Desde que os incêndios de Pedrógão ocorreram que o país tem assistido a uma catadupa de acontecimentos que nada têm que ver com a resolução dos problemas. O famoso assalto a Tancos ainda deu uma ou duas semanas de descanso a Pedrógão Grande, mas m al se percebeu que ali nada havia para explorar Passos e Assunção Cristas voltaram ao ataque.
Nos primeiros dias Cristas andou desaparecida e Passos ainda ensaiou uma postura de homem de Estado, visitou a Proteção Civil e poupou nas declarações. Poucos dias depois percebeu que podia fazer render as vítimas dos incêndios em seu favor e foi a correr para Pedrógão, ao que parece o candidato a autarca do PSD e senhor da Santa Casa local tinha boas novidades para o ajudar. Surge então a declaração de que alguns cidadãos se tinham suicidado, enquanto outros ficaram feridos por tentativas falhadas de suicídios. No mesmo momento em que contava a sua “boa nova” foi desmentido por um assessor, mas insistiu nas tentativas de suicídio que terá deixado feridos.
A culpa dos suicídios foi a ausência do Estado, as vítimas dos incêndios estavam a suicidar-se porque não aparecia ninguém para os ajudar. Começou aqui a saga do argumento usado até á exaustão “o Estado falhou!”, argumento que foi promovido a estratégia política e usado em todos os domínios.
Depois da barracada dos suicídios Passos andou fugido e escondido durante uns tempos, até que surge outra oportunidade. Uma maluquinha de Lisboa andou a contar mortos e concluiu que teriam morrido quase cem pessoas nos incêndios de Pedrógão. Tal como a SIC em tempos acreditou num falso “assessor do FMI” que condenava a austeridade, Passos não hesitou em acreditar na maluquinha dos mortos. Durante dias o país suspeitou de que António Costa teria escondido mais de trinta cadáveres nos galinheiros dos perus de São Bento.
Desmontada a falsidade dos mortos, quando depois de muitos dias o MP se ter decidido a contar a verdade, apesar de todo o alarme público que tinha havido, Passos voltou para as suas ausências prolongadas dos últimos dois meses. Ainda ensaiou uma tentativa de dizer que a ajuda não estava a chegar ás populações, mas rapidamente se calou quando foi desmentido.
Agora Passos voltou a fazer surf à custa das vítimas dos incêndios, revelando uma grande irresponsabilidade e um total desconhecimento da situação pensou que o Governo estava a gerir mal os donativos dos portugueses para as vítimas dos incêndios. Deu mais um tiro no pé, pela enésima vez foi oportunista e falhou.
O que levará um líder de um grande partido a ser tão oportunista, não hesitando em aproveitar todos os boatos e mentiras de maluquinhas, revelando um total desconhecimento dos dossiers e um grande desinteresse pepa realidade, preferindo boatos e mentiras? Passos já fez tanta asneira neste dossier, apesar de todas as sondagens lhe sugerirem que tenha juízo e seja mais rigoroso, honesto e competente, que não se compreende esta fixação nos incêndios como se fossem a sua boia de salvação. Passos ainda não percebeu que não há incêndio que o salve.