Paulo Portas
Quem tivesse ouvido Paulo Portas sem conhecer a personagem correria um sério risco de chegar ao fim da comunicação com uma lágrima no olho e até se ofereceria para mais alguns sacrifícios. A intervenção de Paulo portas apresentou o maior golpe dado no Estado com um conjunto de benfeitorias.
É evidente que não era isto que Portas pretendia, o que ele queria e conseguiu foi mostrar que é mais inteligente do que Passos Coelho, dar a entender que tem uma relação de paternidade com um primeiro-ministro manifestamente fraco e assumir um estatuto que vai muito além do n.º 3 do governo como pretendia Pasos Coelho ainda há poucas semanas atrás.
O problema de Paulo Portas é que não explicou como deixou de ter como responsabilidade a condução deste processo para reaparecer agora com o anjo bom desta golpada. Porta chamou a si a co-responsabilidade do processo. Perde pela responsabilidade, ganha porque destruiu politicamente Vítor Gaspar, reduzindo o ministro das Finanças à insignificância e propondo uma imagem de político para que o povo a compare com a de Passos Coelho.
Nas próximas eleições legislativas saberemos se o provo premiou estes golpes baixos de Paulo portas ou volta a meter o CDS dentro de um táxi.,