


Janelas mna Lapa, Lisboa

Ao recorrer à perseguição judicial recorrendo para isso a um artigo idiota do Código Penal o Presidente da República deu mais um tiro no pé numa época em que matéria de danos colaterais do tiroteio até se fica com a impressão de que Cavaco dá tiro de rajada. O assunto teria morrido na hora, independentemente de muitos concordarem com Miguel Sousa Tavares a verdade é que a referência ao palhaço não passaria de mais um dos habituais excessos verbais do jornalista.
Com esta perseguição Cavaco expôs-se e prolongou a sua agonia política que ou conduzirá à sua resignação pouco honrosa ou o vai perseguir até ao fim do mandato. Até porque com o governo que tem e que foi o próprio a ajudar a eleger não tem ninguém que o ajude a acabar o mandato com dignidade. A partir de agora a dúvida não está em saber se Cavaco vai chegar ao fim com ou sem dignidade, mas se sim se vai resignar ou chegar ao fim.

O ayatollah de Belém lançou uma fatwa contra Miguel Sousa Tavares.

A má moeda afasta a boa moeda!

O desempenho de alguns políticos tem sido tão mau e algumas das suas frases tão hilariantes que há adjectivos aparentemente ofensivos que quase são um elogio.

Desde que Sócrates reapareceu que a vida de Cavaco nunca mais foi a mesma, o político definha, entra em decomposição política e dificilmente conseguirá sobreviver até ao fim do mandato. Cavaco tentou destruir Sócrates e vai pagar caro o erro de avaliação que fez. Cada semana que passa é mais um prego espetad no caixão político de Cavaco Silva.

No meio de toda esta palhaçada (ou será antes uma macacada?) em quem já não se percebe quem está no palco e quem está na assistência há uma dúvida que cada vez faz mais sentido: Portugal tem um governo de iniciativa presidencial ou o presidente deixou transformar-se num presidente de iniciativa governamental?




«Quem não se sente não é filho de boa gente. Cavaco Silva tem razão em indignar-se por aquilo que um cronista fez publicar ontem num jornal. Uma coisa é criticar, e todos somos passíveis de que não gostem de nós, mesmo injustamente. Mas há palavras e palavras. Pode dizer-se que Cavaco Silva não é brilhante a falar e que se engasga em público mais do que seria de esperar num político. Mas não se pode dizer aquilo. Quer dizer, poder dizer, pode-se: em matéria de opinião, pode dizer-se tudo. Mas isso em conversa de tribunal, onde a liberdade de opinião (e felizmente) está defendida. Dito isto, não se diz aquilo que foi dito e publicado, ontem, sobre Cavaco Silva. Uma coisa é chamar-lhe "burlesco" ou "cómico" ou qualquer outra palavra similar, tanto essas palavras estão - infelizmente, mas é assim - conotadas com os políticos. Mas o que o cronista disse ontem fere o homem público no âmago do que ele faz, desqualifica-o na sua função: "Sozinho, completamente sozinho, o dr. Cavaco Silva conseguiu arruinar a Presidência da República. A Presidência da República não tem hoje autoridade, influência ou prestígio", foi dito por Vasco Pulido Valente, ontem, e publicado no Público. É opinião e eu já disse aqui várias vezes que processar uma opinião é como tentar caçar o vento. Só enobrece Cavaco não ter perguntado ao Ministério Público se há ou não matéria para processo no maior insulto que lhe fizeram esta semana.» []
Ferreira Fernandes.

«Santana Lopes, que “saiu de rastos”, tem uma lucidez a anos-luz da moeda actual
Desde que tomou posse, Passos Coelho empenhou-se em introduzir no discurso político o fardo da culpa – a dos outros – que o seu governo se encarregaria de redimir, através da imposição de castigos e penitências variadas.
A culpa começou por ser, em simultâneo, generalizada – os portugueses tinham vivido acima das suas possibilidades – e personificada num homem monstrificado, José Sócrates, que tinha levado o país à bancarrota. Na entrevista que publicamos nesta edição, o insuspeito Pedro Santana Lopes – ex-primeiro--ministro, militante do PSD e grande adversário de Sócrates – encarrega-se de desmontar coisas simples, como a influência da construção errada do euro e da crise internacional no comportamento dos mercados face à economia portuguesa em 2009. Mas o governo – por ignorância extraterrestre, obssessão ideológica ou apenas estratégia de contorcionismo para fins de sobrevivência – optou pelo discurso de pároco que condena os desvios do rebanho (e do anterior pastor) varrendo para debaixo dos móveis todo o lixo de uma construção europeia débil que nos trouxe aqui.
À medida que o tempo foi correndo, a culpa – que era inicialmente de todos, do país inteiro que “tinha vivido acima das suas possibilidades” – começou a ser segmentada: os funcionários públicos, esses preguiçosos, que enxameiam o Estado com as suas “benesses” e salários mais altos do que no privado; os reformados, esses privilegiados cujo sustento sai caro ao Estado e é impossível replicar na geração seguinte.
O governo esforçou-se em promover uma guerra estúpida entre trabalhadores do público e do privado e outra guerra, ainda mais abjecta, entre gerações – tendo como objectivo a velha máxima do “dividir para reinar”. Infelizmente para Pedro Passos Coelho, a maioria dos portugueses recusou-se a alinhar na guerra – não só porque os pais reformados sustentam os filhos de-sempregados que um Memorando da troika bombista para a economia gerou, mas também porque, mais do que o governo parece transmitir, os portugueses começam devagarinho a entender a origem do problema e da chamada crise das dívidas soberanas. Alguém terá dito que Passos Coelho faria de Santana Lopes, em seis meses, “um estadista”. Basta ler a entrevista adiante para se perceber que Santana, que “saiu de rastos”, como o próprio diz, tem uma lucidez a anos-luz da que hoje temos. Quem criticou a má moeda deve estar actualmente em agonia.» [i]
Ana Sá Lopes.


«“Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor... e comigo, todos os meus colegas Actores e restantes Artistas deste país”. É assim que Ruy de Carvalho, de 86 anos, expressa a sua “angustia” por aquilo que diz ser a “rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa”.
Num texto publicado ontem no Facebook, o veterano ator revela-se indignado com o ministro das Finanças, que acusa de “institucionalizar o roubo”, perante “o silêncio do Primeiro--Ministro e os olhos baixos do Presidente da República”.
Ao CM, Ruy de Carvalho esclarece que decidiu manifestar a sua indignação depois de ter recebido uma carta das Finanças que indica que já não é “artista” e passou a ser apenas “prestador de serviços”, deixando de ter direitos conexos e de propriedade intelectual.» [CM]
Parecer:
Por este andar nem o gato da Lapa apoia o governo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

«"Tivemos o azar do presidente Pinto da Costa não estar a conseguir fazer os negócios que tem feito. Ele sempre disse que os jogadores eram vendidos pela cláusula, e sabemos que a [transferência] do João Moutinho era de 40 milhões, infelizmente não foi assim, foi por 25 milhões ", lamentou o responsável.
Bruno de Carvalho disse ainda que "às vezes as pessoas não vão tendo as mesmas capacidades e as mesmas competências". Além "desse azar", o Sporting também "não se classificou para a liga Europa e obteve a pior classificação desportiva de sempre".» [DN]
E ainda goza:
«"O Sporting deve estar muito satisfeito com o valor da venda do Moutinho. Venderam-no por 11 milhões de euros, consideraram-no uma maçã podre e agora conseguimos que essa maçã podre conseguisse ser vendida por 25 milhões. O Sporting deve dar graças a Deus por termos feito este negócio. A maçã podre transformou-se numa maçã bastante apetecível", referiu Pinto da Costa, único candidato às eleições que decorrem este sábado, no F. C. Porto, tendo em vista o próximo triénio.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Enfim.... já lá foi o tempo da honradez nos negócios mas a verdade é que quem não quer ser urso não lhe veste a pele e quem escolheu o parceiro de negócios não se pode agora queixar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Tenha-se vergonha.»

«Em entrevista ao i, Santana Lopes não recusa o cenário de se candidatar à próximas presidenciais, embora diga que é a "intuição" de quem faz a pergunta. Mas, desde logo, tem críticas a fazer: "O que me custa é que as pessoas não entendam que mudar o sistema de Governo é essencial para o bom funcionamento do sistema económico. Num momento de profunda reforma que o país está a atravessar, não olhar para para o sistema de Governo é um erro crasso".
"Com o trauma da ditadura, pusemos tanta fiscalização recíproca que depois ninguém consegue governar. A eficácia de sistema é um valor fundamental e o nosso sistema não é eficaz", assegura Santana Lopes ao i.
Na entrevista ao jornal i, o antigo primeiro-ministro defende que "seria mais lógico se o nosso sistema de Governo funcionasse assim: Cavaco Silva preside ao Conselho de Ministros. E depois chega a meio da legislatura, como em França, acha que o primeiro-ministro está esgotado e muda de primeiro-ministro (...). Era como se Cavaco Silva agora tirasse Passos Coelho - peço desculpa pela heresia, para alguns companheiros meus do PSD - e fosse chamar Rui Rio", diz Santana Lopes.» [DN]
Parecer:
O tempo mosttrou que há sempre uma moeda pior do que a má moeda. Depois da perda de todo o valor do "Cavaco" qualquer moeda é uma boa moeda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

«Correu mal a Miguel Poiares Maduro a primeira reunião da Concertação Social em que participou em representação do Governo.
O ministro-adjunto - conhecido pelos seus apelos ao consenso - saiu a meio do encontro e criticou os parceiros sociais por falta de preparação. Patrões e sindicatos não gostaram e estão a preparar uma resposta em conjunto.» [Expresso]
Parecer:
Não só estás perdoado como com o desempenho miserável do académico atés direito a um doutoramento em Yale!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Volta quanto antes, o Passos nunca mais foi como dantes, o Cavaco é a desgraça que se vê, o Gaspar foi adoptado pelo coxo e o governo está que é uma desgraça.»





