quinta-feira, janeiro 11, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Fernando Frutuoso de Melo, Chefe da Casa Civil de Belém

Um dos aspetos mais vergonhosos da presidência da Casa Civil foi o recuso sistemático às famosas "fontes de Belém" para promover a intriga o para desferir ataques em nome do então presidente sem que este tivesse de dar a cara, quando tudo corria bem não se fazia nada, quando as coisas corriam mal Cavaco vinha dizer que só ele falava em nome da Presidência. O campeão destes jogos sujos com a comunicação social era o famoso e poderoso assessor de Cavaco para a comunicação social, o jornalista Fernando Lima, que em finais do mandato presidencial acabou de cair em desgraça.

Poucos dias de tomar posse Marcelo Rebelo de Sousa declarou que tinham acabado as fontes de Belém, a partir daí era ele que falava e a verdade é que desde então o Presidente da República fala pelos cotovelos, dá várias conferências de imprensa todos os dias, fora as missas e procissões. Infelizmente parece que há em Belém quem esteja encarregado de dizer algumas coisas que o Presidente quer que conste mas não assume.

Ainda hoje a SIC Notícias dava conta de que "fontes de Belém" informaram que o Presidente não gostou do que disse a ministra da Justiça. Enfim, se essas fontes viessem dizer que o Presidente não gosta de bacalhau com todos ou que prefere a missa da 7 à das 19, não vinha mal ao mundo. Mas foi pior, as fontes de Belém vieram desancar na ministra, como se com Marcelo os ministros tivesse de ir a Belém pedir a censura prévia do que pretendem declarar.

Não é a primeira vez que estas "fontes de Belém" voltaram ao terreno, sinal de que em Belém anda outro "Fernando Lima", desta vez ao serviço de Marcelo. Desde os incêndios que têm surgido notícias dando conta das indisposições presidenciais, sem que tenham sido desmentidas e sem que Marcelo tivesse reafirmado que ninguém falaria em nome dele. Alguém devia dizer ao Chefe da Casa Civil, o homem que manda em todas as fontes de Belém, incluindo as dos jardins do Palácio, que a democracia dispensa este género de "gargantas fundas", já nos basta o marques Mendes.

 Vai uma apostinha?

Vai uma apostinha em como a Santa Casa vai enterrar o seu pilim no Montepio e que tudo vai ter a bênção presidencial senão o mesmo o apoio da "ONU" e que no fim todos ficam caladinhos?

Do Bairro Alto ao Patriarcado, do PCP ao CDS, de Belém à sede da ONU, o Montepio é a instituição com mais cunhas no país, a única que une a presidência à ONU, os comunistas ao CDS e a Maçonaria à Opus Dei.

 Dúvidas que me atormentam a  alma

A entidade financeira que está a avaliar a possibilidade de a Santa Casa enterrar dinheiro no banco franciscano é uma entidade financeira competente ou é algum funcionário medianamente remunerado e que depende hierarquicamente do provedor da Santa Casa?

      
 Generosidade mutualista
   
«A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) estima que os encargos com os seus associados, designadamente, resgates antecipados e a não renovação da aplicações (poupanças), tenham ascendido a quase 1100 milhões de euros em 2017, quando as entregas com origem nos mutualistas se terão ficado apenas pelos 750 milhões de euros. Uma situação que gera pressão sobre as contas da instituição quase bicentenária e que coincide com a discussão em torno do futuro do seu principal activo, a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), que esta quarta-feira será tema de debate na Assembleia da República. 

Nos últimos três anos, a título de benefícios vencidos e de reembolsos, saíram da AMMG mais de 2,7 mil milhões de euros, tendo o saldo entre as entradas (a renovação das aplicações, bem como as novas) e os “levantamentos” naquele período sido negativo em mais de mil milhões de euros, como confirmou ao PUBLICO a instituição.» [Público]
   
Parecer:

Pois, os nosso queridos e bondosos mutualistas põem o seu pilim a salvo e agora é o país que vai meter dinheiro para que estes franciscanos continuem a gerir de forma incompetente um banco que nada tem de banco dos pobres.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deixe-se o Montepio seguir o seu curso normal»
  
 A senhrora mudou de ideias
   
«Não foi a primeira vez que Joana Marques Vidal se pronunciou sobre a duração do seu mandato e dos dos restantes dirigentes do Ministério Público. "A passagem dos anos retira-nos a capacidade de distanciamento e de autocrítica relativamente à acção que vamos desenvolvendo", disse numa entrevista que deu ao boletim da Ordem dos Advogados em 2013. "Por alguma razão, o mandato do procurador-geral da República é de seis anos, não renovável. E bem, na minha perspectiva."

O PÚBLICO tentou apurar se Marques Vidal mantém esta opinião, mas sem sucesso. A PGR recusou-se ontem a falar do assunto, tendo-se limitado a emitir uma sucinta nota informativa a recordar que, de acordo com a Constituição da República Portuguesa e o Estatuto do Ministério Público, esta é uma matéria da competência do Presidente da República e do Governo, "não cabendo à procuradora-geral da República pronunciar-se sobre a mesma”.

Constituição permite novo mandato da procuradora-geral, Costa adia
Fontes contactadas pelo PÚBLICO asseguram, porém, que o seu entendimento sobre o mandato único será agora diferente. Se assim for não tem, porém, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) do seu lado.

“O texto da lei não refere qualquer impedimento na renovação do mandato. Mas estabeleceu-se um entendimento histórico, por causa do caso de Cunha Rodrigues [que ocupou aquelas funções durante 16 anos], de que a interpretação da norma deveria ser de um único mandato de seis anos”, afirmou ontem o presidente do SMMP. E lembrou que Francisca van Dunem conhece bem este processo, por ter trabalhado com Cunha Rodrigues.» [Público]
   
Parecer:
Digamos que ainda tem muito para fazer.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Os juros já não são notícia
   
«O IGCP está esta quarta-feira no mercado com uma emissão de dívida sindicada a 10 anos (maturidade em Outubro de 2028), sendo que o preço final da operação ficou ligeiramente acima de 2%, beneficiando com uma forte procura por parte dos investidores.

O "initial pricing talks" (IPT), segundo a agência de notícias Bloomberg, arrancou nos 120 pontos base acima da taxa mid-swap do euro, que está hoje em 0,91%. O "guidance" foi revisto em baixa para 117 pontos base e o preço final acabou por ser fixado nos 114 pontos base.

Esta evolução positiva beneficiou com a evolução da procura, que superava os 17,2 mil milhões de euros no fecho do livro de ordens. Este valor inclui 1,975 mil milhões de euros de ordens dos bancos que fazem parte do sindicato bancário responsável pela operação.» [Negócios]
   
Parecer:

Longe vão os tempos que que o pessoal do Observador telefonava todos os dias para as agências de rating na esperança destas baixarem a avaliação ou quando tinham orgasmos ruidosos quando os juros subiam.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se e dê-se conhecimento ao diretor e aos donos do Observador, que agora já não observam nada.»

 Afinal não foi o vendedor de empresas 
   
«Os órgãos sociais para o mandato em curso estão nomeados, sujeitos a apreciação pelo BCE [Banco Central Europeu], e o presidente indicado é o Dr. Francisco Cary", indica fonte oficial da CGD em resposta escrita enviada à agência Lusa.

O mandato do atual Conselho de Administração da CGD, presidido por Paulo Macedo, tem duração prevista até 2020.

De acordo com o currículo disponível no 'site' da CGD, Francisco Cary é administrador executivo do banco público desde fevereiro do ano passado, estando "responsável pelas áreas de banca de empresas - PMEs [pequenas e médias empresas] e grandes empresas -, banca institucional, banca de investimento e pelas atividades internacionais no Brasil, Espanha e África do Sul".» [Notícias ao Minuto]

«Sérgio Monteiro será o novo presidente do CaixaBI, a casa de investimentos do grupo bancário público liderado por Paulo Macedo, segundo avança a SIC Notícias. Ao Negócios, fonte oficial da Caixa "não confirma essa informação". 

O ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações do governo de Passos Coelho, onde se cruzou com Paulo Macedo como ministro da Saúde, foi contratado pelo Banco de Portugal em Novembro de 2015, ainda em período de embate eleitoral nas legislativas, para liderar a segunda tentativa de venda do Novo Banco.» [Negócios]
   
Parecer:

Algo correu mal?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Opus MAcedo.»

 A piada do dia
   
«O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa disse esta quarta-feira que "ainda nada está decidido" sobre a entrada no capital do Montepio e que decorre o processo de avaliação do investimento, mas que espera que haja uma decisão para breve.

"Há todo um conjunto de cautelas que se mantêm de pé. Continua o processo de avaliação, não há nenhum valor. O único limite é 10% do capital", disse Edmundo Martinho, no Parlamento, em audição perante os deputados da Comissão de Trabalho e Segurança Social.

O responsável da Santa Casa, que substituiu Santana Lopes com a dedicação deste à candidatura à liderança do PSD, reiterou que neste processo "ainda não está nada decidido" mas afirmou que a concretizar-se significará a "oportunidade" de ajudar a reforçar o sector da economia social, através de um banco do sector.» [Expresso]
   
Parecer:

De certeza?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 O problema agora é o Costa
   
«O “vento” mudou e Santana diz já ter condições para ser primeiro-ministro e para ganhar a António Costa. Em entrevista à SIC, Santana Lopes reagiu ao vídeo que esta segunda-feira à noite começou a circular entre apoiantes de Rui Rio, onde aparecia a dizer que “nem que o vento mudasse 10 vezes” teria hipóteses de ganhar eleições legislativas — e afinal o vento mudou mesmo. “As alterações climáticas que tem havido fazem com que isso dos ventos esteja diferente, agora nem é preciso o vento mudar uma vez: tenho a certeza que estou em condições de disputar as próximas eleições e de as ganhar a António Costa”, disse.

Quanto a uma eventual viabilização de um governo minoritário do PS, assumida por Rio, Santana começou por dizer que não queria ouvir falar de “discursos de perdedor”, mas acabou por deixar a porta entreaberta a uma viabilização num cenário em que o PS mude de líder, e em que António Costa peça desculpa por ter “governado sem ter ganho as eleições”.» [Observador]
   
Parecer:

Grande Costa, não serve no governo mas deu jeito para o reconduzir na Santa Casa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Pobre (diabo) Santana
   
«É um excerto de uma intervenção de Santana Lopes quando era comentador semanal na CMTV, e as palavras são sugestivas: Santana Lopes está sentado no estúdio da estação televisiva a dizer que, se concorresse a primeiro-ministro, depois do que aconteceu em 2004 e 2005, não teria qualquer hipóteses de ganhar eleições. Santana não tinha “dúvidas nenhumas disso”. Mais: “Nem que o vento mudasse 10 vezes”.» [Observador]
   
Parecer:

Desta vez tem razão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Há limites
   
«A Ordem dos Médicos (OM) considera uma “vergonha nacional” a não- abertura dos concursos para a contratação de cerca de 700 médicos hospitalares e de saúde pública que acabaram a especialidade em Abril e Outubro de 2017. Todos os anos têm sido abertos concursos para a contratação dos jovens especialistas, mas em 2017 isso não aconteceu, por não haver luz verde do Ministério das Finanças.

Ao PÚBLICO, o gabinete do ministro das Finanças adiantou que nesta quarta-feira à tarde será apresentada uma solução para este problema durante um debate de urgência sobre saúde no Parlamento, que se realiza a pedido do PCP.

Esta semana, com a procura acrescida e a sobrelotação dos serviços de urgência, os sindicatos que representam os médicos voltaram a insistir nesta questão e, nesta quarta-feira, a OM divulgou um comunicado com duras críticas sobre esta matéria.» [Público]
   
Parecer:

Um dia destes o SNS vai ser como o burro que já se tinha habituado a não comer.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Não existe mas vai existir
   
«Marcelo Rebelo de Sousa disse nesta quarta-feira à SIC que não falará sobre a recondução ou não de Joana Marques Vidal à frente da Procuradoria-Geral da República até ter de exercer o seu poder constitucional.

“Até ao momento em que tiver de exercer o meu poder constitucional, o tema não existe. O PR não se debruçará sobre o assunto um minuto, nem sobre ele dirá o que quer que seja”, disse Marcelo Rebelo de Sousa à SIC.

Esta declaração do Presidente surge no dia em que o jornal Expresso escreve que as declarações da ministra da Justiça e do primeiro-ministro causaram mal-estar em Belém e que Marcelo aguarda explicações do primeiro-ministro. Uma fonte próxima de Marcelo, não identificada, disse ao Expresso que este caso "é uma afronta ao Presidente".» [Público]
   
Parecer:

Depois do que tem sido esta PG em matéria de segredo de justiça não só não deve ser reconduzida como já não devia estar no cargo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Presidente o que pensa do recurso à difamação como estratégia de investigação e julgamento.»

 Kodakcoin
   
«A Kodak, empresa histórica da área da fotografia, prepara-se para se juntar à febre das criptomoedas com o lançamento da KodakCoin. O anúncio foi feito na CES, que decorre em Las Vegas até ao dia 12 de janeiro, e fez com que o valor das ações da empresa subisse quase 120%.

O objetivo desta iniciativa na área do ‘blockchain’ por parte da empresa norte-americana é ajudar fotógrafos a controlar os seus direitos de imagem. A Kodak pretende construir uma plataforma de registo global a que os autores adicionam o seu trabalho e que integra um software que procura usos não autorizados das fotos pela web. É aqui que entra a criptomoeda: a empresa assume as responsabilidades de licenciamento da foto e paga ao fotógrafo em KodakCoin.» [Observador]
   
Parecer:

parece que a Kodak descobriu uma fora de ganhar dinheiro sem vender nada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»