sexta-feira, novembro 25, 2016

Sondagens

As últimas sondagens, produzidas pela Universidade Católica, não trazem surpresas, a anão ser o facto de um PSD de ultra direita ainda se encontrar acima dos 29,11%, os resultados eleitorais conseguidos por Manuela Ferreira Leite. Para um partido liderado por alguém que considera que o crescimento deve ser conseguido em prejuízo dos grupos profissionais que detesta ou desconsidera por motivos ideológicos é um resultado que pode ser considerado notável.

Apesar de uma tentativa de dar um ar de seriedade na oposição é em provável que muitos eleitores esperem pelos resultados orçamentais e económicos de 2016. Se o governo demonstrar que é possível reduzir o défice sem alguns portugueses e que mesmo com uma política fortemente restritiva, que respeita o Pacto de Estabilidade, a economia cresce, a direita ultra que tomou conta do PSD ficará sem argumentos e o Passos terá de se arrastar até às autárquicas. Esgotado o debate do OE e superados os problemas na CGD a direita ficará sem agenda para se afirmar e iniciará a sua travessia no deserto. Resta-lhe embirrar com as obras de Lisboa ou com os meios comboios da Linha Verde do metropolitano de Lisboa, mas s mesmo aí enfrenta a dificuldade na escolha de um candidato autárquico para a capital.

O grande vencedor nestas sondagens é Paulo Portas, apesar de estar ausente e precisamente por causa disso, revelou a inteligência que Passos perdeu desde que Miguel Relvas o abandonou e soube ir tratar da sua vida. Se algum dos seus na liderança do CDS estaria sempre presente, mas ao escolher Assunção Cristas, deixou no seu lugar alguém que o fez esquecer sem subir nas sondagens. Ninguém se lembra de Portas e a culpada da queda do CDS é do lirismo religioso de Assunção Cristas.

Na luta eleitoral entre BE e PCP, a mais acesa desde as últimas eleições, o BE leva a melhor, mostrando que no mundo de hoje o marketing tem por vezes mais influência na preferência dos consumidores. Apesar do peso do PCP no sucesso deste governo tem sido o BE a ir à árvore colher os fruto, à frente de todos os outros e principalmente d PCP. O problema é que são tantas as vezes que se antecipa que acaba por comer a fruta ainda verde, acabando por descer nas sondagens.


Costa assumiu todos os riscos, fê-lo contra Seguro, fê-lo quando o deram por derrotado nas eleições, insistiu quando lançou a geringonça, voltou a fazê-lo nas presidências. Manteve a sua tese em relação à política económica, Nunca hesitou em manter a sua relação com os parceiros, em segurar Centeno ou em manter com o Presidente a melhor relação que um Presidente teve com um primeiro-ministro em democracia. O resultado está à vista, sendo e esperar que se avolume no fim do ano e à medida que se aproximarem as autárquicas.