Jumento do Dia
A solução encontrada na reunião entre Rio e Hugo Soares é a única que faz sentido, depois de o próprio Rui Rio ter assumido que seria líder depois do congresso. Assim, quem ficou mal na fotografia foi Manuela Ferreira Leite, que logo na segunda-feira a seguir ao congresso, ainda não eram nove da manhã e já estava a liderar o saneamento do apoiantes de Passos Coelho e Santana Lopes. A posição agora assumida por Rui Rio tra o tapete a Manuela Ferreira Leite, desautorizando-a em tudo o que defendeu sobre o futuro do líder parlamentar do PSD.
«Rui Rio e Hugo Soares reuniram-se esta segunda-feira pela primeira vez desde a eleição do novo presidente do PSD e chegaram a um acordo de curto prazo: até ao congresso do partido, quando Rio entra em funções, Soares mantém-se à frente do grupo parlamentar social-democrata. Só depois disso a sua substituição será discutida.
De acordo com um comunicado enviado às redações esta tarde, "o presidente eleito do PSD transmitiu ao líder da bancada parlamentar que é da sua vontade garantir a estabilidade e a capacidade de intervenção do grupo parlamentar, desejando, por isso, que se consiga evitar qualquer foco de agitação, decorrente do período de transição de liderança que se está a viver até meados do próximo mês de fevereiro".» [Expresso]
Bloco Central?
Um bom governo governa pensando no país, em todos os portugueses e tendo em consideração todas as gerações e as consequências das decisões em todos os horizontes temporais. Pensar que um consenso sobre o que quer que seja é a melhor política, significa que não podem haver roturas, que as decisões governamentais devem ser denominadores comuns, as que agradem a um maior número de partidos.
A ideia de quem uma decisão consensual no quadro de um bloco central conduz a melhores políticas, significa apenas que o governo deixa de pensar no país e passa a governar em função de consensos partidários que dependem dos interesses que os sustentam. Não é de admirar que tenha sido o presidente da CIP o primeiro a festejar a possibilidade de realização de consensos na sequência da eleição de Rui Rio. O Presidente da CIP sabe que se as decisões governamentais em vez de resultarem de debates no parlamento forem negociadas em segredo entre os partidos do bloco central ou do malfadado arco da governação serão mais facilmente influenciadas pela sua associação.
A tal falta de debate público tão condenada na questão do financiamento dos partidos já daria um grande jeito em debates sigilosos entre PS, PSD e CDS para conseguir consensos em matérias de interesse principalmente para os patrões. Nunca se viu alguma manifestação de indignação em relação a negociações partidárias ao centro, realizadas longe dos olhos e dos ouvidos do grande público ou sem que tenham sido sujeitas a qualquer debate.
Qual a receita para acabar com a Geringonça
Um bom governo governa pensando no país, em todos os portugueses e tendo em consideração todas as gerações e as consequências das decisões em todos os horizontes temporais. Pensar que um consenso sobre o que quer que seja é a melhor política, significa que não podem haver roturas, que as decisões governamentais devem ser denominadores comuns, as que agradem a um maior número de partidos.
A ideia de quem uma decisão consensual no quadro de um bloco central conduz a melhores políticas, significa apenas que o governo deixa de pensar no país e passa a governar em função de consensos partidários que dependem dos interesses que os sustentam. Não é de admirar que tenha sido o presidente da CIP o primeiro a festejar a possibilidade de realização de consensos na sequência da eleição de Rui Rio. O Presidente da CIP sabe que se as decisões governamentais em vez de resultarem de debates no parlamento forem negociadas em segredo entre os partidos do bloco central ou do malfadado arco da governação serão mais facilmente influenciadas pela sua associação.
A tal falta de debate público tão condenada na questão do financiamento dos partidos já daria um grande jeito em debates sigilosos entre PS, PSD e CDS para conseguir consensos em matérias de interesse principalmente para os patrões. Nunca se viu alguma manifestação de indignação em relação a negociações partidárias ao centro, realizadas longe dos olhos e dos ouvidos do grande público ou sem que tenham sido sujeitas a qualquer debate.
Qual a receita para acabar com a Geringonça
A direita portuguesa parece não ter ainda entendido o sentido da palavra e depois de terem usado Cavaco Silva para forçar a esquerda a assinar acordos, ana há dois anos em busca da forma desses acordos não serem cumpridos, Primeiro tinham a certeza de que o acordo duraria um OE, depois esperaram que a questão da TSU levasse à cisão, agora apostam tudo em Rui Rio.
O PSD está como vai ser o INFARMED do Adalberto
Os deputados estão em Lisboa mas o presidente está no Porto. Se a moda pega ainda vão mandar a Assunção cristas para Bragança.
Quem merece os afetos presidenciais?
Parece que os trabalhadores com ordenados em atraso e a aguardar despedimento não consta da lisa. Até parece que sem funerais ou medalhas de futebol não há afetos para ninguém.
Profissão? Preso
«“Qual a sua profissão?”, perguntou-lhe o juiz. “Preso”, respondeu o procurador Orlando Figueira, acusado de corrupção por alegadamente ter recebido dinheiro do ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, e que está a ser julgado no Campus de Justiça em Lisboa no âmbito da Operação Fizz. A resposta irritou o juiz, que o advertiu de que não devia “brincar”. “Sou advogado com carteira suspensa porque estou sem dinheiro para as quotas e procurador a República em licença sem vencimento de longa duração. Não sou uma coisa nem outra. Não estou a brincar. Estou preso injustamente há dois anos”, respondeu.
A voz do juiz voltou a subir de tom. “Aviso-o já que não é para levar isto assim”, advertiu. “Qualquer arguido sabe qual é a sua profissão!”, acrescentou. “Doutor, trato das cadelas que tenho lá em casa”, prosseguiu o magistrado. O diálogo crispado continuou quando o arguido criticou a acusação, afirmando que estava repleta de “juízos subjetivos”. “Doutor, vamos aos factos”, interrompeu o juiz presidente Alfredo Costa.
Orlando Figueira está neste momento a ler e a desmontar a acusação. “Recebia o Dr. Paulo Blanco no meu escritório, como recebia muitos outros”, disse. O magistrado disse que não conhecia o “engenheiro Manuel Vicente de lado nenhum”, que conheceu o arguido “Armindo Pires no debate instrutório” e que Paulo Blanco nada teve a ver com o contrato de trabalho que assinou no setor privado nem com os respetivos pagamentos.» [Observador]
Parecer:
Excelente sentido de humor
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao juiz se acha que a casa do magistrado do MP é uma espécie de centro de negócios ou um centro de emprego.»