domingo, setembro 17, 2017

Semanada

Quando no passado mês de março a S&P manteve a dívida portuguesa no lixo e sem perspetivas de alteração maria Luís Albuquerque veio a público manifestar a sua concordância com decisão daquela agência de notação. Passados seis meses o PSD esqueceu o que os seus dirigentes disseram no passado e Passos Coelho veio chamar a si os louros da alteração da notação da mesma agência, que retirou Portugal do lixo. Passos está esquecido de quando dizia que defendia o voto nos partidos de esquerda se a estratégia económica do governo desse resultado, ou de quando informou o país de que a vinda do diabo estava para breve.

A colagem de Passos a André é cada vez mais evidente e militantes, sinal de que as declarações do candidato a Loures foram mais do que um desabafo. Isso foi evidente quando Passos escolheu o tema da imigração como ponto forte do seu discurso no Portal, não admirando que o líder do PSD ignore a quase totalidade das suas candidaturas autárquicas, não deixando passar uma semana sem falar de Loures. Para regressar ao poder vale tudo e o PSD corre um sério risco de resvalar totalmente para a extrema-direita com um líder em desespero, que não hesitará em imitar Trump nas próximas legislativas.

Sem argumentos a extrema-direita chique desdobra-se em jogadas sujas, numa semana não só lançou o suposto caso do candidato do PS a Lisboa, como ainda descobriu que o filho de um amigo do primeiro-ministro é estagiário numa empresa do Estado. É bom que os governantes e autarcas da esquerda pensem bem antes de cada passo pois tudo vale a esta extrema-direita chique, liderada pelo Observador, par chegar de novo ao poder, antes que Passos Coelho seja corrido da liderança do PSD.

Quando se pensava que a licenciatura de Miguel Relvas tinha sido um aviso aos idiotas deste país, eis que somos surpreendidos por mais um doutor da Farinha Amparo, desta vez o presidente da Proteção Civil. Ainda por cima o pobre doutor levou uma semana até perceber que tinha mesmo de se demitir, o homem estava mesmo convencido de que ficaria no cargo contra a vontade de todos. Talvez não fosse má ideia saber quem no governo se lembrou de nomear este senhor.

Se Medina ganhar as eleições em Lisboa com maioria absoluta consegue-os apesar da EMEL. A arrogância desta empresa municipal, o desprezo dos seus dirigentes pela cidade e pelos lisboetas e as práticas abusivas são tantas que o seu presidente devia ser considerado e tratado como líder da oposição em Lisboa. Nunca os cidadãos desta cidade foram vítimas de uma caça à multa tão oportunista como a que está sendo liderada pelo presidente da EMEL
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