Jumento do Dia
Vivemos num país onde ser sotôr é um desejo de uma boa parte da população, para conseguirem ver os seus filhos "sotôr" muitas famílias fazem sacrifícios, primeiro desejam vê-los em cursos de sucesso, se as notas não chegarem outro curso serve, de preferência numa boa faculdade, das mais procuradas. Colocam-se os filhos nas melhores escolas secundárias, quase se fazem guerra civis em defesa do colégio privado que lhe garante o sucesso, mas se tudo falhar, se mesmo marrando dia e noite os rebentos não tiverem a média desejada, sempre há as escolas privadas, no topo a Católica, se não for possível ainda há a UAL e por aí adiante.
Mas não passa pela cabeça do cidadão comum ultrapassar tudo e todos e ultrapassar tudo e todos pela direita. Deseja-se que o filho seja sotôr, mas se isso é símbolo de sucesso, também o é de trabalho, é um símbolo de sucesso social, mas também o é de competência. Quem viola estas regras não tem condições para fazer uma carreira política, não deve desempenhar funções de responsailidade no Estado. Miguel Relvas é um político inteligente, basta ver a perde de qualidade de Passos depois da sua partida, para se perceber a sua importância, mas não resistiu à tentação de ser sotôr, teve de partir e dificilmente regressará.
Mas há políticos no PS que não pensam assim, não se importam que um dos seus engane os portugueses e o primeiro-ministro, que se aproveite do partido para singrar arvorando-se do que não é, porque não foi capaz ou porque não lhe apeteceu trabalhar o que era necessário. Lamentavelmente Ascenso Simões acha que um político pode ser construído com mentiras, não se importa da perda de credibilidade que esta nódoa representa para a classe política, deseja o regresso de alguém que em quase todo o mundo desenvolvido seria dipensado do mundo da política.
É a lógica dos grupos partidários, os laços criados nas lutas partidárias estão acima dos valores. É por isso que é tão fácil falar mal dos políticos portugueses, por causa de uns pagam todos. Esperemos que o Félix não volte, que desapareça, que deixe singrar na política os que não fazem ultrapassagens pela direita e que o Ascenso Simões o acompanhe.
PS: Via Ferreira Fernandes, DN.
Rui Rio na liderança do PSD
Nunca tive grande simpatia por Rui Rio, muito embora lhe reconheça muitas qualidades, mas uma mudança de Passos para Rui Rio na liderança do PSD está acima destas apreciações, trata-se de um grande salto civilizacional. O PSD teria muito a ganhar em credibilidade, em estabilidade, em valores ideológicos e, acima de tudo, em honestidade política.
Rui Rio na liderança do PSD
Nunca tive grande simpatia por Rui Rio, muito embora lhe reconheça muitas qualidades, mas uma mudança de Passos para Rui Rio na liderança do PSD está acima destas apreciações, trata-se de um grande salto civilizacional. O PSD teria muito a ganhar em credibilidade, em estabilidade, em valores ideológicos e, acima de tudo, em honestidade política.
Marques Mendes diz que o governo colocou-se de cócaras
O pobre coitado deve ter tido um fanico cerebral e depois de ouvir o ministro das Finanças alemão falar, deve ter pensado que estávamos no tempo em que a Maria Luís ia a Berlim participar em seminários encenados.
Cresce, não cresce, estraga, não estraga
O pobre coitado deve ter tido um fanico cerebral e depois de ouvir o ministro das Finanças alemão falar, deve ter pensado que estávamos no tempo em que a Maria Luís ia a Berlim participar em seminários encenados.
Cresce, não cresce, estraga, não estraga
Os velhos marinheiros e os jovens jotas
«Confesso, tenho um fraquinho por alguns falsos licenciados, por outros, não. Um dos meus melhores amigos, o Vasco, forjou um curso e andou com ele pespegado ao peito como uma medalha. Aliás, esta quando a comprou disseram-lhe que era genuína. E o curso ele usava-o não só como o canudo verbal tão português, ao telefone: "Daqui é o Dr. Vasco." A licenciatura do Vasco era de corpo inteiro e fardado, do boné aos sapatos imaculados. No meio, jaquetão e calças brancas, botões e insígnias douradas e até um cachimbo, enfim, tudo que dissesse quão licenciado ele era: o Vasco inventou-se a licenciatura em capitão-de-longo-curso. O pai, tacanho mas metódico, foi da tasca ao empório comercial e, entretanto, não teve tempo para dar um curso ao filho. Dinheiro, o Vasco herdou, mas o curso, ele fez-se por si próprio. Em Periperi, lugarzinho do litoral baiano, apresentado por Jorge Amado, conheci o Vasco e as suas histórias sobre naufrágios, ataques na costa turca, cargas de ópio e uma mulher em cada porto. Ele estendeu-me o cartão: "Vasco Moscoso de Aragão - Capitão-de-Lo-Curso". Estendi o meu: "Zé - Ex-Passageiro do Paquete Vera Cruz". Mentíamos ambos (de facto, andei no Niassa). Isso, invenções pessoais, é giro. Agora, mentir prejudicando o grupo que nos fez (empresa, partido...) paga-se. Mas o socialista Ascenso Simões acha que não, diz no Twitter: "Nuno Félix é um bom quadro político. Espero que volte." Estamos assim e não devíamos.» [DN]
Autor:
Ferreira Ferreira Fernandes.
Um Visto Gold "grátis" para cada cidadão da CPLP?
«O Presidente da República; Marcelo Rebelo de Sousa, quer uma “nova estratégia” para a Comunidade de Países de Língua Portugal (CPLP) e o Governo leva a Brasília a sua proposta de liberdade de residência dentro do espaço da CPLP, mas na comitiva portuguesa há muito pouca esperança de que a Cimeira de Brasília, que começa esta segunda-feira, sirva para alguma coisa.
“Há que ter uma nova visão, uma nova estratégia, onde o acento tónico são os povos. É muito importante a língua, é muito importante a cultura, mas é fundamental a ligação entre povos, em todos os domínios, a economia, as relações sociais, a mobilidade a circulação, tudo isso é muito importante”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa já em Brasília, depois de um encontro com a comunidade portuguesa. Mas, quanto se pergunta para que vai servir a cimeira, há mesmo quem responda: “Para nada.”
Nesta cimeira, só Portugal se faz representar ao mais alto nível, com Presidente, primeiro-ministro e ministro dos Negócios estrangeiros. Nem o Brasil, país anfitrião, assegura a presença do Presidente Temer a tempo inteiro. E a falta de empenho do Brasil tem sido um dos crónicos problemas da CPLP, juntamente com o desinteresse de Angola, que será representada pelo vice-presidente, José Domingos Vicente. » [Público]
Parecer:
Era ouro sobre azul para os cidadãos da CPLP, 270 milhões de cidadãos da CPLP poderem circular livremente e sem vistos gold no espaço Schengem, beneficiando de uma política de livre circulação dentro da comunidade e ignorando as regras das outras comunidades de que Portugal faz parte.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria.se,»
Barroso na Goldman
«O Comité de Etica 'ad hoc' da Comissão Europeia concluiu que o antigo presidente Durão Barroso não violou as regras dos tratados ao aceitar o cargo de presidente não-executivo da Goldman Sachs, ainda que tenha demonstrado falta de "sensatez".
Em resposta ao requerimento do presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, que em setembro solicitou um parecer relativamente à designação do seu antecessor para o cargo de presidente não-executivo do banco de investimento norte-americano, o Comité de Ética – órgão independente de Bruxelas –, no parecer divulgado esta manhã pelo executivo comunitário, considera que Durão Barroso "não demonstrou a sensatez que se poderia esperar de alguém que ocupou o cargo de presidente durante tantos anos", mas "não violou o seu dever de integridade e discrição".
O Comité de Ética sublinha na sua opinião o compromisso assumido por Durão Barroso de não desempenhar o papel de "representante de interesses" (lobista) da Goldman Sachs, considerando que o mesmo responde ao dever de integridade e discrição imposto pelo Tratado.
Após Juncker ter decidido solicitar um parecer ao Comité de Ética, ao abrigo do artigo n.º 245 do Tratado de Funcionamento da União Europeia, que exige aos comissários e ex-comissários "o total respeito pelos princípios de discrição e integridade", o comité estudou a troca de correspondência verificada, incluindo uma carta com explicações enviada por Durão Barroso ao atual presidente da Comissão, datada de 18 de setembro, na qual o antigo primeiro-ministro português nega que vá fazer lóbi na Goldman Sachs, nem tão-pouco irá ser conselheiro para as negociações relacionadas com a saída do Reino Unido da UE (Brexit), como inicialmente noticiado.» [Expresso]
Parecer:
O homem vai dedicar-se ´+a jardinagem e tratar das roseiras do jardim da sede do banco.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Durão satisfeito com Costa
«O presidente não-executivo da Goldman Sachs, Durão Barroso, considerou esta sexta-feira que o primeiro-ministo "agiu com muita dignidade" ao pedir esclarecimentos ao presidente da Comissão Europeia sobre o tratamento que lhe está a ser dado pelo novo cargo.
"Fiquei satisfeito. Penso que [António Costa] entendeu que havia aqui um caso de discriminação e pediu formalmente ao presidente da Comissão [Jean Claude Juncker], porque entendeu que devia pedir. Agiu com muita dignididade, defendendo aquilo que é uma posição portuguesa", afirmou Durão Barroso.» [Expresso]
Parecer:
Digamos que recebeu um lição de Costa, ninguém acredita que Barroso tivesse o mesmo gesto se a situação fosse a inversa, em matéria de lealdade e de solidariedade não é certo que Barroso tenha um lugar no Céu e talvez nem mesmo no Purgatório.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Tenha-se dó da pobre criatura.»
Cristas antecipa-se a Passos
«A líder do CDS-PP afirmou esta segunda-feira que os mapas do Orçamento do Estado para 2017 que estavam em falta evidenciam que "há duas versões" do documento, acusando o Governo de "lançar um manto de opacidade" em relação às opções.
Depois de uma reunião com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Assunção Cristas foi questionada sobre os mapas que estavam em falta relativos ao Orçamento do Estado para 2017 (OE2107) - e que entretanto já foram enviados pelo Governo para o parlamento depois dos pedidos do CDS-PP e do PSD - considerando que "há uma versão um do orçamento e uma versão dois".
"Estamos perante duas versões do orçamento e é lamentável que não tenha sido apresentado todo, veridicamente e tal qual como vai ser discutido e eventualmente aprovado no parlamento, na sua versão final", criticou, acusando o Governo de não ser "amigo da transparência", de "ocultar aquilo que são as próprias medidas e lançar um manto de opacidade em relação àquilo que são as suas opções".» [Público]
Parecer:
Passos disse que ia ouvir os parceiros sociais, Cristas já foi. A seguir deverá ouvir a associação das famílias numerosas....
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»