quinta-feira, setembro 28, 2017

CMVRS: imaginem caros vilarealenses



Caros concidadãos da minha terra,

Imaginem se em vez de terem gasto dois milhões de euros com a organização de uma festa de fim de ano e a boite da astróloga Maia, na Manta Rota, a dupla "Luís+São" tivessem investido num centro de tecnologias informáticas para ocupar e qualificar os nosso jovens, proporcionando-lhes recursos e condições de estudo que os preparasse para novos projetos profissionais e empresarias. Imaginem se em vez de amizades com Maias e Castelos Brancos a autarquia tivesse apostado em parcerias com empresas tecnológicas apostando em projetos para os mais jovens.

Imaginem que se em vez de Vila Real de Santo António ser conhecida pela única terra de Portugal e muito provavelmente da Europa onde se cobra estacionamento desde as 8 às 22 horas todos os dias da semana e se for no verão em Monte Gordo durante as 24 horas do dia, a nossa terra fosse conhecida como sendo a terra do país com mais acessos à banda larga e ou mesmo com acesso wi-fi livre. Para que serviram os 400.000 euros de receita que o “Luís+São” roubaram às futuras gestões da CMVRSA? A troco do quê a CMVRSA está esquecendo desde Junho de 2016 a cobrança de 15 mil € por mês à empresa gestora dos parques e ignora algumas disposições contratuais que nunca foram cumpridas?

Imaginem se em vez de terem gasto 180.000 € nuns “bonecos” arquitetónicos da treta para andarem a dizer que ia construir uma Vila Real parecida com o Dubai inspirada na Germania do III Reich do gajo do bigodinho, a CMVRSA tivesse apostado na biblioteca das escolas e na disponibilização de livros a todos os alunos do ensino secundário.

Imaginem se em vez de a dupla “Luís+São” gastar centenas de milhares de euros em adjudicações manhosas as empresas de “marketing” que nascem e morrem para trabalharem em exclusivo para a CMVRSA, tivessem apostado todas essas centenas e centenas de milhares de euros na promoção de iniciativas empresariais, recorrendo a entidades independentes e competentes para garantir que o dinheiro era bem aplicado e se apostasse nos melhores em vez de favorecer familiares e clientelas.

Imaginem se durante estes doze anos os quase 400.000 milhões de euros fossem gastos com rigor, honestidade e de forma criteriosa a conseguir multiplicar ao máximo os seus resultados medidos em crescimento económico, investimento e qualificação, em vez de terem sido gastos a pensar na criação de uma clientela e no enriquecimento de empresas de amigos para se controlarem resultados eleitorais e manter o “Luís+São” no poder, condenado uma autarquia a um longo inverno de miséria financeira, humana e cultural.

Foi tudo isto e muito mais que os vilarealenses perderam com esta dupla na autarquia, é tudo isto e muito mais se esta gestão perversa e incompetente se mantiver à frente dos destinos de um concelho que é cada vez mais pobre e que se afunda numa imensa teia de oportunismo. Infelizmente só podemos imaginar o que de muito bom se poderia ter feito com uma imensidão de recursos financeiros que foram esbanjados, depois de doze anos o concelho ganhou um mau cantor e uma candidata a sucessora cujo pensamento a crer pelas fotos de campanha está mais ou menos entre as dez e meia e um quarto para as onze.

Há uma velha anedota do homem que sem dinheiro para dar de comer aos filhos pegava num ao colo e ia dizendo ao filho “Ó Chico comias um bifinho com batatas fritas?”, “ó se comia!”, e depois comias um pratinho de arroz doce?”, “ó se comia!” respondia o miúdo, que, entretanto, adormecia. Quando via o moço tinha adormecido berrava para a mulher “ò Maria traz outro que este já jantou!”.

Com uma autarquia empenhada e arruinada, com uma terra deprimida e com muita gente a recear que os processos e negócios duvidosos do “Luís+são” sejam escrutinados por alguém de direito, o programa eleitoral da “São+Luís” é uma anedota, é uma anedota em tudo parecida com a do pai do Chico. Só que duvido que os vilarealenses se deixem adormecer como o Chico.

Quase sem recursos e tendo que pagar dívidas do passado e com muitas receitas também gastas no passado é possível imaginar um pouco melhor para Vila Real, para isso é necessário rigor, honestidade, transparência e democracia, tudo valores que não são a praia da "São+Luís". No próximo domingo Vila Real de Santo António vai escolher entre vários projetos que permitem sonhar e uma agenda bi-pessoal que será um pesadelo.