O PSD é mesmo um partido levado do diabo, durante os últimos dois anos, o ciclo de Passos Coelho na oposição, o partido viveu intensamente a espera pela vinda do diabo, ao que parece o ex-líder deverá ter visto uma espécie de estrela cadente a indicar-lhe onde e quando o diabo apareceria, daí a serem crentes do mafarrico como se fossem devotos da santinha da Ladeira foi um pequeno passo. Agora é Manuela Ferreira Leite que coloca o belzebu no centro da decisão política, dantes a diatribe era correr com toda a esquerda para a rua, agora agora já têm de lhe vender a alma do PSD para mandar a extrema-esquerda para a rua.
Podemos concluir que entre o ciclo de Passos e o ciclo agora iniciado por Rui Rio há apenas uma pequena diferença, o preço que o diabo cobra para ajudar a correr com a esquerda. A Passos Coelho o diabo não cobrava nada e em poucos meses corria com toda a esquerda à esquerda do PSD, já que a Dra. Manuela acha que o seu partido é mesmo de esquerda. Parece que Rui Rio perdeu a época de saldos no inferno e o preço que tem a pagar ao diabo é mais, recebendo menos em troca. Agora a espera pela encomenda já é de dois anos, o diabo já exige a alma como pagamento e em troca só corre com o BE e com o PCP.
Depois do falhanço de Passos Coelho nas altas funções de profeta oficial do diabo para Portugal resta saber se Manuela Ferreira Leite terá mais sucesso, agora que com a partida do ainda líder do PSD parece ter sido ela a assumir tão importantes responsabilidades. Manuela Ferreira Leite devia perguntar primeiro ao Belzebu se acha que a alma do PSD ainda serve de moeda de troca para exercícios governamentais.
O PSD parece que ainda não aprendeu a lição, prova intelectual que Assunção Critas já aprendeu pois na sequência da vitória de Rui Rio chegou à brilhante conclusão de que para se formar um governo deve ter-se uma maioria parlamentar. Até parece que a líder do CDS fez um estágio na Alemanha, onde acompanhou as tentativas da senhora Merkel para formar governo, agora até já dá explicações de direito constitucional ao PSD, tendo explicado a Rui Rio que “mais importante do que saber quem fica em primeiro lugar nas eleições, o que é importante é saber que partidos é que é que conseguem ter uma maioria parlamentar de, no mínimo, 116 deputados”.
Portanto, talvez a Dra. Manuela também precise de ir à Alemanha para se deixar de crendices, ou arranja 116 deputados ou a alma do PSD pode ser considerada lixo para efeitos governamentais. Porque com as últimas eleições o PSD não devia ter aprendido apenas as regras parlamentares, deveria ter percebido também que quando se negoceia uma solução governativa também se negoceiam os programas, não bastava o Paulo Portas fazer o sacrifício de deixar de ser vice-primeiro-ministro para que António Costa foi mais um irrevogável a aplicar a pinochetada económica de Passos
