Foto Jumento
Choram os palhaços de Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Arco-iris sobre o Rio Tejo [A. Cabral]
Jumento do dia
Paulo Portas
Paulo Portas já tem uma explicação para o mais que provável falhanço do seu governo, a greve dos estivadores. De repente todos questionam o direito à greve, um dia destes vamos saber que a troika acrescentou o fim do direito à greve no memorando e o Gaspar vai dizer que não sabia de nada.
Fica aqui um apelo aos estivadores: suspendam a greve para não ajudarem o governo da direita.
«“Neste momento as exportações já representam 37% da riqueza do país e podem ter a certeza - sobretudo se não houver greves a bloquear o crescimento e o progresso - as exportações são o caminho certo para a nossa economia”, disse Paulo Portas em declarações aos jornalistas, à margem dos encontros com as autoridades do Sultanato de Omã e com os empresários que acompanham a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros ao Golfo Pérsico.
Questionado sobre se o aumento das exportações é decisivo para um Orçamento do Estado diferente em 2014, Portas respondeu que se trata de um sinal de “esperança”.» [Notícias ao Minuto]
Mas não foi por causa de qualquer manifestação, o pessoal esteve de serviço à segurança do Passos Coelho e o Serra pediu as imagens em bruto da Sport TV para ver o Sporting-Benfica.
Uma sugestão ao Gaspar
Aqui vai uma boa ideia para que o Gaspar possa suavizar o impacto dos seus impostos o que, se as coisas correrem ainda pior do que é mais do que provável, possa decidir mais um aumento dos impostos. Como já não há subsídios para diluir em doses mensais de vaselina para que entre melhor a sensação de se pagar mais impostos, porque não passar a pagar os vencimentos e os subsídios semanalmente assim, quem ganha 500 e paga 200 ficaria com a agradável sensação de que tinha passado a pagar epenas cinquenta.
Não é uma bela ideia Ó Gaspar? E até dá para espremer ainda mais, em limite até se podia voltar a pagar à jorna, afinal de contas é mais ou menos o que sucedida no tempo em que não haviam feriados, férias, subsídios ou direitos laborais. Só falta mesmo o regresso do pagamento à jorna.
Dúvida sobre legitimidade
Se um governo governa de forma ilegítima ao violar sistematicamente a Constituição, ao renociar o memorando às escondidas e ao ignorar as promessas e programas com que foram a votos quais são os limites à legitimidade dos meios que podem ser usados para derrubar esse governo?
Pode um governo transformar um país contra a vontade de um povo só porque quem o pode derrubar não o faz por razões que o povo desconhece?
Esperteza saloia
«As últimas semanas têm sido férteis em exemplos de como a esperteza saloia se tornou prática maior da política nacional.
Veja-se, por exemplo, a decisão de pagar em duodécimos, já a partir de janeiro, os subsídios de férias e de Natal. Todos sabemos que será no primeiro ordenado de 2013 que os trabalhadores vão sentir a primeira "marretada" do "assalto fiscal" em que assenta o Orçamento do Estado para o próximo ano. Por bondosa que possa parecer, a intenção é, tão-só, através de um efeito ilusório, fazer crer à comunidade que, afinal, o empobrecimento não é tão drástico como parecia à primeira vista.
Com medo da rua e das convulsões sociais que inevitavelmente acontecerão quando as famílias sentirem no bolso a falta de dinheiro, o Governo decide, de forma caridosa, mitigar o esforço desumano a que os contribuintes estão sujeitos distribuindo por doze meses as migalhas do 13.º e do 14.º meses, como se quem trabalha não tivesse direito a estas retribuições. E nem sequer vale a pena lembrar, mais uma vez, o que havia sido dito perentoriamente por Pedro Passos Coelho, nos idos da campanha eleitoral, quando confrontado com a hipótese de acabar com o subsídio de Natal: "Isso é um disparate!"
Mas, mais grave do que esta tentativa de atestado de estupidez passado ao povo em letra de lei, é o verdadeiro propósito, não assumido, de quem toma decisões. Em outubro de 2011, Miguel Relvas afirmava, com a convicção e sabedoria habituais, que há "muitos países da União Europeia que não têm 13.º e 14.º meses". Passado pouco mais de um ano, eis que o Governo, à socapa e na esperança de que ninguém perceba, se prepara para, com a diluição dos subsídios em 2013, acabar com eles de uma vez. A isto chama-se esperteza saloia!
Podia ser apenas um ato isolado, ou um exercício infeliz da ação governativa. Mas não é.
Outro exemplo de "chico espertice" é o da reforma administrativa imposta pelo programa de ajustamento. Decidiu o Governo - o mesmo que sempre quis afirmar--se mais troikista do que a troika -, pela tutela do ministro Relvas, avançar para a fusão e extinção compulsiva de freguesias, mantendo intocáveis as câmaras municipais. A reforma, deixada assim a meio caminho, além de representar uma violação flagrante do memorando de entendimento em cuja quinta avaliação ficou expressa a obrigatoriedade de reduzir "significativamente" freguesias e concelhos, é também reveladora de que a célebre afirmação "que se lixem as eleições!", proferida um dia pelo primeiro-ministro para assegurar que não governa em função da popularidade, não passou, afinal, de uma balela.
Quem pensava que esta maioria era totalmente subserviente à troika enganou-se. O Governo é bem capaz de lhe fazer frente, como se comprova, mas só quando estão em causa os votos e os todo-poderosos aparelhos partidários. A este modo de atuar chama-se, não há outra forma, esperteza saloia.
E, como não há duas sem três, a gestão do dossiê de privatização da RTP não podia deixar de ser conduzida em coerência com tão nobres pergaminhos. Bem no meio do ruído do último capítulo da chamada "novela das imagens", eis que surge um novo plano para a alienação da televisão pública. Nuno Santos foi ao Parlamento reafirmar, perante os deputados, o que já antes tinha dito: que fora alvo de um saneamento político, que era malvisto pela tutela por ser contra a privatização e por, durante o seu consulado como diretor de Informação, ter feito aquilo que se lhe exigia: pôr a RTP a dar notícias e não a ser notícia. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a polémica em torno da licenciatura do dr. Relvas, ou com o escrutínio sistemático da governação. As mesmas afirmações que uma semana antes não justificavam a abertura de um processo disciplinar, ditas na Assembleia da República acabam a dar origem a um inquérito com objetivo de despedimento.
Porventura, o maior pecado de Nuno Santos - e não me pronuncio sobre a cedência de imagens à polícia, cuja apreciação neste contexto é irrelevante - foi ter contribuído para o ruído, pois foi no meio desta polémica que, discreta e sorrateiramente, se anunciou a intenção de privatizar 49% do capital da RTP. Já não se trata de alienar um canal, como está no programa eleitoral do PSD e no Programa de Governo, ou de concessionar o serviço público a privados. O plano agora é vender metade da televisão pública.
Como muito bem previu quem desenhou esta estratégia, no meio do debate sobre o evidente saneamento político de Nuno Santos ninguém questionou ou sequer se apercebeu da solução final para a RTP.
A isto chama-se, como é óbvio, esperteza saloia. O resto é conversa da treta!» [DN]
Nuno Saraiva.
Os nossos ursos-marinhos e os juízes
«Há dias, apanhei-me a ler um artigo com mais interesse do que geralmente dedico aos textos de divulgação científica. O The New York Times contava casos da vida animal em que na atividade reprodutiva o "radar de reconhecimento de possíveis companheiros falham." Na ilha Marion (nas frias águas antárticas), um biólogo testemunhou os avanços feitos por um urso-marinho a um pinguim, confundindo-o com uma fêmea da sua espécie. O pinguim não foi na confusão, fugia, e o urso acabou por matá-lo e comê-lo, dessa vez sem metáforas. Diz o artigo que esse comportamento não é tão incomum assim, acontece entre insetos, rãs, peixes e pássaros... Os ursos-marinhos são os mais estudados nestes radicais enganos de parceiro. O desacerto acontece em casos de machos mais fracos do grupo que ficam sem par em plena época reprodutiva: empurrados pela testosterona, tudo o que vem à rede é ursa-marinha. Houve um caso na baía de Monterrey, na Califórnia, de um urso-marinho atacar sexualmente e matar cinco jovens focas. Os biólogos ouvidos pelo jornal lembram que "na natureza não existe o bem e o mal" e que estes casos "estão dentro da diversidade do comportamento normal possível." Sem dificuldade, concordo com eles. Já me assusta mais os juízes portugueses armarem-se em biólogos e soltarem os ursos não marinhos que batem nas mulheres. Até que um dia (não virá no The New York Times mas no Correio da Manhã), excitado pela testosterona, o urso a mata.» [DN]
Ferreira Fernandes.
«Pedro e Paulo fizeram Governo. Pedro agora detesta Paulo, que detesta Pedro. Pedro gosta imenso de Vítor, que imenso gosta de Pedro. Por isso, Paulo detesta Vítor e Vítor detesta Paulo. Pedro e Vítor têm um divertimento: humilhar publicamente Paulo. De cada vez que o diminuem, reforçam o quanto gostam um do outro: unem os seus destinos. Para mal de Paulo.
Uma história tíbia? Não, tão-só uma síntese caricaturada da coligação que assegura o Governo de Portugal. Nada disto interessa, dirão alguns. Enganam-se. Porque o exercício do poder muito depende de uma dimensão pessoal que pode pôr em causa, e de que maneira, a eficiência da ação governativa.
O perdedor tem sido Paulo Portas. Entrou para o Governo sem clarificar o que para si era inegociável e terá congeminado que Passos Coelho, imberbe nas coisas da governação, agradeceria a sua maior experiência e agudo faro político.
Erro de avaliação. Porque Passos, antevendo o risco, logo lhe fez marcação cerrada, para o colocar no "seu" sítio.
Portas cometeu um segundo erro: subestimou Vítor Gaspar, lá onde devia tê-lo temido mais. Porque Gaspar viveu sempre arredado do Mundo, com as luzes de néon suave dos gabinetes e o computador como companhia: e por isso mais adora o sabor doce da ribalta. É como aqueles adultos que, nunca tendo namorado ou feito tolices na adolescência, vêm a descobrir os prazeres da vida em momento tardio. Nunca teve poder, só influência. Agora, cada clamor da rua, cada parangona dos jornais ou debate parlamentar o exaltam: porque os cidadãos são para si coisas vagas que mexem, berram e às vezes até choram. Aproveita gulosamente cada segundo. Ama este poder, sabendo-o transitório. A sua fragilidade política é, afinal, a sua força: não precisa de mais.
Passos Coelho admira Vítor Gaspar sem reservas: é o seu fiador internacional. Pressente que só através dele realizará o sonho algo infantil e muito difuso de um "novo" Estado (não de um Estado Novo).
São os dois jogadores de tudo ou nada: para eles, o razoável é nada.
Para os dois, o interesse nacional é prosseguido de fora para dentro; Paulo Portas, por formação e convicção, acredita que é de dentro para fora. Acham que a soberania, coisa velha e nada moderna, só atrasa; para Portas, esse é o caminho do desastre.
Hoje, enfrenta um dilema torturante. Ficar nestes termos, não pode. Mas não pode sair. Se a "direita" lhe pertencia, vê-se agora à "esquerda" de Passos Coelho. Se foi a novidade na política, a "juventude" (agora, radical e impiedosa) é personificada no primeiro-ministro.
Passos Coelho acha-se movido por um desígnio superior e quer ficar na história com esta governação. A Portas, aterra-o o ferrete da história com tal legado. Para Passos, a destruição é criadora de vida, regenera. Portas, bem mais realista, cheira o colapso ao virar da esquina da "refundação".
Anseia pelo seu momento. Mas esse dia poderá também ser, como nos enredos policiais, o do álibi de Pedro e Vítor. Porque nessa altura dirão: "Tudo tentámos, tudo lutámos. Mas Paulo não deixou".
Acabará assim a estória? Não creio.
Porque Passos Coelho, também ele, comete um erro de palmatória: subestima Paulo Portas. Iludido, pensa que o domesticou. Puro engano. Passos tem perante si um extraordinário resistente e, de longe, o mais experiente político no ativo. Já tropeçou, sempre se reergueu renascido. Mestre virtuoso na paciência e na arte do possível, regista a fogo cada desconsideração, para balanço futuro e cobrança com juros.
Por isso, está por saber se Paulo Portas fica ou sai. A ficar, ficará muito melhor do que por ora está. E, se ou quando disser adeus, a sua não será a saída pequena. Os primeiros sinais já aí estão. Ainda há menos de dois dias, o líder do CDS avisou: "A nossa voz não foi suficientemente ouvida. No próximo Orçamento esta situação não se vai repetir"; e "as reformas são necessárias, mas não é para chegar a qualquer Estado mínimo".
Pois é. Cá se fazem, cá se pagam.» [JN]
Azeredo Lopes.
«Escudado num misterioso estudo, “bem documentado”, o primeiro ministro informou-nos, esta semana , que “os que têm mais rendimento são os que absorvem a maior parte dos rendimentos redistribuídos pelo Estado”. Trocando por miúdos, para o dr. Passos Coelho, o Estado Social é uma invenção perniciosa que beneficia essencialmente os mais ricos que recebem pensões milionárias e entopem os serviços de urgência dos hospitais públicos com doenças imaginárias que põem em causa as contas públicas e a sustentabilidade da Segurança Social. Ouvindo o primeiro-ministro, pode ficar-se com a ideia de que os banqueiros e outros privilegiados afins são os principais beneficiários das prestações sociais com que o Estado, na sua infinita misericórdia, brinda os portugueses, sem que estes, aliás, se dignem corresponder com o pagamento de mais impostos. Ao contrário do que tem sido dito, estas declarações não deixam de ser um bom ponto de partida para o improvável debate que o governo quer promover sobre as funções do Estado.
Levando à letra as palavras de Passos Coelho, seria possível compreender alguns dados dramáticos que por aí abundam: enquanto os Ricardos Salgados deste país se abotoam “com a maior parte dos rendimentos redistribuídos pelo Estado”, mais de dez mil crianças convivem diariamente com a fome (números do governo), uma série de hospitais está à beira da falência, sem dinheiro para medicamentos ou exames mais complexos, metade dos desempregados não recebem qualquer subsídio, pensões de 1350 euros são afectadas por uma espécie de taxa solidária e por aí fora, numa clara demonstração que, nesta matéria, ao contrário do que algumas luminárias apregoam, o Estado é verdadeiramente exíguo.
Mas a questão não é bem esta, como qualquer pessoa de bom senso percebe. Embora a sua capacidade de expressão seja diminuta, as declarações do dr. Passos Coelho apontam, mais uma vez, para o aumento e aplicação de taxas e propinas na Saúde e na Educação. Na sua opinião, “os que têm mais rendimentos” não são obviamente os poucos milionários que por cá prosperam. Atingem, sim, uma classe média, em vias de extinção, que depois do “maior aumento” de impostos de sempre, será agora obrigada a pagar propinas no ensino obrigatório (sim, o ministro da Educação desmentiu mas não será por aí que a medida não vai para a frente) e taxas moderadoras, mais altas, na saúde. Nem por acaso, dei de caras, esta semana, com um menino da JSD, que se prepara para se candidatar à presidência da mesma, a explicar que é “hipócrita e socialmente iníqua a tendencial gratuitidade da educação e saúde”. Nem mais! Cria um problema constitucional? O menino da JSD não tem dúvidas: manda-se a Constituição às malvas até porque, como já se viu, o primeiro-ministro só consegue governar contra a Constituição: para o actual PSD a Constituição, esse empecilho, não passa de um bode expiatório, capaz de explicar todas as asneiras do governo.» [i]
Autor:
Constança Cunha e Sá.
Relvas não fala em nome da Newshold
«O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou hoje que o modelo da privatização da RTP será conhecido "nas próximas semanas", escusando-se a comentar o interesse da Newshold na empresa pública.
"Não me cabe a mim falar em nome das empresas", reagiu Miguel Relvas, quando questionado sobre o interesse revelado pelo grupo económico de capitais angolanos para avançar para uma eventual privatização da RTP, caso o modelo proposto pelo Governo se revele "um negócio interessante".» [DN]
Parecer:
Não faz mal, a Newshold fala e decide em nome dele, até diz qual a percentagem da RTP que aceita e como não deverá ter concorrentes até diz quanto paga.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
Até na ONU?
«"Se Portugal não o fizer já, terá de o fazer daqui a seis meses, de joelhos", afirma Artur Baptista da Silva, o economista português que coordena uma equipa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), encarregada pelo secretário-geral Ban Ki-moon de apresentar um relatório da situação crítica na Europa do Sul.
Em entrevista na edição de hoje do Expresso, Baptista da Silva refere a preocupação das Nações Unidas com a evolução da crise das dívidas soberanas na "periferia" da zona euro, as receitas de ajustamento que têm sido colocadas em prática e os riscos geopolíticos que esta situação acarreta.
Numa abordagem distinta de outras propostas de renegociação da dívida - como a de Miguel Cadilhe, divulgada pelo Expresso em outubro num artigo de opinião do ex-ministro das Finanças -, a estratégia definida por esta equipa da ONU propõe uma renegociação de 41% da dívida soberana consolidada portuguesa projetada daqui a cinco anos (uma parte da dívida que não deriva das políticas internas dos diversos governos desde a adesão à União Europeia) e a mexida em dois pontos do memorando de entendimento com a troika, que em detalhe o leitor poderá ler na entrevista publicada na edição do Expresso.» [Expresso]
Desenganem-se, o Gaspar, coxo de Bona e o imperador Salassie estão firmes e hirtos na intenção de forçar os portugueses à miséria.
«"Se Portugal não o fizer já, terá de o fazer daqui a seis meses, de joelhos", afirma Artur Baptista da Silva, o economista português que coordena uma equipa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), encarregada pelo secretário-geral Ban Ki-moon de apresentar um relatório da situação crítica na Europa do Sul.
Em entrevista na edição de hoje do Expresso, Baptista da Silva refere a preocupação das Nações Unidas com a evolução da crise das dívidas soberanas na "periferia" da zona euro, as receitas de ajustamento que têm sido colocadas em prática e os riscos geopolíticos que esta situação acarreta.
Numa abordagem distinta de outras propostas de renegociação da dívida - como a de Miguel Cadilhe, divulgada pelo Expresso em outubro num artigo de opinião do ex-ministro das Finanças -, a estratégia definida por esta equipa da ONU propõe uma renegociação de 41% da dívida soberana consolidada portuguesa projetada daqui a cinco anos (uma parte da dívida que não deriva das políticas internas dos diversos governos desde a adesão à União Europeia) e a mexida em dois pontos do memorando de entendimento com a troika, que em detalhe o leitor poderá ler na entrevista publicada na edição do Expresso.» [Expresso]
Parecer:
Desenganem-se, o Gaspar, coxo de Bona e o imperador Salassie estão firmes e hirtos na intenção de forçar os portugueses à miséria.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Um pacto de regime para salvar o PSD?
«O empresário e conselheiro de Estado Francisco Pinto Balsemão apelou hoje a um pacto de regime entre as principais forças políticas portuguesas e representantes de instituições e da sociedade civil, supervisionado pelo Presidente da República.
O fundador do PSD fez este apelo numa mensagem em vídeo que foi transmitida numa cerimónia, em Lisboa, de apresentação de um relatório da Plataforma para o Desenvolvimento Sustentável, à qual está associado, como presidente do Conselho Consultivo.
"Nós temos de encontrar soluções que não se limitem às medidas de austeridade, temos de ir mais longe, temos de encontrar consensos que permitam galvanizar o nosso país. E, para isso, há que ser ousado", afirmou o presidente do grupo Impresa.» [Expresso]
Parecer:
Balsemão chega tarde e parece estar mais preocupado com os riscos do seu negócio e com o PSD do que com o país, agora que a direita já destruiu quase tudo aparecem algumas personalidades a deitarem água na fervura numa tentativa de salvar o governo da direita. Algumas personalidades perceberam que depois do PREC da direita se arriscam a enfrentar um PREC da extrema esquerda e tudo fazem para assegurar as suas conquistas e evitar as consequências.
Que autoridade tem Cavaco Silva para salvar o que quer que seja, desde há uns tempos até parece o Paulo portas, fala, fala, mas não faz nada e aprova tudo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «O governo que governo e faça a merda toda, o povo cá estará para ajustar contas com quem abusou da democracia, desrespeitou a Constituição e ignorou o programa eleitoral com que enganaram os eleitores..»
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