Jumento do Dia
O curso de mestrado em velhacaria da Universidade Independente de Castelo de vide prossegue a bom ritmo. Agora foi o Poiares Maduro a teorizar sobre a maldade de António Costa, concluiu que "a sua credibilidade para propor consensos vale o mesmo do que a consistência e a sustentabilidade do cabelo do senhor Trump". Poiares Maduro esquece que Passos Coelho tentou governar em minoria ao mesmo tempo que se recusava a aceitar qualquer programa de governo que não fosse o seu. Talvez não fosse má ideia Poiares Maduro falar dos consensos que procurou quando era ministro e braço direito de Passos Coelho
«Poiares Maduro lamentou a "superficialidade" com que a proposta dos "consensos" avançada pelo primeiro-ministro foi avaliada pelas elites portuguesas. No seu entender, "a questão fundamental é garantir que qualquer consenso é assente em princípios" e isso, segundo acrescentou, António Costa não pode garantir porque "a sua credibilidade para propor consensos vale o mesmo do que a consistência e a sustentabilidade do cabelo do senhor Trump".
Numa conferência centrada no tema do "dilema moral" que vive quem faz hoje política - "Concentrar-se no que é eficaz ou no que é certo?" - afirmou que o primeiro-ministro governa apenas sintonizado com o princípio da "total obsessão com o que funciona no imediato" que domina a política moderna
Essa obsessão é aquela que determina que "o que importa é decidir de acordo com ganhos imediatos em vez de com ganhos de longo prazo" e que sobrevive devido a um comentarismo sempre centrado na "dimensão de percepção e não sobre o conteúdo" das políticas.» [DN]
Orçamento eleitoralista
Como é que um orçamento que estabelece como meta orçamental um défice próximo do zero pode ser considerado eleitoralista?
Seria interessante que ao mesmo tempo que sugerem que o OE para 2017 é eleitoralista os líderes do CDS apresentem as provas comparando-o com o que foi feito em 2015, a começar pela promessa de reembolso da sobretaxa do IRS.
Como é que um orçamento que estabelece como meta orçamental um défice próximo do zero pode ser considerado eleitoralista?
Seria interessante que ao mesmo tempo que sugerem que o OE para 2017 é eleitoralista os líderes do CDS apresentem as provas comparando-o com o que foi feito em 2015, a começar pela promessa de reembolso da sobretaxa do IRS.
O PCP e a Autoeuropa
O PCP está a transformar o conflito laboral na Autoeruopa como uma das suas maiores bandeiras. Trata-se de um jogo muito perigoso para um PCP que não percebe os prejuízos resultantes das declarações do antigo líder da Comissão de trabalhadores. A maioria dos trabalhadores portugueses gostariam de ganhar o mesmo que os trabalhadores daquela empresa, gostariam, de etr sido tratados durante o anterior governo como foram tratados aqueles trabalhadores e gostariam de ter como interlocutores gestores como os daquela empresa multinacional.
O PCP refere-se a esta luta laboral como se estivéssemos na revolução industrial e arrisca-se a pagar esta fatura em próximas eleições. Os trabalhadores daquela empresa decidiram fazer uma greve e solicitaram ao um sindicato que entregasse o anúncio da greve, muito pouco para que o PCP transforme a Autoeuropa num grande bastião político, como se fosse a velha reforma agrária ou a famosa cintura industrial de Lisboa.
Seria bom que em vez de fazer bonitos discursos ideológicos Jerónimo de Sousa ouvisse o cidadão comum, talvez tivesse uma surpresa. Nesta guerra em que usa a Autoeuropa numa guerra com o BE o PCP pode sair a perder.
O PCP está a transformar o conflito laboral na Autoeruopa como uma das suas maiores bandeiras. Trata-se de um jogo muito perigoso para um PCP que não percebe os prejuízos resultantes das declarações do antigo líder da Comissão de trabalhadores. A maioria dos trabalhadores portugueses gostariam de ganhar o mesmo que os trabalhadores daquela empresa, gostariam, de etr sido tratados durante o anterior governo como foram tratados aqueles trabalhadores e gostariam de ter como interlocutores gestores como os daquela empresa multinacional.
O PCP refere-se a esta luta laboral como se estivéssemos na revolução industrial e arrisca-se a pagar esta fatura em próximas eleições. Os trabalhadores daquela empresa decidiram fazer uma greve e solicitaram ao um sindicato que entregasse o anúncio da greve, muito pouco para que o PCP transforme a Autoeuropa num grande bastião político, como se fosse a velha reforma agrária ou a famosa cintura industrial de Lisboa.
Seria bom que em vez de fazer bonitos discursos ideológicos Jerónimo de Sousa ouvisse o cidadão comum, talvez tivesse uma surpresa. Nesta guerra em que usa a Autoeuropa numa guerra com o BE o PCP pode sair a perder.
Melhor sem ele
«1. Cavaco Silva não se conforma. Como será possível existir uma solução governativa que ele não gosta? Como chegou um homem que ele manifestamente detesta a Presidente da República? Mas, sobretudo, como é possível um país que lhe deu duas maiorias absolutas e dois mandatos presidenciais ter-lhe perdido o respeito?
Para uma resposta à última pergunta, bastar-lhe-ia rever o seu próprio discurso na Universidade de Verão do PSD. Talvez se ele conseguisse sair dele próprio e visse aquele homem ressentido e ressabiado percebesse porque é que a esmagadora maioria dos portugueses deixou de o respeitar. Mas é difícil para um homem que nunca se engana e raramente tem dúvidas fazer um exercício de reflexão. Não percebeu qual o papel que deveria desempenhar como Presidente da República e, não surpreendentemente, não percebe o papel que alguém com seu o passado político deve desempenhar e qual o lugar que deve ocupar.
Como é evidente, Cavaco Silva tem ideias sobre o país e sobre a política e não só tem o direito de dar as suas opiniões mas até o dever de o fazer. Portugal tem problemas sérios que necessitam da ajuda de todos, principalmente de quem o conhece bem - ou deveria conhecer. O que um homem com a importância de Cavaco na nossa história recente não pode ou não deve fazer é optar por dividir, crispar, fazer baixa política. Mesmo em temas que importa debater, assuntos decisivos para o nosso futuro comum, como a questão do pensamento único europeu (que Cavaco chama realidade, quando é apenas uma opção política), no tamanho do Estado (o ex-primeiro-ministro Cavaco chamar a atenção para as gorduras de Estado é de estarrecer), o nosso endividamento brutal que nos mantém expostos à mais leve borrasca económica, o nosso insustentável modelo de desenvolvimento ou a questão do afogamento económico que a excessiva carga fiscal provoca. O ex-presidente, em vez de indicar caminhos, propor soluções, construir pontes para o diálogo, opta por um estilo chocarreiro, insultuoso, fanático que o envergonha a si e as instituições que serviu.
Cavaco demitiu-se de ser Presidente de todos os portugueses enquanto estava no cargo e agora demite-se de ser uma referência para a procura de soluções e decide ser um boy de máquina partidária.
O discurso político cada vez mais se afunda nas trincheiras, e que faz um ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República? Insulta em vez de argumentar, distorce factos e apoia teorias da conspiração.
Como deixou claro na sua aula aos rapazes e raparigas da JSD, quem não tem a sua opinião - uma grande franja da sociedade portuguesa - diz bazófias, não argumenta mas apenas utiliza verborreia ou limita-se a piar. Sim, é o homem que mais tempo esteve no poder desde o 25 de Abril que assim se exprime e, pelos vistos, acha que contribui desta forma para um ambiente que permita a busca de soluções.
O homem que no seu discurso diz "estar convencido de que os portugueses ainda valorizam a honestidade e a verdade" é o mesmo que, para atacar o atual Presidente da República confunde o papel de um Presidente da República no sistema político francês e no português.
O homem que fala de fake news e notícias plantadas é exatamente o mesmo que dirigiu uma intentona comunicacional desde o palácio de Belém - será que Cavaco acha que não temos memória?
O homem que acusou um ex-primeiro-ministro de falta de solidariedade institucional é o mesmo que passa parte de um discurso a lançar indiretas e ataques mais ou menos explícitos ao atual Presidente da República e a pôr em causa o modo como este exerce o cargo - rompendo uma tradição da nossa democracia, mas expondo o alinhamento de Cavaco com a atual direção do PSD na oposição a Marcelo.
E, claro, para não nos desiludir, Cavaco Silva não resistiu em amplificar a tese da asfixia democrática - que tão bons resultados tem dado ao PSD. O apelo final aos jovens do PSD "não vos falte a coragem para combater o regresso da censura" encaixa bem numa espécie de verdade alternativa que, pelos vistos, Cavaco quer ajudar a construir e divulgar.
No fundo, o homem que não é político passou uma hora num evento que pretende formar políticos a ensinar o pior da política.
O David Dinis, no Público, perguntava porque teria Cavaco Silva voltado? Eu respondo, para nos lembrar que estamos bem melhor sem ele.
2. Esta semana, tivemos debates televisivos referentes às eleições para as autarquias de Lisboa e do Porto. Em ambos, e em primeiro lugar, ganhou a falta de respeito pelo cidadão eleitor. Num caso na falta de verdadeiros candidatos ao cargo, noutro na recusa em debater as ideias para a cidade.
Ficou claro que em Lisboa há apenas um candidato a presidente da câmara. A candidata do PSD não consegue sequer disfarçar que está ali contra a sua vontade e nem se dá ao trabalho de conhecer os dossiês; o CDS decidiu utilizar o tempo de antena para promover a sua líder e prescindiu de ter um verdadeiro candidato; PCP e BE têm candidatos preparados mas que mais não são do que possíveis muletas de Fernando Medina.
No Porto, não faltam verdadeiros candidatos à presidência da câmara, devidamente preparados e com diferentes projetos. Aqui a falta de respeito pelo saudável debate e pelos eleitores veio do mais que provável vencedor do próximo ato eleitoral que, pura e simplesmente, não compareceu ao debate.
Não foi um bom começo para as autárquicas de Outubro, e logo nas duas principais cidades do país.» [DN]
Autor:
Pedro Marques Lopes.
O branqueamento da Coreia do Norte
Terá passado despercebido, mas Jerónimo de Sousa escolheu o dia em que uma Coreia do Norte dirigida por uma monarquia de doentes mentais fez um teste de uma bomba de hidrogénio para acusar o imperialismo de tudo e mais alguma coisa no domínio do desenvolvimento de misseis nucleares,. Bom esforço de branqueamento da Coreia do Norte.
Também hoje, na reunião dos BRIC, o presidente da República Popular da China, se pronunciou indiretamente sobre o teste da bomba termonuclear. Vale a pena compararmos do discurso do líder da China com o de Jerónimo de Sousa, para se perceber como o líder português falou do tema. Um temeu o que se passa, o outro não criticou nada e fundamentou de forma implícita a política do doente mental norte-coreano com o imperialismo.
O que ganhará Jerónimo de Sousa no dia em que a Coreia do Norte lançar uma bomba H contra o Japão, a Coreia do Norte ou mesmo dos EUA? Afinal, o apoio de Bernardino Soares à Coreia do Norte é muito mais do que uma simpatia pessoal.
Cristas chega atrasada
«"Aquilo em que continuaremos a trabalhar é para baixar progressivamente o IRC [Imposto sobre o Rendimento Coletivo] e, já neste Orçamento do Estado, à semelhança do que temos feito, o CDS, através do seu grupo parlamentar, apresentará a proposta para diminuir a taxa de 21% para 19 %", afirmou, durante o comício de apresentação dos candidatos ao concelho de Ponte de Lima (distrito de Viana do Castelo) nas autárquicas de 01 de outubro.
Dessa medida, disse, "depende a criação de investimento, emprego, boas condições de trabalho que geram riqueza e que geram o desenvolvimento do país".» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Cristas tenta aproveitar-se de uma proposta da CIP, seria mais honesto da parte da líder do CDS dizer que apoia a proposta em de vez de fazer a mesma proposta sem referir os proponentes iniciais.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»