terça-feira, dezembro 06, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, especialista em vinhos de missa

Compreende-se que com a escolha do devoto Macedo o Presidente da República, muito dado a rezas e procissões, se tenha inspirado na Bíblia para fazer comparações. Só é pena que o senhor professor tenha voltado ao tempo das avaliações, decidindo dar notas vínicas em matéria que desconhece. Esperemos que um dia destes Marcelo não se queixe de lhe terem servido vinho a martelo, um produto tipicamente nacional que Jesus nunca provou.

Mas é, no mínimo, lamentável que um Presidente da República use o cargo para avaliar gestores classificando-os como se de vinhos se tratasse e fazendo uso da Bíblia. Marcelo não foi eleito para avaliar gestores e muito menos para usar critérios bíblicos de classificação dos cidadãos.

No mesmo dia em que Marcelo diz que há vinhos melhores do que outros declara que "não pode ter preferências nem pode ter amuos. Não pode gostar mais de uns portugueses do que de outros. Tem de gostar igualmente de todos os portugueses". Isto é, o Presidente pode preferir vinhos, mas quanto a cidadãos trata-os todos por igual. Estamos entendidos.

«Marcelo Rebelo de Sousa usou uma imagem bíblica para demonstrar a confiança que tem em Paulo Macedo como substituto de António Domingues à frente da Caixa Geral de Depósitos. Segundo o Expresso, o Presidente da República citou o episódio das Bodas de Caná para dizer que “o segundo vinho é o melhor”, durante um jantar com jornalistas estrangeiros, oferecido por Marcelo no Palácio de Belém.

O episódio citado pelo Presidente relata como, segundo a tradição católica, Jesus transformou água em vinho durante uma festa de casamento em que faltou a bebida. O facto de o vinho transformado por Jesus ser melhor do que o primeiro servido aos convidados foi estranhado, já que a tradição é servir primeiro o melhor vinho e só depois o pior.» [Observador]

 O suicídio de Passos

Ou Passos Coelho anda muito mal aconselhado desde que Miguel Relvas o abandonou ou está mal da cabeça, só alguém suicida se mete com um Marcelo no topo da popularidade. Marcelo sobe na sondagens enquanto Passos e o PSD se afundam, sendo Marcelo do mesmo partido que Passos mandaria a inteligência que o líder do PSD cuidasse o melhor possível dessa relação. Mas parece que Passos quer combater António Cosa e Marcelo ao mesmo tempo.~

Passos não percebeu que António Costa era muito diferente do seguro e agora mostra que não sabe distinguir Marcelo de Cavaco Silva. Animado pela situação difícil da CGD e do seu papel em toda a confusão criada em torno da sua liderança, Passos entra ao ataque e como acha que Costa é pouco para ele, decide atacar também Marcelo. Um suicídio da parte de alguém que se recusa a perceber que está em queda.

Enquanto Passos Coelho se vai enterrando enganado pelo que lhe diz o seu próprio espelho, Assunção Cristas soma e segue. Passos falta à comemoração da restauração de independência e Cristas diz presente, Santana diz que não é candidato a Lisboa e Crista abre a porta ao apoio do PSD à sua candidatura, Passos passa a imagem de quem espera por uma crise para o país, Cristas passa a imagem de quem quer bem ao país. 

      
 É óbvio
   
«O ministro das Finanças, Mário Centeno, ter-se-á comprometido com o Eurogrupo, juntamente com um conjunto de países cujo orçamento foi considerado como estando em risco de incumprimento, a tomar medidas para garantir que estes vão cumprir as regras orçamentais europeias, disse esta segunda-feira o presidente do Eurogrupo.

Num comunicado publicado esta segunda-feira, após a reunião dos ministros das Finanças do euro, o Eurogrupo adota as recomendações da Comissão Europeia em relação aos orçamentos decididas há cerca de duas semanas, mas vai mais longe nas palavras e reabre um debate que já foi tido em relação a Portugal em fevereiro passado, relativamente ao Orçamento do Estado para 2016.

De acordo com a última avaliação da Comissão, o ajustamento estrutural em 2017 será de 0,0%, quando seria exigido [um esforço de] 0,6% do PIB ao abrigo da vertente preventiva [do Pacto de Estabilidade e Crescimento]. Nessa base, seriam necessárias medidas adicionais para que houvesse uma melhoria do ajustamento estrutural”, diz o comunicado do Eurogrupo.

Os ministros elogiam ainda o compromisso que terá sido assumido por Mário Centeno: “Saudamos os compromissos de Portugal para implementar as medidas necessárias para garantir que o orçamento de 2017 irá cumprir as regras do PEC”.» [Observador]
   
Parecer:

´óbvio que qualquer país que tenha de respeitar o Pacto de Estabilidade terá de adoptar medidas adicionai se algo correr mal.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 O primeiro-ministro no exílio tem o seu mini conselho de estado
   
«Pedro Passos Coelho tem um novo Conselho Estratégico para o aconselhar sobre o rumo do partido e do país. Os novos conselheiros do presidente do PSD são 25 personalidades de “reconhecido mérito”, que incluem vários académicos, o general especialista em assuntos militares Loureiro dos Santos e vários governantes como o ex-ministro de Passos Rui Medeiros e dois ex-ministros de Durão Barroso: António Martins da Cruz (Negócios Estrangeiros) e David Justino (Educação).

Muitos dos membros são, no entanto, independentes. Embora o grupo integre também ex-deputados e ainda antigos secretários de Estado de Cavaco Silva e Durão Barroso como Abílio Morgado, Dulce Franco, Fernando Bianchi de Aguiar ou Maria do Céu Ramos. Fica assim conhecida a nova composição do Conselho de Estratégico, que é uma espécie de Conselho de Estado do partido, estando para a presidência do PSD, como o Conselho de Estado está para a Presidência da Republica.

De acordo com os estatutos sociais-democratas, o Conselho Estratégico é um “órgão de aconselhamento no que toca às grandes questões nacionais“, tendo “natureza consultiva” e que “funciona junto do presidente da Comissão Política Nacional“. O órgão é presidido por José Matos Correia e tem esta segunda-feira à tarde a sua primeira reunião.» [Observador]
   
Parecer:

Será que o vão aconselhar a demitir-se?
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 E se for a martelo
   
«Marcelo Rebelo de Sousa usou uma imagem bíblica para demonstrar a confiança que tem em Paulo Macedo como substituto de António Domingues à frente da Caixa Geral de Depósitos. Segundo o Expresso, o Presidente da República citou o episódio das Bodas de Caná para dizer que “o segundo vinho é o melhor”, durante um jantar com jornalistas estrangeiros, oferecido por Marcelo no Palácio de Belém.

O episódio citado pelo Presidente relata como, segundo a tradição católica, Jesus transformou água em vinho durante uma festa de casamento em que faltou a bebida. O facto de o vinho transformado por Jesus ser melhor do que o primeiro servido aos convidados foi estranhado, já que a tradição é servir primeiro o melhor vinho e só depois o pior.» [Observador]
   
Parecer:

Esperemos que não seja vinho a martelo como foram os supostos sucessos de macedo na DGCI.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Prove-se com muito cuidado.»

 Passos é ministro das finanças?
   
«Pedro Passos Coelho admite que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos possa só ser feita na segunda metade do próximo ano, de forma a não perturbar o processo de saída de Portugal do Procedimento dos Défices Excessivos. Em conversa com o jornal online Eco, o líder do PSD relacionou o calendário da operação de recapitalização do banco do Estado com a saída de Portugal do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE).

Segundo Passos Coelho, se o reconhecimento adicional de prejuízos (imparidades) na Caixa, que resulta em necessidades acrescidas de capital, acontecesse em 2016, a operação teria de ser reconhecida no défice deste ano. O que iria comprometer a meta do défice abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), acordada com a Comissão Europeia. A decisão europeia sobre a saída do PDE deverá ser tomada até maio ou junho do próximo ano. Para que a recapitalização da Caixa não coloque em risco esse processo, não deverá ser feita antes do Verão, admitiu Passos Coelho.

Depois de a qualificar como urgente, o Governo acabou por adiar a realização do aumento de capital da Caixa para o próximo ano. Passos Coelho realça que o seu Executivo fez a recapitalização necessária para o banco cumprir os rácios e que os planos do atual Governo até agora “foram só conversa”.» [Observador]
   
Parecer:

Fala como se fosse o primeiro-ministro.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Trump versus China
   
«“A China perguntou-nos se não havia problema em desvalorizar a sua moeda (tornando mais difícil as nossas empresas competirem) e impondo grandes taxas aos produtos que vendemos para o país deles (os EUA não taxam os deles) ou se podia construir um enorme complexo militar no meio do mar do Sul da China? Não me parece”, escreveu Trump no Twitter, retomando as acusações de que Pequim manipula a sua divisa – contribuindo para a perda de competitividade da economia americana – e de pretender estender a soberania sobre uma das principais vias de comércio marítimo ignorando os territórios reivindicados pelas nações vizinhas.

Apesar das invectivas, a China mantém-se firme na recusa em comentar o que poderá ser uma mudança na política de Washington para a Ásia, a começar pelo estatuto de Taiwan. “O mundo está muito ciente da posição solene da China. Os Estados Unidos, incluindo a equipa eleita do Presidente eleito, estão muito ciente da posição solene da China”, insistiu Lu Kang, já depois de o vice-presidente eleito, Michael Pence, ter dito que a conversa entre Trump e Tsai não passou de um “telefonema de cortesia” e culpando a imprensa pela polémica gerada. A reacção mais dura acabou por partir da imprensa oficial – num editorial publicado sábado, o jornal China Daily atribuiu o telefonema “à inexperiência de Trump e da sua equipa da sua equipa de transição em lidar com as relações externas”.» [Público]
   
Parecer:

Pla primeira vez em muitos anos parece que a China tem quem a enfrente, o problema é saber se isto vai acabar bem ou se não passa de garganta e acaba em águas de bacalhau. A verdade é que o EUA também precisam da China e do seu mercado.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Manda quem pode e obedece quem deve
   
«O Presidente da República assume que perdeu a guerra dos salários na Caixa Geral de Depósitos. Marcelo Rebelo de Sousa queria aproveitar a mudança em curso no banco público para baixar os salários dos administradores, mas o primeiro-ministro já disse que esta é "uma questão ultrapassada".

"A minha posição é conhecida e não mudou. Mas decide quem pode...", afirmou Marcelo durante a visita que esta segunda-feira faz à Beira Interior. Horas antes, confrontado com as reservas do Presidente a que se mantenha o salário que foi pago a António Domingues – 423 mil euros/ano ou cerca de 30 mil euros/mês –, António Costa foi perentódio: "Os vencimentos estão fixados. A legislação está em vigor e não a vamos mudar”.» [Expresso]
   
Parecer:

Para o Opus Macedo o ordenado não é problema, o dinheiro fica em boas mãos e beber bom vinho, ainda que bênção divina, paga-se.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Boa resposta
   
«Marcelo Rebelo de Sousa reagiu, em declarações aos jornalistas, às palavras proferidas esta segunda-feira por Pedro Passos Coelho na conferência ECO Talks.

“Ainda bem que [Marcelo] não é presidente do PSD. Está a fazer tudo o que está ao alcance dele para que o mercado, os agentes económicos, acreditem mais num Governo de que desconfiavam”, afirmou então o líder do maior partido da oposição.


Em reação, também o Presidente da República admitiu concordar com as palavras de Passos Coelho, dizendo: “Tem toda a razão. Ainda bem que o PSD está bem entregue e foi possível eleger pelo voto dos portugueses alguém que é Presidente de todos. Não era possível ser ao mesmo tempo presidente do partido e de Portugal. A minha missão é ser Presidente de Portugal”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Com quem o Passos se foi meter...
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 A pobre senhora ainda fica em cuecas
   
«A próxima primeira-dama norte-americana está com dificuldades em arranjar um estilista que se responsabilize pelas suas roupas. Tom Ford foi um dos que se recusou a dar nome à imagem de Melania Trump, mas esta não é a primeira vez que há um ‘não’ à mulher de Trump por parte do estilista.

O estilista dos Estados Unidos acredita que Melania Trump não tem uma imagem correspondente à sua marca, e diz ainda que as suas criações são “demasiado caras” para uma primeira-dama.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Quem quer vestir a Melanie?
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»