sexta-feira, setembro 09, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do dia
    
Assunção Cristas, líder do partido confessional CDS

Assunção Cristas tem um pequeno problema, o caminho do seu actual discurso político está cheio dos calhaus que deixou durante os últimos quatros anos. É bonito falar de consensos em torno de algumas matérias, o problema é quando se esteve num governo que recusava quaisquer consensos nessas mesmas matérias.

«A presidente do CDS-PP desafiou hoje o PS a "mostrar" que quer gerar consensos e estabilidade "numa área tão importante como é a educação", pondo de parte as divergências e procurando convergência em aspetos fundamentais.

Assunção Cristas, que esta quinta-feira visitou a Agroglobal, Feira das Grandes Culturas, em Porto de Muge (Cartaxo), falava sobre a proposta de revisão da Lei de Bases da Educação que o partido apresentou na quarta-feira em conferência de imprensa, com agendamento potestativo para 06 de outubro, e que propõe, nomeadamente, apenas dois ciclos de seis anos na escolaridade obrigatória.

"É muito importante que haja estabilidade no ensino", afirmou a líder centrista, admitindo que esta é uma área com "pontos de divergência", mas onde é preciso encontrar pontos de "convergência e de estabilidade".» [Expresso]

 Pandemia nos comandos

Era bom que os senhores oficias do exército não se esquecessem de que não há virilidade militarista que se sobreponha aos limites da resistência humana e é uma pena que não estejam ao lado dos seus recrutas, fazendo o mesmo esforço físico, suportando as mesmas temperaturas, transportando a mesma carga e sujeitando-se às mesmas ordens.

      
 Desculpas?
   
«O diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, enviou uma carta ao ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, onde pede desculpas formais pelas declarações feitas sexta-feira passada na Escola de Quadros do CDS.

Na carta enviada no início da semana, à qual o Diário de Notícias teve acesso, Pimentel pede desculpa pelos acontecimentos “infelizes” que ocorreram na Escola de Quadros do CDS. O diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) escreveu que as suas afirmações foram “descontextualizadas” mas também diz não ter dúvidas “sobre a sua manifesta inoportunidade, se retrospetivamente observadas e com olhos e ouvidos descomprometidos, justamente os de quantos as leram e ouviram.” Assim, apresentou um “pedido de formais desculpas” a Castro Mendes que já se tinha mostrado incomodado com as palavras.

Durante a Escola de Quadros do CDS, na sexta-feira em Peniche, o diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) afirmou que o museu tem 64 pessoas para as 82 salas que são abertas ao pública, acrescentando que “um destes dias há uma calamidade no museu”. Pimentel acrescentou ainda que se anda “a brincar ao património” e que todas as tutelas “dispõem de toda a informação cabal do que vai acontecer, mas quando acontecer, abre os telejornais”.» [Observador]
   
Parecer:

O rapazinho já é suficientemente crescidinho para saber o que diz, escolher onde o diz e estabelecer objectivos partidários para o que diz.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao rapaz que tenha uym pouco mais de dignidade.»
  
 Fisco abusa dos tribunais
   
«A juíza conselheira Dulce Neto, vice-presidente do Supremo Tribunal Administrativo (STA), descreveu, ontem, um cenário de terror na relação entre a Administração Fiscal e os contribuintes. Segundo a magistrada, as Finanças arrastam propositadamente processos tributários com recursos, sabendo que os mesmos serão decididos a favor do contribuinte: "A Administração Fiscal está cega de mais na tentativa de arrecadar receita, deixando empresas e famílias exauridas", declarou Dulce Neto, durante uma conferência promovida pela Associação Sindical dos Juízes (ASJP).

Numa intervenção muito aplaudida pela plateia que seguia o encontro, patrocinado pela Presidência da República, a juíza conselheira afirmou que, nos litígios com os contribuintes, a Administração Fiscal acaba por contribuir para a "elevada litigância" nos tribunais, provocando até mais despesa ao Estado com o pagamento de custas e, no final do processo, com a condenação a juros indemnizatórios, com o único "propósito de dilatar no tempo a devolução ao contribuinte". Nestes processos estão, segundo o DN apurou, casos em que, por exemplo, o STA já tem abundante jurisprudência a favor do contribuinte sobre a questão em concreto, mas o fisco decide recorrer até à última das últimas decisões.» [DN]
   
Parecer:

Se um funcionário do fisco desiste de um processo é indiciado por corrupção.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Estude-se o que se passa nos tribunais.»

 Governo "namoras" Tesla
   
«inistério do Ambiente quer “recolocar Portugal no grupo dos países mais avançados em termos de mobilidade elétrica” e complementar esta aposta “com a atração de investimento verde estrangeiro para o nosso país”. É com esta perspetiva que o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente José Mendes se reúne, esta tarde, com altos representantes da empresa norte americana Tesla Motors, em Lisboa.

“Estamos a fazer investimentos avultados na rede de carregamento elétrico e completámos todo o regime jurídico da mobilidade elétrica para que os privados também criem redes de carregamento. E agora queremos atrair investimento para esta área”, afirma José Mendes ao Expresso. O secretário de Estado recorda que “a Tesla está no topo da inovação em termos de veículos elétricos e de redes de carregamento, que permitem 500 a 600 quilómetros de autonomia”.

Atualmente, a rede nacional de postos de carregamento (MOBI.E) conta com 1076 pontos de carregamento normal de veículos elétricos, que o Governo anunciou que vai modernizar até 2017, assim como instalar até final do mesmo ano mais 528 pontos de carregamento semirrápido e 50 de carregamento rápido (seis dos quais já estão a funcionar nas autoestradas A2 e A22).» [Expresso]
   
Parecer:
É uma pena que os extremistas do governo de Passos Coelho tenham abandonado esta aposta só porque tudo o que o governo anterior era merecedor de ódio ideológico, um comportamento próximo dos talibans do Afeganistão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»