Foto Jumento
Sinais de trânsito, Cidade Universitária, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Portas na aldeia de Monsanto, [A. Cabral]
Jumento do dia
Marcelo Rebelo de Sousa
Os portugueses podem estar a enfrentar uma crise grave, a sofrer porque a extrema-direita transformou o país num laboratório dirigido por imbecis, podem estar no desemprego e passar fome, mas têm o professor Marcelo e isso significa que no meio de todas as dificuldades são um povo com sorte, o professor podia ser francês, espanhol e até alemão, mas Deus foi generoso e decidiu que seria português.
O que seira de nós se não fosse o professor Marcelo que perante mais austeridade e com a recessão na Europa decobriu que 2013 seria pior do que 2012. O que seria deste pobre país sem as previ~soes do professor Marcelo, enfim, teria que viver com as previsões do Gasparoika que parecem ser encomendadas à santinha da Ladeira..
«Marcelo Rebelo de Sousa disse este domingo que o próximo ano vai ser ainda mais difícil do que 2012. Isto dois dias depois de o primeiro-ministro ter dito no Parlamento que o ano que está a chegar ao fim foi o pior desde 1974.
O antigo líder do PSD defendeu no seu comentário semanal da TVI que a crise económica será mais sentida em 2013, com a aplicação do Orçamento do Estado, que prevê ainda mais cortes e, sobretudo, um enorme aumento de impostos.
“O país vai estar muito irritado economicamente, vão existir alguns ataques cardíacos”, disse o professor, lembrando os cortes orçamentais previstos e o agravamento fiscal para o próximo ano. Para Marcelo Rebelo de Sousa as previsões não são de melhoria a nível económico e social. No entanto, o comentador não acredita que possa acontecer um 2013 uma crise política.
“Não haverá espaço para crises políticas e governamentais”, acrescentou Marcelo, explicando a importância que o Presidente da República terá durante o próximo ano. “Cavaco Silva terá um papel crescente em termos de moderação porque 2013 será pior do que 2012.”» [Público]
The Muppets: Ringing of the Bells
Tomás Vasques
«É Natal, mas um Natal sem esperança para a maioria dos portugueses, como já não havia há dezenas de anos. Um Natal que faz lembrar outros tempos, em que o ditador de Santa Comba Dão elogiava as virtudes da malfadada pobreza em que se vivia; em que centenas de senhoras, com nomes a cheirar a perfume caro, como Jonet e outros, de fina e esmerada educação, tocadoras de piano nos salões onde habitavam, aliviavam a triste sina dos “pobrezinhos” com caridosas esmolas dadas à porta das missas, onde iam lavar as almas e remover os pecados; em que milhares de portugueses sem trabalho deixavam o país e a família, carregando às costas todas as desventuras de um povo dentro de uma mala de cartão. Há de novo, nestes tempos que correm, o elogio da pobreza, o incentivo à emigração, o louvor da caridade, enquanto se acusa a maioria dos portugueses de todos os males do mundo: os salários que recebem são muito elevados para aquilo que produzem; o valor das reformas está acima do que descontaram; as indemnizações por despedimento são um roubo que destrói a economia; o subsídio de desemprego só alimenta ociosos ou que não pagam impostos suficientes para ter luxos como saúde e educação quase à borla. Só não é Natal como antigamente porque nos falta o burrinho e a vaquinha no presépio, adornos do nosso imaginário, que Sua Santidade nos roubou. Roubam-nos tudo, nem o burrinho e a vaquinha do presépio escaparam ao saque.
A propósito do Natal e de saques, os povos maias anunciaram, há muitas centenas de anos, o fim das nossas vidas para este Natal. Segundo a leitura dos entendidos, por alturas do solstício de Inverno, precisamente deste Inverno de 2012, quando a estrela Régulo entrasse no sexto sector do zodíaco tropical, onde está o signo de Virgem, o “mundo acabava”. Assim, sem mais nem menos. Não acabou porque os astros também se enganam. Para mal dos nossos pecados, não eram só os povos maias a ler nos astros o nosso futuro. Agora os nossos governantes também se guiam por estrelas e conjugações astrais. No Natal do ano passado, quando apresentaram o Orçamento do Estado para este ano, prometeram a redenção em troca de pesados sacrifícios. Mas nada bateu certo: a receita do Estado caiu, a despesa aumentou, o défice e a dívida externa ficaram acima do que foi prometido. Talvez a entrada da estrela Oríon em Capricórnio, no zodíaco sideral, não tenha ajudado as contas de Vítor Gaspar. E se os povos maias não acertaram no dia do fim do mundo, o nosso ministro das Finanças não lhes fica atrás: não acerta uma previsão.
Neste Natal do nosso descontentamento, no Orçamento do Estado do próximo ano, os nossos governantes duplicaram a dose da receita que ampliou a desgraça, provavelmente acreditando que a estrela Riguel, da galáxia de Andrómeda, entrará em Vénus em meados de 2013. A decisão do Tribunal Constitucional, lá para Abril, sobre alguns dos saques a que o Presidente da República se esquivou a pedir a avaliação da constitucionalidade e a opinião da Comissão Europeia de que a redução de 4 mil milhões de euros na despesa do Estado não chega para as encomendas feitas por Berlim, vão marcar a dimensão do desastre que este governo anda a engendrar. É pois de temer o momento em que Vítor Gaspar e Passos Coelho se sentem à mesa na noite da consoada e, desiludidos com os astros, passem ao candomblé angolano, chamando o deus Inkices, e lancem os búzios. Sairá seguramente aumento da carga fiscal, redução de salários, pobreza e miséria, se entretanto o governo não cair com o estrondo que merece.
Neste Natal de 2012, sem burrinho, nem vaquinha no presépio, e com a desgraça a bater à porta de quase todos os portugueses, em vez do menino Jesus do que menos precisávamos era de ter o nosso destino nas mãos de bruxos e adivinhos.» [i]
Tomás Vasques.
Anedótico
«Uma reportagem da SIC neste domingo desvendou a farsa de Artur Baptista da Silva. No sábado, havia sido entrevistado no programa "Expresso da Meia-Noite". Chegou a propor a renegociação da dívida portuguesa numa entrevista ao Expresso do dia 15 de Dezembro. Fontes da SIC nas Nações Unidas desconhecem o "economista" e negam a existência do observatório do qual Baptista da Silva alegava ser o coordenador.
"Não faz sentido, a história não bate certo e é absolutamente improvável", disse domingo à noite ao PÚBLICO o mais destacado alto funcionário da ONU português, Vítor Ângelo, que foi secretário-geral-adjunto da organização antes de se reformar, há dois anos.
"Sob o ponto de vista do PNUD, não há nada que justifique criar um observatório para a Europa do Sul", diz Ângelo, que hoje é consultor internacional baseado em Bruxelas. "No Sul da Europa há uma crise, mas não uma crise que ponha em causa a paz e segurança internacional."
Vítor Ângelo sublinha aliás que o escritório europeu do PNUD se ocupa essencialmente da Europa que corresponde aos países da ex-União Soviética, ou seja, Cáucaso, Balcãs e Ásia Central. "Não dos países da União Europeia."» [Público]
Parecer:
Enganou toda a comunicação social portuguesa e até aqui foi citado! Mas o mais curioso é que não se questiona o que disse mas sim o estatuto que invocou para ser ouvido.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Ao que isto chegou
«O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP) classificou neste domingo de "negligência grosseira" o facto de uma escola ter deixado dois irmãos sem refeições durante dois meses devido a uma dívida de 60 euros dos pais.» [CM]
Hás por aí muito "Gasparoika".
«O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP) classificou neste domingo de "negligência grosseira" o facto de uma escola ter deixado dois irmãos sem refeições durante dois meses devido a uma dívida de 60 euros dos pais.» [CM]
Parecer:
Hás por aí muito "Gasparoika".
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Podemos voltar a meter o burro no presépio
«O cardeal Manuel Monteiro de Castro afirmou hoje, em Braga, que "não tem sentido nenhum" a interpretação que foi dada às palavras do papa Bento XVI sobre a alegada orientação para retirar o burro e a vaca no presépio.
"Não tem sentido nenhum", afirmou Manuel Monteiro de Castro, penetenciário-mor do Tribunal da Penitenciária Apostólica, durante uma visita ao presépio ao vivo de Priscos, Braga, que inclui aqueles animais.
No seu mais recente livro, "A infância de Jesus", Bento XVI recordou que nos Evangelhos "não se fala de animais no lugar onde Jesus nasceu", um reparo que tem dado azo a todo o tipo de interpretações e reações.» [DN]
Parecer:
Parece que a Igreja Católica anda ocupada com um grave problema, saber se no presépio deve haver ou não um burro e uma vaca. Bem, ainda se vai chegar à conclusão que vaca e burro não condizem com Jesus.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se»
Efromovich jogou, diz Marcelo
«Efromovich “não estava habituado a negociações na Europa”, tendo funcionado “um bocadinho como um jogador” no processo de privatização da TAP, considerou Marcelo Rebelo de Sousa no comentário semanal na TVI.
“Jogou em que o Governo encostado à parede cede porque não havia alternativa”, contudo, “alternativa há sempre na vida” e, por isso “enganou-se.”» [Público]
Parecer:
Tem razão, jogou e apostou no ministro, perdão, no cavalo errado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Despedimento à americana
«O Supremo Tribunal do Iowa, nos EUA, considerou legal o despedimento de uma funcionária porque o patrão se sentia atraído fisicamente por ela. Aparentemente, usava roupa "demasiado justa" que o "distraía" e "ameaçava" destruir o casamento do empregador.
Melissa Nelson, de 32 anos, trabalhou 10 anos no consultório de James Knight, de 53 anos. A mulher do dentista, também colega de trabalho de ambos, sentiu que patrão e empregada se davam tão bem que um dia a tentação podia bater à porta. Vai daí, pediu ao marido que despedisse a empregada.
James consultou o pastor da igreja protestante que frequenta, que o aconselhou a avançar com o despedimento. O dentista não foi o cavaleiro que carrega no apelido, "Knight", mas foi além da letra da lei nos EUA, país em que o despedimento é livre, pagando um mês de indemnização.» [JN]
Parecer:
Será que o Álvaro já se terá lembrado desta?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Álvaro que faça mais uma reforma da legislação laboral, a quarta.»
Das pistas para Las Vegas
«A notícia veio a público devido a um informação publicada no site The Smoking Gun, e Hamilton, de 44 anos, confirmou alguns detalhes através de uma declaração de uma série de mensagens do Twitter, segundo a AFP.
"Percebo que tomei decisões muito irracionais e assumo a inteira responsabilidade. Não sou uma vítima aqui e sabia o que estava a fazer", disse, citada por várias agências internacionais.» [Notícias ao Minuto]