Crato, o anormalão do ensino
Anormalão!
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«Durante as negociações com a Troika em 2011, o então líder do PSD defendeu mais um ano para o programa de ajustamento, mas foi-lhe dito que já não era possível, deduzindo que o governo de José Sócrates não o pediu. Revelações de Pedro Passos Coelho no prefácio do livro de Miguel Frasquilho "As raízes do mal, a troika e o futuro", onde o primeiro-ministro afirma também que o empréstimo deveria ter sido superior, considerando que está aqui, no envelope financeiro, a grande deficiência do Programa.
Depois de revisitar com contra-argumentos os argumentos que têm sido usados para criticar o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o primeiro-ministro debruça-se sobre a duração e o empréstimo, considerando que "merecem ser vistos autonomamente".
Sobre a duração do programa, Pedro Passos Coelho revela "o resultado da troca de palavras" com a troika, na altura como líder do maior partido da oposição. "Parecendo-me que ganharíamos segurança na execução do Programa dispondo de mais tempo do que estava previsto (sugeri 4 anos em vez dos 3 anos apontados) ouvi uma resposta que sugeria mais ou menos o seguinte: ‘não garantimos que a resposta a essa questão pudesse ser positiva, mas é demasiado tarde sequer para a suscitar". E acrescenta: "Deduzi, portanto, que o governo português não tinha colocado esta questão [de mais tempo] em cima da mesa e que, naquela fase, ela era extemporânea". Admite contudo que fosse difícil, uma vez que "os programas tradicionais suportados pelo FMI não têm, em regra, duração superior a três anos".» [Jornal de Notícias]