quarta-feira, maio 08, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Porto
   
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"Venceremos" Cacela Velha, Vila Real de Santo António [M.G. Catambas]
   
     
 O consenso
   
«O secretário geral da UGT, Carlos Silva, afirmou esta terça-feira que o Governo vai abdicar da aplicação da taxa sobre pensionistas e reformados. A indicação terá sido dada pelo próprio primeiro-ministro, durante a reunião de hoje com a central sindical.
  
O líder da UGT sublinhou, aos jornalistas, após a reunião, que o primeiro-ministro "assumiu perante a UGT que essa questão não vai para a frente", e será o CDS-PP – que foi quem sugeriu a medida – que apresentará "medidas alternativas com os mesmos efeitos orçamentais".» [CM]
   
Parecer:
 
O governo combinou com o CDS a forma como repartiam a medida para tramarem o Estado social e a Função Pública. Começa a perceber-se que esta coligação não passa de uma fantochada que garante aos seus membros o conforto judicial.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
      
 Gaspar paga juros suicidas a especuladores
   
«O Tesouro português pagou um juro médio de 5,669% para colocar três mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 10 anos, com a procura total a superar os 10 mil milhões de euros, segundo afirmaram fontes próximas da operação à Bloomberg.

Cerca de 86% do montante emitido foi absorvido por investidores internacionais, com os restantes 14% da dívida hoje emitida a ser comprada por investidores nacionais, adiantou uma fonte.» [DE]
   
Parecer:
 
A dívida soberana é insustentável sendo vendida a fundos de especuladores e com juros quase da ordem dos 6%, passada a bebedeira do Gaspar pode ser que alguém se lembre de fazer contas.

Além disso, seria muito interessante saber quem são os investidoes nacionais, se são independentes do governo, que juro cobraram e que juro pagaram pelo dinheiro que investiram.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar quantos funcionários serão despedidos só para pagar a brincadeira da ida ao mercado.»
   
 Moddy's estraga a festa
   
«"A emissão de obrigações soberanas a 10 anos é uma boa notícia, mas não representa uma surpresa dado que a procura por dívida portuguesa não foi até agora afectada pelos recentes desenvolvimentos nem na Europa, incluindo o caótico resgate cipriota, nem mesmo em Portugal, que desde Setembro reviu por duas vezes as metas orçamentais", escreve Kristin Lindow, da Moody's, numa nota enviada ao Económico.

Para a Moody's, que atribui uma notação de ‘Ba3' para Portugal com ‘outlook' negativo, a procura por dívida nacional a 10 anos - que mais do que triplicou a oferta -, "não significa que Portugal já goza de acesso total aos mercados." Para a agência de ‘rating' essa é uma questão que só ficará decidida em Maio do próximo ano, data prevista para o fim do programa de ajustamento.

E existem riscos de Portugal não ser ainda autónomo em termos de financiamento nessa altura. A Moody's cita três: a economia não cresce, 70% das exportações vão para países europeus e as dificuldades em acertar "cortes substanciais de despesa" no âmbito do sétimo exame regular da ‘troika'.» [DE]
   
Parecer:
 
É evidente que toda esta encenação não afasta o fantasma do segundo resgate, nem mesmo um eventual regresso aos mercados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 O quê?
   
«O ministro adjunto e do Desenvolvimento Rural disse hoje, em Bruxelas, que a “solução” para os “problemas” que Portugal enfrenta passa também por alterações no contexto político e económico da União Europeia (UE).

“A solução dos problemas que Portugal enfrenta passa, não apenas por medidas difíceis que tivemos de tomar, mas também por alterações importantes no contexto político e económico da UE”, afirmou Miguel Poiares Maduro, em declarações aos jornalistas, à margem de uma conferência em que foi um dos oradores e que decorreu na capital belga.

O ministro defendeu que Portugal, devido à “credibilidade e à confiança que gerou no seio da UE, cumprindo com as suas obrigações”, está numa posição “privilegiada para promover, contribuir [e] influenciar a alteração desse contexto político e económico da Europa num sentido mais favorável, não só aos interesses dos portugueses, mas de todos os cidadãos europeus”.

Miguel Poiares Maduro disse que a “facilitação” do processo de ajustamento português passa também por medidas que promovam o crescimento económico, as quais “têm de vir da Europa”, bem como por iniciativas de “expansionismo” nos Estados-membros que têm condições para fazê-lo.» [i]
   
Parecer:
 
Se não fosse o Maduro o que seria do país?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o Maduro que o seu governo sempre disse que o problema é luso, o próprio Gaspar disse-o ontem em Bruxelas e que o seu governo sempre foi um firme apoiante das teses alemãs.»
   
 Fantochada
   
«Portas vetou a TSU dos reformados, mas escondeu que o Estado vai cortar 18,6% nas pensões até 2015
Os reformados da função pública vão perder em média 9,3% do seu rendimento em 2014, 740 milhões de euros, e outros 9,3% em 2015, também no valor de 740 milhões de euros. Esta percentagem, muito próxima dos 20% defendidos pelo FMI em Janeiro, consta do mapa de cortes enviados juntamente com a carta do primeiro-ministro à troika sexta--feira e corresponde à rubrica da convergência da Caixa Geral de Aposentações com a Segurança Social.

No total, Pedro Passos Coelho avança com reduções na despesa pública da ordem dos 6,114 mil milhões de euros até ao final de 2016, de que 4,788 mil milhões constam do documento que os peritos da troika começam hoje a negociar em Lisboa. Os outros 1326 milhões correspondem ao chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado deste ano e serão incluídos no Orçamento Rectificativo que será aprovado até ao final do mês.

Omapa, já na posse da troika,   abrange o ajustamento da dimensão da administração pública (224 milhões este ano, 1,3 mil milhões no próximo e 1,6 mil milhões em 2015), o ajustamento da política de remunerações no Estado (445 milhões em cada um dos próximos dois anos), medidas sectoriais (505 milhões este ano, 1,1 mil milhões em 2014 e 1,2 mil milhões em 2015) e a reforma do sistema de pensões (1,4 mil milhões no próximo ano e 1,4 mil milhões em 2015).

TSU já está em Bruxelas  Nesta última rubrica está incluída a contribuição de sustentabilidade do sistema de pensões, que vale 436 milhões em 2014 e 436 milhões em 2015. Medida a que o líder do segundo partido da coligação tão veementemente se opôs domingo à noite. Paulo Portas disse claramente que bateria com a porta se o governo avançasse com a TSU.» [i]
   
Parecer:
 
O CDS não vai ser o partido do táxi, vai ser o partido da Vespa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 O solícito sr. Costa
   
«O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, considera que a emissão de dívida pública a 10 anos hoje feita por Portugal foi um "passo importante" para o regresso "normalizado" aos mercados.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Até pareceu que o governador do BdP era porta-voz do governo, enfim, é o preço por se manterem as mordomias do banco apesar da austeridade. Daqui a uns tempos o senhor vai ter de reler o que lhe mandaram dizer.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   

   
   
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