Sinto-me enganado, estou como os
eleitores de Passos Coelho, desiludido com as suas mentiras. Gabava a coragem
de alguém que teve a coragem de ir mais além do Bojador, de castigar um povo de
gandulos condenando-os às galés, de encher o “peto” e dizer aos panitos sem sal
da troika que estava lixando os portugueses, torturando-os e metendo-os a pão e
água mas não o fazia a pensar neles e muito menos na salsicha gorda alemã,
fazia-o por Portugal.
Dantes tínhamos um governante à
séria, até parecia um campo ribatejano cheio de tomates, era tão à séria que
como povo eramos uma data de pieguices, quase nem merecíamos alguém com tanta
coragem. Isto ia às mil maravilhas, se a troika queria cortar 10% dos
vencimentos ele disse que não, o melhor era cortar logos os subsídios, tirar os
feriados, despedir, aumentar os descontos e, a cereja em cima do bolo, aumentar
o horário de trabalhado sem por decisão unilateral e sem qualquer negociação ou
compensação financeira.
Manda quem pode e quem foi eleito
pode mandar durante quatro anos e não há Paulo Portas, Tribunal Constitucional,
condómino da Quinta da Coelha que o impeça, até porque os mercados já estão de
portas abertas, os crescimento que estava para vir no segundo semestre de 2012
está aí a chegar, somos o melhor aluno da Europa, temos um ministro que vai
todas as semanas a Bona, nunca isto eteve tão bom.
Pois, agora que tudo estava a correr
às mil maravilhas, a economia aberta que nem uma puta do Intendente, um
crescimento económico digno de alcunhar o Gaspar de Viagra da política
económica, as remessas dos emigrantes a fluir em barda, as exportações a fazem fila
nas alfândegas por esse mundo fora, agora que já estava garantido que essa coisa
de mais tempo e/ou mais dinheiro era mania própria de gregos, agora que me
sentia o melhor povo do mundo veio o Passos e desiludiu-me.
Precisamos de mais tempo, estamos à
rasca de dinheiro, não vamos conseguir pagar o que já devemos e agora que era
preciso um Homem de Massamá com H grande, com eles no sítio eis que nos sai um
piegas, um piegas que diz que se calhar precisa de folga, um piegas com a mania
do consenso, um piegas que diz que estudou muito mas o teste é que era difícil.
Lá se foi o governante forte e espadaúdo, o castigador do povo que estava
cagando para eleições, agora temos um piegas em primeiro-ministro, piegas e
ainda por cima mentiroso. Por este andar ainda me aparece a fumar na cama e como se isso não bastasse ainda casa com o Gaspar e decide-se
pela co-adopção do Paulo portas!