Jumento do dia
António Leitão Amaro, deputado do PSD
António leitão Amaro acha que um imposto sobre o património deve ter em consideração apenas a dimensão e pouco mais, como se a avaliação dos prédios urbanos fosse indiferente a uma grande multiplicidade de factores, incluindo a exposição ao sol ou a localização. Mas parece que o deputado prefere um imposto com critérios cegos que conduza a injustiça.
«Não conseguindo acabar de imediato com o artigo que aumentou o cálculo do coeficiente da localização dos imóveis, o PSD ameaça levar o que chama de “imposto do sol e das vistas” ao Tribunal Constitucional, pedindo a sua fiscalização sucessiva. O anúncio foi feito pelo deputado António Leitão Amaro no momento da votação em que a esquerda chumbou o projecto de resolução social-democrata que pedia a cessação daquele artigo.
Apesar deste chumbo, o diploma de 1 de Agosto que introduziu alterações ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e outras tributações como o IUC (Imposto Único de Circulação) segue agora para a discussão na especialidade em comissão, já que foram apresentadas algumas alterações pelos partidos.
António Leitão Amaro especificou ao PÚBLICO que o PSD vai insistir, na especialidade, na proposta de eliminação do artigo. Se a esquerda recusar então o pedido de fiscalização sucessiva seguirá para o Palácio Ratton com o argumento de que há uma “inconstitucionalidade formal e procedimental” naquela norma por não terem sido ouvidas as associações de municípios (ANMP) e de freguesias (Anafre) que, pela lei, têm que ser consultadas já que o IMI é um imposto de âmbito municipal.» [Público]
Passos e a crise
Confrontado com o seu discurso no congresso do PSD onde fala com o se fosse um militante extremista do E, defendendo um imposto especial sobre o imobiliário, Passos Coelho mete dos dedos pelas mãos e justifica-se dizendo que o país atravessava uma situação de crise. O que ele se esquece de dizer é que aumento o IRS mas não aumentou qualquer impostos sobre o imobiliário, mesmo em situação de crise.
O livro do Saraiva
O que mais impressiona no livro do Saraiva (aqui) não são as baboseiras do artista, é o nível de promiscuidade entre a classe política e este arquitecto do jornalismo.
Três exemplos da prosa da personagem:
«Como disse atrás, Manuel Monteiro estava com dificuldade em ter filhos. Depois de um almoço no Pabe, enquanto finalizamos na rua, frente à porta do restaurante, a conversa iniciada no interior, passa por nós uma jovem não especialmente bonita. Pois M. M. fica a olhar para ela insistente e ostensivamente, seguindo a com os olhos até desaparecer. Foi como se me dissesse: a minha mulher tem tido dificuldade em engravidar, mas eu sou muito viril.»
«Também me contou que a mulher de Durão Barroso teve uma paixoneta por ele. Foram todos colegas na universidade, ela um dia procurou o no escritório, mas ele sempre respeitou as distâncias. Ainda sobre Durão Barroso, Santana dizia: «Eu tenho fama de mulherengo, mas ele é que tem o proveito.» Acredito que tivessem ambos...»
«Em almoço no Pabe, Santana Lopes conta me um pitoresco episó¬dio. Estava a passar férias no Algarve, onde todas as noites ia à Casa Redonda de André Gonçalves Pereira, na Quinta do Lago. Por volta da meia noite saía, metia o carro por um campo lavrado e ia pelas traseiras até casa de uma hospedeira que tinha conhecido num avião. A rapariga tinha 18 anos, estava a passar férias com a mãe, que não a deixava sair tão tarde. Então saltava de casa por uma janela ao encontro de Santana Lopes, que a esperava no carro, e partiam os dois. Uma verdadeira história de Romeu e Julieta. Que ainda não acaba aqui. Na casa de André Gonçalves Pereira reunia se todas as noites um numeroso grupo, onde se incluíam Cinha Jardim e o marido. Ora, Santana Lopes começou a perceber que Cinha se irritava quando ele saía por volta da meia noite. E isso para ele foi um sinal de que Cinha se interessava por ele. Daí a deitar lhe a mão foi um instante. E a jovem hospedeira ficou a ver navios (ou aviões). Quem ri no fim... Uma nota final: Santana Lopes na altura era secretário de Estado da Cultura. O que aconteceria se fosse»
Explicar um antes e um depois a Durão Barroso
Na tentativa de se defender Durão Barroso está fazendo aquilo que se designa atirar caca para a ventoinha, anda a sujar tudo e todos, incluindo o carlos Moedas, para defender o seu nome. *Para Durão Barroso trabalhar na Goldman Sachs e depois ser dirigente numa instituição europeia é a mesma coisa que ser presidente da Comissão e depois ir para o Goldman Sachs.
Digamos que Durão Barroso acha que o Carlos Moedas pode usar os seus conhecimentos do Goldman para corromper um funcionário do banco que ele nomeou e daí conseguir benefícios para a União Europeia.- Segundo esta lógica um funcionário de um banco ou de qualquer entidade não poderia exercer um cargo público.
Durão Barroso acha que o debate internacional é o mesmo que fazia quando manipulava a comunicação social.
António Leitão Amaro, deputado do PSD
António leitão Amaro acha que um imposto sobre o património deve ter em consideração apenas a dimensão e pouco mais, como se a avaliação dos prédios urbanos fosse indiferente a uma grande multiplicidade de factores, incluindo a exposição ao sol ou a localização. Mas parece que o deputado prefere um imposto com critérios cegos que conduza a injustiça.
«Não conseguindo acabar de imediato com o artigo que aumentou o cálculo do coeficiente da localização dos imóveis, o PSD ameaça levar o que chama de “imposto do sol e das vistas” ao Tribunal Constitucional, pedindo a sua fiscalização sucessiva. O anúncio foi feito pelo deputado António Leitão Amaro no momento da votação em que a esquerda chumbou o projecto de resolução social-democrata que pedia a cessação daquele artigo.
Apesar deste chumbo, o diploma de 1 de Agosto que introduziu alterações ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e outras tributações como o IUC (Imposto Único de Circulação) segue agora para a discussão na especialidade em comissão, já que foram apresentadas algumas alterações pelos partidos.
António Leitão Amaro especificou ao PÚBLICO que o PSD vai insistir, na especialidade, na proposta de eliminação do artigo. Se a esquerda recusar então o pedido de fiscalização sucessiva seguirá para o Palácio Ratton com o argumento de que há uma “inconstitucionalidade formal e procedimental” naquela norma por não terem sido ouvidas as associações de municípios (ANMP) e de freguesias (Anafre) que, pela lei, têm que ser consultadas já que o IMI é um imposto de âmbito municipal.» [Público]
Passos e a crise
Confrontado com o seu discurso no congresso do PSD onde fala com o se fosse um militante extremista do E, defendendo um imposto especial sobre o imobiliário, Passos Coelho mete dos dedos pelas mãos e justifica-se dizendo que o país atravessava uma situação de crise. O que ele se esquece de dizer é que aumento o IRS mas não aumentou qualquer impostos sobre o imobiliário, mesmo em situação de crise.
O livro do Saraiva
O que mais impressiona no livro do Saraiva (aqui) não são as baboseiras do artista, é o nível de promiscuidade entre a classe política e este arquitecto do jornalismo.
Três exemplos da prosa da personagem:
«Como disse atrás, Manuel Monteiro estava com dificuldade em ter filhos. Depois de um almoço no Pabe, enquanto finalizamos na rua, frente à porta do restaurante, a conversa iniciada no interior, passa por nós uma jovem não especialmente bonita. Pois M. M. fica a olhar para ela insistente e ostensivamente, seguindo a com os olhos até desaparecer. Foi como se me dissesse: a minha mulher tem tido dificuldade em engravidar, mas eu sou muito viril.»
«Também me contou que a mulher de Durão Barroso teve uma paixoneta por ele. Foram todos colegas na universidade, ela um dia procurou o no escritório, mas ele sempre respeitou as distâncias. Ainda sobre Durão Barroso, Santana dizia: «Eu tenho fama de mulherengo, mas ele é que tem o proveito.» Acredito que tivessem ambos...»
«Em almoço no Pabe, Santana Lopes conta me um pitoresco episó¬dio. Estava a passar férias no Algarve, onde todas as noites ia à Casa Redonda de André Gonçalves Pereira, na Quinta do Lago. Por volta da meia noite saía, metia o carro por um campo lavrado e ia pelas traseiras até casa de uma hospedeira que tinha conhecido num avião. A rapariga tinha 18 anos, estava a passar férias com a mãe, que não a deixava sair tão tarde. Então saltava de casa por uma janela ao encontro de Santana Lopes, que a esperava no carro, e partiam os dois. Uma verdadeira história de Romeu e Julieta. Que ainda não acaba aqui. Na casa de André Gonçalves Pereira reunia se todas as noites um numeroso grupo, onde se incluíam Cinha Jardim e o marido. Ora, Santana Lopes começou a perceber que Cinha se irritava quando ele saía por volta da meia noite. E isso para ele foi um sinal de que Cinha se interessava por ele. Daí a deitar lhe a mão foi um instante. E a jovem hospedeira ficou a ver navios (ou aviões). Quem ri no fim... Uma nota final: Santana Lopes na altura era secretário de Estado da Cultura. O que aconteceria se fosse»
Explicar um antes e um depois a Durão Barroso
Na tentativa de se defender Durão Barroso está fazendo aquilo que se designa atirar caca para a ventoinha, anda a sujar tudo e todos, incluindo o carlos Moedas, para defender o seu nome. *Para Durão Barroso trabalhar na Goldman Sachs e depois ser dirigente numa instituição europeia é a mesma coisa que ser presidente da Comissão e depois ir para o Goldman Sachs.
Digamos que Durão Barroso acha que o Carlos Moedas pode usar os seus conhecimentos do Goldman para corromper um funcionário do banco que ele nomeou e daí conseguir benefícios para a União Europeia.- Segundo esta lógica um funcionário de um banco ou de qualquer entidade não poderia exercer um cargo público.
Durão Barroso acha que o debate internacional é o mesmo que fazia quando manipulava a comunicação social.
Instrutores ou assassinos
«O furriel Hugo Abreu, um dos dois comandos do Curso 127 que morreram no início de Setembro, foi obrigado a comer terra já depois de entrar em convulsão, de acordo com a mãe, ouvida pela RTP. Ângela Abreu acusa o Exército de ocultar a verdade, nomeia um sargento de nome "Rodrigues", e diz: “Ele é que pode dar as respostas” sobre as causas da morte do jovem, que aconteceu no mesmo dia da prova, domingo, 4 de Setembro. No sábado seguinte, Dylan Silva, colega do mesmo curso e da mesma prova, viria a morrer no Hospital Curry Cabral quando aguardava um transplante de fígado.
A RTP ouviu vários instruendos do curso 127 dos Comandos, que também participaram na prova naquele domingo em que as temperaturas atingiram os 42 graus. Falam sob anonimato e confirmam a versão da família. Um deles descreve os momentos seguintes à forte indisposição do colega: Hugo Abreu já estava “próximo da inconsciência, com imensas dificuldades respiratórias e foi forçado a engolir terra”.
O furriel morreu às 21h45 na enfermaria de campanha criada para o curso. Foi vítima de uma paragem cardio-respiratória ainda na enfermaria de campanha criada para assistir o curso de comandos 127. De acordo com a RTP, o INEM chegou sete horas depois de o jovem ter ficado inconsciente. Na investigação do programa Sexta às 9, testemunhas que falaram isoladamente com a estação, sem saberem que outros colegas estariam também a ser ouvidos, confirmam a versão da família. » [Público]
Parecer:
Se o que a mãe do militar conta é verdade os instrutores dos comandos são assassinos e a hierarquia militar tem muitas explicações a dar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela conclusão das investigações.»
Olhem quem se lembrou de que é português
«Na sua qualidade de ex-presidente da Comissão Europeia, assim como ex-primeiro-ministro de um Estado-membro, Durão Barroso teria o direito a um 'tratamento VIP' pelos líderes e instituições europeias em Bruxelas, mas devido ao seu novo cargo será tratado como um representante de interesses e terá de dar explicações ao executivo europeu sobre a sua relação contratual com o banco.
“Sei que o Goldman Sachs é um nome controverso, mas como são controversos o nome de praticamente todos os bancos internacionais […] Aceito algumas críticas, mas não aceito outras”, disse aos jornalistas após uma conferência em Cascais.
"O que eu não aceito é que se procure criar uma discriminação contra uma entidade financeira que opere nos mercados devidamente legalizada e regulada e também não aceito que haja discriminação em relação a mim", condenou.
"Não posso aceitar que outras pessoas que estiveram na Comissão, inclusive o presidente da Comissão Europeia, tenham trabalhado para o Goldman Sachs e contra mim haja, talvez seja por ser português".» [Notícias]
Parecer:
É preciso lata para se lembrar de usar a nacionalidade para se defender.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»