quarta-feira, dezembro 12, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura

 
 
   Foto Jumento
 
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Fêmea de toutinegra-de-barrete-preto [Sylvia atricapilla], Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Nova Iorque [J. M. Ferreira]

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Alfândega Régia, Vila do Conde [J. de Sousa]

Jumento do dia
  
Miguel Relvas
 
É evidente que o sotôr Relvas está ignorando o memorando com a troika ou pelo menos adiando a sua aplicação para depois das eleições autárquicas. Mas se os rapazolas da troika se deixam enganar em nome da solidariedade para com um governo que lhe pôs um país à disposição para promoverem experiências de extrema-direita, há que manter a aparência do rigor e cortar nalguma ccoisa, engana-se o povo e ops responsáveis das organizações internacionais.

No caso do sotôr Relvas importa ainda melhorar a imagem daquele que para todo um país não passa de uma anedota de mau gosto, há que o transformar num grande dinamizador do rigor, o mesmo rigor de que a Lusófona se serviu para uma licenciatura que é o equivalente genético à transformação de um macho num puro sangue. Então o homem teve uma brilhante ideia, acabar com milhares de cargos não remunerados, daqueles que não obrigam ao pagamento de vencimentos nem dão lugar a aposentações.

Grande Relvas, se não existisse tinha que ser inventado!
 
«Segundo a proposta de lei das competências do novo regime jurídico das autarquias locais, a que o CM teve acesso, e que irá a votação amanhã na Assembleia da República, o ministério tutelado por Miguel Relvas avança também com a extinção de 1458 membros das assembleias intermunicipais, que recebem hoje senhas de presença, ajudas de custos e subsídios de transporte.
  
Segundo fonte oficial do Governo, prevê-se que os cortes produzam uma poupança estimada em 50 milhões de euros por mandato, cerca de 12,5 milhões por ano. No entanto, serão criados 37 novos cargos remunerados, entre Comunidades Intermunicipais e Áreas Metropolitanas.» [CM]
    
 Ideia

Depois de ter visto o sôr Álvaro a juntar tudo quanto era velho rico da Europa num Algarve transformado em Florida europeia e de o mesmo sôr ter inventado a multinacional lusa do pastel de nata o homem ganhou dimensão europeia e convenceu meia Europa a iniciar um processo de reindustrialização. Um dia destes o sôr Álvaro ainda vai descobrir que cruzando a minhoca com o ouriço-caixeiro ainda vai conseguir que Portugal seja o maior produtor mundial de arame farpado!

 Dúvida

Será que a vontade de Miguel Relvas ver António Costa pelas costas na autarquia de Lisboa terá que ver com a vontade de meter a Tecnoforma na lista de compras de formação da treta da Câmara Municipal de Lisboa? Que o homem só pensa em equivalências já o sabemos, portanto ganhar a autarquia da capital para Relvas isso equivalerá a qualquer coisa e um canudo de sotôr não deve ser, a autarquia não tem canudos.
 

  
 Passos Perdidos
   
«Estávamos em Abril de 2011. Sócrates capitulara, e com isso abriu caminho a eleições antecipadas que haveriam de levar ao poder o senhor dos Passos.
   
A mensagem deste era clara: para vencer a crise, era preciso cortar nas "gorduras", e ele tinha um plano prontinho para entrar em acção; logo que iniciasse funções, seria cortar, cortar, cortar... Mas o mundo dá muitas voltas e em breve o plano virou de pernas para o ar. As "gorduras" que ele escolheu para cortar eram salários, subsídios e pensões. Foram passos em falso.
   
Mas, para quem tanto prometera, o melhor ainda estava para vir. Se partirmos de 2010, a que atribuímos o índice 100, o PIB em 2012 terá caído para 88 e o investimento para 67, o que significa o colapso total da economia. Isto se as projecções estiveram certas. O mais provável é que não estejam, porque isso é coisa a que Passos nunca ligou. Sendo o investimento a mola real da economia, que faz crescer o produto e o emprego, é óbvio o desastre que aí vem e com o qual a ‘troika' tanto nos elogia. São passos suicidas.
   
O impacto no desemprego foi imediato. Números do INE do último trimestre apontam para uma população de 10.598 milhares, dos quais 5.527 constituem a população activa. E, desta, 871 mil estão desempregados, o que dá uma taxa de desemprego de 15,8%. Mas Passos assobiou para o lado. E se a estes números juntarmos a parte não trabalhada do emprego a tempo parcial, mais os inactivos disponíveis que não procuram emprego, aquela taxa dispara para mais de 20%. E a dos jovens para quase o dobro. São passos arrepiantes.
   
Juntando os cacos, chegamos à dívida pública, que há-de ser o nosso coveiro. No final de 2010 era de €162 mil milhões, 94% do PIB. Mas a previsão para 2013 já vai nos 205%, mais do dobro do valor anterior! Ignoro se, ao olhar para tudo isto, Passos não sente uma espécie de bloco de gelo a percorrer-lhe a coluna de cima a baixo. O facto é que a dívida terá de ser reestruturada, em prazos e taxas de juro, por mais que ele esperneie a dizer que não. Desliguem. Outros terão de fazer o que ele não quer. Os seus passos falharam.
   
Descobriu-se entretanto que as famosas "gorduras" de que Passos falava visavam as funções sociais - Educação, Saúde e Segurança Social -, em que vai ser necessário cortar mais €4.000 milhões até 2014. Admito que não será este o momento de avaliar o impacto que estes novos cortes vão ter no dia-a-dia das pessoas. Mas, sabendo-se como já são as limitações actuais, tenho extrema dificuldade em avaliar como é que depois da passagem deste ‘tsunami' os portugueses vão viver em Portugal. À beira do abismo - um passo em frente?

Os passos de Passos são passos perdidos.» [DE]
   
Autor:
 
Daniel Amaral.   

 Nobel para os últimos moicanos
   
«Muitos índios (de vários nações), alguns chefes (três, engalanados com penas vistosas: Barroso, Van Rompuy e Schultz) e uma feiticeira (a manda-chuva Merkel), todos na cerimónia do Grande Manitou Nobel, na entrega do cachimbo da paz à Europa. Tanto pele-vermelha junto demonstrava que estávamos perante uma civilização em extinção. Eram sioux e apaches, comanches e navajos, mas a Nação Índia é uma tanga, cada tribo puxa para seu lado. E, notoriamente, umas tribos são mais tribos que outras. Sintomaticamente, o encontro era na tenda dos vikings, povo que não quis pertencer aos índios europeus: "Nós esperto no cabeça, ter grandes poços de ouro negro e não precisar união, ugh!", como diz um velho ditado dos canyons nórdicos. Apesar das danças de todos e dos já citados festivos penachos dos presidentes da Comissão, do Conselho e do Parlamento europeus, a pow-wow ou cerimónia índia aconteceu quando a pradaria ardia e havia manadas de bisontes em disparada por todo o continente. À saída da cerimónia, Petit Biscuit Hollande, índio huron, do Quebeque, guerreiro geralmente avisado e calmo, disse: "A crise do euro está atrás de nós." Podia ser tranquilizadora a novidade, não fosse sabermos como são as danças índias, aos círculos e com meias voltas sucessivas. O que está atrás de nós logo volta a ficar de frente. A desculpa para Petit Biscuit é que durante a pow-wow deve ter sido servida demasiada água de fogo.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
    
     
 “Sou mais adepta da caridade do que da solidariedade social”
   
«A participação num debate na televisão deixou-a debaixo dos holofotes. Isabel Jonet ponderou muito antes de dar esta entrevista. Depois de ter aceitado recebeu o i nas instalações do Banco Alimentar contra a Fome, em Alcântara, avessa a fotografias, mas disposta a falar do êxito da última campanha nos supermercados – que ocorreu no primeiro fim-de--semana de Dezembro – e sobre o estado do país. Explica que não está preocupada com os casos de idosos que aparecem mortos em casa, mas sim com as carências por que passam quando estão vivos. Nada preocupada com o que dela se escreve, criticou os jornalistas que deturpam as declarações dos entrevistados e garantiu que por isso há quem fuja da comunicação social.» [i]
   
Parecer:
 
Estamos esclarecidos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Quanto mais famosa mais asneiras diz. Vomite-se.»
      
 Pobre Seara
   
«O antigo presidente do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que o apoio de Miguel Relvas à candidatura autárquica de Fernando Seara à Câmara de Lisboa é um "beijo da morte".» [DN]
   
Parecer:
 
Teve o pior voto que podia ter.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Vítor Bento quer a impunidade nas transacções com multibanco
   
«O presidente do grupo SIBS, Vitor Bento, considerou hoje que o Governo cometeu um erro quando passou a utilizar o sistema financeiro como instrumento de controlo fiscal nas transações com cartões.
  
“Esta medida pode ter dado um bom resultado em algumas jogadas, mas não resolve o problema que o fisco tem de resolver a longo prazo e pode ter efeitos contraproducentes no imediato”, disse Vitor Bento, questionado pelos jornalistas durante a apresentação do relatório “SIBS Market Report”.
   
Considerando que esta medida representa um “retrocesso” no sistema de pagamentos nacional, Vitor Bento disse ser óbvio que “sobretudo as áreas que estão habituadas a práticas diferentes, vão defender-se utilizando menos as transações eletrónicas, o que significa, em última instância, um estímulo à informalidade da economia”.» [i]
   
Parecer:
 
Cada um defende os seus interesses e se o puder fazer disfarçando-os de interesse nacional melhor ainda.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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