Jumento do dia
Jerónimo de Sousa
Parece que Jerónimo de Sousa não gostou das últimas sondagens e agarra-se ao salário mínimo para fazer agora o que raramente tem feito, dar luta ao BE. A direita agradece.
«O secretário-geral do PCP reiterou esta quinta-feira a promessa eleitoral de luta pelo salário mínimo nacional de 600 euros em 2016, no dia da primeira reunião do primeiro-ministro, o socialista António Costa, em Concertação Social.
À margem de uma receção à Associação Nacional de Freguesias (Anafre), na sede nacional do PCP em Lisboa, Jerónimo de Sousa confirmou que o PCP vai manter a sua iniciativa e frisou que "quem tem a última palavra é o Governo".
"Neste momento, não houve uma convergência verificada e, consequentemente, um compromisso, designadamente pelo PS, mesmo com a reconsideração do BE, que fez campanha a bater-se pelos 600 euros e depois reconsiderou. O PCP considera que é de inteira justiça e profundamente necessário manter esta proposta e lutaremos para que seja alcançada. Não houve convergência em relação ao modo e à forma", afirmou.» [Expresso]
Ainda que mal pergunte
Quando algumas personalidades dão grande importância à concertação social referem-se a acordos com todas as instituições ou basta-lhes o acordo dos patrões com a UGT, a versão laboral do arco da governação? E quando pensam no cumprimento dos acordos referem-se a tudo o que é a cordado ou apenas ao que interessa às associações patronais?
Destruir a imagem de Mário Centeno
A direita já percebeu que o discurso da austeridade pode ter maus resultados face ao sinais de falhanço em Portugal e a uma mudança de opinião ao nível europeu. Por outro lado, criticar as medidas do governo vira-se contra a direita que tinha a mesma medida prevista no seu programa, ainda que haja fortes razões para recear que se tratasse de mais uma mentira de Passos Coelho. Assim, em vez de defender a austeridade ou mesmo de atacar o governo o PSD e CDS recorrem à sua estratégia do costume e preferem destruir políticos, neste caso identificaram um alvo, Mário Centeno. Desde os deputados ao opinion makers, passando pela comunicação social mais jiahdista como o Observador ou a Rádio Renascença, todos atacam a imagem do ministro das Finanças. Compreende-se, foi Mário Centeno que deixou a direita sem discurso económico e tratando-se de um economista que com o seu currículo quase envergonha a grandiosa Maria Luís a solução passa pela sua destruição a qualquer custo.
Jerónimo de Sousa
Parece que Jerónimo de Sousa não gostou das últimas sondagens e agarra-se ao salário mínimo para fazer agora o que raramente tem feito, dar luta ao BE. A direita agradece.
«O secretário-geral do PCP reiterou esta quinta-feira a promessa eleitoral de luta pelo salário mínimo nacional de 600 euros em 2016, no dia da primeira reunião do primeiro-ministro, o socialista António Costa, em Concertação Social.
À margem de uma receção à Associação Nacional de Freguesias (Anafre), na sede nacional do PCP em Lisboa, Jerónimo de Sousa confirmou que o PCP vai manter a sua iniciativa e frisou que "quem tem a última palavra é o Governo".
"Neste momento, não houve uma convergência verificada e, consequentemente, um compromisso, designadamente pelo PS, mesmo com a reconsideração do BE, que fez campanha a bater-se pelos 600 euros e depois reconsiderou. O PCP considera que é de inteira justiça e profundamente necessário manter esta proposta e lutaremos para que seja alcançada. Não houve convergência em relação ao modo e à forma", afirmou.» [Expresso]
Ainda que mal pergunte
Quando algumas personalidades dão grande importância à concertação social referem-se a acordos com todas as instituições ou basta-lhes o acordo dos patrões com a UGT, a versão laboral do arco da governação? E quando pensam no cumprimento dos acordos referem-se a tudo o que é a cordado ou apenas ao que interessa às associações patronais?
Destruir a imagem de Mário Centeno
A direita já percebeu que o discurso da austeridade pode ter maus resultados face ao sinais de falhanço em Portugal e a uma mudança de opinião ao nível europeu. Por outro lado, criticar as medidas do governo vira-se contra a direita que tinha a mesma medida prevista no seu programa, ainda que haja fortes razões para recear que se tratasse de mais uma mentira de Passos Coelho. Assim, em vez de defender a austeridade ou mesmo de atacar o governo o PSD e CDS recorrem à sua estratégia do costume e preferem destruir políticos, neste caso identificaram um alvo, Mário Centeno. Desde os deputados ao opinion makers, passando pela comunicação social mais jiahdista como o Observador ou a Rádio Renascença, todos atacam a imagem do ministro das Finanças. Compreende-se, foi Mário Centeno que deixou a direita sem discurso económico e tratando-se de um economista que com o seu currículo quase envergonha a grandiosa Maria Luís a solução passa pela sua destruição a qualquer custo.
Sondagem idiota?
52% dos inquiridos responderam que Passos Coelho devia ser o primeiro-ministro saído das eleições. Será que os inquiridores da Universidade Católica estiveram no estrangeiro e não soubera que Cavaco indigitou, nomeou e deu posse aos ministros do governo de Passos Coelho? Não admira que a maioria seja a favor da solução final que ao contrário do que sugere a sondagem não foi encontrada por Cavaco mas sim pelo parlamento. A Católica poderia ter concluído que 42% dos portugueses defendem que foi perda de tempo empossar Passos Coelho como primeiro-ministro.
É pena que a sondagem não nos ajude na maior dúvida, quanto é que neste momento vale o CDS de Paulo Portas? Isto é, quantos dos deputados do CDS deviam ser deputados do PSD? Quais os desgraçados do PSD cujo emprego levou um paf com esta coligação de oposição?
52% dos inquiridos responderam que Passos Coelho devia ser o primeiro-ministro saído das eleições. Será que os inquiridores da Universidade Católica estiveram no estrangeiro e não soubera que Cavaco indigitou, nomeou e deu posse aos ministros do governo de Passos Coelho? Não admira que a maioria seja a favor da solução final que ao contrário do que sugere a sondagem não foi encontrada por Cavaco mas sim pelo parlamento. A Católica poderia ter concluído que 42% dos portugueses defendem que foi perda de tempo empossar Passos Coelho como primeiro-ministro.
É pena que a sondagem não nos ajude na maior dúvida, quanto é que neste momento vale o CDS de Paulo Portas? Isto é, quantos dos deputados do CDS deviam ser deputados do PSD? Quais os desgraçados do PSD cujo emprego levou um paf com esta coligação de oposição?
Expliquem-me melhor
«O fracasso na adesão de trabalhadores, sobretudo professores, ao chamado Programa de Rescisões por Mútuo Acordo (PRMA) está a fazer derrapar a despesa pública e motivou o recurso à almofada orçamental, consumindo-a praticamente toda.
No ano passado, no Estado e nos institutos públicos, o Governo gastou 190 milhões de euros em acordos com funcionários, o que permitiu aliviar a despesa corrente com salários. Este ano, a mesma rubrica está a zeros, mostra a UTAO - Unidade Técnica de Apoio Orçamental. Logo, está a ser preciso mais dinheiro do que se esperava para pagar remunerações de pessoas que já deviam ter saído.» [DN]
Parecer:
É suposto que a indemnização por rescisão amigável seja financeiramente favorável, sendo pouco provável que alguém aceite uma rescisão a troco de menos do que ganharia em meio ano. Isto significa que um plano de rescisões amigáveis apenas será rentável a médio prazo e nunca durante um ano, até porque essas rescisões não são decididas no dia 1 de Janeiro. Assim sendo, como se explica a derrapagem do défice com o fracasso do programa de rescisões amigáveis.
Além disso, se o governo de então teve conhecimento do falhanço deste programa e estava em condições de conhecer o seu impacto nas contas públicas porque não adoptou qualquer correção da despesa e ainda em Setembro garantia o cumprimento do défice de 2,7% sem quaisquer medidas adicionais e ainda prometia o reembolso da sobretaxa?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»
BES foi um caso de corrupção
« Transparência Internacional divulgou a lista dos 15 casos selecionados, a partir de 383 nomeações, como símbolos de grande corrupção que estão a votos no site da organização não governamental (ONG).
O caso Banco Espírito Santo (BES) é um dos eleitos. O colapso financeiro do banco e do grupo liderados por Ricardo Salgado em 2014, e as más práticas sistemáticas de gestão e de controlo interno, entretanto reveladas, são um dos argumentos que sustentam esta escolha.
No entanto, os responsáveis da ONG realçam também que o banco português terá, “alegadamente” ajudado políticos associados à corrupção em vários países, lembrando a conta que o ditador chileno, Augusto Pinochet, teve no banco do grupo em Miami, as ligações ao caso Mensalão no Brasil e as suspeitas sobre o envolvimento do banco do grupo na Líbia na transferência da fortuna de Muammar Gadhafi. Mais recentemente, houve suspeitas de créditos concedidos sem controlo e garantias pelo BESA (Banco Espírito Santo Angola) a figuras do regime angolano.
O caso BES está em investigação nos reguladores e na justiça portugueses e não só. Apenas o Banco de Portugal proferiu duas acusações contra os ex-gestores do banco e do grupo. Ainda não houve condenações.
Na lista que está a votos desde hoje, o caso Banco Espírito Santo tinha apenas 17 votos. Com mais pontuação (709 votos) aparece outra história onde também se fala português. O caso Petrobras esteve na origem do super escândalo de corrupção no Brasil que, por sua vez, está na origem do processo de impugnação da presidente Dilma Roussef. Não será por acaso que é o segundo mais votado.» [Observador]
Parecer:
E quantos políticos, presidentes e primeiros-ministros ajudaram á realização desta fraude? A verdade é que Durão Barroso e muitos outros ganharam por conta do BES, bem como muitos governantes, a começar por Cavaco, tiveram as suas candidaturas apoiadas ou inspiradas no apoio moral de Ricardo Salgado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»
Parece que os defensores da austeridade estão sós
«Uma parte da História económica destes anos que vivemos já pode começar a ser escrita pelos académicos. Este é um momento de exceção. Vivemos, em quase toda a Europa, “o fim da austeridade“, isto é, uma menor insistência das instituições europeias no equilíbrio urgente das contas públicas. Ao mesmo tempo, os estímulos inéditos do Banco Central Europeu (BCE) tornam os mercados dormentes, empurrando as taxas de juro para mínimos históricos. Esta é a parte da História que se pode ir escrevendo. Falta perceber, escreve o HSBC num relatório enviado aos clientes esta quarta-feira, se o tal fim da austeridade se revelará uma “razão para celebrar ou se é algo que devemos recear“. Portugal é um dos países que preocupam o banco de investimento.
A análise do HSBC, um banco verdadeiramente mundial e de grande influência, é um contributo para ajudar os investidores globais a tomarem decisões de investimento. No que à zona euro diz respeito, o economista Fabio Balboni fez um retrato aprofundado da encruzilhada política e económica que a zona euro vive. Neste relatório, a que o Observador teve acesso, Balboni conclui que no curto prazo o “fim da austeridade pode ser uma boa notícia”. “Contudo, precisamos de manter um olho muito atento sobre a forma como a folga é aproveitada“, porque “no longo prazo, o que importa é saber se os gastos públicos criam condições para impulsionar o crescimento do setor privado” e, aí, “maximizar o potencial de crescimento futuro”.» [Observador]
Parecer:
Quando tudo isto passar iremos avaliar as consequências da austeridade.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
Mas não foi graças à saída limpa
«Os juros da dívida portuguesa a dez anos estariam 2,5 pontos percentuais acima do valor atual de mercado sem a intervenção do Banco Central Europeu (BCE). Isto quer dizer que Portugal poderia estar a pagar o dobro, 5%, do que está a pagar atualmente para emitir dívida de longo prazo, considerando a cotação das Obrigações do Tesouro em mercado secundário.
A conclusão é de uma análise desenvolvida pelos economistas do Banco de Portugal ao impacto da política monetária não convencional do banco liderado por Mário Draghi onde se avisa que o país continua vulnerável a uma crise de dívida soberana se não aproveitar a bonança dos mercados para reduzir o nível do endividamento.
A receita aplicada por Draghi aposta na compra de títulos soberanos no mercado secundário, sobretudo de dívida dos países periféricos. E o efeito desta política no curto prazo tem sido o de baixar as taxas de juro exigidas pelos investidores em troca dos títulos portugueses, que por sua vez, valorizam no mercado secundário.» [Observador]
Parecer:
Esta opinião dos economistas do BCE desmonta a argumentação da direita.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»