sábado, abril 22, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Assunção Cristas.

Assunção Cristas deve estar a candidatar-se à canonização em vida e promete que em Lisboa deixarão de haver sem-abrigos, dispensando desta forma Marcelo e o governo de estarem preocupados. Agora resta esperar que a líder do CDS prometa um rendimento mínimo de 2000€ para cada lisboeta e a cura do cancro.

«"Certamente teremos de encontrar uma solução, e da minha parte, da parte da minha candidatura, da parte do CDS, posso dizer-vos que não haverá uma pessoa em situação de sem-abrigo em Lisboa, porque empenhar-nos-emos profundamente nesse tema", declarou Assunção Cristas, que é a candidata dos centristas à presidência da Câmara de Lisboa, aos jornalistas.

A presidente do CDS-PP, que falava após sido recebida pelo Presidente da República a propósito do Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas do Governo, incluiu o tema dos sem-abrigo na sua declaração inicial, abordando-o no plano autárquico.

Assunção Cristas disse ter sinalizado junto de Marcelo Rebelo de Sousa "a atenção" que o CDS-PP tem dedicado a este tema "que o senhor Presidente tem trazido para cima da mesa".» [Jornal de Negócios]

 Proposta pouco ingénua

A ideia de Montenegro de atribuir uma bolsa de deputados ao partido mais votado tem muito pouco de ingénua, o que o PSD pretende é criar condições para mexicanizar a democracia portuguesa. Os atuais dirigentes do PSD, que tanto governam como se fossem de extrema-direita, como vão para os seus falsos congressos afirmarem-se social-democratas para a eternidade, devem ter bebido uns copos e no meio da cavaqueira lembraram-se de uma solução para os eternizar no poder.

É óbvio que à direita o mais provável seria a fusão do CDS e do PSD, projeto alimentado por muitas personalidades. Ou o CDS formaria coligações em todas as eleições, beneficiando da partilha da bolsa de cinquenta deputados não eleitos, ou ficaria sempre fora do poder e da partilha desses deputados. Nestas circunstâncias o CDS deixaria de fazer sentido, até porque  este partido nunca teve grande expressão nas eleições autárquicas.

Até aqui a direita partia do princípio de que uma aliança à esquerda era impossível, obtendo daí uma grande vantagem, o PS teria de ter mais deputados do que toda a direita junta e contar com uma maioria absoluta para pode governar com estabilidade. Com o fim da discriminação do PCP e do BE, que até aqui eram considerados como não podendo participar ou apoiar governo, o peso eleitoral da direita já não pode contar com este handicap do PS. Tinha de encontrar uma solução equivalente para fazer desaparecer o BE e o PCP e, de caminho, o próprio CDS.

O que este Chico Esperto do PSD, de nome Montenegro, inventou foi uma fórmula de governar à mexicana, criando condições para que o PSD fosse o nosso partido justicialista da direita mexicana. Um solução governativa que lhe permitia governar em maioria absoluta mesmo sem maiorias parlamentares, isto é, destruir quase todo o sistema político para que Passos Coelho, essa sumidade política, governasse até que, um dia, uma qualquer cadeira nos livrasse da triste personagem.

Só que a esperteza saloia de Montenegro tem um pequeno problema, os portugueses não são assim tão burros como ele parece pensar. O feitiço voltou-se contra o feiticeiro e se ele sonha ser primeiro-ministro terá de se juntar ao CDS e conseguir a maioria absoluta no parlamento.

      
 Trumpen
   
«Donald Trump disse acreditar que o atentado desta quinta-feira em Paris terá um grande impacto nas eleições presidenciais em França.
“Outro ataque terrorista em Paris. O povo francês não vai aguentar muito mais isto. Terá um grande efeito na eleição presidencial”, escreveu o Presidente norte-americano na sua conta do Twitter.

A declaração de Trump surge pouco depois de a líder da Frente Nacional e candidata da extrema direita ao Eliseu ter acusado esta manhã o governo francês de “inação”, reafirmando a necessidade de o país repor as fronteiras e de expulsar os terroristas para os seus países de origem.

Recorde-se que a líder do partido de extrema direita francês é uma apoiante de Trump, tendo defendido que a sua eleição representa a “vitória do povo contra as elites”.» [Expresso]
   
Parecer:

Agora temos um presidente americano de extrema-direita.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 O DAESH tem as costas largas
   
«A polícia alemã acusou formalmente um homem de 28 anos, com dupla nacionalidade alemã e russa, pelo atentado contra o autocarro do Borussia Dortmund a 11 de abril, 90 minutos antes de a equipa de futebol alemã defrontar o Mónaco na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.

O homem, identificado apenas como Sergej W, não tem quaisquer ligações a grupos radicais jiadistas ou à extrema-direita, pelo contrário, é um especulador financeiro que pretendia forçar a queda dos preços das ações da equipa alemã para fazer dinheiro, avançou a procuradoria esta sexta-feira de manhã.

No dia do ataque, Sergej W estava instalado num quarto de hotel com vista para a rua onde os dois explosivos foram detonados à passagem do autocarro da equipa. Um agente da polícia e um jogador, o internacional espanhol Marc Bartra, ficaram feridos no ataque. Bartra teve de ser submetido a uma cirurgia ao pulso e o agente teve de receber apoio psicológico.» [Expresso]
   
Parecer:

Anda tudo a atirar bombas em nome do DAESH.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-e.»