Jumento do dia
Catarina Martins
Quem ouve Catarina Martins fica sem perceber se ela é a nova líder do proletariado, o que na perspectiva, uma espécie de filha de Lenine que este mandou à terra, se é líder do PS, se é primeira-ministra, se é ministra das Finanças ou se lidera a oposição. O frenesim mediático da líder do BE, no que é auxiliada por Mariana Mortágua, permite-lhe abordar todos os papeis em poucas horas.
Depois de uma semana em que passou a imagem da líder comunista que odeia quem consiga poupar cinco tostões depois de feito o avio no supermercado, optou agora por ser a amiga dos menos pobres e quem a ouve até acha que é a ela que os rendimentos mais elevados vão ter de agradecer o fim da sobretaxa.
Acontece que há um ano estes ficaram desiludidos pois tiveram mais um ano de austeridade apoiado por Catarina Martins, que na ocasião tinha as suas antenas eleitorais viradas para os que menos declaram para efeitos de IRS.
«Catarina Martins, que se juntou em Torres Novas à "Marcha pelo Tejo" promovida pelas Distritais do Bloco de Esquerda de Castelo Branco, Portalegre e Santarém, confessou a sua "surpresa" pela "não notícia" que hoje fez manchete no semanário Expresso.
"Confesso a minha surpresa. Em alguns dias somos acusados de atacar a classe média, a classe média baixa. Hoje pelos vistos o problema é ao contrário", disse, classificando de "não notícia" a manchete do Expresso que afirma que os "rendimentos altos vão pagar menos IRS".
"Há uma lei para acabar com a sobretaxa de IRS, que foi uma medida injusta sobre salários e sobre pensões e como sabem o acordo que foi feito com o PS, e para o BE isso foi importante, é que as primeiras pessoas a ficarem sem sobretaxa fossem as dos rendimentos mais baixos e portanto em 2016 a sobretaxa acabou para quem tem salários e pensões mais baixas", disse.
Catarina Martins afirmou que acabar com a sobretaxa resulta do "compromisso assumido antes das eleições por todos os partidos, da esquerda à direita", lembrando que a medida "fez parte do gigantesco aumento de impostos de Vítor Gaspar sobre os salários".» [MSN]
Ana Gomes e Sócrates
Quando vejo personalidades públicas tecerem considerações sobre alguém com base em peças processuais tornadas públicas por forças estranhas que violam o segredo de justiça ou as publicam designando um comportamento criminoso como um exercício de liberdade de expressão sinto nojo.
Tenho um princípio de que não prescindo para além do elementar princípio da presunção da inocência, não formulo opiniões acerca de ninguém com base em informações vindas da polícia, seja da polícia com farda ou da polícia com toga, sejam polícias formados nas escolas de polícias, sejam polícias mais finos formados no Centro de Estudos Judiciários. Pode ser uma opção errada na opinião de muitos que vejo por aí, mas é a minha, só formula opinião depois de as vítimas da difamação se poderem defender segundo regras.
A acusação tem duas fases a investigação e o julgamento, na primeira os polícias acusam socorrendo-se dos meios legais e ás vezes de meios menos legais. Na segunda o acusado tem a oportunidade de se defender e os tais polícias deixam de ter a liberdade de dar golpes baixos, têm de provar o que acusam e demonstrar que a acusação é feita com base em provas válidas. Ora, se há esta fase porque motivo anda tanta gente a tirar conclusão quando a primeira ainda vai a meio?
Alguns fazem-no porque são parvos, deixam-se manipular por polícias pouco corajosos pois não dão a cara pela violação do segredo de justiça ou porque acreditam no que lhes dizem. Mas nem todos são parvos, há os que têm uma grande cultura judicial, que conhecem muito do que de errado a justiça já produziu ao longo da história, mas preferem tirar conclusões agora, quando o acusado não tem nada de que se defender.
Porque será que gente culta, deputados, jornalistas, políticos e até juízes e advogados, preferem julgar antes de que os acusados se possam defender, pior ainda, antes de ser produzida qualquer acusação? Por ódio, por vaidade, acima de tudo por cobardia, nesta fase é mais fácil condenar, difamar destruir.
Ana Gomes é uma destas pessoas, não quer esperar que o acusado se defenda, quer destruí-lo agora porque é mais fácil. Só que esta é a forma mais cobarde de tentar destruir alguém politicamente. Nem mesmo no tempo do fascismo se viu isto.
Não estamos eprante uma questão de estratégia política do PS, talvez Ana Gomes não perceba, mas por mais que deteste Sócrates estamos perante uma questão de princípios. Prefiro os meus aos de Ana Gomes. E quanto a prejuízos para o PS seria interessante se fossem contabilizados os provocados por muitas intervenções desta deputada rica.
Catarina Martins
Quem ouve Catarina Martins fica sem perceber se ela é a nova líder do proletariado, o que na perspectiva, uma espécie de filha de Lenine que este mandou à terra, se é líder do PS, se é primeira-ministra, se é ministra das Finanças ou se lidera a oposição. O frenesim mediático da líder do BE, no que é auxiliada por Mariana Mortágua, permite-lhe abordar todos os papeis em poucas horas.
Depois de uma semana em que passou a imagem da líder comunista que odeia quem consiga poupar cinco tostões depois de feito o avio no supermercado, optou agora por ser a amiga dos menos pobres e quem a ouve até acha que é a ela que os rendimentos mais elevados vão ter de agradecer o fim da sobretaxa.
Acontece que há um ano estes ficaram desiludidos pois tiveram mais um ano de austeridade apoiado por Catarina Martins, que na ocasião tinha as suas antenas eleitorais viradas para os que menos declaram para efeitos de IRS.
«Catarina Martins, que se juntou em Torres Novas à "Marcha pelo Tejo" promovida pelas Distritais do Bloco de Esquerda de Castelo Branco, Portalegre e Santarém, confessou a sua "surpresa" pela "não notícia" que hoje fez manchete no semanário Expresso.
"Confesso a minha surpresa. Em alguns dias somos acusados de atacar a classe média, a classe média baixa. Hoje pelos vistos o problema é ao contrário", disse, classificando de "não notícia" a manchete do Expresso que afirma que os "rendimentos altos vão pagar menos IRS".
"Há uma lei para acabar com a sobretaxa de IRS, que foi uma medida injusta sobre salários e sobre pensões e como sabem o acordo que foi feito com o PS, e para o BE isso foi importante, é que as primeiras pessoas a ficarem sem sobretaxa fossem as dos rendimentos mais baixos e portanto em 2016 a sobretaxa acabou para quem tem salários e pensões mais baixas", disse.
Catarina Martins afirmou que acabar com a sobretaxa resulta do "compromisso assumido antes das eleições por todos os partidos, da esquerda à direita", lembrando que a medida "fez parte do gigantesco aumento de impostos de Vítor Gaspar sobre os salários".» [MSN]
Ana Gomes e Sócrates
Quando vejo personalidades públicas tecerem considerações sobre alguém com base em peças processuais tornadas públicas por forças estranhas que violam o segredo de justiça ou as publicam designando um comportamento criminoso como um exercício de liberdade de expressão sinto nojo.
Tenho um princípio de que não prescindo para além do elementar princípio da presunção da inocência, não formulo opiniões acerca de ninguém com base em informações vindas da polícia, seja da polícia com farda ou da polícia com toga, sejam polícias formados nas escolas de polícias, sejam polícias mais finos formados no Centro de Estudos Judiciários. Pode ser uma opção errada na opinião de muitos que vejo por aí, mas é a minha, só formula opinião depois de as vítimas da difamação se poderem defender segundo regras.
A acusação tem duas fases a investigação e o julgamento, na primeira os polícias acusam socorrendo-se dos meios legais e ás vezes de meios menos legais. Na segunda o acusado tem a oportunidade de se defender e os tais polícias deixam de ter a liberdade de dar golpes baixos, têm de provar o que acusam e demonstrar que a acusação é feita com base em provas válidas. Ora, se há esta fase porque motivo anda tanta gente a tirar conclusão quando a primeira ainda vai a meio?
Alguns fazem-no porque são parvos, deixam-se manipular por polícias pouco corajosos pois não dão a cara pela violação do segredo de justiça ou porque acreditam no que lhes dizem. Mas nem todos são parvos, há os que têm uma grande cultura judicial, que conhecem muito do que de errado a justiça já produziu ao longo da história, mas preferem tirar conclusões agora, quando o acusado não tem nada de que se defender.
Porque será que gente culta, deputados, jornalistas, políticos e até juízes e advogados, preferem julgar antes de que os acusados se possam defender, pior ainda, antes de ser produzida qualquer acusação? Por ódio, por vaidade, acima de tudo por cobardia, nesta fase é mais fácil condenar, difamar destruir.
Ana Gomes é uma destas pessoas, não quer esperar que o acusado se defenda, quer destruí-lo agora porque é mais fácil. Só que esta é a forma mais cobarde de tentar destruir alguém politicamente. Nem mesmo no tempo do fascismo se viu isto.
Não estamos eprante uma questão de estratégia política do PS, talvez Ana Gomes não perceba, mas por mais que deteste Sócrates estamos perante uma questão de princípios. Prefiro os meus aos de Ana Gomes. E quanto a prejuízos para o PS seria interessante se fossem contabilizados os provocados por muitas intervenções desta deputada rica.
Já irrita!
«A eurodeputada Ana Gomes mantém as críticas que fez aos dirigentes do PS por não levantarem a voz contra o facto de José Sócrates estar a "manipular" o partido e a tentar reabilitar a sua imagem política.
"Sei que sou uma voz isolada, mas não me importo", disse ao DN a eurodeputada socialista, apesar de admitir que há militantes que lhe ligam indignados com as aparições do ex-primeiro-ministro em iniciativas do partido. Como a de ontem, em que foi homenageado num almoço no Parque das Nações. E no dia anterior, numa iniciativa promovida pela Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL).
Foi neste encontro de sexta-feira que José Sócrates afirmou que "muitos quiseram afastar-me. Detemos-te, pomos-te na prisão, não dás entrevistas. O primeiro objetivo era isolar-me da sociedade portuguesa. Porventura conseguiram esse objetivo com a direção do PS, mas quero dizer-vos que não conseguiram afastar-me do coração dos militantes".» [DN]
Parecer:
Este ódio de Ana Gomes a Sócrates já vem de longe.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se a causa.»
O Sporting é como a Grécia
«Questionado sobre se o Sporting beneficia de um tratamento mais favorável por parte da banca, Domingos Soares Oliveira, administrador da SAD do Benfica, traçou um paralelismo entre a Grécia e o clube de Alvalade.
"As condições de que a Grécia beneficia, do ponto de vista de financiamento, são melhores do que as de Portugal. E no entanto Portugal tem sido um excelente cumpridor e à Grécia foi perdoada parte da dívida", disse o dirigente do Benfica, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1.
Sem mencionar o nome do Sporting, o administrador da SAD do Benfica notou que "o sistema não é justo" e que "quem tem mais dificuldade em pagar é alvo de maior tolerância".» [DN]
Parecer:
O o presidente do SCP faz lembrar o Varoufakis.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Ando a pagar a energia dos outros?
«O PÚBLICO sabe que a CIP - Confederação Empresarial de Portugal já pediu para ser ouvida no Ministério da Economia e que o encontro com a tutela está para breve. A consequência de se mexer neste regime – baptizado como interruptibilidade – é a provável deslocalização de algumas empresas, dizem os industriais.
Para já, sabe-se que a intenção do executivo é mesmo a de alterar o regime criado no tempo de José Sócrates (com Manuel Pinho na pasta da Economia) para que os efeitos das alterações se reflictam nas tarifas da electricidade do próximo ano. “O Governo está a aguardar da Direcção-geral de Energia e Geologia [DGEG] uma proposta de portaria de revisão do mecanismo para que as alterações sejam incorporadas nas tarifas de 2017”, disse ao PÚBLICO o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. A ERSE apresenta a proposta tarifária da electricidade em meados de Outubro, coincidindo habitualmente com a apresentação do Orçamento do Estado.» [Público]
Parecer:
Vai ser divertido ver como o Saraiva justifica que sejam os outros a pagar a sua energia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»