Boas Festas
O Jumento deseja Boas Festas a todos os seus visitantes e amigos.
Os tempos são difíceis e o país tem um governo que além de governar de forma ilegítima e de querer impor a agenda pessoal de dois ou três imbecis parece estar apostado em tirar a alegria e a esperança aos portugueses, pelo menos àqueles que não partilham a mesa com os Ulrich de Hamburgo.
Mas por mais que queira impor a caridade à solidariedade ou por mais que queiram tirar-nos a alegria de viver iremos ter sempre razões para festejar os valores que partilhamos, Sejamos ou não crentes partilhamos uma cultura e um conjunto de valores, um estádio civilizacional e os seus padrões de convivência social, são esses valores que todos iremos celebrar independentemente das convicções religiosas e por mais que queira refundar tudo e mais alguma coisa nunca nos refundarão a consciência, a solidariedade humana e o desejo de progresso social.
Nestes tempos que a extrema-direita portuguesa acinzentou temos espaço para celebrar uma data cujos valores partilhamos e defendemos contra refundadores oportunistas.
Foto Jumento
Orvalho no Jardim Gulbenkian, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Louriçal do Campo [A. Cabral]
Jumento do dia
Ana Meireles, jornalista do DN
O ministro das Finanças está de parabéns, em 2012 conseguiu evitar uma queda no Imposto Único de Circulação, os automóveis mesmo os que já não existem há uma década continuam a pagar imposto e ainda dão lugar a numerosas multas.
«A receita fiscal somou 29.996 milhões de euros entre Janeiro e Novembro, menos 5,2% do que em igual período do ano passado. Isto quando se considera a conta consolidada da Administração Central e da Segurança Social, sem Entidades Públicas Reclassificadas. Considerando a execução da receita fiscal do Estado, a quebra homóloga é de 5,8%.
De acordo com a síntese de execução orçamental relativa ao mês de Novembro, publicada há momentos pela Direcção Geral do Orçamento, o Imposto Único de Circulação é o único onde não se regista uma quebra na receita.» [DE]
Jornalismo de ratazanas
Como de costume, Passos Coelho fez um discurso de banalidades que em condições normais nem merecia ser notícia. Mas a jornalista do DN encontrou matéria para dar a Passos Coelho um ar de grande general, só é pena que a jornalista tenha truncado o discurso do primeiro-ministro para o proteger da imagem de quem ainda fala em Ultramar.
O trabalho de um jornalista é o de noticiar ou o de rever os discursos do primeiro-ministro? Parece que no DN cabe aos jornalistas a revisão dos discursos para evitar banalidades, erros gramaticais e javardices colonialistas.
«O primeiro-ministro disse hoje ser preciso que "em cada português haja um soldado para vencer" a "guerra" da crise, defendendo que todos devem estar "na linha da frente" para ultrapassar as dificuldades, porque essa é "uma questão nacional".
As palavras de Pedro Passos Coelho foram proferidas durante uma visita à Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), num discurso onde prestou homenagem aos ex-combatentes e afirmou que Portugal vive atualmente "uma guerra intensa", embora diferente da Guerra Colonial.» [DN]
Saiba o que disse mesmo Passos Coelho ouvindo a TSF que parece que ainda não foi contratada pelo PSD.
Se o corte na despesa pública exigido pelos canalhas da troika resulta da quebra das receitas fiscais em consequência do extremismo e incompetência de Vítor Gaspar porque razão em vez de quererem dar cabo do Estado refundando-o não refundem o incompetente do ministro das Finanças? E depois do falhanço do OE 2013 o que vão refundar?
A alquimia do Relvas
Tudo onde o Miguel Relvas mete a mão se transforma em merda, desta vez foi o negócio da TAP.
O país precisa de um governo de salvação
Para salvar o país da dupla formada por Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.
Os negócios não podem meter água
«Receio que não tenha sido só o negócio da TAP a gorar-se nos últimos dias, mas também o da ilha do português Manuel. Na semana passada, este pôs um anúncio na Folha de São Paulo a vender a ilha de Monte Farinha, na Ria de Aveiro, por oito milhões de euros. Meia página em jornal prestigiado é caro (não foi, pois, brincadeira). O próprio jornal que publicou o anúncio fez trabalho de casa, comparando a portuguesa com a mais famosa ilha brasileira, Fernando Noronha (três vezes maior), enfim, seguiu a pista porque uma ilha à venda faz brilhar os olhos em qualquer parte do mundo. Só que uma ilha vendida por português incita à anedota: a notícia era ilustrada por desenho de um portuga de fartos bigodes, com palmeira e guarda-sol cravados em terra inundada. Segundo a Folha de São Paulo, Monte Farinha inunda-se na maré-cheia (ou quase, fica 75 por cento alagado). Não sei se assim é. Monte Farinha já teve criação de cavalos, tem junco na terra e moliço nas águas mas não lhe conheço os efeitos da maré. Trago a história para crónica porque Portugal, injustamente ou não, tem um problema de credibilidade. Se o anúncio fosse holandês, o jornal até gabaria o jeito flamengo para diques; português, dá piada. É verdade que boa parte disso é problema psicológico que os brasileiros têm de resolver. O nosso problema, porém, mantém-se: não podemos dar a abébias. Negócios como os da TAP não podem esperar o último minuto para surpresas. Ponto.» [DN]
Ferreira Fernandes.
Comissão vai longe demais
«O potencial chumbo de normas do Orçamento do Estado para 2013 pelo Tribunal Constitucional (TC) é um dos factores que levam a Comissão Europeia a considerar “elevado” o risco de incumprimento da meta fixada pela troika para o défice orçamental no próximo ano. A inclusão deste risco está no relatório da sexta avaliação regular do programa de ajustamento, ontem divulgado, e é uma novidade face ao documento idêntico publicado há um ano – em Dezembro de 2011 Bruxelas não considerava um risco a eventual inconstitucionalidade de algumas das principais medidas de consolidação orçamental.
“Há o risco genérico de que algumas das medidas de poupança incluídas no Orçamento para 2013 possam ser desafiadas pelo Tribunal Constitucional”, admitem os técnicos da Comissão Europeia no relatório. A referência está no ponto 26, que especifica as razões que levam a Comissão a considerar o exercício orçamental de 2013 de risco “elevado”, que incluem ainda a enorme dependência de medidas ligadas à conjuntura económica (como aumentos de impostos), que o governo não controla.
A Comissão refere-se no documento mais de uma vez ao TC, encarando-o como “fonte de incerteza” com efeitos negativos no mercado de dívida. Os técnicos europeus consideram que “enquanto as descidas iniciais das taxas [de juro da dívida portuguesa] sinalizaram a confiança acrescida no sucesso do programa e nas iniciativas a nível europeu, a incerteza criada pela decisão do Tribunal Constitucional de repor os cortes dos subsídios do sector público e dos pensionistas contribuiu para uma interrupção temporária desta tendência”.
A Comissão, uma das entidades da troika, já havia feito reparos à acção do TC no relatório da quinta avaliação, no qual incluiu uma secção para desmontar do ponto de vista económico os fundamentos jurídicos do chumbo decidido em Julho deste ano.
“A decisão foi baseada na opinião de que esta medida [corte dos dois subsídios] coloca um fardo demasiado pesado sobre os funcionários públicos e os pensionistas ao mesmo tempo que poupa outros grupos sociais, sendo assim desequilibrada na perspectiva da igualdade”, escrevem os técnicos de Bruxelas. “Mas [a medida] deve ser vista no contexto do pacote geral de medidas (e) focar demasiado numa medida dá uma imagem enganadora do fardo real sobre os vários grupos da população”, criticam de seguida. Os técnicos expandem a sua discordância da maioria dos juízes do TC referindo a maior protecção laboral na função pública e detalhando cálculos sobre o fosso salarial entre trabalhadores do Estado e do sector privado.» [i]
Parecer:
quem são os funcionários da Comissão para poderem questionar a ordem constitucional de um Estado-membro da União Europeia ou as decisões de um Tribunal Constitucional.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao chefe dos canalhas, um tal Durão Barroso que abandonou o seu país para abocanhar um tacho que conseguiu a troco de favores na guerra do Iraque.»