Jumento do Dia
A confirmarem-se os compromissos assumidos pelas autoridades angolanas isso significa que os argumentos que têm vindo a ser usados para impedir que o caso do ex-vice-presidente daquele país não fazem muito sentido e estamos perante uma total falta de confiança num país. Sendo assim, não é a justiça angolana que está em causa, é todo um país, pois se o nosso MP não confia na separação de poderes, ao não considerar um compromisso da justiça angolana, que vincula todo o Estado angolano, não está a confiar num país.
Nestas condições o Estado angolano tem motivos para reagir da forma como tem reagido, podendo dizer-se apenas que o presidente daquele país está actuando com muita delicadeza, bem mais do que o habitual em África ou em qualquer outro continente.
É lamentável que quando Angola parece estar a dar passos de grande importância o sinal de apoio e de confiança da justiça portuguesa naquele país seja aquele a que temos assistido.
«O desbloqueamento das relações políticas entre Portugal e Angola pode estar mais próximo, se a justiça portuguesa aceitar os termos de um compromisso que Angola propôs.
O princípio do acordo pode estar na leitura e interpretação da resposta à carta rogatória que Angola enviou a Portugal, no âmbito do processo que envolve o ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente, acusado de corrupção ativa e branqueamento de capitais. Angola pediu a transferência do processo a fim de o julgar no país, ao abrigo do convénio assinado no âmbito da CPLP.
Ao que apurou o Expresso, a referida resposta coloca três pontos, que podem abrir a porta ao desbloqueamento do processo: ao confirmar que o ex-vice-presidente goza de facto de imunidade, destaca que ela dura apena cinco anos; por outro lado, sublinha que só em concreto se pode saber se a lei da amnistia se aplica ou não; e, finalmente, que de acordo com a interpretação que a justiça angolana faz da lei portuguesa, Portugal pode efetivamente recuperar o direito a julgar.» [Expresso]
Google investe em Portugal
«A multinacional norte-americana Google vai instalar a partir de junho um hub tecnológico em Portugal, um investimento que criará 500 postos de trabalho. O anúncio do investimento, que será realizado em Oeiras, foi feito esta quarta-feira, 24 de janeiro, pelo primeiro-ministro António Costa, em Davos.
“Havia vários países a disputar este investimento da Google. A gigante tecnológica americana escolheu Portugal“, disse Costa numa conferência realizada no âmbito do Fórum Económico Mundial realizado na Suíça, citado pela Lusa.
O centro de serviços a instalar no país funcionará para apoio à zona EMEA (Europa, Médio Oriente e África) terá 500 postos de trabalho no momento de arranque da atividade.
No final do ano passado, em declarações ao Expresso, o presidente da Google EMEA, Matt Brittin, reconhecia que tinha chegado o “momento de investir no país,” apontando como vantagens do país o “bom estilo de vida” e a existência de apoios do Governo ao empreendedorismo.
Em Portugal, a Google é liderada por Bernardo Correia. A multinacional chegou ao país em Junho de 2007.» [Visão]
Parecer:
Para além de se tratar de um importante investimento, é um investimento que exige trabalhadores qualificados.
Vale a pena recordar as declarações de Passos Coelho que dizia que a esquerda afugentava os investidores estrangeiros, sugerindo que estes apenas apostariam em Portugal com um governo da direita.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Festeje-se.»
Sampaio da Nóvoa candidato a Belém
«Na entrevista ao PÚBLICO e Renascença, o ex-candidato prefere não dar conselhos ao PS sobre o que fazer nas próximas eleições presidenciais — menos ainda se deve preparar-se para fazer como o PSD fez com Soares e dar o seu apoio a Marcelo. Mas, mesmo resguardado no papel de ex-candidato independente, recusa também antecipar o que reserva para o seu futuro político.
“Do ponto de vista da minha intervenção pública ela será o que na altura adequada tiver de ser. Se me tivesse perguntado um ano antes de ter lançado a minha candidatura se pensava candidatar-me a Presidente da República ter-lhe-ia dito que não e, no entanto, um ano depois apresentei a minha candidatura”, diz ao PÚBLICO e Renascença. E dois anos depois, o que é que pondera? “Pondero tudo, está tudo em aberto na minha vida. Não há nada que eu não imagine que possa acontecer”. Até mesmo uma segunda candidatura a Belém? “Se há uma coisa que aprendi é que nunca se deve dizer nunca a nada e eu, pessoalmente, não digo nunca a nada. Portanto, estou aberto a todas as possibilidades, em todos os momentos, se entender que numa determinada fase isso é útil para o país.”» [Público]
Parecer:
É pouco saudável para a democracia que um Presidente populista como Marcelo seja candidato unânime à Presidência da República.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Defenda-se o aparecimento de alternativas a esta vaga marcelista.»
Base de dados (GRIIS) de espécies invasoras
«A vespa-asiática tem assustado as abelhas (e os apicultores) em Portugal. Esperam junto das colmeias que as abelhas cheguem com pólen, capturam-nas, cortam-lhes a cabeça, as patas e o ferrão e levam-nas até aos seus ninhos no cimo das árvores. Depois, comem-nas. Os primeiros ataques terão acontecido em 2011 e já se contaram milhares de ninhos no país. Esta vespa é também uma das espécies invasoras em Portugal apontadas por uma base de dados online de espécies exóticas e invasoras com listas de 198 países. Esta é a primeira base de dados tão abrangente deste género. Agora, um artigo científico na revista Scientific Data desta terça-feira é o cartão-de-visita deste catálogo, onde se destaca a informação relativa a 20 países.
A base de dados Registo Global de Espécies Introduzidas e Invasoras (GRIIS, na sigla em inglês) está online desde 2016 e pode ser consultada por todos. Lá encontram-se listas com espécies exóticas (que foram transportadas do seu habitat natural para outros sítios) e invasoras (que vêm de outro local, reproduzem-se muito rapidamente e têm impacto no ambiente ou na economia) de quase 200 países. Esta base de dados tem informações das espécies como a taxonomia, o habitat, a origem, o impacto e as actualizações e fontes de informação.» [Público]
Parecer:
Infelizmente em Portugal está a dar-se muito pouca importância ao problema. Aliás, há um total desprezo pelos problemas do ambiente, tal como se percebe na forma como a questão dos incêndios foi abordada, nunca vimos a mais pequena preocupação presidencial por esta faceta do problema.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
Uma App amiga da natalidade
«Em menos de quatro meses, trinta e sete mulheres suecas que usavam a Natural Cycles, uma aplicação para o smartphone que funciona como método contracetivo, engravidaram. A informação foi divulgada pelo hospital Södersjukhuset, em Estocolomo, à agência sueca de medicamentos, refere o El País, citando a imprensa local. As 37 grávidas dirigiram-se ao hospital entre setembro e dezembro de 2017.
A Natural Cycles, que em Portugal teve luz verde do Infarmed no verão passado, foi classificada como "um dispositivo médico de classe IIb", isto é, de médio risco.
Para além dos casos relatados pelo hospital de Estocolmo, e de acordo com um comunicado da própria empresa que gere a aplicação, mais 51 mulheres tiveram gravidezes indesejadas quando estavam a usar a Natural Cycles. Mas a empresa ressalva que a aplicação tem uma eficácia de 93% se for usada corretamente e, com uma utilização perfeita, é eficaz em 99% dos casos.» [DN]
Parecer:
Estava-se mesmo a ver...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»