sábado, setembro 30, 2017

O dia da reflexão

Enquanto as figuras menores do PSD se digladiam no Facebook porque alguém deu a campanha por encerrada dois dias antes da data e decidiu acusar Passos Coelho de ter matado o seu partido em Lisboa, os verdadeiros senhores da guerra entraram em dia de reflexão, o mesmo sucedendo com o l próprio líder do partido e que durante esta campanha confundiu as o seu partido com uma autarquia e andou por aí fazendo campanha para a primeira volta da escolha do futuro líder do partido.

Para Passos Coelho a reflexão resume-se a encontrar o melhor discurso de derrota pois a não ser que considere que uma vitória numa pequena freguesia justifica um discurso de vitória, vai ter de dar muitas explicações no domingo à noite. Certamente vai tentar dizer que as autárquicas não são legislativa e por isso o derrotado não é ele mas sim os candidatos do seu partido, já ensaiou esta explicação a dois dias das eleições. Passos Coelho é um político sem escrúpulos e nunca fará sua esta derrota.

Mas os eleitores que mais terão de refletir sobre o que dirão no domingo à noite são os putativos candidatos à liderança do PSD. Dois anos será muito tempo, largar o conforto dos rendimentos privados por uma liderança do PSD que obriga a trabalhar dias a fio e a viajar milhares de quilómetros a troco de um ordenado simbólico exige muita coragem. Ainda por cima, a não ser Montenegro a maioria dos supostos candidatos à liderança não são deputados, o que é um belo argumento para dizerem que não vão a jogo.

Irá Morais Sarmento largar o seu luxuoso escritório de advogados onde sem grande esforço ganha fortunas não só em Portugal, mas também em Moçambique e arredores? Morais Sarmento vai a jogo ou faz o que tem feito, deixa a sua candidatura em suspenso só para manter a notoriedade, esperando como fez o seu amigo Durão Barroso, para ver se vale a pena dar a golpada sem ter de fazer sacrifícios?

Terá Santana Lopes coragem para se candidatar à liderança do PSD, o que o obrigará a demitir-se da Santa Casa? No passado já fez encenações destas, mas também é verdade que esteve arruinado e foi Cavaco que lhe deu a mão e o levou para o governo, onde teve como tarefa dar subsídios a artistas que se tornassem admiradores do homem de Boliqueime. A verdade é que Santana Lopes não teve a coragem de correr o risco de perder o ganha pão e enfrentar Medina. Quem não teve coragem para enfrentar Medina vai tê-la agora para enfrentar Costa daqui a dois anos, ainda por cima com a memória fresca em relação ao descalabro do seu governo?

Por falar em coragem a não ser que Rui Rio esteja no desemprego e a precisar do ordenado de líder do PSD, será que é agora que vai ter a coragem que manifestamente não tem desde há mais de dois anos? Se substituir Passos vai ter dois anos para se entreter a fazer crochet na São Caetano à Lapa, sem lugar no parlamento e sem peso nas estruturas locais do partido resta-lhe entreter-se até às próximas eleições. A verdade é que pode ser mais um dos tiros de pólvora seca do PSD.

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Passos Coelho, líder sem coragem política

Não me recordo de ter visto um líder de um grande partido ainda antes das eleições já estar a distribuir por terceiros a culpa da derrota. Com esta declaração Passos está sugerindo que não existiu uma campanha nacional e por isso não tem quaisquer responsabilidades na derrota, os culpados são os dirigentes distritais e concelhios.

Com estas declarações Passos Coelho não só atira a toalha ao chão a dois dias da votação, como sugere que não tem responsabilidades, quando foi ele que parasitou os candidatos para ser ele a única personalidade a aparecer nas televisões, para nunca falar das autárquicas a não ser para defender o André Ventura.

É uma posição cobarde, depois de ter parasitado e calado os seus candidatos autárquicos para transformar as autárquicas na primeira volta da luta pela liderança do PSD, Passos diz agora e depois de não ter permitido que os portugueses tivessem visto os seus candidatos que a culpa é desses candidatos. Um nojo de homem.

«"Não vou fazer essa avaliação, a campanha do PSD foi um somatório de muitas campanhas, simplesmente tive oportunidade de me juntar a algumas delas", afirmou.

O líder do PSD admitiu que terá havido iniciativas que ultrapassaram as expectativas do partido e outras que ficaram aquém, mas deixou essa avaliação para os comentadores.

"Os nossos candidatos fizeram aquilo que é suposto, mostraram uns a sua obra, outros a sua ideia para futuro, contribuímos para escolhas verdadeiras", defendeu, recusando-se, uma vez mais, a comentar sondagens.» [Notícias ao Minuto]

 Help me please...



Santana Loes andou a brincar ao toca e foge com uma eventual candidatura a Lisboa, rasteirou Passos Coelho provocando um grande atraso na candidatura a Lisboa e agora, para limpar a nódoa e não comprometer uma eventual candidatura à liderança do PSD, aparece como o maior apoiante de Teresa leal Coelho. Mais cinismo é impossível.

Enfim, este é o tal Pedro Santana Lopes que era o bebé morto à nascença e que foi vítima de muitas facadas nas costas.

      
 Qual relatório final Dra. Manuela?
   
«Manuela Ferreira Leite criticou esta noite a inexistência, ao fim de tanto tempo, de um relatório oficial sobre o assalto em Tancos, responsabilizando o ministro da Defesa pela ausência dessa resposta, no fundo, “um documento assinado por alguém com responsabilidades na matéria que apresente a visão oficial do que se passou”.

“Estamos todos à espera”, reforçou Ferreira Leite na TVI 24, no seu habitual espaço de comentário, para acrescentar que, “enquanto tal documento não for apresentado, os delírios podem ser os máximos”.

Referindo o relatório dos serviços de informações militares divulgado pelo Expresso, a ex-ministra social-democrata sublinhou, não questionando a sua existência, que “uma coisa são opiniões e relatórios sobre o assunto, outra coisa é haver algo subscrito por alguém com responsabilidades e que seja o documento oficial” sobre a matéria.» [Expresso]
   
Parecer:

Manuela Ferreira Leite sabe muito bem que nenhum governo elabora relatórios finais de processos que estão sendo investigados, não só é matéria da competência exclusiva como está em segredo de justiça. Seria ridículo um governo que está proibido de investigar um crime viesse publicar um qualquer relatório com supostas conclusões finais ou com conclusões sobre o que sucedeu.

Digamos que haveriam formas bem mais inteligentes de apoiar uma candidatura desgraçada a Lisboa do que repetir o argumentário pobre e inteletualmente fraco do líder do PSD.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à pobre senhora que preserve a sua dignidade.»
  
 Homicídio qualificado, diz a pobre candidata
   
«É a quinta da lista do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, mas não se coíbe de dizer que Teresa Leal Coelho não sabe nem gosta de fazer política. A dois dias das eleições, acusa Passos Coelho de ter matado o partido na capital. E diz que é preciso assacar responsabilidades no domingo.

"Não só, mas também. O problema é que Passos Coelho quando achou que ia fazer governo rapidamente viu no CDS um parceiro e não quis tomar as decisões que se impunham e que eram de autonomia estratégica da candidatura do PSD em Lisboa. Eu considero que Pedro Passos Coelho matou o PSD em Lisboa e foi um homicídio qualificado."» [DN]
   
Parecer:

As grandes vítimas destas eleições são os candidatos que foram humilhados em consequência da estratégia egoísta e doentia de passos Coelho. É o caso de Sofia Vale Coelho que acusa Passos de homicídio político do PSD em Lisboa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Desemprego nos oito
   
«O desemprego em Portugal já quebrou a barreira dos 9%, segundo os números divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em agosto, a taxa de desemprego (ajustada de sazonalidade) foi de 8,9%, segundo a estimativa provisória do INE. Este valor é igual ao registado em julho, já que o INE reviu em baixa a taxa de desemprego nesse mês, de 9,1% (estimativa provisória), para 8,9% (estimativa definitiva).

Desta forma, a taxa de desemprego em Portugal caiu dois pontos percentuais no espaço de um ano e está agora no valor mais baixo observado desde novembro de 2008, quando estava, precisamente, nos 8,9%.

A estimativa provisória do INE para a população desempregada (dos 15 aos 74 anos) em Portugal em agosto é de 461,4 mil pessoas, mais 0,4% (1,8 mil pessoas) do que no mês anterior. Em termos homólogos, isto é, em relação a agosto de 2016, a população desempregada diminuiu 17,5% (menos 97,7 mil pessoas).» [Expresso]
   
Parecer:

Mais uma notícia para o traste.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se-lhe conhecimento.»

 Qual prazo
   
«A procuradora-geral da República garantiu esta sexta-feira que o despacho final da Operação Marquês, que vai ditar se o ex-primeiro ministro José Sócrates é acusado, está avançado e será entregue dentro do prazo (20 de novembro). Joana Marques Vidal adiantou ainda que há já um magistrado nomeado a acompanhar a investigação e que estará no julgamento do processo, caso seja esse o destino do inquérito.

“O despacho final está em fase avançada de elaboração e deverá estar pronto dentro do prazo fixado”, disse a procuradora-geral da República à margem do colóquio “Corrupção: Investigação e Julgamento”, que decorre no auditório da PJ, em Lisboa.

Antes, durante a sessão de abertura e perante uma plateia cheia de profissionais, a magistrada defendeu que os magistrados do Ministério Público que fazem os julgamentos devem ter intervenção na investigação dos processos-crime para os conhecerem melhor e ficarem melhor preparados para a fase do julgamento.

Atualmente, o magistrado que conduz o inquérito de um crime não é o magistrado que está presente na barra do tribunal, embora a lei o permita em casos pontuais. “Mas cada vez mais nos vai ser exigido que se encontre um modelo que não seja uma exceção. Uma das formas é ser decidido qual o magistrado que vai fazer o julgamento e inclui-lo na equipa da investigação e na instrução, quando existe, de forma a que ele esteja por dentro dos factos, mas que também possa participar no despacho de acusação para ser mais eficaz na fase de julgamento”, disse Joana Marques Vidal.» [Observador]
   
Parecer:

Dizer que entrega o processo no prazo é sinal de que os procuradores estão cheios de bom humor. E apesar de não se saber se vai haver julgamento a senhora procuradora-geral já nomeou um procurador para o julgamento
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Esperem mais um bocadinho
   
«Ainda não houve eleições, mas em Lisboa já estalou o verniz. Esta manhã, em entrevista ao DN, Sofia Vala Rocha, a quinta candidata da lista de Teresa Leal Coelho, arrasava a candidatura e a candidata de Lisboa e acusava Pedro Passos Coelho de ter matado o PSD no concelho, por "homicídio qualificado". A resposta do setor "passista" não tardou. E não foi suave.

Sérgio Azevedo, deputado do PSD e um dos homens da máquina do partido no concelho de Lisboa, considerou que Vala Rocha fez o papel de "idiota útil", através de uma entrevista que foi "exercício cósmico, para não dizer repugnante."

"Existem coisas sobre as quais não podemos ficar indiferentes. Porque a indiferença sobre certas coisas dá azo a uma certa medida de aquiescência ao disparate e à prejudicialidade objetiva tão presente nos ultimos tempos e tão desejada por vários", escreve o deputado num post publicado ao início da tarde no Facebook. "Dar uma entrevista nas vésperas de uma eleição autárquica a desancar o líder do PSD e a candidata Teresa Leal Coelho e ao mesmo tempo ser candidato nessa eleição é um exercicio cósmico. Para não dizer repugnante."» [Expresso]

«"A ambição mata, na política e na vida. Mas ver alguém que integra uma lista autárquica aproveitar o último dia de campanha para achincalhar a líder dessa sua lista e atacar o presidente do seu partido é mau demais. Se a senhora pensava isso tudo nunca deveria ter aceitado o lugar de candidata; ou já o deveria ter abandonado e guardado os seus acintes para depois das eleições. Fazer o que agora fez revela-a mais do que devia. Aconteça o que acontecer no PSD e no país, nunca mais ninguém confiará minimamente em quem foi capaz de perpetrar, no dia de hoje, uma coisa tão baixa e tão vil", escreveu Carlos Abreu Amorim.» [DN]
   
Parecer:

Nunca se viu tal espectáculo ainda antes das eleições.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reserve-se lugar na primeira fila do espectáculo da noite eleitoral.»

sexta-feira, setembro 29, 2017

Vila Real de Santo António vai mudar




Vila Real de Santo António precisa de mudar e vai mudar, a prepotência, a incompetência, o abuso, a falta de transparência, o esbanjamento, o oportunismo vão acabar. Multiplicam-se os sinais de esperança dos que desejam a mudança, ao mesmo tempo os que querem manter-se no poder dão mostras de nervosismo, faltam-lhes os argumentos, esgotaram-se os truques, resta-lhes tentar iludir com sondagens manipuladas.

Infelizmente os problemas vão ficar, uma gestão absurda da autarquia não se limitou a arruinar o concelho, não lhes bastou gastar até mais não com recurso à dívida, quando já não podiam endividar-se mais anteciparam numa década algumas receitas, chegaram ao ponto de lançar um imposto brutal sob a forma de parquímetros, uma verdadeira taxa medieval.

Aconteça o que acontecer no próximo domingo é pouco provável que este modelo de gestão tenha viabilidade e mais tarde ou mais cedo a sua continuação levaria ao colapso do município, tal como sucedeu na capital. Só que em Vila Real de Santo António há muita coisa para explicar e é esconder toda a verdade que os motiva. É por isso que é imperioso mudar, de preferência no quadro do funcionamento regular da democracia, se é que em Vila Real houve democracia nos últimos doze anos.

Vamos acabar com a vergonha, com as empresas inventadas, com os votos comprados, com o abuso do poder, com a perseguição política e com métodos sujos como aqueles a que assistimos nos últimos dias. Vamos mudar Vila Real de Santo António e repor a democracia, porque é no quadro da democracia e da transparência que se encontram as melhores  soluções e que se garante uma gestão competente e transparente.

Mais burro era díficil

A meio da legislatura e feitas as contas às autárquicas só há uma coisa a dizer a Passos Coelho: "Burro!". A sua estratégia não foi só errada, não foi apenas egoísta ou criminosa do ponto de vista do futuro do PSD, revelou claramente que o líder do PSD tem boa voz, sabe articular bem os discursos, lê bem o s papeis que desempenha e que lhe escrevem, mas exibe uma falta de recursos intelectuais que chega a ser confrangedor. Sem Relvas, sem os assessores que eram pagos pelo Estado quando era primeiro-ministro, sem sínteses e dossiers organizados por gabinetes ministeriais, sem o apoio de personalidades bem remuneradas como o falecido António Borges, é como uma marioneta com quase todos os fios partidos, é uma gerigonça descontrolada e mal amanhada.

Para conseguir o que Passos fez aos seus candidatos autárquicos seria necessário odiar muito o seu partido e conseguir embebedar o seu líder. Mas Passos Coelho fez tudo por sua livre vontade, lixou a amiga que escolheu para candidata, atirou-a aos bichos, atrasou ao máximo a sua apresentação e quando apareceu ao seu lado foi mais para ter tempo de antena do que para apoiá-la. Nunca um candidato autárquico português foi tratado de forma tão desprezível como sucedeu em Lisboa.

Ao pensar que bastaria conquistar mais dois ou três pequenos concelhos ou juntas de freguesia para dizer que tinha ganho as eleições autárquicas desprezou o processo eleitoral nas grandes cidades, a começar por Lisboa e Porto, onde faltou ao respeito dos seus eleitores, apresentando candidaturas que ele próprio desprezou. Foi deprimente ver Teresa Leal Coelho no jantar de ontem dizendo que o PSD estava ali, o que estava naquela sala era meia dúzia de populares arregimentados mais duas ou três personalidade que foram jantar só que não sejam acusados de não terem participado na campanha.

A dois dias das eleições o PSD atirou a toalha para o tapete na generalidade dos concelhos e na capital arrisca-se mesmo a ter tantos votos quanto o PCP ou o BE pois com as últimas sondagens o resultado mais provável será o aumento da abstenção ou o voto na candidatura de Cristas, por parte do que resta do seu eleitorado mais fiel. Mesmo perante a desgraça Passos insiste no seu discurso sem sentido, como se a Geringonça tivesse tomado posse ontem.

Passos parasitou os seus candidatos autárquicos, disse que não tirava conclusões dos resultados autárquicos no plano nacional, mas a verdade é que ignorou totalmente as candidaturas autárquicas para tentar recuperar a sua imagem a qualquer custo. Os candidatos não organizaram as apresentações, jantares, arruadas e comícios para convencer os eleitores, foram forçados a fazê-lo para proporcionar tempo de antena a um Passos Coelho que todos os dias repetiu discursos patéticos.

O mesmo fizeram os seus adversários, quando apareceram na campanha em apoio dos candidatos estavam a aproveitar-se dos candidatos autárquicos para se colocarem na pole position para um ataque à liderança de Passos Coelho, Foi o que fez Rui Rio, mas também Santana Lopes e outros.

Resta uma pergunta, onde anda Cavaco Silva? O homem dos roteiros, o presidente que mais parasitou a imagem das autarquias e que há pouco tempo apareceu em castelo de Vide para tentar ajudar Passos Coelho, agora foi dos poucos ex-presidentes do PSD a não darem a cara. Mal sinal, até parece que Passos Coelho é mais um cadáver no longo rasto de vítimas da carreira política de Cavaco Silva.



Umas no cravo e outras na ferrdura



 Jumento do Dia

   
Luís Filipe Natal Marques, presidente da EMEL

Se tiver que escolher um sinónimo para EMEL é "prepotência". Esta empresa municipal está a transformar-se num monstro, certamente graças a uma cultura de abuso e prepot~encia que só pode vir de cima e quando se diz de cima estamos a referirmo-nos ao seu presidente. Fale-se com qualquer cidadãos sobre a EMEL e só se sente ódio, aversão e desprezo.

Com o argumento da mobilidade os agentes da EMEL são verdadeiros para-polícias a perseguir os cidadãos da capital como se fossem presas de caça, os lisboetas mal podem cometer a mais pequena infração que são logo multados a torto e a direito. Chega-se ao ponto de o mesmo agente voltar ao mesmo local menos de 24h depois de ter passado uma multa para passar outra pela mesma infração.

Aind hoje foi notícia que a EMEL mandou bloquear uma viatura da campanha de Assunção Cristas porque esteva mal estacionado. É uma decisão absolutamente legal, mas a verdade é que ainda ontem, quando Medina fez campanha em Alfama ao lado do presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, todos as carrinhas Mercede castanhas que estavam ao serviço do candidato estavam mal estacionadas e não vi nenhuma multa, nenhum bloqueador e muito menos um para-polícia da EMEL.

Isto significa que se pode sugerir que o presidente da EMEL manda perseguir uns candidatos e diz aos seus para-polícias para permitirem tudo aos outros. Se o Presidente da EMEL permite que uma campanha esteja condicionada pela falta de lugares de estacionamento enquanto outros candidatos podem ignorar a lei, está não só a fazer uma figura triste como revela falta de civismo e de condições éticas para o desempenho do cargo.

Não me parece que Medina precise deste tipo de ajudas para ganahr as eleições, antes pelo contrário, pelo seu comportamento abusivo e prepotente o verdadeiro líder da oposição na capital é o senhor Presidente da EMEL. Vou votar Medina mas a pensar nessa personagem terei de tapar os olhos quando inscrever a cruz o boletim de voto.

«Uma carrinha de propaganda da candidata do CDS à Câmara de Lisboa foi bloqueada esta quarta-feira, pelas 12:00, na zona de Santos.

O caricato da situação é que a mensagem de campanha inscrita na carrinha faz apelo precisamente à necessidade de mais estacionamento na cidade.

Ontem, a candidata do CDS-PP à Câmara de Lisboa defendeu um "estatuto de benefício" no estacionamento para moradores embrulhado num panfleto semelhante a multas da EMEL.» [DN]

 Os abusos da EMEL

Na América Latina são comuns as milícias para-militares, em Lisboa há uma coisa parecida. Agentes da EMEL sem qualquer formação desde que podem multar a torto e a direito comportam-se como forças para -policiais e já nem respeitam as regras do Código da Estrada, pra eles não há regras de estacionamento  nem limites de velocidade. Já em, relação aos cidadãos de Lisboa promovem uma caça à multa que roça o doentio, multam mais de uma vez pla mesma infração de estacionamento em menos de 24 horas.

É uma vergonha que a CML diga aos cidadãos que deixem o carro e circulem de transportes públicos e depois a EMEL ande com uma fita métrica, verificando se um carro ultrapassa o limite da passadeira em meia dúzia de centímetros, para que o seu Presidente depois mostre em multas as receitas que não consegue em consequência da sua gestão.

A partir de agora não darei descanso aos atropelos desta força-para policial, por isso mandei este e-mail à EMEL. Duvido que o senhor presidente da EMEL responda, mas ele que fique descansado que vai mesmo responder porque Portugal é um Estado de direito e há leis a que ele terá de respeitar mesmo que os seus para-polícias só se lembrem do código da estrada para espoliar os cidadãos de Lisboa.
 Finalmente!

Quando um dirigente do Estado, seja chefe de divisão, diretor de serviço, subdiretor-geral ou diretor-geral não respondem a um requerimento de um cidadão ou de um funcionário só porque sabendo que o cidadão ou funcionário tem razão e querem recusar-lhe um direito fazendo um indeferimento de gaveta, na esperança de que o cidadão não tenha recursos para impor os seus direitos recorrendo aos tribunais não estão cometendo uma infração grave?

Os dirigentes do Estado são useiros e vezeiros em despachos de gaveta nestes estratagemas, usando muitas vezes a prepotência em o absuso para recusar direitos a cidadãos. Conheço um caso em que os dirigentes de uma grande instituição do Estado não respondem a requerimentos sucessivos desde há anos, recusaram-se a cumprir um acórdão do tribunal Constitucional, insistem em não responder a requerimentos e nem sequer respondem a insistências sucessivas por parte do Provedor de Justiça a quem os lesados pela prepotência e incompetência compulsiva recorreram.

O fato de o inspetor-geral do Trabalho estar a ser alvo de um processo disciplinar é uma boa notícia para a democracia e para sa saúde do Estado de Direito. Esperemos que não seja caso único e que os dirigentes do Estado passem a ser demitidos quando atuem com prepotência e à margem dos seus deveres legais. Pessoalmente considero que todos os dirigentes do Estado envolvidos em decisões ou ausências de decisões que visem de forma prepotente e arbitrárias para prejudicar cidadãos ou prejudicando cidadãos deveriam ser demitidos por incompetência e se for caso disso perseguidos judicialmente.

Uma coisa é cometer um erro técnico ou uma qualquer negligência, outra é atuar à margem da lei de forma abusiva e apenas por sacanice.

 Toma lá disto ó pobre criatura do Ventura



 O futebol do Benfica

O SLB joga sempre bem, o problema é que ás vezes tem um azar. Já teve azar com o Portimonense, teve azar com o Rio Ave, voltou a ter azar com o Boavista e agora teve um grande azar. A equipa é bem treinada, joga à Benfica, teve o melhor início do campeonato desde há muitos anos, os jogadores são sempre os que estão em melhores condições, a tática é científica, o problema é o raio do azar. É o azar de um mesmo jogador já ter provocados várias grandes penalidades porque tem um qualquer fetiche que o leva a armar-se em guarda-redes nos jogos da Champions e desta vez foi para a rua, é um azar o Samaris acabar de cumprir um castigo e levar outro porque gosta de dar galhetas aos adversários quando pensa que ninguém vê, é tudo azares do caraças.

      
 O senhor Inspetor-geral ainda não se demitiu?
   
«A dirigente considera “inaceitável” que a ACT, um organismo que tem como missão proteger os direitos dos trabalhadores, “tenha exposto a vida privada de uma funcionária, violando a lei laboral”. “Isto configura uma situação de assédio moral gravíssima”, acrescenta.

“Andamos nós a fazer campanhas de combate ao assédio moral nos locais de trabalho e depois temos uma direcção que faz isto aos seus funcionários”, afirma Carla Monteiro.

Em Agosto deste ano, Pedro Pimenta Braz mandou divulgar junto de todos os funcionários da ACT um despacho do secretário de Estado do Emprego a contrariar uma decisão sua, juntamente com o processo de recurso hierárquico de uma inspectora, onde é possível identificar a pessoa em causa e conhecer com detalhe o seu estado de saúde e situação familiar.

A inspectora apresentou uma queixa ao Ministério do Trabalho, que a encaminhou para a Inspecção-Geral do Ministério, que, por sua vez, abriu um processo disciplinar contra o dirigente máximo da ACT.» [Público]
   
Parecer:

É teimoso!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se uma esferográfica ao pobre senhor.»
  
 Além de piegas somos parvos
   
«O presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que o candidato do partido a Loures "não defendeu a pena de morte", quando André Ventura diz compreender quem a defende e questiona quem se lhe opõe.

Na entrevista à TSF, Pedro Passos Coelho declarou que André Ventura "não defendeu a pena de morte" e que o PSD também "não defende a pena de morte. Ponto final".

Esta afirmação contrasta com o que a generalidade dos observadores e atores políticos - mesmo do PSD, como Luís Marques Mendes - interpretou das declarações de André Ventura: uma defesa clara da pena de morte, pelo menos no plano pessoal.» [DN]
   
Parecer:

Estamos todos fartos de ouvir o Ventura.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «mande-se Passos à fava e se quer apoiar Ventura que tenha a coragem de ir a Loures.»

 Há caranguejos-azuis no Guadiana
   
«Investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve descobriram no estuário do rio Guadiana exemplares de caranguejo-azul, uma espécie com alto valor comercial característica da América do Norte, foi esta quinta-feira divulgado.

A espécie (Callinectes sapidus), também conhecida como "siri" e considerada uma iguaria, é nativa da costa leste da América e foi encontrada pela primeira vez no Guadiana, a mais de sete mil quilómetros de distância do habitat original, em junho, o que surpreendeu os pescadores locais, revelou o CCMAR em comunicado.» [DN]
   
Parecer:

Os caranguejos que se cuidem, o autarca de VRSA ainda vai vender a sua exploração á empresa dos parquímetros durante os próximos cinquenta anos!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 A Dra. Teodora está a ficar generosa
   
«O Conselho de Finanças Públicas melhorou as suas previsões sobre a redução do défice em 2017, projetando agora que o desequilíbrio orçamental fique em 1,4% - abaixo dos 1,5% projetados pelo governo em abril no Programa de Estabilidade. E estima que a economia cresça 2,7%.» [DN]
   
Parecer:

Terá batido com a cabeça nalgum lado? Faz previsões mais simpáticas do que as do governo e ainda dá opiniões construtivas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

quinta-feira, setembro 28, 2017

CMVRS: imaginem caros vilarealenses



Caros concidadãos da minha terra,

Imaginem se em vez de terem gasto dois milhões de euros com a organização de uma festa de fim de ano e a boite da astróloga Maia, na Manta Rota, a dupla "Luís+São" tivessem investido num centro de tecnologias informáticas para ocupar e qualificar os nosso jovens, proporcionando-lhes recursos e condições de estudo que os preparasse para novos projetos profissionais e empresarias. Imaginem se em vez de amizades com Maias e Castelos Brancos a autarquia tivesse apostado em parcerias com empresas tecnológicas apostando em projetos para os mais jovens.

Imaginem que se em vez de Vila Real de Santo António ser conhecida pela única terra de Portugal e muito provavelmente da Europa onde se cobra estacionamento desde as 8 às 22 horas todos os dias da semana e se for no verão em Monte Gordo durante as 24 horas do dia, a nossa terra fosse conhecida como sendo a terra do país com mais acessos à banda larga e ou mesmo com acesso wi-fi livre. Para que serviram os 400.000 euros de receita que o “Luís+São” roubaram às futuras gestões da CMVRSA? A troco do quê a CMVRSA está esquecendo desde Junho de 2016 a cobrança de 15 mil € por mês à empresa gestora dos parques e ignora algumas disposições contratuais que nunca foram cumpridas?

Imaginem se em vez de terem gasto 180.000 € nuns “bonecos” arquitetónicos da treta para andarem a dizer que ia construir uma Vila Real parecida com o Dubai inspirada na Germania do III Reich do gajo do bigodinho, a CMVRSA tivesse apostado na biblioteca das escolas e na disponibilização de livros a todos os alunos do ensino secundário.

Imaginem se em vez de a dupla “Luís+São” gastar centenas de milhares de euros em adjudicações manhosas as empresas de “marketing” que nascem e morrem para trabalharem em exclusivo para a CMVRSA, tivessem apostado todas essas centenas e centenas de milhares de euros na promoção de iniciativas empresariais, recorrendo a entidades independentes e competentes para garantir que o dinheiro era bem aplicado e se apostasse nos melhores em vez de favorecer familiares e clientelas.

Imaginem se durante estes doze anos os quase 400.000 milhões de euros fossem gastos com rigor, honestidade e de forma criteriosa a conseguir multiplicar ao máximo os seus resultados medidos em crescimento económico, investimento e qualificação, em vez de terem sido gastos a pensar na criação de uma clientela e no enriquecimento de empresas de amigos para se controlarem resultados eleitorais e manter o “Luís+São” no poder, condenado uma autarquia a um longo inverno de miséria financeira, humana e cultural.

Foi tudo isto e muito mais que os vilarealenses perderam com esta dupla na autarquia, é tudo isto e muito mais se esta gestão perversa e incompetente se mantiver à frente dos destinos de um concelho que é cada vez mais pobre e que se afunda numa imensa teia de oportunismo. Infelizmente só podemos imaginar o que de muito bom se poderia ter feito com uma imensidão de recursos financeiros que foram esbanjados, depois de doze anos o concelho ganhou um mau cantor e uma candidata a sucessora cujo pensamento a crer pelas fotos de campanha está mais ou menos entre as dez e meia e um quarto para as onze.

Há uma velha anedota do homem que sem dinheiro para dar de comer aos filhos pegava num ao colo e ia dizendo ao filho “Ó Chico comias um bifinho com batatas fritas?”, “ó se comia!”, e depois comias um pratinho de arroz doce?”, “ó se comia!” respondia o miúdo, que, entretanto, adormecia. Quando via o moço tinha adormecido berrava para a mulher “ò Maria traz outro que este já jantou!”.

Com uma autarquia empenhada e arruinada, com uma terra deprimida e com muita gente a recear que os processos e negócios duvidosos do “Luís+são” sejam escrutinados por alguém de direito, o programa eleitoral da “São+Luís” é uma anedota, é uma anedota em tudo parecida com a do pai do Chico. Só que duvido que os vilarealenses se deixem adormecer como o Chico.

Quase sem recursos e tendo que pagar dívidas do passado e com muitas receitas também gastas no passado é possível imaginar um pouco melhor para Vila Real, para isso é necessário rigor, honestidade, transparência e democracia, tudo valores que não são a praia da "São+Luís". No próximo domingo Vila Real de Santo António vai escolher entre vários projetos que permitem sonhar e uma agenda bi-pessoal que será um pesadelo.

Autárquicas

Rui Moreira aproveitou-se de um discurso de circunstância para numa manobra manhosa afastar o PS, estava convencido de que já não precisava do apoio do PS e que conseguindo manter Pizarro na sua equipa conseguia destruir o PS. Saiu-lhe o iro pela culatra e agora luta de forma desesperada pela sobrevivência e nem o Centro de Sondagens da Católica se escapa à sua raiva.

Passos Coelho insiste em luta pela sobrevivência tirando o palco aos autarcas para fazer a sua própria campanha numas eleições autárquicas que o PSD transformou nas primárias para a sua liderança. Mas em vez de mudar o discurso não consegue superar o trauma de não ter conseguido apoio parlamentar para um governo minoritário e a cada intervenção lá vai exibindo o ressabiamento. Entretanto, como o discurso de André Ventura não parece ter dado resultado, não vai aparecer a apoiar o seu maravilhoso candidato a Loures.

O que levará a Aximage a fazer sondagens para um concelho, Vila Real de Santo António, onde é suposto o PSD estar tranquilo? Acontece a autarquia deste concelho é uma boa cliente de sondagens daquela empresa. A sondagem da Aximage vale o que vale, é um exemplo que mostra que sempre que uma empresa de sondagens faz uma sondagem devia inscrever uma declaração de interesses na sua ficha técnica. Há em Portugal várias empresas de sondagens que num dia trabalham para os partidos e no outro fazem sondagens onde o principal interessado é esse partido.

Assunção Cristas está batendo a Teresa leal Coelho aos pontos, se a campanha da líder do CDS parece ser uma campanha para uma associação de estudantes, a campanha de Teresa Leal Coelho faz lembrar um cortejo fúnebre. Cristas evitou a campanha nos lidares de idosos, em contrapartida a Teresa Leal Coelho socorre-se dos idosos que lideraram o seu partido para conseguir a notoriedade que não tem. É caso para dizer que a Teresa não sabe andar de Lambreta.

A campanha de Medina não é má nem boa o que é normal num candidato a quem tudo corre bem. A única força da oposição que enfrenta a capital são os administradores e multadores da EMEL que parecem fazer tudo o que está ao seu alcance para perseguir e tramar a vida dos lisboetas, com obras mal geridas onde não se respeitam os peões ou com uma caça miserável à multa como os portugueses nunca tinham assistido na capital.

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Rui Moreira, populista da direita

O que se passou nos últimos dias no Porto que justifiquem que o populista de direita daquela cidade apele a uma maioria absoluta? É mais do que óbvio que Rui Moreira percebeu que não conseguiu destruir o PS loca e que pode vir a pagar com língua de palmo a forma como se comportou com aquele partido. Em vez de ter o PS a apoiá-lo vai muito provavelmente ter de governar sem maioria se não perder mesmo as eleições.

O discurso de Moreira é o discurso de um candidato desesperado que tenta tudo para inverter uma tendência eleitoral que não o favorece.

«O candidato independente à Câmara do Porto, Rui Moreira, pediu hoje aos portuenses "uma maioria absoluta no domingo", por causa do que tem "sucedido nos últimos dias", designadamente uma operação de manipulação da opinião pública.

"Eu não comento sondagens. A única coisa que digo é que, perante tudo o que tem sucedido nesta campanha, eu espero que os portuenses compreendam muito bem aquilo que está a suceder e que nos deem a maioria absoluta no domingo", pediu hoje de manhã Rui Moreira, à saída de uma reunião que teve na Associação Comercial do Porto.

Questionado pelos jornalistas para comentar uma sondagem que dá um empate entre Rui Moreira e Manuel Pizarro (PS), o candidato independente reiterou que "perante as coisas que têm sucedido ultimamente" considera que "neste momento era muito importante para a cidade" ter "mesmo maioria absoluta".» [DN]

 As autárquicas dentro do PSD

O PSD está doente e a precisar de uma consulta de psiquiatria, o presidente ignora os principais concelhos e ignora mesmo que se trata de umas eleições autárquicas, está num frenesim de ataques ao governo e tudo serve para fazer discursos, pouco importando a veracidade dos fatos que usa, os seus opositores multiplicam as suas presenças em campanha mas com o desejo secreto de o seu partido sofrer uma pesada derrota. Isto é, o PSD corre em passos acelerado para o abismo que sabe estar já ali.

Alguns dirigentes estão dando verdadeiras lições de sacanice ao país, estão usando as autárquicas para percorrerem o país em busca de apoio, isto é, quando, por exemplo, Paulo Rangel vem fazer discursos esganiçados em Lisboa está-se borrifando para a Teresa Leal Coelho, pretende apenas dizer que sendo oposições não faltou ao partido e dessa forma tenta legitimar a candidatura à liderança. O mesmo faz Rui Rio ao participar numa arruada no Porto, vai apenas para não o acusarem de ter boicotado o partido nestas eleições.

A loucura é quase total, nem Passos Coelho, nem Rui Rio, nem Rangel estão fazendo campanha para ajudar os seus autarcas a serem eleitos, de forma canalha estão-se aproveitando do trabalho dos seus militantes para concorrerem numa campanha virtual à liderança do PSD. As autárquicas não servem para eleger autarcas do PSD, são acima de tudo a primeira volta da eleição do futuro líder do PSD. Vai ganhar aquele que foi mais esperto, mais cínico, mais canalha e mais oportunista.

      
 Passos Coelho a marinar
   
«“Em qualquer circunstância”. É precisamente com esta expressão que Rui Rio tem garantido a meio PSD, nas últimas semanas, que é desta que o partido o vai ver numa disputa pela liderança, já a seguir às eleições autárquicas. “Meio PSD” é uma expressão que, garantem os seus apoiantes, é literal: “No último ano e meio já correu 160 concelhos, incluindo as ilhas” - isto desde que Marcelo rumou à Presidência e Costa é primeiro-ministro. “Está tudo preparado, este é o momento”. 

Mas não será logo na noite eleitoral. No domingo, Rui Rio quer olhar para os resultados do PSD, que ele e muitos no partido prevêem trazer o pior cenário: uma derrota histórica em Lisboa, outra no Porto. “Até a sondagem do JN que dava o PS quase empatado com Rui Moreira piorou as coisas, pode levar muita gente do PSD a votar Moreira para evitar uma vitória do PS”, diz um dos cépticos da actual direcção. Em Lisboa, anota outra fonte, “vai ser uma transferência de votos para Cristas”. Em duas semanas, duas sondagens deram o cenário em quem ninguém queria acreditar - Cristas à frente de Leal Coelho - e o partido abaixo dos 15%. 

Nestes dias de campanha ninguém, mesmo na oposição interna, quis dar argumentos a Passos Coelho. E todos se juntaram na campanha, do próprio Rui Rio a Ferreira Leite, passando por Paulo Rangel. Todos não: faltou (para já) Morais Sarmento, um dos estará na primeira linha do ataque à liderança; e Feliciano Barreiras Duarte, que chegou a ser chefe de gabinete de Passos e seu secretário de Estado, foi recusado como candidato em Leiria e está agora a preparar terreno para o “assalto” à liderança.» [Público]
   
Parecer:

A estratégia manhosa de Rui Rio.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

quarta-feira, setembro 27, 2017

CMVRSA: "Agora é São" ou "Agora Somos"?



Com a lei que impede os autarcas de se candidatarem a um quarto mandato o DJ do Sem Espinhas não se pode candidatar e para isso e ainda antes da feita mandou instalar um carrossel ali para os lados do Sapal. Mandou a São, rapariga que tem feito todos os fretes, enquanto ele vai ali a Castro Marim fazer uns biscates. Por sua vez o autarca de Castro Marim em vez de ceder o lugar aos Estevens, roeu a corda e decidiu-se recandidatar-se dizendo ao seu antecessor que "quem vai ao mar perde o lugar".

Zangam-se as comadres e o carrocel parece estar empanado, o Estevens candidata-.se como independente e o médico de Alcoutim arrisca-se a perder os seu consultório em Castro Marim, terra que adoptou mas que não o adoptou. 

Tudo isto é ridículo, mas mais do que ridículo é a falta de dignidade com que um concelho como o de Vila Real de Santo António é tratado. A verdade é que a São é uma espécie de Dmitry Medvedev, o primeiro-ministro russo que foi presidente enquanto Putin foi primeiro.ministro por estar impedido de se candidatar à presidência devido à lei de limitação de mandatos.

Isto é, durante quatro anos Vila real de Santo António vai ter alguém a assinar os papeis que o DJ do Sem Espinhas escreve. Deixa a autarquia endividada, compromete as receitas futuras com negócios manhosos e no fim, enquanto vai fazer uns fretes em Castro Marim, se os eleitores deixarem, deixa uma espécie de marioneta, uma presidente de comissão administrativa, até que a lei lhe permita regressar, isso se for mal sucedido na sua carreira de músico pimba.

Vila Real de Santo António merecia melhor e esperemos que os vilarealenses rejeitem uma solução autárquica tão pouco digna e concebida apenas para resolver os problemas ao DJ do Sem Espinhas.


Uma explicação à São

Talvez a senhora não saiba e por isso diga os disparates que se podiam ler na edição de hoje do Público, mas acima do Tribunal Constitucional não há mais nenhum tribunal. Só mesmo quem tem uma visão pequenina do sistema democrático pode sugerir que um acórdão do Tribunal Constitucional fica  a aguardar pela decisão de um juiz de primeira instância sobre uma queixa de uma das partes que nada tem que ver com o acórdão.

A São vai comer e calar pois se não aplicar o acórdão do Tribunal Constitucional quem terá de responder em sede de tribunal criminal é ela, pelo crime de desobediência. A "democracia" na autarquia onde ela faz que manda pode ter muito de tropical, mas vão ter de obedecer ao acórdão do Tribunal.

Pobre senhora que parece saber tanto de leis quanto eu sei de lagares de azeite. A senhora bem pode abrir processos nos tribunais criminais, no comercial ou no tribunal de menores contra a vítima do seu despotismo mesmo que a vítima seja uma déspota, porque na hora de cumprir o acórdão do TC vai ter mesmo de o cumprir, isso se em má hora os eleitores se enganarem e a escolherem. É pena que a senhora não saiba o que é o Tribunal Constitucional, nem mesmo depois de gastar gastar mais dinheiro com um dos escritórios de advogados mais caros do país.

A sondagem

O CM publicou uma sondagem oportuna e interessante para ajudar a São:



O problema desta sondagem reside na ficha técnica que está incompleta, os dados que lá constam não são suficientes para interpretar os seus resultados. Para se poder ler a sondagem seria necessário que na sua ficha técnica constasse quanto é que ao longo destes anos a CMVRSA já pagou à Aximage em sondagens encomendadas pela autarquia. Assim, talvez se percebesse melhor os resultados e o momento em que é lançada.

A minha única dúvida em relação a esta sondagem é se as cervejolas foram acompanhadas com tremoços ou com estupeta de atum, porque devem ter bebido mais cervejas do que os telefonemas que fizeram.

As nossas "Garzonetes"

Notícia do dia:

“Ao aterrar em Joanesburgo o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, foi detido ao abrigo de um mandato internacional emitido pela justiça portuguesa. Acusado  e condenado por corrupção ativa o antigo vice de José Eduardo dos Santos caiu em desgraça, tendo-lhe sido retirado o passaporte diplomático. Manuel Vicente já está a bordo de um avião a caminho de Lisboa, onde será preso e algemado por agentes da Autoridade Aduaneira, acompanhados do juiz Mário Alexandre”.

Se esta notícia fosse verdadeira muitas outras também o seriam, o “Correio da Manhã” angolano teria divulgado todas as escutas e interrogatórios, já saberíamos o que oferecia à esposa, quantos primos tem e a cor das cuecas. Durante um ano e antes de ser condenado a sua imagem seria meticulosamente destruída e muito antes do julgamento já angolanos e portugueses o teriam condenado.

Os jornais portugueses já estariam a dizer que depois de Guterres tínhamos duas grandes personalidades de prestígio internacional, Maria José e Joana seriam as novas juízas Garzon, as Garzonetes portuguesas. Velhos camaradas dp MRPP ou colegas de primária das Garzonetes estariam a formalizar uma candidatura a Prémio Nobel da Paz. Portugal teria feito o que muitos Tribunais Penais Internacionais não fazem, prender uma das mais altas personalidades de um dos países mais ricos do mundo, ainda por cima um dos países aliados de Portugal.~

Pois, mas nada disto vai suceder, Manuel Vicente vai sobreviver às diatribes do nosso MP e ainda estará no ativo quando as nossas “Garzonetes” se reformarem. Entretanto, há uma grande probabilidade de o processo vir a destruir as relações entre Portugal e Angola. Graças à separação de poderes os magistrados são os donos da bola, ditam as regras, podem meter-se na política mas a política não se pode meter no MP. O país, os exportadores portugueses, as empresas que investiram em Angola, os que para lá emigraram, estão á mercê de um processo que todos sabemos que vai dar em águas de bacalhau, aliás, o mesmo que sucede a muitos outros processos.

Quem é que no fim disto tudo vai assumir o prejuízo da brincadeira? O país esteve em profunda crise financeira e precisa de ter boas relações com os principais parceiros, mas em plena crise alguém se lembrou de torpedear a relação de Portugal com um dos seus principais parceiros, com um processo sem saída. A crise está passando, os magistrados até já exigem aumentos e mais mordomias, mas os portugueses que vivem das relações com angola têm a sua vida pendurada por um processo de onde ninguém sabe como se sai.


Umas no cravo e outras na ferradura




 Desta vez concordo com Assunção cristas

A entrada para a Função Pública obriga a um concurso público que garanta  a igualdade a todos os cidadãos. Todos os precários entraram no Estado sem qualquer concurso e, portanto, sem garantir o princípio da igualdade. Se tivesse sido aberto um concurso é muito provável que muitos dos que hoje se queixam de ser precários não teriam tido o emprego conseguido passando à frente de outros.

Faz sentido acabar com a situação de precariedade no Estado, mas isso não pode excluir outros cidadãos que não estiveram desempregados porque não lhes foi dada a infeliz oportunidade de serem precários. Aceito que o tempo de serviço seja valorizado num concurso, mas duvido da legalidade e legitimidade do processo, tal como Assunção Cristas duvido muito que tal seja constitucional. Desta vez concordo com Assunção Cristas.

      
 Direita militar em movimento
   
«O major-general Marco Serronha foi exonerado há uma semana do cargo de diretor coordenador do Estado-Maior do Exército, soube ontem o DN. Está por saber se a decisão é consequência de uma notícia relacionada com o furto nos paióis de Tancos e publicada há dois fins de semana pelo Expresso.

O porta-voz do ramo confirmou ao DN que Marco Serronha - que o DN tentou contactar - foi exonerado e colocado no gabinete do comandante das Forças Terrestres (CTF), escusando-se a comentar as razões da decisão do chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte. Assim, só quando se souber se o militar é ou não promovido a três estrelas se poderá perceber se a exoneração antecipou a sua nomeação para CTF ou foi um castigo.» [DN]
   
Parecer:

Os velhos vícios são difíceis de perder.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demitam-se todos os golpistas.»
  
 Cristas pode ter razão
   
«A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu hoje que o processo de regularização de trabalhadores precários do Estado pode incorrer em inconstitucionalidade, argumentando que está em causa o princípio da igualdade.

Assunção Cristas considerou que o princípio da igualdade está em causa quando se fecha um concurso público apenas às pessoas em situação de precaridade e também na cláusula que estabelece "que quem não quisesse passar para o novo regime de integração tinha, obrigatoriamente, de largar o serviço que prestava ao Estado".» [DN]
   
Parecer:

Muitos precários entraram no Estado pela porta do cavalo enquanto muitos outros não tiveram a mesma oportunidade e agora não têm qualquer possibilidade de concorrer a vagas que foram ocupadas sem qualquer concurso.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Coloque-se o problema ao Tribunal Constitucional.»

 Portugal fora dos amigos de Angola
   
«O novo Presidente angolano, João Lourenço, excluiu Portugal da lista de principais parceiros, no seu discurso de tomada de posse, sublinhando que Angola considerará todos que “respeitem” a soberania nacional.

A posição foi assumida por João Lourenço na cerimónia oficial de investidura como novo chefe de Estado angolano, que decorreu hoje em Luanda e na qual o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o único chefe de Estado europeu presente.

Angola dará primazia a importantes parceiros, tais como Estados Unidos da América, República Popular da China, a Federação Russa, a República Federativa do Brasil, a índia, o Japão, a Alemanha, a Espanha, a Franca, a Itália, o Reino Unido, a Coreia do Sul e outros parceiros não menos importantes, desde que respeitem a nossa soberania”, disse João Lourenço.

O novo chefe de Estado não fez qualquer referência a Portugal, principal origem das importações angolanas, no seu primeiro discurso oficial, numa altura de tensão na relação entre os dois países, decorrendo investigações das autoridades portugueses a figuras do regime angolano.» [Observador]
   
Parecer:

Era de esperar, isto de querer transformar Portugal num pequeno tribunal internacional tem os seus custos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Desconte-se o prejuízo no orçamento da PGR.»

terça-feira, setembro 26, 2017

CMVRSA: o plebiscito

Abro o Google e procuro por “Vila Real de Santo António investimento”, a resposta transporta-me para uma espécie de Dubai, chovem investimentos, 3 milhões numa pousada, seis novos hotéis anunciados em março de 2016, a CML foi ao Salão Imobiliário mostrar a nova Germania algarvia , uns bonecos que o autarca comprou por 180.000 euro, em maio de 2016 anunciava-se que ia abrir o primeiro hotel de cinco estrelas, a autarquia apresenta investimentos de 200 milhões da Bolsa de Turismo de Lisboa. Quem lê as notícias fica espantado porque o concelho foi uma aldeia gaulesa no meio da crise internacional iniciada em 2008.

O problema é quando confrontamos a realidade com as notícias, como muito bem poderia dizer o ilustre cidadão de Boliqueime “a realidade acaba sempre por derrotar a mentira”. Em vez de grandes hotéis vemos bairros sociais degradados, na praia de Monte Gordo vemos as barracas dos pescadores a caírem de podre enquanto as paredes do seu bairro há anos que não sabem o que é tinta. Onde se imaginava uma terra com empregos vemos gente a depender do rendimento social de impressão, os jovens que deveriam ter bons empregos estão em programas ocupacionais e são mobilizados para as arruadas.

Em vez de empresas que criem riqueza e empregos nascem algures no país empresas que só têm contratos com a autarquia, para não falar das empresas locais cuja existência depende dos dinheiros que a CM vai arranjando junto da banca. Onde estão os mais de 350.000 de euros que a CMVRSA gastou nos últimos três mandatos? Numa morgue, numa escola e no edifício camarário? Onde está a obra que justifique tanto dinheiro.

Como se pode explicar que uma pequena autarquia gaste mais em assessorias jurídicas do que muitas grandes empresas? O que de tão valioso vende a CMVRSA para que se gatem tantas centenas de milhares de euro em consultores de marketing? Como é que é possível que em plena crise e com tantos portugueses em dificuldades se comprem uns bonecos arquitetónicos por 180.000 só para um autarca com vocação para cantor caribenho ande armado em Marquês de Pombal.

Como é que se entende tanta mudança de opção política, tantas mudanças de campo por parte de candidatos, o silêncio do jornal local, será pela qualidade políticas e humanas do DJ do Sem Espinhas? Existirão contratos detalhados e justificações escritas para os muitos negócios de adjudicações diretas em que as empresas contratadas nasceram para servir exclusivo a CMVRSA? Há obra feita que justifique tanto dinheiro e tantas adjudicações? De certeza que o Tribunal de Contas analisa estes processos com o mesmo rigor que põe nas auditorias a grandes direções-gerais? O MP preocupa-se tanto com estes negócios como com os políticos das grandes cidades. Alguém devia recordar às autoridades que VRSA não é uma freguesia de Ayamonte.

Os processos até podem ser explicados ainda, talvez se tenha escrito direito por linhas tortas, mas a verdade é que é muito dinheiro, empresas duvidosas, adjudicações sem um mínimo de transparência e tudo isto num concelho campeão da dívida, onde se deve mais de 150.000.000 de euros e com uma boa parte das futuras receitas comprometidas por negócios manhosos que permitiram gastar o dinheiro que já não se tinha. Tudo pode ser administrativamente correto mas a verdade é que nem tudo o que é aparentemente correto é moralmente aceitável.

Este pequeno monstro eleitoral em que o PSD permitiu que se transformassem as suas estruturas locais vai acabar por explodir. Por mais agitados que andem os seus beneficiários ou os respetivos progenitores, a verdade é que o dinheiro acabou, o único banco a que poderão recorrer para continuar com os negócios do costume deverá ser o “banco da areia” e mesmo esse parece ter fugido para a Isla Canela. Mais tarde ou mais cedo a Câmara vai estourar financeiramente e nessa altura veremos muitas ratazanas a fugir com medo das consequências jurídicas.

As próximas eleições vão ser um plebiscito ao métodos do DJ do Sem Espinhas, os eleitores vão dizer se apoiam aquilo em que este senhor transformou o seu concelho ou vão acabar com um ciclo miserável de doze anos e escolhem gente honesta, independentemente do partido a que pertence.

A oposição dos relatórios

Hoje deveríamos estar a comemorar a chegada do diabo, o mafarrico deveria ter vindo no ano passado, por ocasião da divulgação do relatório da execução orçamental, para devolver o poder ao “legítimo primeiro-ministro”, o tal senhor que ganhou as eleições, mas cujo governo não passou no parlamento, ficando para a história graças às cheias de Albufeira.

Passado um ano, o diabrete de Massamá volta a usar relatórios como cajado, agora já não se preocupa com os da execução orçamental, nem se excita na véspera das revisões da notação das agências de rating. Depois de um verão em que inventou mortes, uns por suicídio e outros que supostamente estariam escondidos no galinheiro dos pavões do jardim da residência oficial e São Bento, Passos vasculha relatórios.

Há algo de semelhante entre o relatório da execução orçamental de Setembro de 2016 e o suposto relatório da secreta militar, uma inutilidade institucional que por aquilo que se diz parece servir para que uns rapazolas engajados partidariamente se entretenham a coçar os ditos enquanto a cada dia 21 os contribuintes lhes abonam as contas bancárias. 

O relatório da execução orçamental estava armadilhado, Paulo Núncio e Maria Luís Albuquerque tinham “roubado” muitas centenas de milhões de euros de receita fiscal de 2016 para fazerem campanha eleitoral em todo o ano de 2015. Por isso Passos andou 7 meses com a sua pantomina do primeiro-ministro no exílio, convencido de que quando todas as vigarices da sua equipa fiscal rebentassem com as contas, o que deveria suceder em setembro.

Também este relatório das secretas, no pressuposto de que existe, cheira que tresanda a manipulação por parte de gente que o PSD infiltrou nas secretas. É ridículo que um qualquer sargento-mor escreva um relatório com opiniões pessoais sobre o primeiro-ministro ou sobre o ministro e que depois esses governantes sejam achincalhados na praça pública. Só alguém sem grande sentido de Estado e que luta desesperadamente pela sobrevivência, se socorre de um relatório para fazer política.

Qualquer pessoa com um mínimo de lucidez conclui que se tal relatório existe e com as críticas referidas no Expresso, o mesmo jornal que deu voz aos falsos mortos de Pedrógão Grande, toda a hierarquia que nele colocou um despacho de “concordo” ou que decidiu remetê-lo a outras instituições deveria estar já demitida. No dia em que os funcionários do Estado servirem para elaborar relatórios a achincalhar governantes ou quando estes tiverem de obedecer a sargentos da secreta, o melhor é perguntar a Madrid se não quer trocar a Catalunha por Portugal.

Sem agenda e sem propostas Passos faz uma política baseada em relatórios pouco se importando se existem mesmo ou se correspondem à verdade. Há um ano esperava por um relatório cujos dados ele próprios tinha mandado manipular, já anunciou mortos por suicídio e mortos escondidos, agora socorre-se de um relatório mais do que duvidoso. Um dia destes ainda vai ler o relatório da sua autópsia política e pelas movimentações de Rangel, Santana, Marco António, Montenegro e Rui Rio já faltou mais para que isso aconteça.

Umas no cravo e outras na ferradua



 Jumento do Dia

   
carlos Costa, ainda governador do BdP

Carlos Costa parece esquecer que a independência do banco central tem dois sentidos e que da mesma forma que o governo deve respeitar o banco, também o governador deste deve evitar ser oposição. Além disso, Carlos Costa não precisa de fazer discursos manhosos para defender a independência do banco, o estatuto que defende essa independência é anterior ao seu mandato e sem essa independência Portugal nem poderia estar na zona euro.

O que Carlos Costa fez foi usar uma conferência para entrar na comunicação social, ajudando quem o ajudou a manter-se em governador e que lhe deve uma ajuda militantes às medidas de austeridade mais brutais. Recorde-se que os cortes de pensões e vencimentos atingiram todo o Estado, incluindo os tribunais, deixando de fora apenas o BdP. Para isso carlos Costa meteu um secretário de Estado da Administração Pública, que depois foi premiado com um lugar na administração do banco. É a isto que ele chama independência do BdP.

«O Governo considera “lamentáveis” as declarações proferidas esta segunda-feira pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, sobre o que diz ser “a tentação de reduzir a independência dos bancos centrais”.

“A tentação de reduzir a independência dos bancos centrais não é só dos países do sul. (…) Não é só uma questão dos portugueses, coloquem dinheiro num lado qualquer e a tentação vai surgir”, disse Costa, citado pelo Eco, numa conferência sobre gestão de risco nos bancos centrais.

As declarações surgem num momento em que o Governo prepara uma reformulação da supervisão financeira em Portugal, que passará a incluir uma autoridade nacional de resolução bancária a ser liderada por um administrador indicado pelo Ministério das Finanças.

“É lamentável”, reage fonte oficial do Ministério perante as declarações de Costa. “Nunca foi essa a postura nem a forma como o Ministério das Finanças se relacionou com o Banco de Portugal. Esperamos que o Sr. Governador se retracte das declarações que fez, em nome de um relacionamento institucional saudável”, acrescenta.» [Público]

      
 Tentam salvar a Teresa
   
«A candidata do PSD à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Leal Coelho, vincou hoje que está "muito bem rodeada" por figuras do partido nesta campanha, anunciando que Marques Mendes e Santana Lopes irão juntar-se esta semana.

"Eu estou muito, muito bem rodeada", disse aos jornalistas, no final de um pequeno passeio na freguesia das Avenidas Novas, que contou com a presença da antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite.» [DN]
   
Parecer:

Enquanto se preparam para derrubar Passos algumas personalidades do PSD aparecem a apoiar os seus candidatos autárquicos para que não possam ser acusados de terem ajudado à derrota.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Pobre Teresa
   
«Manuela Ferreira Leite juntou-se hoje à campanha de Teresa Leal Coelho para um pequeno-almoço e uma arruada - que foi na verdade um passeio, praticamente sem contacto com a população - nas Avenidas Novas. Uma ação de campanha discreta, onde a interação com os eleitores se resumiu à entrada numa farmácia e num café e à distribuição de meia dúzia de folhetos, e que a ex-líder social-democrata explicou assim: "Não esperem que tenhamos pessoas atrás de nós, que esteja tudo aos gritos, que se faça comícios. Isso já não se usa, já não existe. A única coisa que existe neste momento é a comunicação social e as redes sociais".» [DN]
   
Parecer:

A candidata do PSD continua a arrastar-se por Lisboa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Já não é notícia
   
«As informações foram reveladas esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças, que afirma que os números agora apresentados dão "confiança no alcance dos objectivos orçamentais definidos para 2017", permitindo "acomodar o impacto de factores que se traduzirão num abrandamento do ritmo de redução do défice no quarto trimestre".

As Finanças revelam ainda que a receita fiscal cresceu 6% até Agosto, um ritmo que é aproximadamente o dobro daquele que era esperado no Orçamento do Estado para a totalidade do ano.

No que diz respeito à despesa, o crescimento foi de 0,4%, sendo que o investimento regista uma subida de 29,4%, quando se retira do cálculo o valor das PPP.» [Público]
   
Parecer:

Já nem liga aos relatórios da execução orçamental, mesmo tendo passado um ano desde a divulgação do relatório de setembro de 2016., aquele que traria o diabo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se cohnecimento ao diabrete de Massamá.»