quinta-feira, dezembro 13, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura

 
 
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Alfam, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Aldeia de Monsanto [A. Cabral]   
  
Jumento do dia
    
Abebe Aemero Salassie 
 
Pela primeira vez o Jumento do Dia é um estrangeiro e também pela primeira vez esta escolha começa com um "vai à merda" com todas as letras, as declarações do senhor Salassié só merecem um comentário: "vai à merda Salassié!" e se esse senhor gosta muito de dar raspanetes a países então que os vá dar ao seu.
 
O senhor Salassié representa uma organização internacional de que Portugal é membro soberano, é um mero funcionário de segunda linha dessa organização e não pode nem deve comportar-se como um sargento de um exército de ocupação, até porque o hotel de luxo onde se instala, as ajudas de custo que recebe e as mordomias que tem são pagas pelos milhões de comissões que os portugueses estão pagando por um empréstimo. O senhor Salassie parece estar convencido de que está cá numa operação de ajuda alimentar a um país incapaz de se governar, não, está enganado, está num país a que o FMI fez um pequeno empréstimo a jutos muito superiores à média praticada nos mercados e em cima ainda cobra comissões milionárias para pagar aos alarves que para cá manda.

O senhor Salassie não pode pensar que é um senhor da guerra destacado para Lisboa e que pode falar aos portugueses como se fossem atrasados mentais e como se não tivessem direito a gerir aos seus problemas em democracia, com os seus políticos. O dinheiro do FMI não autoriza o senhor da guerra a decidir que modelo social ou que Constituição Portugal pode ter.

O Senhor Salassie até pode ter o nome de um imperador da sua terra, mas esta terra é um república e quando quisermos voltar a ser uma monarquia não vamos pedir um candidato ao FMI.

Por isso se repete: vai à merda ó Salassie!

«"Se quiserem ter um grande estado providência em Portugal, tudo bem, mas têm de saber como pagar por ele", disse Selassie durante uma palestra na Ordem dos Economistas. "É possível ter um Estado baseado no modelo escandinavo, mas para isso é necessário um setor exportador muito dinâmico. Esse é um debate necessário."
  
Numa palestra intitulada "A crise económica portuguesa: diagnósticos e soluções", o economista etíope disse que há "margem para reduzir as ineficiências no setor público".» [DN]
    
 Será que o projecto de revisão da Constituição é do FMI?

O país vive em golpe de estado permanente, tem um governo que ganhou as eleições de forma legítima mas que graças a dois grupos parlamentares que mais parecem dois rebanho de ovelhas cegas governa de forma ilegítima. Para esta direita as eleições são uma fantochada para enganar o povo, depois governa-se com base num programa oculto e recorre-se à chantagem dos credores para impor um Estado Novo ao país.
  
O governo pede à troika para colocar no programa as idiotices políticas de Passos Coelho e dos seus ministros mais influente, depois vem dizer ao povo que está no memorando e que ele é tão simpático que até opta pela versão mais dócil. Até quando o povo português vai suportar este embuste?

 Palhaçada

A mesma troika que elogiava o consenso e a concertação social entre o governo e a central sindical dos bancários manda os parceiros sociais à fava e aceita alterações do memorando em ouvir todas as partes e desprezando o famoso consenso social e político. O imperador Salassie deve achar que vivemos na Somália!
   

  
 Que Parlamento é este?
   
«Há dias, na TVI 24, o prof. Paulo Morais fez um requisitório violento sobre a corrupção, e os interesses que se entrelaçam nos deputados do "arco do poder." Segundo disse, de manhã encontram-se, jovialmente, nos escritórios de advogados e, à tarde, vão ao Parlamento representar aqueles que lhes pagam.
  
Paulo Morais ferrou-lhes o nome a fim de marcar a ignomínia do procedimento. A corrupção só acabará quando eles forem varridos. Tarefa acaso difícil, mas não impossível e ao alcance da nossa cidadania. A urgente necessidade dessa empresa corresponde ao facto de "a nossa democracia estar moribunda". Paulo Morais, professor universitário no Porto, raramente é chamado pelas tv's; no entanto, o que diz, pelas verdades que comporta, atroa os ouvidos.
  
É mau para a democracia atacar o Parlamento, asseveram cândidas almas. Que fazer, então? Deixar que os vendilhões se assenhoreiem do templo, e dar cobertura à bandalheira indicada pelo prof. Paulo Morais? Aceitar, de ânimo leve, que gente honrada, como outro que se não cala, o prof. Medina Carreira, seja enxovalhada por uma Justiça escabrosa e por jornalistas de baixo jaez e duvidoso estilo? As cumplicidades estabelecidas possuem ramificações tenebrosas. Medina Carreira foi, obviamente, vítima de uma perversidade sórdida, mas não fica imune da infâmia quem, sem curar de saber a veracidade dos factos, tratou de transformar uma insídia numa aparente verdade.
  
Este jornalismo de faca na liga talvez não prolifere; mas anda por aí, e os seus mosqueteiros (e mosqueteiras) são aplaudidos com desenvolta leviandade. A sociedade portuguesa sofre do mal do tempo, dizem. Contudo, a brutalidade das transformações, por muito aceleradas que sejam, não justificam as cedências e as baixezas a que assistimos. Quando Luís Marques Mendes, em outra barricada, condena Vítor Gaspar, por este nos tratar como "atrasados mentais", essa desordem e essa perturbação têm muito a ver com a consciência do descaso e com a admissão do imoral como norma.
  
Criticar o Parlamento e os que tripudiam sobre a nobre função de deputado, para sobrepor as suas conveniências aos imperativos sagrados do bem comum, não só amolga a democracia: também vilipendia aqueles que a traem. Andamos excessivamente preocupados com tratar delicadamente os que vão para a Assembleia apenas para tratar da vidinha. É tempo de dizer, com o prof. Paulo Morais, que (entre os demais) os drs. António Vitorino e Paulo Rangel já estiveram juntos, de manhã, no mesmo escritório de advogados, a defender causas e proveitos comuns; e, "separados", à tarde, na Assembleia, a pleitear questões aparentemente opostas. Talvez não haja conflito de interesses, mas o assunto causa engu- lhos, e atiça, certamente, suspeitas de ordem moral. Naquele extremo cume da extrema consciência [Camus] manifesta-se uma razão superior.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
   
 Cardidade e solidariedade
   
«Acompanhei com distanciamento a polémica sobre as declarações de Isabel Jonet, no mês passado, acerca da necessidade do empobrecimento em Portugal.
  
Afinal de contas, ela tem feito um trabalho admirável no Banco Alimentar contra a Fome e todos devíamos estar-lhe gratos por isso. Uma pessoa que faz um trabalho de natureza prática não tem de ter um pensamento sofisticado sobre a pobreza e a desigualdade. Não devemos esperar que Isabel Jonet, depois de um dia de trabalho no Banco Alimentar, passe os serões a ler John Rawls ou Amartya Sen. Por isso, as críticas que então lhe foram dirigidas pareceram-me claramente excessivas e mesmo deslocadas. Agora, mudei de opinião.
   
Jonet dá esta semana mais uma entrevista, desta feita ao jornal i, onde declara: "Sou mais adepta da caridade do que da solidariedade social". De forma cuidadosa, admite que necessitamos tanto de uma coisa como da outra e até considera errada a diminuição dez algumas prestações sociais. Na verdade, se Jonet tivesse dito que precisamos tanto de caridade como de solidariedade, eu concordaria. Mas ela disse algo subtilmente diferente, ou seja, que a caridade é preferível à solidariedade. Isto é, que a benevolência individual trata melhor os problemas da pobreza e da injustiça do que a solidariedade socialmente organizada através do Estado.
   
Estas declarações - que Jonet dirá sempre que foram mal interpretadas, como se quem fala publicamente tivesse o monopólio da interpretação daquilo que diz - recordaram-me aquilo que se contava aqui há uns anos sobre as aulas do filósofo libertarista (ou neoliberal) Robert Nozick. Este escreveu uma famosa obra, intitulada "Anarquia, Estado e Utopia", na qual atacava a ideia de justiça social considerando que, na verdade, qualquer esquema solidário ou distributivo implicava interferir na propriedade e liberdade dos mais ricos, o que significava tratá-los instrumentalmente e isso era indefensável de um ponto de vista moral. Pois bem, enquanto ensinava estas teorias, Nozick faria correr entre os estudantes uma caixa-mealheiro onde estava escrito "Contribuições para a pobreza em África". A ideia era clara: a caridade substituía com vantagem a solidariedade.
  
Quando Isabel Jonet vem agora dizer que a caridade é preferível não podemos desligar-nos de um contexto político no qual o Governo pretende impor um corte devastador no Estado social, em especial nas prestações sociais. Ou seja, os discursos de Jonet e do Governo funcionam em tandem. Eles fazem cada um por si aquilo que Nozick fazia em simultâneo na sua sala de aula. Ao dizer que a caridade é preferível, Jonet está também a dizer, de forma sub-reptícia, que o Governo tem razão em cortar na solidariedade.» [DE]
   
Autor:
 
João Cardoso Rosas.
    
     
 As coisas que o Ricciardi sabe
   
«O Departamento Central de Investigação e Penal (DCIAP) está a investigar indícios da prática do crime de abuso de informação privilegiada por parte de alguns administradores do Banco Espírito Santo Investimento (BESI) nos processos da 8.ª fase de privatização da EDP e da 2.ª fase de privatização da REN, ocorridos no final de 2011 e no início de 2012. O procurador-geral adjunto Rosário Teixeira, responsável pela investigação do DCIAP, entende que existem indícios de que alguns banqueiros do BESI, instituição de que é chairman Ricardo Salgado, realizaram operações de aquisição de acções das empresas a privatizar (EDP e REN) nos dias anteriores à decisão do governo de adjudicar a venda de 21,35% do capital social da EDP e 25% das acções representativas do capital social da Rede Eléctrica Nacional (REN) às empresas China Three Gorges e State Grid.» [i]
   
Parecer:
 
O Ricciardi não era o tal que telefonava para o Passos Coelho e até o tratava por tu?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Peçam ajuda a Passos Coelho, pode ser que ele ajude na investigação e no fim da impunidade.»
      
 Terá bebido um copito a mais?
   
«O candidato do PSD à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, admitiu hoje coligar-se com o PS, caso os socialistas desistam e o venham a apoiar, abrindo a porta à colaboração de “qualquer outro partido”.» [i]
   
Parecer:
 
O pobre passou-se.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Interne-se o homem.»
   
 Ena!
   
«A divulgação das buscas à residência e ao escritório do fiscalista Medina Carreira, na passada semana, no âmbito do caso Monte Branco, vai ser investigada, garantiu ao PÚBLICO a Procuradoria-Geral da República (PGR).» [Público]
   
Parecer:
 
Enfim, vão gastar dinheiro aos contribuintes.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos resultados das aturadas investigações.»
   
 A presidente do Parlamento é apenas jurista?
   
«A presidente da Assembleia da República (AR), Assunção Esteves, defende em comunicado enviado ao PÚBLICO esta quarta-feira que a imunidade parlamentar de que gozam os deputados não se aplica ao ex-director de informação da RTP, Nuno Santos.

Assunção Esteves argumenta que “a imunidade pelo proferimento de opiniões, no exercício de funções ou por causa delas, assiste aos deputados”.

A presidente da AR responde assim ao pedido de Nuno Santos para que se pronunciasse sobre a protecção que é dada aos cidadãos chamados a depor em comissões parlamentares, depois de considerar que está a ser alvo de um julgamento sumário por declarações prestadas no Parlamen» [Público]
   
Parecer:
 
O que a presidente do Parlamento disse até os dois GNR que fazem guarda de honra ao Parlamento eram capazes de dizer.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Assunção Esteves que fale como presidente do Parlamento de uma democracia e não como assessora jurídica.»
     

   
   
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