Jumento do Dia
Carlos Costa parece esquecer que a independência do banco central tem dois sentidos e que da mesma forma que o governo deve respeitar o banco, também o governador deste deve evitar ser oposição. Além disso, Carlos Costa não precisa de fazer discursos manhosos para defender a independência do banco, o estatuto que defende essa independência é anterior ao seu mandato e sem essa independência Portugal nem poderia estar na zona euro.
O que Carlos Costa fez foi usar uma conferência para entrar na comunicação social, ajudando quem o ajudou a manter-se em governador e que lhe deve uma ajuda militantes às medidas de austeridade mais brutais. Recorde-se que os cortes de pensões e vencimentos atingiram todo o Estado, incluindo os tribunais, deixando de fora apenas o BdP. Para isso carlos Costa meteu um secretário de Estado da Administração Pública, que depois foi premiado com um lugar na administração do banco. É a isto que ele chama independência do BdP.
«O Governo considera “lamentáveis” as declarações proferidas esta segunda-feira pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, sobre o que diz ser “a tentação de reduzir a independência dos bancos centrais”.
“A tentação de reduzir a independência dos bancos centrais não é só dos países do sul. (…) Não é só uma questão dos portugueses, coloquem dinheiro num lado qualquer e a tentação vai surgir”, disse Costa, citado pelo Eco, numa conferência sobre gestão de risco nos bancos centrais.
As declarações surgem num momento em que o Governo prepara uma reformulação da supervisão financeira em Portugal, que passará a incluir uma autoridade nacional de resolução bancária a ser liderada por um administrador indicado pelo Ministério das Finanças.
“É lamentável”, reage fonte oficial do Ministério perante as declarações de Costa. “Nunca foi essa a postura nem a forma como o Ministério das Finanças se relacionou com o Banco de Portugal. Esperamos que o Sr. Governador se retracte das declarações que fez, em nome de um relacionamento institucional saudável”, acrescenta.» [Público]
Tentam salvar a Teresa
«A candidata do PSD à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Leal Coelho, vincou hoje que está "muito bem rodeada" por figuras do partido nesta campanha, anunciando que Marques Mendes e Santana Lopes irão juntar-se esta semana.
"Eu estou muito, muito bem rodeada", disse aos jornalistas, no final de um pequeno passeio na freguesia das Avenidas Novas, que contou com a presença da antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite.» [DN]
Parecer:
Enquanto se preparam para derrubar Passos algumas personalidades do PSD aparecem a apoiar os seus candidatos autárquicos para que não possam ser acusados de terem ajudado à derrota.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Pobre Teresa
«Manuela Ferreira Leite juntou-se hoje à campanha de Teresa Leal Coelho para um pequeno-almoço e uma arruada - que foi na verdade um passeio, praticamente sem contacto com a população - nas Avenidas Novas. Uma ação de campanha discreta, onde a interação com os eleitores se resumiu à entrada numa farmácia e num café e à distribuição de meia dúzia de folhetos, e que a ex-líder social-democrata explicou assim: "Não esperem que tenhamos pessoas atrás de nós, que esteja tudo aos gritos, que se faça comícios. Isso já não se usa, já não existe. A única coisa que existe neste momento é a comunicação social e as redes sociais".» [DN]
Parecer:
A candidata do PSD continua a arrastar-se por Lisboa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Já não é notícia
«As informações foram reveladas esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças, que afirma que os números agora apresentados dão "confiança no alcance dos objectivos orçamentais definidos para 2017", permitindo "acomodar o impacto de factores que se traduzirão num abrandamento do ritmo de redução do défice no quarto trimestre".
As Finanças revelam ainda que a receita fiscal cresceu 6% até Agosto, um ritmo que é aproximadamente o dobro daquele que era esperado no Orçamento do Estado para a totalidade do ano.
No que diz respeito à despesa, o crescimento foi de 0,4%, sendo que o investimento regista uma subida de 29,4%, quando se retira do cálculo o valor das PPP.» [Público]
Parecer:
Já nem liga aos relatórios da execução orçamental, mesmo tendo passado um ano desde a divulgação do relatório de setembro de 2016., aquele que traria o diabo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se cohnecimento ao diabrete de Massamá.»