quarta-feira, dezembro 26, 2012

Loucura

A política deste governo não assenta em valores, numa ideologia coerente e muito menos em qualquer memorando ou programa, é uma política errática resultante de uma mistura confusa entre preconceitos, valores ideológicos de extrema-direita e avulsos, de ódios e complexos pessoais, de preconceitos.
 
Portugal está sendo sujeito a uma política conduzida por tecnocratas que tomaram conta do governo graças a políticos de baixo nível intelectual e sem grandes escrúpulos para quem as eleições não passa de um exercício de manipulação da opinião. O país está sendo conduzido segundo uma agenda política errática que varia em função das circunstâncias e sem objectivos. Num ano fala-se em crescimento, no outro prometem-se reformas, de repente propõe-se o fim do Estado Social, de seguida fala-se numa guerra, depois promete-se um mundo de oportunidades acessíveis a todos.
 
A verdade é que a incompetência é muita, as reformas ficam por fazer, o reordenamento do território fica para depois, as privatizações são conduzidas por quem não tem competências para o fazer, os lóbis continuam a dominar o Estado, a justiça insiste em ter a dignidade de uma peladinha de rua. Os economistas da troika fecham os olhos a toda esta bandalhice a troco de sujeitar o país a uma experiência digna do laboratório do dr. Mengele, em Aiuschwitz.
 
O governo não existe, a diplomacia económica de Paulo Portas é um falhanço e é Miguel Relvas que anda por esse mundo fora em almoçaradas vendendo o país a retalho, o ministro da Economia deixou-se de pastéis de nata para prometer a reindustrialização, o ministro das Finanças insiste numa política económica assente em falsas previsões, a Justiça vai-se arrastando entre as atoardas da ministra e os autos de fé na praça pública. E enquanto o país se afunda um primeiro-ministro que perdeu o controlo da situação arma-se num grande general e combate moinhos de vento imaginários.
 
O país afunda-se, os portugueses vão sendo atirados uns contra os outros, os pensionistas que ganham mais de mil contra os que ganham menos de mil, os ricos contra os pobres e os pobres contra os ricos, os funcionários contra os do sector privado e vice-versa. Um primeiro-ministro incapaz, impreparado e que não está à altura dos desafios fala de um país que não existe, de reformas que não faz, de oportunidades que ninguém vê.