Jumento do Dia
Passos Coelho sugeriu que emigrassem, Santana Lopes defende a requalificação dos professores que estarão em excesso. Não sabe quantos, nem com que idade estão, defende apenas que sejam requalificados sem assumir como é que os emprega depois.
É uma ideia peregrina, tão óbvia que pode ser aplicada a todas as profissões que tenham profissionais "em excesso", desde os professores aos arquitetos. O que seria de Portugal sem as ideias brilhantes do grande realizador Pedro Santana Lopes.
«Pedro Santana Lopes defende que "o Estado tem obrigação de propor aos professores, de acordo com a necessidade do corpo docente que vai existindo, a sua reorientação profissional por acordo com os próprios, a sua requalificação", uma situação que para o candidato à liderança so PSD será benéfica para os próprios docentes.» [Público]
Dois anos?
A dúvida não está em saber se o futuro líder do PSD sobrevive à derrota nas próximas legislativas, mas sim se consegue sobreviver até essas eleições. Já alguém imaginou o que serão dois anos de liderança com Santana Lopes a dar espetáculo diário ou com Rui Rio armado em capitão civil do seu 25 de abril?
A futura liderança do PSD não sobreviverá a uma queda acentuada nas sondagens e é pouco provável que qualquer um dos dois candidatos traga uma mudança que melhore as perspetivas eleitorais do partido.
A dúvida não está em saber se o futuro líder do PSD sobrevive à derrota nas próximas legislativas, mas sim se consegue sobreviver até essas eleições. Já alguém imaginou o que serão dois anos de liderança com Santana Lopes a dar espetáculo diário ou com Rui Rio armado em capitão civil do seu 25 de abril?
A futura liderança do PSD não sobreviverá a uma queda acentuada nas sondagens e é pouco provável que qualquer um dos dois candidatos traga uma mudança que melhore as perspetivas eleitorais do partido.
Centeno presidente do Eurogrupo
Quando o agora ex-presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem disse umas patacoadas ofensivas para os portugueses mais sensíveis não faltou quem condenasse Mário Centeno de não ter ido à reunião do Eurgrupo dar uns murros bem dados no ministro das Finanças Holandês. A nossa direita pedia mesmo que fosse exigida a cabeça do então presidente do Eurogrupo.
Passados uns meses Centeno serviu-lhes a cabeça de Jeroen Dijsselbloem, mas agora ninguém comentou e o ridículo é tanto que até estão preocupados porque o ministro das Finanças terá menos tempo para o país.
A verdade é que se Mário Centeno fizer um bom trabalho à frente do Eurogrupo as próximas legislativas em Portugal terão um interesse acrescido, por cá escolhemos um governo, para os europeus as eleições portuguesas serão pela primeira vez assunto de interesse nacional, pois está em causa a liderança do Eurogrupo.
Daqui a dois anos o voto dos portugueses nas legislativas serão determinantes para a liderança do Eurogrupo e isso pesará nos resultados. É bem mais importante sabermos se Centeno continuará no Eurogrupo daqui a dois do que saber quem vai perder as legislativas frente a Costa, se Rui Rio ou Santana Lopes.
É pena que a culpa não possa ser do Sócrates
É uma pena que José Sócrates não tenha tido qualquer intervenção no processo de adoção de crianças pela IURD, se tal tivesse acontecido quase aposto que a esta hora estaria provada a sua culpa e as cópias do processo já estariam disponíveis na comunicação social. No caso de ter recebido uma denúncia e concluído que tudo estava bem ou se tivesse garantido que a mãe biológica tinha sido ouvida não é difícil de adivinhar a vaga de acusações que lhe seriam feitas, a começar pelos diligentes sindicalistas das magistraturas. Haveria mesmo que exigisse o seu linchamento sumário, um qualquer juiz até chegaria ao desplante de assegurar que num caso de tanta gravidade a prisão até era pouco.
Sejamos honestos, no nosso ordenamento jurídico a tutela das crianças pertence ao MP, é o MP que as deve proteger e mais ainda num caso de adoção, sempre que está em causa o futuro de uma criança, de uma adoção a um mero acordo de tutela parental, passa pelo crivo supostamente exigente do MP. O papel do MP não é de ver de forma leviana se tudo corre bem, é sim assegurar-se, ter a certeza de que tudo está a ser feito para que corra bem. No caso das crianças “adotadas” pelo IURD é mais do que óbvio que tudo correu mal e as vigarices fotam tão grosseiras, pelo menos a crer no que se viu na TVI, que é impossível desresponsabilizar quem tivesse a obrigação de zelar pelos direitos das crianças, direito à segurança, direitos das crianças e direitos humanos..
Há aqui qualquer coisa de confuso, o MP, no exercício das suas competências e obrigações, acompanha o processo desde o princípio de forma diligente, rigorosa e exigente, porque está em causa o futuro de várias crianças. De, surge uma denúncia e o MP volta a analisar o processo de forma rigorosa e conclui que está tudo bem até confirma que a mãe biológica das crianças foi ouvidas. Agora sabe-se que estava tudo mal e mesmo assim surge este comunicado simpático, quase um elogio para a Procuradora-Geral.
A forma como o MP analisa a intervenção da sua chefe chega a ter alguma candura, é pena que não usem da mesma candura na hora de analisar o comportamento de outros, recordo-me, por exemplo, das suspeitas em relação a um diretor-geral do Ambiente no Caso Freeport, era suspeito por ter sido diligente e não ter atrasado devidamente os processos.
É ridículo que seja um funcionário da PGR a avaliar o comportamento da sua própria chefe e que esta depois mande essa avaliação para os jornais. Quem esperava outro resultado senão esta conclusão de que estava tudo bem? Tudo isto chega a ser ridículo. O mínimo que se espera é que o Conselho Superior da Magistratura chame a si a avaliação do MP neste processo pois foi esta instituição que falhou.
Há, todavia, um ponto em que a PGR merece um grande elogio, nunca uma investigação foi concluída de forma tão célere e com direito a comunicado. A senhora Procuradora-Geral neste capítulo está de parabéns. Quanto ao resto devemos estar tranquilos, há muito que se diz que a questão das crianças dizia muito à senhora Procuradora-Geral.
Moçambique
Quem é o mentiroso?
Quem é o mentiroso, Pacheco Pereira ou Santana Lopes? Aceitam-se apostas, o prémio é de 0€ para quem apostar em Santana, o Lopes. Daqui a uns dias vamos ouvir Santana dizer que teve um lapso de memória.
A cada debate, intervenção ou entrevista Pedro Santana Lopes vai-se afogando na água que ele próprio produz, imaginem o que serão dois anos de baboseiras e disparates.
Aliás, basta comparar o que Santana disse ontem à noite em Aveiro com o que respondeu numa entrevista ao Observador para se perceber que mentiu, já dá o dito por não dito, já está com problemas de memória. Será que o PSD vai propor este traste para primeiro-ministro?
«Observador — José Pacheco Pereira contou na Quadratura do Círculo que em 2011 o senhor o convidou para um encontro no Hotel da Lapa, ele deu muitos detalhes sobre essa conversa, mas resumindo: o senhor estava farto do que se estava a passar no PSD e queria fundar um novo partido que fosse a eleições contra o PSD. Já desmentiu, mas queria perceber melhor o que se passou.
Pedro Santana Lopes — A questão não é desmentir ou deixar de desmentir. Passei a campanha a ouvir apreciações ou julgamentos sobre decisões que não tomei, ou atos que não pratiquei. É verdade que pensou que a Santa Casa entrasse no sistema financeiro, no Novo Banco? A decisão foi não, mas queriam julgar o pensamento, a admissibilidade sequer da hipótese.
Mas encontraram-se ou não?
Eu tenho ideia que sim. Uma vez.
No Hotel da Lapa.
Isso já não sei.
Em 2011?
Tenho ideia que sim, como o encontro várias vezes no Páteo Bagatela [em Lisboa] porque ele mora ao pé da minha casa.» [Observador]
Quando o agora ex-presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem disse umas patacoadas ofensivas para os portugueses mais sensíveis não faltou quem condenasse Mário Centeno de não ter ido à reunião do Eurgrupo dar uns murros bem dados no ministro das Finanças Holandês. A nossa direita pedia mesmo que fosse exigida a cabeça do então presidente do Eurogrupo.
Passados uns meses Centeno serviu-lhes a cabeça de Jeroen Dijsselbloem, mas agora ninguém comentou e o ridículo é tanto que até estão preocupados porque o ministro das Finanças terá menos tempo para o país.
A verdade é que se Mário Centeno fizer um bom trabalho à frente do Eurogrupo as próximas legislativas em Portugal terão um interesse acrescido, por cá escolhemos um governo, para os europeus as eleições portuguesas serão pela primeira vez assunto de interesse nacional, pois está em causa a liderança do Eurogrupo.
Daqui a dois anos o voto dos portugueses nas legislativas serão determinantes para a liderança do Eurogrupo e isso pesará nos resultados. É bem mais importante sabermos se Centeno continuará no Eurogrupo daqui a dois do que saber quem vai perder as legislativas frente a Costa, se Rui Rio ou Santana Lopes.
É pena que a culpa não possa ser do Sócrates
É uma pena que José Sócrates não tenha tido qualquer intervenção no processo de adoção de crianças pela IURD, se tal tivesse acontecido quase aposto que a esta hora estaria provada a sua culpa e as cópias do processo já estariam disponíveis na comunicação social. No caso de ter recebido uma denúncia e concluído que tudo estava bem ou se tivesse garantido que a mãe biológica tinha sido ouvida não é difícil de adivinhar a vaga de acusações que lhe seriam feitas, a começar pelos diligentes sindicalistas das magistraturas. Haveria mesmo que exigisse o seu linchamento sumário, um qualquer juiz até chegaria ao desplante de assegurar que num caso de tanta gravidade a prisão até era pouco.
Sejamos honestos, no nosso ordenamento jurídico a tutela das crianças pertence ao MP, é o MP que as deve proteger e mais ainda num caso de adoção, sempre que está em causa o futuro de uma criança, de uma adoção a um mero acordo de tutela parental, passa pelo crivo supostamente exigente do MP. O papel do MP não é de ver de forma leviana se tudo corre bem, é sim assegurar-se, ter a certeza de que tudo está a ser feito para que corra bem. No caso das crianças “adotadas” pelo IURD é mais do que óbvio que tudo correu mal e as vigarices fotam tão grosseiras, pelo menos a crer no que se viu na TVI, que é impossível desresponsabilizar quem tivesse a obrigação de zelar pelos direitos das crianças, direito à segurança, direitos das crianças e direitos humanos..
Há aqui qualquer coisa de confuso, o MP, no exercício das suas competências e obrigações, acompanha o processo desde o princípio de forma diligente, rigorosa e exigente, porque está em causa o futuro de várias crianças. De, surge uma denúncia e o MP volta a analisar o processo de forma rigorosa e conclui que está tudo bem até confirma que a mãe biológica das crianças foi ouvidas. Agora sabe-se que estava tudo mal e mesmo assim surge este comunicado simpático, quase um elogio para a Procuradora-Geral.
A forma como o MP analisa a intervenção da sua chefe chega a ter alguma candura, é pena que não usem da mesma candura na hora de analisar o comportamento de outros, recordo-me, por exemplo, das suspeitas em relação a um diretor-geral do Ambiente no Caso Freeport, era suspeito por ter sido diligente e não ter atrasado devidamente os processos.
É ridículo que seja um funcionário da PGR a avaliar o comportamento da sua própria chefe e que esta depois mande essa avaliação para os jornais. Quem esperava outro resultado senão esta conclusão de que estava tudo bem? Tudo isto chega a ser ridículo. O mínimo que se espera é que o Conselho Superior da Magistratura chame a si a avaliação do MP neste processo pois foi esta instituição que falhou.
Há, todavia, um ponto em que a PGR merece um grande elogio, nunca uma investigação foi concluída de forma tão célere e com direito a comunicado. A senhora Procuradora-Geral neste capítulo está de parabéns. Quanto ao resto devemos estar tranquilos, há muito que se diz que a questão das crianças dizia muito à senhora Procuradora-Geral.
Moçambique
Quem é o mentiroso?
Quem é o mentiroso, Pacheco Pereira ou Santana Lopes? Aceitam-se apostas, o prémio é de 0€ para quem apostar em Santana, o Lopes. Daqui a uns dias vamos ouvir Santana dizer que teve um lapso de memória.
A cada debate, intervenção ou entrevista Pedro Santana Lopes vai-se afogando na água que ele próprio produz, imaginem o que serão dois anos de baboseiras e disparates.
Aliás, basta comparar o que Santana disse ontem à noite em Aveiro com o que respondeu numa entrevista ao Observador para se perceber que mentiu, já dá o dito por não dito, já está com problemas de memória. Será que o PSD vai propor este traste para primeiro-ministro?
«Observador — José Pacheco Pereira contou na Quadratura do Círculo que em 2011 o senhor o convidou para um encontro no Hotel da Lapa, ele deu muitos detalhes sobre essa conversa, mas resumindo: o senhor estava farto do que se estava a passar no PSD e queria fundar um novo partido que fosse a eleições contra o PSD. Já desmentiu, mas queria perceber melhor o que se passou.
Pedro Santana Lopes — A questão não é desmentir ou deixar de desmentir. Passei a campanha a ouvir apreciações ou julgamentos sobre decisões que não tomei, ou atos que não pratiquei. É verdade que pensou que a Santa Casa entrasse no sistema financeiro, no Novo Banco? A decisão foi não, mas queriam julgar o pensamento, a admissibilidade sequer da hipótese.
Mas encontraram-se ou não?
Eu tenho ideia que sim. Uma vez.
No Hotel da Lapa.
Isso já não sei.
Em 2011?
Tenho ideia que sim, como o encontro várias vezes no Páteo Bagatela [em Lisboa] porque ele mora ao pé da minha casa.» [Observador]
Vão levar tau tau do Rui Rio
«O o debate menos agressivo entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes, esta manhã na TSF e Antena 1, Rio prometeu guerra às vozes críticas que já se perfilam dentro do PSD e garantiu que irá por os insubordinados na ordem.
A gota de água para a irritação do ex-presidente da Câmara do Porto foi a entrevista desta quinta-feira de Miguel Relvas ao “Público” e à Rádio Renascença, na qual o antigo braço-direito de Passos Coelho vaticinou que o próximo líder do PSD poderá sobreviver no cargo apenas dois anos.
“Se o clima dentro [do PSD] é já este, já com as rasteiras e com isto e com aquilo, estamos mal, e se eu ganhar vamos estar mesmo muito mal, porque não vou admitir uma coisa destas", declarou Rio, sublinhando que Relvas é apoiante de Santana Lopes e o "empurrou e incentivou” a candidatar-se (é votante, não apoiante, corrigiu Santana).» [Expresso]
Parecer:
A ameaça de Rui Rio mostrou um político mal preparado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Centeno tomou posse
«O ministro das Finanças português, Mário Centeno, reafirmou esta sexta-feira, em Paris, estar "muito motivado" para a liderança do Eurogrupo. As declarações foram feitas na "passagem de testemunho" deste órgão informal da União Europeia das mãos do holandês Jeroen Dijsselbloem, numa cerimónia na Embaixada de Portugal em Paris.
"Estou muito motivado para liderar o Eurogrupo nos próximos dois anos e meio. Agradeço ao Jeroen [Dijsselbloem] pelo trabalho duro e pelos compromissos que conseguimos atingir nos últimos cinco anos. Muito foi feito. Saímos da crise, mas o trabalho ainda não acabou, certamente nunca está, mas a janela de oportunidade que temos agora em termos políticos e económicos deve ser usada para completar a reforma das instituições da zona euro", afirmou Mário Centeno antes de receber o "sino do Eurogrupo" das mãos do holandês.
Mário Centeno explicou que isso inclui a união bancária, a união do mercado de capitais e a política fiscal, sublinhando ser "muito importante ir ao encontro das expectativas dos nossos cidadãos" e construir uma zona euro "mais robusta e resiliente". "Temos de estar cientes que a preparação para o que está para vir, os desafios que temos têm de ser enfrentados já e preparar-nos para os tempos que estão para chegar na zona euro como um todo", concluiu.» [Público]
Parecer:
Nas próximas eleições vamos escolher o primeiro-ministro ou assegurar a continuidade de Centeno à frente do Eurogrupo, o que será mais importante para o país e para a Europa?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao professor.»
Países de merda
«O Presidente dos Estados Unidos qualificou El Salvador, Haiti e várias nações africanas, que não identificou, de "países de merda", sinalizando que preferia abrir as portas a imigrantes de países como a Noruega.
"Por que razão temos todas estas pessoas de países de merda a virem para aqui?", afirmou Donald Trump, durante uma reunião com deputados na Casa Branca, segundo meios de comunicação social norte-americanos, como o jornal The Washington Post.
O Presidente dos Estados Unidos recorreu ao calão, com a expressão "shithole countries", depois de dois senadores lhe terem apresentado um projeto de lei migratório ao abrigo do qual seriam concedidos vistos a alguns cidadãos de países que foram recentemente retirados do Estatuto de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês), como El Salvador, Haiti, Nicarágua e Sudão.» [DN]
Parecer:
"Ganda maluco!"
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Ice Boy
«Um menino chinês de oito anos percorreu cerca de 4,5 quilómetros com temperaturas negativas e chegou à escola com as mãos inchadas do frio e com o cabelo completamente congelado. O professor tirou fotografias e enviou para o diretor da escola e para outros colegas, que as publicaram nas redes sociais. As imagens tornaram-se virais mas sobretudo reacenderam o debate sobre as condições de vida das crianças mais pobres da China, que são muitas vezes deixadas sozinhas pelos pais que partem em busca de trabalho nas cidades.
O professor de Wang, é assim que a criança é identificada, segundo a BBC, que conta a história, tirou as fotografias no dia 8 de janeiro, quando o termómetro marcava 9 graus negativos. Quando as imagens chegaram às redes sociais o menino ganhou uma alcunha "Ice Boy" (rapaz de gelo) e uma hashtag com o mesmo nome.» [DN]
Parecer:
Lendo toda a notícia ficamos a saber que a criança não quis faltar no dia do exame em que acabou por ter 99%.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Medite-se.»
Vereadora muito puritana
«Uma programação que não interessa ao público da cidade por ser demasiado alternativa, incluindo até um espetáculo com uma atriz nua em cena e a dizer palavrões - estas foram as justificações da vereadora da cultura de Santarém, Inês Barroso, para o afastamento do diretor do Teatro Sá da Bandeira, Pedro Barreiro.
A vereadora afasta assim a hipótese de saneamento político - a acusação que tinha sido feito por Pedro Barreiro, por ser filho de Rui Barreiro, candidato socialista derrotado nas eleições autárquicas de 1 de outubro, e por durante a campanha eleitoral ter tecido duras críticas ao presidente social-democrata Ricardo Gonçalves, entretanto reeleito.
Mas não consegue afastar a polémica. "Atriz nua choca vereadora da cultura" é a manchete da última edição do jornal regional O Ribatejo, referindo-se a declarações de Inês Barroso na Assembleia Municipal da passada segunda-feira. De acordo com o jornal, quando questionada sobre a saída do diretor do teatro, a vereadora explicou que a programação não agradava à população. E deu um exemplo: após a apresentação, a 2 de dezembro, da peça O Mandarim, foi "bombardeada" com "chamadas de pessoas indignadas porque tínhamos uma atriz nua em palco a dizer asneiras, um comportamento não digno para o teatro municipal e, obviamente, que se os munícipes fazem reportes de desagrado, temos de reapreciar tudo o que foi feito no Teatro Sá da Bandeira".» [DN]
Parecer:
Será que esta vereadora conseguirá ver "O carteiro toca sempre duas vezes" e depois dar um uso alternativo à mesa da cozinha?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Ó Cristas abaixa a crista!
«O apoio financeiro atribuído à Raríssimas no valor de 150 mil euros, em agosto de 2016, foi despachado pelo ministro Vieira da Silva com um "parecer favorável da presidente do ISS [Instituto de Segurança Social] I.P., dra. Ana Clara Birrento", que é militante do CDS e foi candidata centrista nas europeias de 2014 e nas autárquicas de 2017.
Esta é uma das respostas dadas pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao grupo parlamentar do CDS, depois dos centristas terem questionado "aparentes privilégios" dados por Vieira da Silva à associação de que fez parte no passado (foi vice-presidente da assembleia geral da Raríssimas, antes de ir para o governo).
O ministro responde que o pedido de subsídio "seguiu todos os trâmites e procedimentos associados à concessão destes apoios" e "foi atribuído nos termos propostos pelo ISS, I.P.". Na resposta acrescenta-se que houve um "parecer favorável do Conselho Diretivo do Instituto de Segurança Social I.P. à data presidido pela dra. Ana Clara Birrento, e encontrava-se instruído com parecer técnico favorável dos serviços competentes daquele instituto".» [DN]
Parecer:
o que terá a Cristas a dizer do fato de ser uma das suas girls a apoiar a Raríssimas?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à Cristas se já baixou a crista.»