terça-feira, janeiro 16, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Manuela Ferreira Leite, vendedora de almas

Sejamos honestos, não é por causa do país que Rui Rio abre a porta à viabilização de um governo minoritário do PS, é sim para que possa mais facilmente derrubar esse governo, logo que PCP e BE alinhem numa geringonça parlamentar com a direita e votem todos numa moção de censura.

O PSD percebe que com uma esquerda capaz de se entender a probabilidade de chegar ao poder é muito pequena, pelo menos a curto e médio prazo, o que afasta os boys do PSD de qualquer tacho estatal, para além de as personalidades do SPD ficarem afastadas de certos cargos institucionais, para onde eram nomeados graças ao tal bloco central que tanto condena. É o caso de cargos em reguladores ou, como se viu, a Presidência da Assembleia da República.

Não é para ajudar o PS e o país que Manuela Ferreira Leite parece defender a venda da alma ao diabo, o que a preocupa é que um partido desalmado como o seu possa entrar em vias de extinção, sofrendo ao nível nacional uma derrota parecida à que sobreviveu em Lisboa. Renunciando à capacidade de influenciar ou de participar em soluções de poder o PSD perde muitos dos votos úteis de eleitores que só votam nesse partido enquanto solução.

«Manuela Ferreira Leite defendeu esta segunda-feira, na TSF, que "se for preciso, é bom o PSD vender a alma ao diabo" para pôr um ponto final na "geringonça". A antigo líder social-democrata comentava assim as declarações de Rui Rio sobre a existência de um terceiro cenário nas legislativas de 2019 (se não ganhasse sozinho as eleições nem conseguisse maioria absoluta com o CDS): a viabilização de um governo PS.

"Da mesma forma que o Bloco de Esquerda e o PCP têm vendido a alma ao diabo, exclusivamente com o objetivo de pôr a direita na rua, aí o PSD fica muito bem se vender a alma ao diabo para pôr a esquerda na rua", explicou Manuela Ferreira Leite.

Para a antiga líder do PSD, Rui Rio disse "aquilo que se espera do líder do PSD" numa cicunstância de eventual derrota. "Disse exatamente aquilo que devia ter dito. Se for preciso, é bom vender a alma ao diabo para pôr a esquerda na rua".» [Público]

 O "artista pornográfico" de Ovar





Salvador Malheiro, o "artista pornográfico" que presidiu à campanha de Rui Rio


O pintas que é autarca de Ovar e agora denunciado como o cacique das carrinhas de eleitores da treta é o mesmo autarca que barrou o acesso ao Jumento nos computadores da autarquia. Quem tenta aceder ao Jumento é informado quase trata de um site pornográfico. Pois, quem dava um belo artista pornográfico é aquele gajo que durante meses aparecia atrás de Rui Rio e que andou a carregar eleitores em Ovar.

 Somos um país pobre

Somos um país pobre onde falamos como se fossemos ricos, exigimos do Estado o que vemos na televisão que existe nos países mais ricos, ainda que no dia a dia nos comportemos como cidadãos que por vontade deles só teriam a receber do Estado.

Somos um país pobre e isso significa que somos uma economia que gera pouca riqueza e que temos um Estado com poucos recursos. Em relação aos recursos do Estado a situação é ainda mais grave, não só a economia produz menos riqueza como fugimos ao cumprimento das obrigações fiscais sempre que podemos. Mas na hora de exigir do Estado todos nos queixamos de que pagamos muitos impostos e exigimos serviços do Estado ao nível dos melhores do mundo.

No desemprego, no nível dos rendimento, na qualidade dos serviços públicos, como na capacidade de resposta às calamidades somos pobres, isso significa que temos poucos recursos. Mas significa também que temos pouca cultura, que somos pouco exigentes.

Basta olhar para a associação recreativa de Vila Nova da Rainha, em Tondela, para se perceber que aquilo era um mono, em cima de uma casa antiga foi construído um enxerto. As fotos mostram uma salamandra cujo tudo do escape passa pelo teto falso, feito em materiais combustíveis, sabe-se ainda que a saída tem pouco mais de um metro, isso num salão onde estavam cerca de sete dezenas de pessoas, mas se fosse um bailarico poderiam ser muitas mais.

Não vale a pena procurar culpados colocando a fasquia das exigências a um nível superior ao país que somos. É óbvio que alguém fez vista grossa a todas as obras, como sucede em mais d 90% das instalações de associações recreativas e de instituições públicas, onde a legalidade fica à porta.

      
 Destruir a ADSE?
   
«A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) avisa que as novas tabelas da ADSE - que reduzem significativamente os valores pagos aos prestadores que têm convenção com o sistema e reforçam o controlo das despesas - representam “perdas incomportáveis” para os privados e podem pôr em causa o acesso dos beneficiários aos cuidados de saúde. A preocupação consta de uma carta enviada no final da semana passada aos ministros das Finanças e da Saúde, depois de o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE ter dado luz verde à nova tabela que deverá entrar em vigor a 1 de Março.

Na edição deste sábado, o Expresso adiantava que as unidades privadas de saúde enviaram uma carta ao Governo a ameaçar deixar de prestar cuidados aos beneficiários da ADSE. O PÚBLICO confirmou que a missiva foi endereçada aos ministros Mário Centeno e Adalberto Campos Fernandes e que o teor é muito semelhante ao de uma outra carta que já tinha sido enviada pela APHP a João Proença, presidente do CGS (que junta representantes dos beneficiários, dos sindicatos, das associações de reformados e do Governo), na tentativa de alertar este órgão para os prejuízos causados pelas novas tabelas.» [Público]
   
Parecer:

Começa a ser óbvio que alguém pretende transformar a ADSE numa espécie de seguro de saúde barato que abranja o maior número possível de utentes, direccionado para serviços básicos que libertem as urgências e os centros de saúde do maior número possível de doentes. Desta forma os funcionários públicos assumem o pagamento da maior parte dos seus cuidados de saúde, financiando o sistema com uma elevada percentagem dos seus vencimentos brutos.

É óbvio que esta estratégia do Adalberto vai matar a ADSE pois os que auferem de vencimentos mais elevados no Estado não terão qualquer vantagem em ficar neste sistema, já que por aquilo que pagam têm boas alternativas no setor privado. Se em cima disto a oferta por parte de serviços privados em relação aos utentes da ADSE for mais limitada, o resultado será o abandono deste sistema por parte dos seus beneficiários com rendimentos mais elevados.

Isto significa  a banalização da ADSE, algo que o Adalberto parece pretender, porque tudo o que tem feito parece ser no sentido de tranformar a ADSE numa espécie de SNS pago. Seria interessante, por exemplo, que o Adalberto torne público quantos utentes da ADSE têm medo de família.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»
  
 Começou o arraial
   
«Quase ainda nem os festejos da vitória de Rui Rio tinham arrefecido e já estava a lançada a polémica na bancada parlamentar do PSD. José Eduardo Martins, apoiante de Rio, sugeriu na TSF o nome de António Leitão Amaro para futuro líder parlamentar. Só que há quem prefira outro nome – Luís Marques Guedes – pela experiência e capacidade de fazer pontes com os apoiantes de Rio.

Para avolumar as divisões que já começam a ser visíveis, dois vice-presidentes do grupo parlamentar - Sérgio Azevedo e Amadeu Albergaria - anunciaram no Facebook que os seus lugares estão, a partir de agora, à disposição de Rui Rio. Uma decisão que, ao que o PÚBLICO apurou, não será seguida por Hugo Soares, o actual líder parlamentar. E já há deputados a sair em sua defesa. 

Num grupo parlamentar que maioritariamente apoiou Santana Lopes, o nome de António Leitão Amaro, vice-presidente da bancada, para líder não caiu bem. Ainda mais quando, no discurso de vitória, Rui Rio disse que o PSD não foi fundado para ser um “clube de amigos” - o que está a ser mal acolhido e a ser entendido como uma forma de “pedir cabeças” no PSD. A primeira seria já a de Hugo Soares, que apoiou Santana Lopes, e foi eleito por larga maioria em Julho do ano passado.» [Público]
   
Parecer:

Nem esperaram pelo funeral e já discutem a herança do defunto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gragalhada.»

 Mas que grande 25 de abril civil!
   
«o número 79 da Avenida Infante D. Henrique, em Ovar, moram 17 militantes do PSD com quotas em dia. É o que consta dos cadernos eleitorais que serão usados na eleição interna de hoje. Nas diretas podem votar essas 17 pessoas — dez homens e sete mulheres com sobrenomes tão variados como Silva, Carapuço, Ferreira, Oliveira, Dias, Marques, Rodrigues ou Moreira —, que vivem na mesma modesta moradia de azulejos. Bate-se à porta e na casa há oito residentes e nem um é filiado no PSD.

Percorrendo o caderno eleitoral de Ovar, vão-se sucedendo casos suspeitos. Como a quantidade de militantes do PSD com quotas pagas na Rua dos Pescadores — são seis, sete, oito em cada casa. Mesmo onde, como o Expresso confirmou, não há casa alguma.

Confrontado com o facto de muitos militantes não viverem onde os cadernos eleitorais dizem viver, Salvador Malheiro, o social-democrata que preside à Câmara de Ovar, nega irregularidades, alegando mudança de residência. Não é a primeira vez que se levantam suspeitas de militantes-fantasmas em Ovar. Oriundo de Esmoriz, preside à autarquia desde 2013, foi líder da concelhia laranja e é o atual presidente da distrital de Aveiro. No passado, as suspeitas ficaram a nível local, quando Malheiro conquistou a distrital, em 2016. Mas agora é diretor de campanha de Rui Rio nas diretas. Andou ao lado de Rio enquanto este defendia um “banho de ética” no PSD.» [Expresso]
   
Parecer:

para quem queria um novo 25 de abril este Rio lembra as eleições do antigamente. Com fraudes destas a legitimidade da sua escolha está em causa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Cortar as asas à EMEL
   
«A Provedoria de Justiça defende que a proibição de as concessionárias e os seus trabalhadores receberem o produto das multas de estacionamento deve passar a ser aplicada às empresas públicas municipais, caso da EMEL, conta o “Jornal de Negócios” esta segunda-feira.

Muitas vezes acusada de ter interesses financeiros indiretos na hora de multar, a EMEL obteve em 2016 receitas de 1,8 milhões de euros, derivadas das contra-ordenações aplicadas durante esse ano.

“Não se vê em que medida o âmbito dessa proibição não possa ser estendido a entidades de natureza pública, considerando estar em causa a proteção dos particulares contra situações abusivas”, defendeu o provedor adjunto de Justiça, Jorge Miranda Jacob, numa exposição remetida ao Governo e datada de 2017, a que o matutino teve acesso, na sequência de queixas quanto à atuação de empresas ligadas ao estacionamento.

Segundo o “Negócios”, o documento foi enviado pela Provedoria de Justiça ao secretário de Estado das Infra-estruturas, que o remeteu para o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, que, por sua vez, o enviou para a Associação Nacional dos Municípios Portugueses.» [Expresso]
   
Parecer:

A EMEL usa a caça á multa como um imposto extraordinário sobe os lisboetas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»

 Código de conduta para deputados
   
«Os deputados deverão recusar ofertas acima de 150 euros, em bens ou em serviços, até mesmo de hospitalidade, tal como já acontece com os membros do Governo. É esta a proposta geral do projecto de lei do PS para criar um Código de Conduta dos parlamentares, que no entanto prevê várias excepções. Mas mesmo as ofertas que podem receber devem ser transparentes, e para isso devem ficar escritas no Registo de Interesses de cada deputado.

Assinado pelo coordenador do PS na Comissão da Transparência, Pedro Delgado Alves, pelo líder da bancada, Carlos César, e pelos deputados Jorge Lacão e Paulo Trigo Pereira, o projecto de lei segue os princípios do Código de Conduta aprovado pelo Governo na sequência das viagens pagas pela Galp a três ex-secretários de Estado para assistirem a jogos do Euro 2016. Mas tem algumas particularidades, mais ao encontro das especificidades dos deputados.

No Código de Conduta que agora propõe, o PS desdobra e especifica alguns dos princípios que devem nortear a função parlamentar: a liberdade e a independência no exercício do mandato, como manda a Constituição; a prossecução do interesse público e proibição de usufruir de quaisquer vantagens ou gratificações indevidas; os princípios da responsabilidade política e da transparência. Neste último, sublinha-se o dever de “declarar interesses de carácter particular que possam colidir com o interesse público e tomar as diligências necessárias” para resolver esses interesses, protegendo sempre o primeiro.» [Público]
   
Parecer:

Uma boa ideia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 A ironia do destino
   
«Mas esse nem sequer foi o melhor resultado percentual conseguido por Santana. Nos círculos da Europa e de Fora da Europa, o candidato chegou aos 75 e aos 72%, respectivamente. Já Rio obteve as melhores percentagens em Vila Real e Viseu, entre os 66 e 64,5 por cento.

No Norte do país, onde há mais votos, a hegemonia foi total. O actual líder ganhou em Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Viseu, Aveiro, Guarda e Porto. Na verdade, do Tejo para cima, Santana só conseguiu conquistar Coimbra, Lisboa e Castelo Branco. Abaixo do Tejo, onde os militantes do PSD já escasseiam mais um pouco, Rio conquistou Faro e Santarém (curiosamente um bastião outrora nas mãos de Miguel Relvas, que apoiou Santana e foi líder da distrital). Os restantes distritos ficaram nas mãos de Santana: Portalegre, Évora, Beja, Setúbal.» [Público]
   
Parecer:

Rio ganhou no distrito de Vila Real, a terra de onde Passos Coelho diz ser e onde vive o pai.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»