quarta-feira, dezembro 14, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Luís Cunha Ribeiro

Durante os últimos anos foi uma presença constante no mundo da saúde, onde parecia ser uma das imagens do poder. Agora aparece envolvido num caso duvidoso envolvendo milhões.

«O ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) Luís Cunha Ribeiro — que também esteve à frente da Administração Regional de Saúde de Lisboa — foi detido esta terça-feira por indícios de corrupção no caso conhecido como “máfia do sangue”. A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República, em comunicado enviado às redações, que também confirmou que estão a ser efetuadas buscas em Lisboa, no Porto e na Suíça.

Segundo a nota da PGR, “encontram-se em curso mais de três dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias”, que decorrem em instituições e estabelecimentos oficiais relacionados com a área da saúde, incluindo no Ministério da Saúde, INEM e no Hospital de São João no Porto onde Luís Cunha Ribeiro assumiu vários cargos de chefia. Decorrem ainda buscas nos escritórios de advogados da PMLJ, de José Miguel Júdice.

Segundo avança a agência Lusa inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ deslocaram-se, na manhã desta terça-feira, à sociedade de advogados acompanhados por um representante da Ordem dos Advogados, tendo-se reunido com um dos responsáveis daquele escritório.» [Observador]

      
 Ideia peregrina
   
«O ex-presidente da câmara do Porto, Rui Rio, sugeriu, esta segunda-feira, uma redução do IVA, do IRS e do IRC para, em contrapartida, ser criado um imposto consignado ao pagamento dos juros da dívida pública.

“A minha pergunta é: não seria salutar que nós reduzíssemos o IVA, o IRS, o IRC, os três” e “por contrapartida, criássemos um imposto (…) consignado ao pagamento dos juros da dívida pública”, questionou Rio, enquanto moderador da mesa redonda “Economia e Fiscalidade no Orçamento de Estado para 2017”, realizada no Porto.

O ex-autarca acrescentou ainda um meta de receita para esse novo imposto: “8,3 mil milhões de euros”.

Rui Rio sustentou a sua proposta com uma maior transparência na relações com os contribuintes, já que os portugueses saberiam que esse novo imposto não serviria para financiar a saúde, educação ou obras públicas, mas sim para pagar os juros decorrentes do serviço da dívida pública.» [Observador]
   
Parecer:

Quem não sabe o que fazer faz colheres de pau.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Madrid no fuso horário de Lisboa
   
«Depois de já ter feito parte do programa eleitoral do Partido Popular para as eleições de 26 de junho, o recém-formado Governo de Mariano Rajoy está neste momento a estudar a hipótese de a jornada laboral passar a terminar “com caráter geral” às 18h00. Isto além de estar também a analisar “as possibilidades que teria a alteração do fuso horário”, que poderá passar a coincidir com o de Lisboa e do Reino Unido.

Neste momento, a maior parte dos espanhóis sai do trabalho às 19h00. Tipicamente, o dia de trabalho divide-se em dois períodos: o primeiro vai das 9h00 às 14h00 e o segundo começa às 16h00 e prolonga-se até às 19h00.

As intenções foram avançadas pela ministra do Emprego, Fátima Báñez, conforme anunciou na segunda-feira numa conferência de imprensa. Para a ministra do Emprego, trata-se de encontrar um sistema “flexível, seguro e equilibrado” para conseguir “melhores maneiras de adaptar o mercado de trabalho à quarta revolução industrial”.» [Observador]
   
Parecer:

Parece que esta mania de agradar a Berlim não é um exclusivo da Espanha do tempo de Hitler, o governo de Passos andou dois anos a fazê-lo e em matéria de fusos horários é bom recordar que um tal Dias Loureiro também chegou a adoptar o fuso horário de Berlim.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Gente com bons valores
   
«Marcelo Boeck foi anunciado como jogador do Fortaleza. O guarda-redes de 32 anos deixa assim a Chapecoense, dias depois de anunciar que queria participar na reconstrução da equipa catarinense, após o acidente de aviação, na Colômbia (dia 28 de novembro), que deixou o clube sem equipa.

"O clube necessita daqueles que ficaram, para lembrarmos dos que partiram e honramos a torcida e as famílias. E eu hoje, com 32 anos, vejo que não faz mais sentido certas coisas que antes eu dava mais valor. O que vale mesmo é ter princípios, caráter e não abandonar o clube neste momento terrível. Se a Chapecoense quiser, eu estou aqui para continuar essa história. Quando a gente perde um número grande de pessoas, deixar o clube na mão não seria legal. Eu quero ajudar na reconstrução. Eu quero fazer parte disso e não deixar o clube morrer", disse o ex.-Sporting, numa entrevista, na semana passada.» [DN]