Os administradores da CGD consideram que a sua competência está acima das regras e se o povo os quer a gerir a CDS terá de aceitar as suas condições. A direita vê num buraco provocado pela CGD a possibilidade de voltar ao poder e governar também sem regras. Marcelo Rebelo de Sousa confunde o papel de Presidente com o de magistrado, acha que da mesma forma que é o chefe de todos os chefes militares, também é o juiz de todos os juízes e a regra da separação dos poderes não é a praia dele.
Depois de ter reunido as Cortes de Albergaria-a-Velha, onde apresentou o programa orçamental do seu governo no exílio, enquanto o usurpador Costa apresentava o OE do governo fantoche na capital ocupada pelos bárbaros da esquerda, Passos Colho foi à sessão de debate em Lisboa para dizer que este governo não tinha uma alternativa. Ainda bem que não tem alternativa pois aquilo a que o exilado chama alternativa é a redução da Função Pública à escravatura e dos pensionistas a indigentes.
No ministério da Educação está instalado um ambiente de jovens varinas, um jovem promissor, vindo de uma família nobre da área da esquerda, aceitou ser secretário de Estado com um chefe de gabinete que diz ter-lhe sido impingido. Por dá cá aquela palha foi-se embora, agora aproveita a notícia de que o tal chefe de gabinete era um impostor em matéria de habilitações para se vingar do ministro, no meio de tantas insinuações vingativas acabou por ficar queimado.
Parece que o exilado não acerta na melhor estratégia para conseguir recuperar nas sondagens e desde que foi para o exílio que não para de ver o PSD descer, uma desgraça para quem apostava tudo na queda do governo da Geringonça, até chegou a propor uma revisão constitucional na hora, só para poder ir a eleições o mais depressa possível. Agora que o PSD está próxima de temperatura da idade do gelo, com o termómetro eleitoral a descer abaixo dos 30%, o exilado ainda se lembra de propor uma revisão constitucional para adiar as autárquicas.
Parece que a melhor ideia que o coordenador do programa autárquico do PSD teve foi a de fazer competir, de novo, um burro com um Ferrari, nas ruas da capital. Só resta saber se o ferraria era vermelho, da cor dos partidos da geringonça, ou se o PSD seguia a regra da aademia de Alcochete e rejeitava o vermelho nas suas iniciativas.