quinta-feira, dezembro 15, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Carlos Carreiras, coordenador autárquico do PSD

Aos poucos o PSD vai sendo transformado num partido pequeno liderado por gente igualmente pequena. É o mínimo que se pode dizer de um coordenador autárquico qu admite o apoio a uma candidatura da líder do CDS, um pequeno partido confessional da direita conservadora. Tudo isto até poderia ser normal, mas ouvir o coordenador autárquico do PSD reservar Passos Coelho para candidato a primeiro-ministro aceitando implicitamente que à falta de melhor apoia Cristas mete dó.

O PSD está, para já, quase fora da corrida autárquica às duas maiores cidades do país, Lisboa e Porto.

«Nem Pedro Passos Coelho, nem Assunção Cristas. PSD e CDS assinaram esta terça-feira à tarde o acordo de princípios que vai servir de base às coligações autárquicas para 2017, mas fizeram-no, como já tinha sido anunciado, apenas na presença dos coordenadores autárquicos e dos secretários-gerais dos dois partidos. Ou seja, sem o carimbo dos líderes nacionais. A menos de um ano das eleições, Lisboa ainda é uma incógnita para o PSD, que garante não fazer distinção entre os 308 municípios e lembra ter até março para decidir. Uma coisa é certa: Pedro Passos Coelho não vai ser candidato a Lisboa.

Ou seja, o PSD não vai seguir o exemplo do CDS e apostar no seu líder para disputar a capital. Questionado sobre se o PSD estaria a equacionar a hipótese de Passos Coelho ser candidato, Carlos Carreiras afirmou que o percurso autárquico ainda “decorre” mas que tal cenário “não está na expectativa” dos sociais-democratas. “O dr. Pedro Passos Coelho é candidato a primeiro-ministro não é candidato a presidente de câmara”, disse o coordenador autárquico.

Antes, Carlos Carreiras já tinha sido questionado sobre o caso concreto de Lisboa e a hipótese de vir a apoiar a candidatura de Assunção Cristas, e não rejeitou nenhum cenário. O prazo é 31 de março, tal como ficou definido em Conselho Nacional. Até lá, é tempo de “aprofundar projetos e verificar se há ou não convergência de projetos”, disse Carlos Carreiras durante a sessão de assinatura do acordo, esta tarde num hotel de Lisboa. Se essa convergência se verificar, então é preciso ver se “há vontade das estruturas locais, concelhias e distritais, para haver acordos”.» [Observador]

 Esquecimento 

Há muita gente tentando relacionar Luís Cunha Ribeiro, mas ninguém repara que era um dos homens do PSD na área da Saúde, um príncipe.

      
 Mais uma batalha
   
«Conta já com mais de cinco mil assinaturas a petição Aborto como "Educação Sexual" em Portugal? Diga não! através da qual um movimento de cidadãos contesta a implementação nas escolas portuguesas de um referencial para a Saúde que inclui o tema da interrupção voluntária da gravidez na educação sexual para alunos do 5.º e 6.º anos.

Promovido pelos ministérios da Educação e da Saúde, este referencial de educação para a saúde sugere às escolas a abordagem de diferentes temas ao longo da escolaridade obrigatória, como sejam a nutrição, a prática de exercício físico, a saúde mental, o relacionamento interpessoal ou dependências. No capítulo sobre afectos e educação para a sexualidade, o documento, que está em consulta pública, propõe que, ainda na educação pré-escolar, se promova o “desenvolvimento de uma atitude positiva em relação ao prazer e à sexualidade”. E, a partir do 2.º ciclo do Ensino Básico, sugere que os alunos identifiquem os diferentes métodos contraceptivos e a sua importância na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de uma gravidez indesejada, bem como que aprendam a distinguir uma interrupção voluntária da gravidez de uma interrupção involuntária da gravidez.» [Público]
   
Parecer:

O ideal era retirar dos programas de ensino tudo o que fosse pecado. Até se poderia equacionar a hipótese de os programas terem uma avaliação prévia da conferência episcopal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Uma passagem de ano muito interessante
   
«Um fim de ano diferente e alternativo centrado na "Luz e no Tempo" da mensagem de Fátima é a proposta do Santuário de Fátima para os dias de festa da passagem de ano para todos os jovens do país.

Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, o Santuário de Fátima refere que a iniciativa, "inédita e integrada nas celebrações do Ano Jubilar de Fátima", pretende oferecer aos jovens "uma proposta centrada na espiritualidade e no núcleo teológico do acontecimento de Fátima, através de reflexões, caminhadas, dinâmicas de grupo e partilhas centradas na Mensagem e tendo em conta a realidade da vida dos jovens do século XXI".

Esta proposta insere-se no âmbito celebrativo do Centenário das Aparições e pretende "envolver os jovens, transformando-os em protagonistas das iniciativas do Centenário". O programa da passagem de Ano começa com o acolhimento no dia 30 de manhã na Casa dos Jovens, junto à Capelinha das Aparições, e termina no dia 1 ao princípio da manhã, de forma que os participantes ainda possam passar o dia de Ano Novo com as respectivas famílias.» [Público]
   
Parecer:

É uma hipótese.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»