistas. “A EDP é uma empresa privada, não tem que ver com mais nada a não ser com os acionistas”, disse em entrevista à TSF/Dinheiro Vivo.
O gestor foi confrontado com a intenção do Bloco de Esquerda de limitar os salários dos administradores, reduzindo a assimetria face aos vencimentos dos trabalhadores da mesma empresa. Mexia avisa que no momento “em que se quiser controlar aquilo que é a capacidade de iniciativa privada em Portugal, e interferir nisso, só tem um destino: é a pobreza”.
A polémica sobre o salário dos gestores das empresas da bolsa, e, em particular do presidente da EDP, é recorrente e surge de cada vez que as empresas divulgam os relatórios anais com a remuneração dos administradores, que acompanham as contas anuais conhecidas no mês de março. Os presidentes da EDP, da Sonae, da Jerónimo Martins, da Galp e da Navigator (antiga Portucel) costumam estar no topo dos mais bem pagos, um lugar onde já não entram os administradores da banca.» [Observador]
Uma justiça doente e doentia
A nossa justiça chegou a um estado tal de ridículo que o MP emite despachos de arquivamento em que admite a sua própria incompetência, foi o que sucedeu no caso de Dias Loureiro. Durante oito anos o MP investigou o que quis, ouviu quem lhe apeteceu, viajou para onde foi necessário, mandou cartas rogatórias para quem entendeu, vasculhou as contas bancárias que bem entendeu.
Foram oitos longos anos em que os magistrados gastaram os recursos conseguidos com impostos sobre os rendimentos, o património e o consumo dos portugueses, foram muitos milhares de euros para provar suspeitas iniciais, recursos que por serem limitados foram subtraídos de outras investigações que ficaram por fazer, decisão devidamente justificada pela senhora Procuradora-Geral com o habitual queixume da falta de meios.
Ao fim de oito anos os magistrados não acusaram, arquivaram. Mas não o fizeram respeitando o princípio da presunção da inocência, no seu despacho fizeram questão de declarar a culpa do arguido, mas acontece que Portugal é um estado de direito e, por isso, um arguido tem de ser condenado em tribunal. O MP concluiu que Dias Loureiro era culpado, fê-lo com base na convição dos seus magistrados, como se o MP também pudesse condenar com base na convição.
Para os nossos magistrados a culpa não tem por base uma acusação e o direito do arguido a defender a sua inocência, para o MP parece haver dois tipos de inocência, a que resulta do veredito de um juiz após um julgamento e a opinião dos magistrados. No primeiro caso o arguido pode defender-se e defender a sua honra, no segundo caso o seu nome pode ser manchado sem direito a qualquer defesa.
É cada vez mais evidente que em Portugal há demasiados julgamentos feitos fora de um tribunal, já se conheciam os que são feitos nos tablóides com base em peças processuais que era supostos estarem devidamente guardados pelo MP, agora temos os julgamentos feitos pelos magistrados do MP.
A nossa justiça chegou a um estado tal de ridículo que o MP emite despachos de arquivamento em que admite a sua própria incompetência, foi o que sucedeu no caso de Dias Loureiro. Durante oito anos o MP investigou o que quis, ouviu quem lhe apeteceu, viajou para onde foi necessário, mandou cartas rogatórias para quem entendeu, vasculhou as contas bancárias que bem entendeu.
Foram oitos longos anos em que os magistrados gastaram os recursos conseguidos com impostos sobre os rendimentos, o património e o consumo dos portugueses, foram muitos milhares de euros para provar suspeitas iniciais, recursos que por serem limitados foram subtraídos de outras investigações que ficaram por fazer, decisão devidamente justificada pela senhora Procuradora-Geral com o habitual queixume da falta de meios.
Ao fim de oito anos os magistrados não acusaram, arquivaram. Mas não o fizeram respeitando o princípio da presunção da inocência, no seu despacho fizeram questão de declarar a culpa do arguido, mas acontece que Portugal é um estado de direito e, por isso, um arguido tem de ser condenado em tribunal. O MP concluiu que Dias Loureiro era culpado, fê-lo com base na convição dos seus magistrados, como se o MP também pudesse condenar com base na convição.
Para os nossos magistrados a culpa não tem por base uma acusação e o direito do arguido a defender a sua inocência, para o MP parece haver dois tipos de inocência, a que resulta do veredito de um juiz após um julgamento e a opinião dos magistrados. No primeiro caso o arguido pode defender-se e defender a sua honra, no segundo caso o seu nome pode ser manchado sem direito a qualquer defesa.
É cada vez mais evidente que em Portugal há demasiados julgamentos feitos fora de um tribunal, já se conheciam os que são feitos nos tablóides com base em peças processuais que era supostos estarem devidamente guardados pelo MP, agora temos os julgamentos feitos pelos magistrados do MP.
Finalistas idiotas
«Mil estudantes portugueses do ensino secundário foram expulsos de uma unidade hoteleira em Benalmádena, sul de Espanha, por desacatos e mau comportamento. “Os alunos foram expulsos do hotel por mau comportamento e incivilidades”, diz a subcomissária da PSP, Helga Fiúza, ao PÚBLICO.
“Estão dois polícias portugueses a acompanhar as autoridades em Espanha”, afirma a subcomissária, realçando que a polícia portuguesa não tem autoridade em solo espanhol e que este caso é, portanto, competência das autoridades locais. Fonte da Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública referiu que "a intervenção da PSP em Espanha será muito limitada". Não se sabe ainda a que escolas pertencem estes alunos.
À agência Lusa, fonte da PSP afirmou que metade dos mil estudantes já saíram do hotel de regresso a Portugal. Os jovens encontravam-se naquela estância turística a participar numa viagem de finalistas do ensino secundário.» [Público]
Parecer:
Estas viagens de finalistas ainda vão dar mau resultado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Monárquicos envergonhados
«Dezenas de figuras públicas, sobretudo de direita, subscreveram já uma petição que pede a “inclusão do Duque de Bragança na Lei do Protocolo do Estado”, na condição de "convidado especial". A petição tem mais de seis mil assinaturas e deverá chegar em breve à Assembleia da República, conta o semanário Sol na edição deste sábado.
A petição, que se encontra online, foi lançada em Março com o apoio de 50 figuras públicas. Só do CDS – entre antigos e actuais dirigentes –contam-se mais de uma dezena de signatários.
“O Duque de Bragança, D. Duarte Pio, enquanto descendente e representante dos Reis de Portugal, é regularmente convidado a participar em eventos oficiais, sendo-lhe habitualmente conferido um tratamento de particular respeito, apesar de isso não estar previsto no protocolo do Estado. Propomos incluir esta realidade na Lei do Protocolo, a exemplo do que já acontece com as altas entidades estrangeiras, diplomáticas, religiosas, universitárias e parceiros sociais”, lê-se no texto da petição. » [Público]
Parecer:
Notáveis da direita ou políticos que para não prejudicarem as suas ambições são monárquicos escondidos no armário? A verdade é que o CDS é o verdadeiro partido monárquico português, um PPM disfarçado de democrata-cristão, herdeiros de uma ala conservadora do regime anterior.
Se o ESr. Duarte fica muito incomodado por não ter estatuto quando é convidado tem uma boa solução, declina os convites.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»