sábado, setembro 16, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Passos Coelho

Passos Coelho insiste no caminho perigoso de se colar aos valores do André Ventura convencido de que isso lhe trás votos. Até parece que está a ensaiar o trumpismo em Loures para concluir se vale a pena empurrar o PSD ainda mais para a extrema-direita nas próximas eleições.

Passos ainda está na sua pantomina do primeiro-ministro no exílio e fala como se a opinião dos portugueses tivesse congelado em 2015 e ainda não soubesse do logro que foram as suas políticas, comprovado pelo sucesso do atual governo na economia.

«Os ciganos vivem quase exclusivamente dos subsídios do Estado”, disse André Ventura, candidato do PSD à liderança do município de Loures, numa entrevista em julho. E assim começou um turbilhão de polémica. O CDS abandonou o apoio deste candidato e os partidos da esquerda partiram ao ataque destas declarações. Passados dois meses, em entrevista à “CMTV” na quinta-feira à noite, Pedro Passos Coelho voltou a defender o candidato do PSD a Loures e acusou quem criticou as palavras do social-democrata de demagogia e populismo.

“Na altura, procurei que ele [André Ventura] se clarificasse perante as pessoas. Não tinha dúvidas sobre isso porque já tinha falado com ele sobre o que se passa em Loures e noutros pontos do País. Existem respostas que são discriminações positivas mas as pessoas acabam por criar uma espécie de oferta garantida pública que não tem nenhuma contrapartida. Não podemos fechar os olhos, na política, a estas situações. Não podemos ter medo dos demagogos e dos populistas que permitem e, no fundo, com a sua atitude, permitem que situações que acabam por ser profundamente injustas perdurem. E isso, sim, cria uma reação muito negativa”, disse o ex-primeiro-ministro.

PASSOS, O “MAU DA FITA”?
Pedro Passos Coelho recusa ter, neste momento, o papel do político “mau” ao nível nacional, por comparação com o “bom” António Costa. “Se essa fosse a opinião média dos eleitores não teria tido mais votos que António Costa nas legislativas. O ponto que se põe é se perdemos ou não tempo com esta solução de Governo e eu acho que perdemos. Está-se a vender uma ilusão. É uma política dissimulada”, disse.» [Expresso]

 Quem quer ganhar muito mais antes que acabe?

Ok, tudo bem, agora metam-se na fila porque os juízes e os enfermeiros chegaram primeiro.

 Adeus Cassini



 Miguel relvas estava enganado

Quando a vida política portuguesa estava incendiada com a crise financeira Miguel Relvas prognosticou que quando a direita portuguesa chegasse ao poder as agências de notação retirariam a dívida portuguesa da classificação de lixo. Estava enganado, como também estava enganado Passos quando disse que o investimento estrangeiro confiava mais na direita.

 O diabo acabou de chegar

A Massamá.

      
 Mas que grande cunha!
   
«O filho mais novo de Diogo Lacerda Machado — o “melhor amigo” de António Costa que negociou, em nome do primeiro-ministro, os dossiers da TAP e dos lesados do BES — colabora há dois meses, a título “experimental”, com uma empresa do setor empresarial do Estado na área da Defesa. Ao Observador, a idD – Plataformas das Indústrias de Defesa Nacionais S.A. justifica a escolha do novo assessor para as “relações internacionais e diplomáticas” com o “percurso académico” de João Maria Lacerda Machado. Há quase dois anos, o filho mais velho do consultor deixou um mestrado na Bélgica para ocupar um cargo de assessor técnico na secretaria de Estado da Internacionalização.

Depois da licenciatura em Comunicação e Jornalismo, pela Universidade Católica (com uma passagem por Barcelona, em Erasmus), João Maria Lacerda Machado, 27 anos, começou a frequentar um mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais, também pela mesma instituição. Mais recentemente, também na Católica, concluiu um programa avançado em Diplomacia. Esse percurso académico foi a razão para que Lacerda Machado tivesse sido escolhido para um período “experimental” de dois meses na idD.» [Observador]
   
Parecer:

O jornal da extrema-direita chique depois de aturadas investigações conseguiu apurar que o Lacerda conseguiu um emprego para o filho, um licenciado com um mega ordenado de 1.500 euros brutos. Com cunhas e ordenados destes quem quer ir a concursos?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 O coitado precisa de dinheiro para ir às putas
   
«Entretanto, o atual presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou hoje que é sua intenção completar o seu mandato, que expira em meados de janeiro próximo, “sob qualquer circunstância”, mesmo que deixe de ser, entretanto, ministro das Finanças da Holanda.

Questionado sobre a possibilidade de abandonar mais cedo a presidência do Eurogrupo dada a previsível tomada de posse, em breve, de um novo Governo (e ministro das Finanças) holandês, referiu que o assunto não foi abordado, “e a razão é que não há motivo para o discutir”.

Depois de gracejar com o jornalista que lhe colocou a questão, afirmando que “pelos vistos tem mais informação sobre a chegada de um novo Governo na Holanda” do que ele próprio, Dijsselbloem revelou então que é sua intenção ficar até final do mandato, com ou sem novo ministro das Finanças holandês. “Na situação atual sou ainda ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo. E por falar nisso, é minha intenção, sob qualquer circunstância, completar o meu mandato, que vai até meados de janeiro”, declarou.» [Observador]
   
Parecer:

O lado miserável da Europa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se ao senhor que desempate a loja.»

 O que é feito do teu amigo diabo
   
«Cinco anos e meio depois de, no auge da crise, ter colocado Portugal no nível “lixo” da sua tabela de ratings, a Standard & Poor’s contrariou aquela que era a generalidade das expectativas dos mercados e decidiu esta sexta-feira subir a classificação atribuída ao país para BBB-, o primeiro grau acima de “lixo”.

Pela primeira vez desde Janeiro de 2012, Portugal volta a ter, para além da canadiana DBRS, outra agência a garantir-lhe o grau investimento na sua classificação, algo que pode constituir uma ajuda importante na forma como o país acede ao financiamento dos mercados.

A decisão surpreendeu a grande maioria dos analistas que estava à espera da manutenção de um rating BB+, possivelmente com uma alteração da expectativa de “estável” para "positiva”. A surpresa resulta do facto de geralmente as agências de notação financeira preferirem sinalizar, com a mudança de perspectiva (Outlook), as suas alterações de rating. Por exemplo, antes de subirem um rating, passam a perspectiva de “estável” para “positiva”, dando o sinal de que, dentro de alguns meses, a mudança efectiva da classificação pode vir a acontecer. É raro darem o passo imediato de, com uma perspectiva “estável”, alterarem imediatamente o rating. Tal acontece apenas quando há uma mudança mais inesperada da análise feita ao país.

Foi isto que, aparentemente, aconteceu agora à Standard & Poor’s, que decidiu dispensar qualquer mudança da perspectiva, agindo já com uma subida do rating e antecipando-se às suas concorrentes Moody’s e Fitch, que nos últimos meses passaram a perspectiva de “estável” para “positiva” sem no entanto retirarem Portugal do “lixo”.» [Público]
   
Parecer:

O que será feito do amigo de Passos Coelho?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Licenciado com três exames e um avaliador
   
«Rui Esteves, que se demitiu nesta quinta-feira do cargo de comandante nacional da Protecção Civil (Conac), acabou a licenciatura em Protecção Civil pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco em 2009 com a nota final de 13 valores. O percurso académico do agora ex-comandante nacional não é linear e está cheio de particularidades. Uma delas é o facto de só ter começado a licenciatura - que obteve quase na sua totalidade por equivalências - depois de uma lei do Governo de José Sócrates obrigar os comandantes a terem diploma.

A questão da licenciatura nos comandantes da Protecção Civil não é de somenos, uma vez que uma alteração à lei fez com que os membros do comando operacional passassem a ser obrigados a ter curso e tempo de serviço, o que à data provocou alguns problemas, uma vez que muitos dos comandantes operacionais da protecção civil eram sobretudo nomeados pela sua experiência enquanto bombeiros. Aliás, este decreto-lei, elaborado pelo então secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões – que tinha como ministro António Costa –, visava reforçar a estrutura de comando do então Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, que viria a dar lugar à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) nesse mesmo ano, confirmou ao PÚBLICO o então secretário de Estado.» [Público]
   
Parecer:

O homem albardou o burro à vontade do dono e licenciou-se numa "semana".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»