Jumento do dia
Passos Coelho, o novo cata-vento
Quando se convida alguém para apresentar um livro dá-se um exemplar ao convidado muito antes da sua colocação à venda, para que possa saber o que vai apresentar. Quem apresenta um livro não apresenta apenas o autor e por uma questão de amizade ou para pagar favores políticos, apresenta-se o autor e o livro, porque se gosta dos dois.
Passos Coelho foi o primeiro a saber da pornochachada que ia apresentar mas preferiu pagar favores políticos com o argumento do valor da sua palavra, tinha a palavra dada e assunto encerrado. Afinal, a sua palavra vale tanto como o nojo que será o livro e perante o medo do ridículo Passos deu o dito por não dito e já não apresenta o livro do velho amigo.
Começa-se a perceber qual era o desastre que Passos anunciava para Setembro, era o seu próprio desastre, primeiros a queda do PSD nas sondagens e agora este folhetim sujo em que aceitou ser o protagonista principal. Passos que designou Marcelo por cata-vento comporta-se agora como tal, com a agravante de nunca perceber de onde vem o vento.
Vale a pena ler o que Passos disse há poucos dias:
«"O arquiteto José António Saraiva convidou-me para me associar ao livro que ia fazer e respondi que sim, mesmo antes de conhecer a obra e aceitei fazê-lo. Não sou de voltar com a palavra atrás nem de dar o dito por não dito. Estarei a fazer a apresentação dessa obra", afirmou aos jornalistas durante uma visita a Proença-a-Nova, na aldeia de xisto da Figueira.
"Cada um terá a sua opinião sobre o conteúdo, não fui eu que escrevi o livro tão pouco, o autor é ele não sou eu. Não vou defender o livro nem as suas perspetivas, ainda nem tive ocasião de completar a leitura, não é essa a questão", disse, segunda cita o Observador.» [DN]
Isto é, não negou que já tinha lido o livro ainda que diga que ainda não o acabou de ler e na ocasião não importava o que lá estav escrito. Enfim, os ventos mudaram e o cata-vento deixou o amigo a falar sozinho
«Quando a polémica rebentou, Pedro Passos Coelho ainda tentou que o assunto não se tornasse “uma questão partidária”, disse que não tinha lido a obra e que, em todo o caso, não tinha sido escrita por si. Mas já era tarde demais. Tudo por causa do polémico livro de António José Saraiva, ex-diretor do semanário Sol e do Expresso, que revela conversas privadas (e de foro íntimo) que o jornalista teve com vários políticos, alguns dos quais já falecidos. António José Saraiva convidou o líder do PSD para apresentar a obra, Passos aceitou e, mesmo depois de ter sido atacado em várias frentes, manteve a palavra. Agora, uma semana depois de o caso estalar, Passos recua e já não vai apresentar o autointitulado “livro proibido”, noticia a Sábado e a edição do jornal i desta quarta-feira.
Segundo a Sábado, Pedro Passos Coelho terá contactado esta terça-feira o autor do livro no sentido de lhe pedir para o “desobrigar” de apresentar publicamente a obra, não querendo voltar com a palavra atrás mas ao mesmo tempo não querendo envolver-se mais na polémica. Antes, contudo, segundo relata a revista no seu site, Passos já tinha falado com José António Saraiva no sentido de lhe dizer que não era por estar a ser criticado que deixaria de o fazer. “Se não fosse atacado por isto seria por outra coisa qualquer”, terá dito o líder do PSD ao autor da obra “Eu e os Políticos”.
O jornal i desta quinta-feira adianta que Passos Coelho mudou de ideias por causa do conteúdo do livro e das questões privadas que nele aparecem retratadas.» [Observador]
Mariana Mortágua é o Marques Mendes deste governo
A ser verdade o que disse o deputado Pedro Filipe Soares, que a divulgação do novo imposto sobre o património seria antecipadamente por Mariana Mortága, isso significa qu foi atribuído à deputada do BE um papel idêntico ao que foi desempenhado por Marques Mendes nos últimos anos do governo de Passos Coelho.
Sempre que o governo de Passos pretendia testar ou preparar o ambiente para adoptar uma medida menos agradável esta era lançada para esgotar o debate público através de uma inconfidência de Marques Mendes. Só que Mariana Mortágua foi mais longe, apadrinhou a medida e usou-a para criar uma espécie de PREC da Mariana. Os resultados estão à vista, foram um desastre.
O imposto Pedro Mortágua
Passos Coelho, o novo cata-vento
Quando se convida alguém para apresentar um livro dá-se um exemplar ao convidado muito antes da sua colocação à venda, para que possa saber o que vai apresentar. Quem apresenta um livro não apresenta apenas o autor e por uma questão de amizade ou para pagar favores políticos, apresenta-se o autor e o livro, porque se gosta dos dois.
Passos Coelho foi o primeiro a saber da pornochachada que ia apresentar mas preferiu pagar favores políticos com o argumento do valor da sua palavra, tinha a palavra dada e assunto encerrado. Afinal, a sua palavra vale tanto como o nojo que será o livro e perante o medo do ridículo Passos deu o dito por não dito e já não apresenta o livro do velho amigo.
Começa-se a perceber qual era o desastre que Passos anunciava para Setembro, era o seu próprio desastre, primeiros a queda do PSD nas sondagens e agora este folhetim sujo em que aceitou ser o protagonista principal. Passos que designou Marcelo por cata-vento comporta-se agora como tal, com a agravante de nunca perceber de onde vem o vento.
Vale a pena ler o que Passos disse há poucos dias:
«"O arquiteto José António Saraiva convidou-me para me associar ao livro que ia fazer e respondi que sim, mesmo antes de conhecer a obra e aceitei fazê-lo. Não sou de voltar com a palavra atrás nem de dar o dito por não dito. Estarei a fazer a apresentação dessa obra", afirmou aos jornalistas durante uma visita a Proença-a-Nova, na aldeia de xisto da Figueira.
"Cada um terá a sua opinião sobre o conteúdo, não fui eu que escrevi o livro tão pouco, o autor é ele não sou eu. Não vou defender o livro nem as suas perspetivas, ainda nem tive ocasião de completar a leitura, não é essa a questão", disse, segunda cita o Observador.» [DN]
Isto é, não negou que já tinha lido o livro ainda que diga que ainda não o acabou de ler e na ocasião não importava o que lá estav escrito. Enfim, os ventos mudaram e o cata-vento deixou o amigo a falar sozinho
«Quando a polémica rebentou, Pedro Passos Coelho ainda tentou que o assunto não se tornasse “uma questão partidária”, disse que não tinha lido a obra e que, em todo o caso, não tinha sido escrita por si. Mas já era tarde demais. Tudo por causa do polémico livro de António José Saraiva, ex-diretor do semanário Sol e do Expresso, que revela conversas privadas (e de foro íntimo) que o jornalista teve com vários políticos, alguns dos quais já falecidos. António José Saraiva convidou o líder do PSD para apresentar a obra, Passos aceitou e, mesmo depois de ter sido atacado em várias frentes, manteve a palavra. Agora, uma semana depois de o caso estalar, Passos recua e já não vai apresentar o autointitulado “livro proibido”, noticia a Sábado e a edição do jornal i desta quarta-feira.
Segundo a Sábado, Pedro Passos Coelho terá contactado esta terça-feira o autor do livro no sentido de lhe pedir para o “desobrigar” de apresentar publicamente a obra, não querendo voltar com a palavra atrás mas ao mesmo tempo não querendo envolver-se mais na polémica. Antes, contudo, segundo relata a revista no seu site, Passos já tinha falado com José António Saraiva no sentido de lhe dizer que não era por estar a ser criticado que deixaria de o fazer. “Se não fosse atacado por isto seria por outra coisa qualquer”, terá dito o líder do PSD ao autor da obra “Eu e os Políticos”.
O jornal i desta quinta-feira adianta que Passos Coelho mudou de ideias por causa do conteúdo do livro e das questões privadas que nele aparecem retratadas.» [Observador]
Mariana Mortágua é o Marques Mendes deste governo
A ser verdade o que disse o deputado Pedro Filipe Soares, que a divulgação do novo imposto sobre o património seria antecipadamente por Mariana Mortága, isso significa qu foi atribuído à deputada do BE um papel idêntico ao que foi desempenhado por Marques Mendes nos últimos anos do governo de Passos Coelho.
Sempre que o governo de Passos pretendia testar ou preparar o ambiente para adoptar uma medida menos agradável esta era lançada para esgotar o debate público através de uma inconfidência de Marques Mendes. Só que Mariana Mortágua foi mais longe, apadrinhou a medida e usou-a para criar uma espécie de PREC da Mariana. Os resultados estão à vista, foram um desastre.
O imposto Pedro Mortágua
Coisinhas boas que fizemos por merecer
«Abria mais uma Assembleia Geral das Nações Unidas, nas margens do rio East, no fim da Rua 44, Nova Iorque. As televisões mundiais mandaram os seus melhores repórteres e os estagiários também, porque a colheita era farta, desembocavam centenas de famosos e até líderes mundiais. Os microfones estendiam-se de forma pródiga, como redes que promovem a peixe tudo que apanham. Mesmo um solitário par de senhores elegantes - de quem a falta de guarda-costas não augurava grande importância - mereceu a atenção de um jovem repórter do francês Canal Plus. Prudente, o jornalista espetou a pergunta ao mais velho, provável mais importante. Sabido, ainda, ele perguntou sobre o desfecho das eleições americanas - afinal, assunto que interessa todo o mundo. Acertou, o cavalheiro aceitou ser ele o perguntado, logo era mais importante do que o outro. Mas deu uma resposta com o plural majestático: "Sabe, nós temos uma regra de ouro, que é não falar dos problemas dos outros países..." Ups!, queres ver que o homem é importante... Outra vez hábil, o repórter contorna: "A que delegação pertence?" Resposta: Portugal. "E a sua função?" E a resposta poderia ter sido: "Que topete! Como se dirige a mim sem saber quem sou?!" Mas não, a resposta foi, com um sorriso. "Sou o Presidente da República portuguesa." No estúdio, em França, porque isto era em direto, foi um riso. Daqueles à nossa custa mas que é bom receber porque dizem: vocês sabem votar.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
Taxas de juros negativas
«Sob a batuta da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), Portugal conseguiu colocar 2,25 mil milhões de euros nas mãos de investidores, conseguindo taxas negativas nos Bilhetes do Tesouro a seis meses e um ano.
Nos títulos mais curtos, a taxa foi de -0,033% nos 500 milhões de euros vendidos, uma queda face aos -0,015% da última emissão comparável; Nos Bilhetes a 12 meses, a taxa passou a ser de -0,014% para os 1,75 mil milhões de euros colocados, depois de há dois meses as taxas terem sido positivas numa emissão de títulos do mesmo prazo.
Para Filipe Silva, do Banco Carregosa, "Portugal continua a emitir com sucesso e os investidores continuam a ter apetite por dívida portuguesa", num contexto de alguma incerteza política apoiado, ainda assim, pelos bolsos fundos do Banco Central Europeu: "As duas taxas negativas acabam por não ser grande surpresa porque estão em linha com o que está a ser praticado no mercado".» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Enquanto muitos parecem rezar por um segundo resgate os investidores aceitam taxas de juro negativas. Desta vez a direita não se vai excitar muito.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
O problema foi do filtro
«Pedro Passos Coelho, líder do PSD, pediu a José António Saraiva que o “desobrigasse” da apresentação do livro Eu e os políticos e o autor acedeu, ficando sem efeito a cerimónia de lançamento do livro. “Não sou de voltar atrás com a palavra e pedi ao arquiteto José António Saraiva que me desobrigasse de um compromisso com ele assumido”, porque não tinha aplicado “o filtro” devido à obra. O escritor acedeu, explicou Pedro Passos Coelho esta quarta-feira enquanto falava numa incubadora de empresas em Oeiras.» [Observador]
Parecer:
Segundo Passos Coelho o problema do livro do Saraiva não está na canalhice que representa e que ele insistia em dar a cara para representar, reparou agora que havia um problema no filtro. Eu dirias que é o PSD que está a precisar de mudar o óleo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Muito dinheiro gastaram estes mexicano
«O grupo mexicano ADO, que controla a Avanza, vai reclamar uma indemnização ao Estado pela revogação dos contratos de subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa, por entender que a decisão do Governo de António Costa lhe causou danos no valor de 42 milhões de euros.
"O Grupo ADO acaba de comunicar ao Governo português a sua intenção de iniciar um processo de arbitragem ao abrigo do Acordo entre México e Portugal sobre a Promoção e Protecção Recíprocas de Investimentos", anunciou esta quarta-feira a empresa em comunicado.
O grupo refere que enviou esta quarta-feira uma carta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro, António Costa, ao ministro do Ambiente, João Pedro Fernandes e ao embaixador de Portugal no México, Jorge Roza Oliveira, informando que "tem a intenção de requerer, por via de arbitragem internacional, a confirmação de que Portugal não cumpriu com as suas obrigações, de forma a compensar o Grupo ADO por danos causados num valor estimado de 42 milhões de euros".» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Terão comprado uma centena de autocarros.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «mande-se os mexicanos bugiar.»