quinta-feira, maio 23, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Bairro Alto, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Pavão [A. Cabral]
   
 Horário de 40 horas no Estado?

Compreende-se a pressa do governo em introduzir o horário de 40 horas, com esta medida fica em condições de exigir aos serviços que proponham para despedimento o número de funcionários que se poupam com o aumento do horário. É só fazer as contas, o aumento do horário representa um aumento da capacidade de trabalho em 14%. Em 500 mil estes 14% representam 70.000 funcionários, mais os 30 mil de que se fala dá os 100.000 que muitos defendem pois acrescidos dos que se têm aposentado chegam aos 150.000 cujo despedimento que há muito alguns sectores da direita defendem.

Daqui a uns dias o governo vai dizer que com a aproximação do horário do Estado ao do comércio há 70.000 funcionários a mais  e que não é justo que sejam os contribuintes a pagar os seus ordenados ou mesmo indemnizações de despedimento. É só esperar para vermos um Passos Coelho explicar isto com a mesma descontracção que disse ao país que as próximas medidas não era para o povo, ficavam circunscritas aos funcionários públicos.

Desesperados com o desastre económico a que conduziram o país os incompetentes extremistas vão recorrer ao velho doping para promover o crescimento económico, a destruição do Estado social e o despedimento em massa de funcionários públicos.
 
 Entregaram o país ao macaco?

Portas foi para a Venezuela, Passos Coelho para Bruxelas e o Gaspar para a Alemanha. Foi o Rosalino a representar o governo no parlamento. Para que serve o Poiares, para falar em consenso?
 
 A actual situação política 
  
É muito semelhante ao que seria nos tempos de Américo Tomas  mas com a diferença que nesse tempo Salazar já era presidente do Conselho enquanto que por agora o Gaspar ainda só é ministro das Finanças.


  
 O último Conselho de Estado da saison
   
«O que o Presidente da República pretendia do Conselho de Estado não conseguiu – um apoio indirecto ao apoio directo que deu à continuação deste governo em funções. Pela primeira vez em muitos anos, a crispação foi a marca de um Conselho de Estado, a terminar com uma guerra inédita à volta do comunicado final. O Presidente exigiu apagar parte da discussão ao vetar do comunicado final o facto de alguns conselheiros defenderem as eleições antecipadas – e a coisa foi ao ponto de invocar a sua prerrogativa especial de apenas deixar vir cá para fora o que foi publicado na agenda oficial do Conselho de Estado. Como as coisas são como são – e, contra todas as expectativas, a democracia e a liberdade de opinião persistem – rapidamente se ficou a saber que desta vez o órgão de aconselhamento do Presidente da República está disponível para aconselhar, mas recusa-se a apajar.

Inesperadamente para o próprio, a decisão de Cavaco Silva de convocar o Conselho de Estado acabou por se virar contra o Presidente. Convenhamos que discutir o “pós-troika” sem discutir a troika e a crise do país e do governo era qualquer coisa do domínio do exorcismo (que agora voltou a estar na moda lá pela Praça de São Pedro, no Vaticano). Mas foi evidente que parte do Conselho de Estado se recusou a deixar-se exorcizar e bateu o pé ao Presidente, que – dizem as sondagens – já não é de todos os portugueses. Depois da confusão da noite de segunda-feira, é muito provável que o Presidente da República deixe de convocar Conselhos de Estado com agendas bizarras até ao dia em que finalmente se decidir a convocar eleições antecipadas – e aí, por força da lei, tem de voltar a receber os conselheiros em Belém, mesmo que, depois de tudo o que se passou na noite de terça-feira, o venha a fazer a contragosto.

Cavaco Silva foi obrigado a amarrar o seu destino político ao do governo em funções, depois daquele célebre sábado em que Passos Coelho se deslocou a Belém acompanhado de Vítor Gaspar a exigir uma declaração de confiança do Presidente da República. A romagem de Passos a Belém repetiu-se muito pouco tempo depois. As divergências de Cavaco Silva relativamente ao governo – que ficaram patentes no envio do Orçamento do Estado para o Tribunal Constitucional e em alguns discursos públicos – e à condução das políticas europeias ficaram submergidas depois de ter sido sequestrado por Passos e Gaspar, obrigado a coligar-se com a agonia.» [i]
   
Autor:
 
Ana Sá Lopes.

 O tema absurdo, a reunião inútil
   
«Para que serviu o último Conselho de Estado? O tema [Portugal no pós-troika], além de absurdo pela inoportunidade, quando o País está a cair aos pedaços, mereceu de muitos conselheiros, entre os quais o prof. Jorge Miranda, e Carlos César, ex-presidente do Governo Regional dos Açores, críticas acerbas. O tom geral dos comentários é o de que o homem está débil de meninges. Outros dizem que a desorientação política em que se encontra, depois da miséria do discurso de 25 de Abril, levou-o a ensaboar a própria representação, na vã tentativa de recuperar a visagem. E, ainda, uns terceiros ou quartos que os sombrios desígnios da ideologia dominante, as contradições de um tempo intrincado que não consegue decifrar, impeliram-no e à sua cabecinha a múltiplas atitudes injustificáveis em quem desempenha tão altas funções.

Ninguém sabe o que se passou nas sete horas da magna reunião. Um comunicado de três parágrafos resumiu, desajeitadamente, o que eles entenderam ser justo o povoléu saber. O "não", violento pela secura, ao anúncio do que se passou entre os dezassete parceiros, constitui outra prova do desprezo que as "instituições" por nós dão testemunho. E a verdade é que temos o direito de conhecer o que a todos, sem excepção, diz respeito. Mas o sigilo, o silêncio e a escusa a que nos habituou este simulacro de democracia está a adensar--se, de modo que só uma pequena clique é sabedora dos enredos.

É claro que ninguém acredita que as sete horas decorreram em pacífico paleio. A conversa, em alta voz, entre Passos e Bagão Félix, ocorrida na escadaria, após a iluminada concentração de sábios, é de molde a perceber-se que as águas estiveram agitadas.

É impossível, pelo menos numa situação equilibrada, não colocar em discussão o terrorismo, sob o qual estamos submetidos. A Europa da solidariedade não passa de um território no qual se digladiam, com ferocidade inclemente, claros jogos hegemónicos e imposições de servidão. A escolha dos lugares a que entendemos dever pertencer é uma das questões fundamentais da nossa época. E a principal obrigação a que temos a imposição moral de atender é a de reconhecer este totalitarismo mascarado. Na Europa, as divisões, como sempre historicamente aconteceu, representaram o conflito entre dominantes e dominados. A Alemanha, ontem como hoje, tem desempenhado um papel sinistro neste xadrez sem regras. A obediência à lei do mais forte corresponde a uma ideia messiânica, que embala a boa consciência dos mentirosos e dos canalhas. Quando ouvimos o "Acordai!", de Lopes-Graça e José Gomes Ferreira, talvez percebamos o que nos liberta e o que nos acorrenta. Tudo, na vida, são preferências que comportam uma posição ética. O tema escolhido pelo dr. Cavaco para discussão no Conselho de Estado define um critério e projecta um carácter.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
   
     
 Foi receber instruções
   
«Vítor Gaspar vai encontrar-se esta quarta-feira com o ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble para discutir o programa de ajustamento português e as futuras políticas económicas europeias. A união bancária é um dos temas que também deverá estar no topo da agenda.

A proximidade do discurso dos dois ministros é cada vez maior. Depois de defenderem e aplicarem políticas de austeridade os responsáveis da pasta das Finanças unem-se agora a uma só voz para tentarem encontrar políticas económicas menos severas para o crescimento da zona euro. » [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Nunca se viu um ministro ir tantas vezes a uma capital estrangeira receber instruções.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao número 3 (mas que não os tem em su sitio) se delegou no número 2 a diplomacia económica.»
      
 Pobre pai
   
«“Não vás para o Governo, o País não tem conserto”. Este foi o recado deixado por António Passos Coelho, pai do primeiro-ministro e ex-dirigente do PSD, antes de o filho assumir a liderança do Executivo. “Vais-te lixar”, vaticinou, avisando, na altura que “toda esta gente que está aqui vai vaiar-te. Agora estão aqui todos contigo, mas daqui a um ano vão vaiar-te”.
  
Relativamente ao ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, o pai do chefe de Governo diz que “é um moço inteligente, um moço sobredotado”. Já sobre o secretário-geral do PS, António José Seguro, comenta que o mesmo se tem esforçado para ultrapassar “um problema chato” e que “agradar a Deus e ao Diabo é difícil”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Deve ser triste ver em Portas um sobredotado quando se tem o filho que tem.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Presidente do TC deu um raspanete em Passos Coelho
   
«Apesar de na ordem de trabalhos do último Conselho de Estado estar apenas o período pós-troika, o conselheiro Joaquim Sousa Ribeiro, presidente do Tribunal Constitucional (TC), aproveitou a reunião no Palácio de Belém para esclarecer olhos nos olhos com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, algumas questões, nomeadamente as críticas que o chefe do Governo fez ao chumbo do TC a quatro das normas do Orçamento do Estado enviadas para fiscalização sucessiva.

Conta o DN que, de forma pausada mas firme, Joaquim Sousa Ribeiro destacou a independência dos juízes do TC face aos poderes, reiterando que ninguém se pode esquecer que são as leis, incluindo a do Orçamento, que têm de conformar à Constituição e não o contrário. Pelo que terá deixado claro que voltaria a fazê-lo da mesma forma.

Mas, acrescenta o DN, o presidente do TC não foi o único a introduzir novos temas no encontro. Também a ala de conselheiros mais à esquerda defendeu que a discussão do Conselho de Estado devia abranger a actual agenda política, nomeadamente a convocação de eleições antecipadas.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Bem dado, perante tanta cobardia institucional e presidencial haja alguém com a coragem que começa a escassear.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
   
 Livres de Passos Coelho, morto ou vivo
   
«"Os portugueses estão desesperados para se verem livres" de Passos Coelho. "Morto ou vivo". A frase é do deputado do PS, José Lello, no Twitter, a propósito da entrevista ao pai do primeiro-ministro ao jornal 'i' em que este diz que Passos "está morto para se ver livre disto" - e já levantou alguma polémica entre os utilizadores da rede social. Depois da primeira frase, Lello já voltou à carga, para se explicar, com novo texto: "Há por aí no Twitter tanta gente boa, sensível, generosa! Se o pai de Passos diz que o filho "está morto" e eu reproduzo o mesmo, que culpa é minha?"» [CM]
   
Parecer:
 
A saída de Passos Coelho seria uma bênção para o país.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o incompetente.»
   
 O coxo diz que não há derrapagem orçamental em Portugal
   
«O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, defendeu hoje em Berlim que "não há uma derrapagem orçamental" em Portugal e que o programa de ajustamento implementado pelo Governo português está a ter sucesso.

"Nós discutimos isso na semana passada [na reunião do Eurogrupo] e não há derrapagem orçamental, não há nenhuma base real para se dizer isso, não há derrapagem orçamental", disse Wolfgang Schäuble relativamente a Portugal, após um encontro com o seu homólogo português, Vítor Gaspar.» [i]
   
Parecer:
 
Se calhar é por isso que ninguém sabe da execução orçamental de Abril.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao coxo que se meta nos assuntos do seu país.»
   
 Alemães tentam salvar o Gaspar
   
«O KfW, banco estatal alemão de fomento, pondera conceder linhas de crédito em Portugal e dispõe-se a avaliar a possibilidade de assumir participações indirectas em pequenas e médias empresas portuguesas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 22 de Maio, pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar, após um encontro, em Berlim, com o seu homólogo Wolfgang Schäuble.

"Podemos beneficiar da colaboração alemã, em particular do banco de desenvolvimento alemão, que se chama KfW, que estará disponível para explorar a possibilidade de estender linhas de crédito a Portugal ou participar no capital das PME de formas intermediadas indiretamente por instituições portuguesas", afirmou o ministro português, citado pela Lusa.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Ajudaram-no a enterrar o país agora estão nervosos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Ainda há quem acredite em Cavaco
   
«“O Presidente da República devia, no estado de emergência em que nos encontramos, chamar a si uma reforma que dure além das legislaturas, para que as agendas partidárias não sejam postas à frente dos interesses do país”, sustentou António Saraiva durante a conferência sobre 'Risco País' hoje promovida pela Coface no Porto.

Segundo o presidente da CIP, “é o senhor Presidente da República que, do alto da sua magistratura de influência, tem essa capacidade de chamar os partidos políticos para acordos de incidência parlamentar, para que se coloquem de acordo nas reformas que são transversais às legislaturas, nomeadamente da administração pública, da justiça e fiscal”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Em matéria de credibilidade política cavaco já foi à falência, é um presidente apenas em termos formais pois só representa alguns dos que o elegeram.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   

   
   
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