quarta-feira, janeiro 10, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Paulo Morais, polícia voluntário

Este Paulo Morais designou-se a si própria o polícia nacional dos bons costumes, um dia destes vai-se meter na escolha dos dirigentes sindicais ou dos administradores dos condomínios.

«Num artigo publicado, esta terça-feira no jornal "Público", Paulo Morais acusa de "fraudulentas" as eleições que, no próximo sábado, vão escolher o próximo líder do PS. Em causa está a corrida ao pagamento de quotas por parte de militantes.

"Dos cerca de 70 mil militantes (70.385) em condições de votar", diz o fundador e presidente da Frente Cívica, "20 mil viram as suas quotas pagas num só dia, o dia do fecho dos cadernos eleitorais, a 15 de dezembro. Cerca de metade teria pago a sua quota nos últimos 15 dias do prazo".

A conclusão tirada por Paulo Morais é simples. não foram os militantes a pagar as quotas – habilitando-se, assim, a poder votar para eleger o líder – mas sim "os mandantes que controlam os cadernos eleitorais". Nada de novo, diz o ex-candidato à Presidência da República, que reconhece que estas megaoperações de pagamento de quotas são "uma prática massificada e já antiga no PSD".» [Público]

 Interrogações que me atormentam a alma

Porque será que nunca aprecio as escolhas que fazem para presidir à EDP, primeiro foi o Catroga, agora vai ser uma espécie de Catroga do PS? Provavelmente a escolha é pelo mérito que teve enquanto administrador quando presidiu ao BANIF...

Parece que a EDP mata dois coelhos com uma cajadada. arranja alguém que considera ter influência no PS e premeia uma das personalidades deste partido que mais se destacaram no apoio firme e militante às sacanices governamentais do governo de Passos e Portas.

 Qual era a dúvida

Se a atual Procuradora-Geral da República fosse reconduzida seria a primeira vez que alguém seria reconduzido no cargo. A democracia e Portugal deve assim tanto a esta procuradora-geral?

Ainda alguém se vai lembrar de dizer que já que a senhora não é reconduzida então que seja nomeado o juiz Carlos Alexandre, talvez daqui a meia dúzia de anos não haja um político com mais de 18 anos no ativo!

Regista-se uma curiosa coincidências a única vez em que se ouviram vopzes a pedir a recondução de um Procurador-Geral foi com Souto Moura e com a filha do DN da PJ do cavaquismo e rrmã do procurador do Face Oculta. Nos dois casos foram o PSD e o CDS, grandes defensores da separação de poderes, a defender a recondução exibindo os processos onde dirigidos a personalidades PS como símbolos de competência e independência.
      
 Os governantes que se cuidem
   
«A lei não obriga, mas "historicamente a ideia subjacente" ao exercício de funções de procurador-geral da República é a do cumprimento de "um mandato longo e único". Quem o afirma é a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem que, em entrevista à TSF esta terça-feira, fecha o debate sobre a eventual permanência de Joana Marques Vidal no cargo.

"Na perspetiva da análise jurídica que faço, há um mandato longo e um mandato único" para a Procuradoria-Geral da República, disse a ministra.

Contas feitas, Joana Marques Vidal foi nomeada PGR no dia 12 de outubro de 2012. O seu mandato termina, precisamente, seis anos depois: ou seja daqui a nove meses.» [Expresso]
   
Parecer:

Está-se mesmo a ver o que vai suceder.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se aos CTT que disponibilizem um carteiro só para a entrega das cartas anónimas.»
  
 Finalmente
   
«O presidente da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) foi demitido por ter revelado um documento com dados pessoais de uma funcionária e está impedido de assumir cargos dirigentes por três anos, revela esta terça-feira a imprensa.

De acordo com o "Público" e o "Jornal de Notícias", Pedro Pimenta Braz, que terminaria o comissão de serviço à frente da ACT a 21 de janeiro, foi afastado pelo Governo na sequência de um processo disciplinar instaurado em setembro passado, por ter divulgado a todos os funcionários da ACT um documento que continha informações sobre o estado de saúde e a situação familiar de uma inspetora do trabalho.

O responsável tinha assumido funções na direção da ACT em janeiro de 2013, nomeado pelo então ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.» [Expresso]
   
Parecer:

É a priemira vez que um diretor-geral é demitido na sequência de um processo disciplinar e ainda por cima num caso de puro abuso do poder. Curiosamente ninguém da direita ou com ligaçõees ao governo anterior deu a cara em sua defesa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 O que se entende por seguir o caso
   
« Procuradoria-Geral da República está a “acompanhar a situação” dos lugares pedidos por Mário Centeno para assistir ao Benfica-FC Porto da época passada na tribuna presidencial do Estádio da Luz. Em resposta ao Observador, a PGR diz que “até ao momento”, não há “qualquer inquérito relacionado com a matéria”, mas o Ministério Público está a seguir o caso “com vista a decidir se há, ou não, qualquer procedimento a desencadear no âmbito das respetivas competências”.

O pedido feito pelo assessor diplomático do ministro das Finanças ao marketing do Benfica para que Centeno pudesse assistir ao clássico com o filho num lugar VIP do estádio viola o código de conduta criado pelo Governo logo a seguir ao Galpgate. Um caso que acabou com a saída de três ex-secretários do executivo, dias antes de serem constituídos arguidos e quase um ano depois da polémica: a das viagens a França para assistirem aos jogos de Portugal no Europeu.» [Observador]
   
Parecer:

Se não há um inquérito o que será "seguir o caso", desde quando é que o MP segue casos, no nosso ordenamento jurídico o que significa "seguir um caso"? Quer isto dizer que os jornalistas fazem investigações, que alguém contrata um criminoso informático para conseguir informações de forma ilegal e depois de toda a "papa" colocada nos jornais o MP abre um inquérito recolhendo as provas sujas para dar as lavar bem lavadinhas, apresentando-as depois numa acusação?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 A anedota do dia
   
«Rui Rio não quer ir só além do PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento), mas também além de Centeno. Numa altura em que o Governo socialista atinge valores de défice historicamente baixos, o candidato à liderança do PSD defende, em entrevista à SIC, que para o país ter “finanças públicas bem geridas, as contas devem ter um superávite para poderem ter défice quando a economia começa a cair.” Foi isso que quis para a câmara do Porto, é isso que quer aplicar ao país, embora saiba que a opinião é “politicamente incorreta“.

Rui Rio explicou ainda que só faria pior que Maria Luís Albuquerque “no sentido do rigor do rumo“, até porque considera que o Governo PSD/CDS devia ter tido “uma combinação das medidas diferente“, que tivesse tido “mais cuidado com os pensionistas”.» [Observador]
   
Parecer:

O outro ia além da troika, este vai além de tudo e todos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»