sexta-feira, dezembro 07, 2012

Umasno cravo e outras na ferradura

 
 
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Grafitti, Xabregas, Lisboa
   
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Moinho [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Hélder Rosalino
 
Este Rosalino só não fica com a alcunha de ácido sulfúrico porque o seu nome já se parece com uma alcunha, aliás, é bem pior do que muitas alcunhas. O homem deu para diluir tudo e mais alguma coisa, aumenta brutalmente os impostos e como é um espertalhão do banco do senhor Costa acha que engana as pessoas diluindo um subsídio para compensar a perda de rendimentos.
 
«Todos os pensionistas vão ter um dos subsídios diluído pelos doze meses do ano, disse hoje o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, após nova ronda negocial com os sindicatos, em Lisboa.» [DN]
    

  
 O que será, que será...
   
«A RTP é para privatizar por inteiro. É para privatizar só um dos canais. É para privatizar com todas as antenas de televisão e rádio, mas só 49% do capital e com uma renda fixa de 140 milhões de euros paga pelos contribuintes. É para privatizar até ao final do ano. É para privatizar até ao fim do próximo ano. É para vender aos angolanos. É para entregar a uma TV brasileira. É para um fundo do Panamá. É para a Cofina. É para vender só a concessão. É para juntar à Lusa. É para ficar pública mas sem publicidade. É para ter 12 minutos de publicidade. É para ter seis minutos de publicidade. É para oferecer a RTP Internacional. É para fechar a RTP Memória.
   
E a Caixa? Simples: é para privatizar por inteiro. É para privatizar só uma fatia minoritária. É para negociar com capital chinês. É para vender o negócio que tem em Espanha. É para vender o banco emissor de moeda que tem em Macau. É para vender tudo o que ainda tem em todas as empresas que ainda tem. É para sair a correr de Moçambique e Cabo Verde e também Angola. É para se transformar num banco de investimento, num banco de fomento, numa coisa qualquer. Numa agência? Não: é para fechar agências.
  
E a refundação do Estado social? Não é refundação, é reforma. Não é reforma, é corte, é redução de quatro mil milhões de euros. Não são quatro mil milhões: são 4,4 mil milhões. Não é uma decisão, é uma meta. Não é uma meta, é um debate para fazer em três meses. Pronto: em seis meses. Não é para aplicar em 2013. Talvez seja para aplicar no segundo semestre de 2013. É preciso mudar a Constituição. É preciso fintar a Constituição. É preciso cortar na saúde, na educação e nas funções de soberania. Não, a educação é que é para ser paga, claro, além do que já é pago pelos impostos. É isso? Não é nada disso. Chico Buarque explica: o que não tem governo nem nunca terá; o que não tem vergonha nem nunca terá; o que não tem juízo... lá lá lá lá lá...
  
E a renegociação da dívida grega? Simples, será estendida a Portugal. O princípio da igualdade de tratamento ficou decidido em junho pelo Conselho Europeu. Sim? Sim, sim, diz Gaspar devagarinho. Não, não, diz Gaspar com muita pressa. Quer dizer, a seu tempo, emenda Gaspar. Não será nada disso, impõe-se Schäuble. E o número dois do Governo como reage? O número dois? Quem é o número dois do Governo? É Gaspar? É Relvas? Certo. Errado. O número dois é Gaspar, mas também é António Borges, o ministro não ministro, conselheiro, comparsa. Tudo claro: não há ziguezagues. As curvas deste Governo são retas para os negócios. Será o que será. O que não tem conserto nunca terá.» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.   

 Jesus, Gaspar e o "sinal terrível"
   
«Quando a Grécia obteve melhores condições para a dívida, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse que essa melhoria seria estendida a Portugal. Naturalmente os nossos ministros rejubilaram. Mas eis que o patrão destas coisas, o alemão Wolfgang Schäuble, veio dizer que não. Disse que "seria um sinal terrível" para Portugal querermos suavizar os empréstimos. Seria como ir à Feira da Ladra, perguntar pelo custo da moldura, ouvir "50 euros" e nem regatear. Contrapropor 30 euros seria um sinal terrível... Não entendi. Já entendi melhor Vítor Gaspar ter aderido - depois do aviso de Schäuble - à tese do "sinal terrível." Isto é, entendi o feitio, ele é um tipo amável que não gosta de indispor alemães. Mas continuei a não perceber a lógica da coisa. Até ontem à noite. O Benfica foi jogar ao antro do Barcelona, o "més que un club", o que em catalão quer dizer: já nem sabemos enfiar 1-0 ou 2-1, connosco todos levam 4 ou 5. É, quem joga com o Barcelona apanha com taxas de juro a 4 ou 5 por cento. Ora o que começou por acontecer ontem foi que tivemos condições gregas, baixaram as taxas, suavizaram os prazos, não puseram a jogar Xavi, Iniesta e Messi. E o que aconteceu? Sinais terríveis: festival de golos perdidos de Lima e Ola John. E o Benfica foi eliminado. Percebi: os portugueses não podem ter condições facilitadas. Abusam e perdem tudo. Por isso o meu sonho desde ontem é o Benfica despedir o Jesus e contratar o Gaspar.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
     
 Solução engenhosa
   
«O reforço de 42,8 milhões de euros no orçamento das universidades para compensar o aumento dos encargos com a Caixa Geral de Aposentações será feito à custa de um corte de 22,5 milhões no ensino básico e secundário.
   
A proposta da maioria PSD/CDS-PP aprovada no Orçamento do Estado para repor "cerca de 75 por cento" do financiamento do ensino superior - 42 milhões de euros -- foi apresentada a 16 de novembro pela deputada do PSD, Nilza de Sena, e do CDS-PP, Michael Seufert, que já indicavam que a compensação poderia sair tanto do ensino básico e secundário, como da dotação provisional.» [DN]
   
Parecer:
 
Despedem-se uns quantos professores e prontsh, o dinheiro aparece e não é preciso aumentar o IRS.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pobre Mário Nogueira, está transformado num saco de boxe dos amigos que tanto se esforçou por ajudar a eleger, lamente-se o destino do desgraçado.»
      
 12 mil milhoes em evasão fiscal
   
«O Governo perde todos os anos mais de 12 mil milhões de euros em fuga aos impostos, o triplo daquilo que pretende cortar na despesa pública em dois anos (2013 e 2014), mostra um estudo independente do consultor britânico Richard Murphy, diretor da Tax Research UK, elaborado para o grupo Aliança Progressista de Socialistas e Democratas do Parlamento Europeu.
   
A investigação, hoje divulgada no âmbito da apresentação do plano de ação europeu "para uma resposta mais eficaz da UE contra a fraude e a evasão fiscais", mostra que a perda fiscal associada à existência de atividades clandestinas ou paralelas na economia (que como tal não estão dentro do perímetro do Fisco) representa 23% da receita fiscal total (12,3 mil milhões de euros de prejuízo fiscal), um nível que está acima dos 22,1% de média da União Europeia. Portugal é assim o sétimo pior caso no ranking da Tax Research UK.» [Dinheiro Vivo]
   
Parecer:
 
Mais milhão, menos milhão, é muito dinheiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lute-se contra esta chaga social.»
   
 Acabaram os jobs fo the boys, diz ele
   
«O presidente da Comissão de Recrutamento e Selecção da Administração Pública (CRESAP) disse hoje à Lusa que a meritocracia passou a ser a regra nas nomeações de topo na função pública, concordando que acabaram-se os 'jobs for the boys'. » [DN]
   
Parecer:
 
POis, o último job for the boys foi o dele...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Só boas notícias
   
«O Banco Central Europeu (BCE) considera provável que a zona euro continue em crise no próximo ano, anunciou hoje o presidente da instituição, Mario Draghi.» [DN]
   
Parecer:
 
Lá se vai o famoso sucesso do ajustamento gaspariano.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se qo Gaspar quem vai lixar a seguir.»
   
 O n.º 3 tira o tapete ao n.º 1
   
«O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros disse hoje que concorda com a posição do Presidente da República de que Portugal deve beneficiar de algumas das regras negociadas com a Grécia, como o alargamento do prazo de reembolso.
  
Questionado sobre se concorda com a posição tomada por Cavaco Silva sobre a possibilidade de Portugal beneficiar das novas regras adotadas para a Grécia pelos parceiros europeus, Paulo Porta respondeu: "Concordo”.
   
O Presidente da República defendeu na quarta-feira que Portugal deveria ver reduzida a comissão que paga pelos empréstimos europeus e ter um alargamento do prazo de reembolso, apesar de viver uma situação muito diferente da Grécia.» [i]
   
Parecer:
 
Este Portas é um espertalhão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Veja-se a cara com que o n.º 2 ficou.»
   

   
   
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