sexta-feira, setembro 23, 2016

Ó Subir Lall, vai à bardamerda

Subir Lall, controleiro da Madame Lagarde para Portugal, deve achar os portugueses são uns atrasadinhos e, por isso, de vez em quando, sente-se na obrigação de dar umas explicações aos indígenas deste país. Como estes senhores do FMI não sabem muito bem o que é uma democracia o Subir Lall gosta muito de mandar recados quando acha que pode ser politicamente útil aos que defendem que a melhor forma de resolver os prolemas do país é tirar o escalpe a trabalhadores e pensionistas.

Desta vez este alarve é manchete em muitos jornais dizendo que já não há tempo para corrigir o défice deste ano. Enfim, o Senhor de la Palice dão teria conseguido ser tão brilhante a dar esta lição de política orçamental ao país. Mas o que o imbecil do Subir Lall não diz é que há muitos truques orçamentais. E é uma pena pois Passos Coelho e um tal Núncio manipularam os dados das receitas fiscais de 2015 para criarem a ilusão do reembolso da sobretaxa.

Subir Lall sabe muito bem que as contas de 2015 foram aldrabadas com a manipulação dos reembolsos do IVA, bem como com taxas de retenção na fonte de IRS muito superiores às devidas, com o objectivo de empolar as receitas fiscais de 2015. Porque é que o senhor Subir Lall ficou calado em 2015 e aparece agora a dar conselhos? Porque é que diz que uma boa parte do défice qe se venha a registar em 2016 resulta do grande volume de receita negativa (reembolsos de IVA e IRS transferidos para 2016) varrida para debaixo do tapete do OE de 2016?  

Mas o que o senhor Subir Lall devia fazer era explicar porque razão os conselhos do FMI para Portugal foram desastrosos, isto é, devia assumir a sua incompetência em relação ao que andou a fazer em Portugal. A verdade é que Subir Lall não tem qualquer credibilidade técnica e alinhou na transformação de Portugal para uma experiência falhada de política económica.

Este idiota acha que Portugal é um país do terceiro mundo onde um governo não obedece a regras constitucionais, podendo decidir com a mesma ligeireza entre aumentar a taxa do IVA ou cortar 25% dos rendimentos dos funcionários públicos. Ainda por cima insiste a chamar a isso uma reforma da despesa do Estado. Com idiotas como este não há espaço para uma discussão séria dos problemas e resta-nos responder-lhe como faria o saudoso Almirante Pinheiro de Azevedo, o Subir Lall que vá à bardamerda, ele mais a Madame Lagarde.