quarta-feira, dezembro 28, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Augusto Santos Silva

O ministro dos Negócios Estrangeiros não é propriamente um político inexperiente, sabe muito bem o que um governante não deve dizer pois a partir do momento em que se abre a boca pode ser ouvido. Lamentavelmente não bastou a Augusto Santos Silva pensar como era esperar que não pensasse, foi mais longe e disse baboseiras que põem em causa todo o governo e muitos do que o apoiam.

De nada serve pedir desculpas a nódoa foi feita e ficou. Além disso seria bom que o minsitro soubesse que um governante não tem conversas privadas e muito menos quando está em actos cuja realização decorrem da actividade política e onde estava por ser ministro. Se quer comnversas em privadas como ministro Vieira da Silva vá para a praia das Maçãs. Mesmo assim espero que as suas conversas privadas tenham mais qualidade, elevação e respeito pelos que como ela andam na política.

Segundo a sua própria linguagem diria que neste caso o ministro dos Negócios Estrangeiros comportou-se como uma besta quadrada.

«Foi uma comparação, no mínimo, curiosa. Durante o jantar de Natal do grupo parlamentar socialista, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, foi apanhado pelas câmaras de televisão da TVI a comparar a concertação social a uma “feira de gado”. As imagens foram mostradas na rubrica de indiscretos do jornalista Victor Moura-Pinto e mereceram o destaque do jornal i. O governante pede desculpa aos parceiros sociais e admite que utilizou linguagem excessiva.

Nas imagens captadas pode ver-se um descontraído Santos Silva a elogiar o ministro do Trabalho e da Segurança Social, José António Vieira da Silva, pelo acordo alcançado em sede de concertação social, na quinta-feira, dia 22 dezembro.

Ali o Vieira da Silva conseguiu mais um acordo! Ó Zé António, és o maior! Grande negociante… Era como uma feira de gado! Foram todos menos a CGTP? Parabéns”, gracejou o socialista, a segunda figura do Executivo de António Costa.

Ao Observador, o ministro começa por explicar que as declarações foram recolhidas “numa conversa privada com um colega de Governo, que é meu amigo há muitos e bons anos utilizei uma liberdade de linguagem que se admite em conversas privadas“. No entanto, admite que a linguagem foi “excessiva” num registo público, como acabou por se verificar.» [Observador]

      
 O perdão fiscal compensou
   
«O Governo vai conseguir uma receita fiscal extraordinária de 511 milhões de euros este ano com os contribuintes que pagam as suas dívidas este ano ao abrigo do perdão fiscal criado pelo Executivo este ano, anunciou esta terça-feira o Ministério das Finanças. Receita vai permitir uma redução extra do défice à volta de 0,3 pontos percentuais.

Mais de 90 mil contribuintes decidiram aderir a este programa que, ao longo de onze anos, vai permitir ao Estado encaixar 1.144 milhões de euros. Quase metade deste valor está concentrado este ano, 511 milhões de euros, fazendo com que o impacto no défice nos próximos anos seja residual, mas substancial em 2016.

No total, diz o Ministério das Finanças, isto correspondendo a cerca de 573 mil processos com a dívida média por processo a fixar-se nos 1 997 euros e a dívida média por contribuinte nos 12.323 euros.» [Observador]
   
Parecer:

Se a eficácia fiscal tivesse nos seus melhores níveis o défice teria sido ainda mais pequeno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se.»
  
 Tempos de fartura
   
«Os três partidos à esquerda do PS preparam-se para levar à Assembleia da República uma série de votações que visam o aumento das férias para funcionários públicos e privados, tal como a instituição de um feriado nacional na terça-feira de Carnaval. Os projetos-lei que o Bloco de Esquerda, o PCP e os Verdes irão apresentar foram todos redigidos no primeiro semestre de 2016 mas entretanto passaram para segundo plano. Agora, o assunto das férias e feriados volta à tona.

Da parte do Bloco de Esquerda, será apresentada a 18 de janeiro de 2017 um projeto de lei redigido em abril deste ano, que visa a alteração das férias no setor privado passarem para 25 dias úteis, sendo que atualmente se fixam em 22.

No caso do PCP, há dois projetos-lei, como aponta o Jornal de Negócios. O primeiro, que diz respeito ao privado, pede um aumento das férias naquele setor para os 25 dias úteis anuais. O segundo, que trata da função pública, aponta para a restituição dos 25 dias úteis de férias anuais, aos quais se deverá somar um dia útil por cada 10 anos de serviço. À semelhança do que acontecerá com o projeto-lei do Bloco de Esquerda, os dois diplomas do PCP têm discussão marcada para 18 de janeiro.» [Observador]
   
Parecer:

Portugal ganhou o Euromilhões.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 A rainha quer deixar a Inglaterra como a encontrou
   
«Numa entrevista à BBC Radio 4, a editora de política da BBC, Laura Kuenssberg, contou que uma fonte lhe disse antes do referendo de 23 de junho que a rainha Isabel II era a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. De acordo com aquela fonte, a monarca disse num almoço privado: “Não vejo porque é que não possamos sair. Qual é o problema?”.

A informação ter-lhe-á sido passada “numa conversa informal” com um dos seus contactos. “Sabes que mais? A qualquer altura isto vai sair e eu estou a contar-te isto agora sem saber se a BBC lhe vai tocar, mas a rainha disse a algumas pessoas num almoço privado que ela acha que devemos sair da UE”, terá dito essa fonte à editora de política da BBC.

“O meu queixo bateu no chão”, disse Laura Kuenssberg enquanto recordava aquele momento. Na mesma entrevista, que foi para o ar na segunda-feira, Laura Kuenssberg contou como tentou, em vão, confirmar aquela informação junto de outras fontes. “Com muita pena minha, só tinha uma fonte. Passei os dias seguintes a tentar provar aquilo. Não consegui encontrar as provas”, admitiu.» [Observador]
   
Parecer:

É pena que não consiga também recuperar o império.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 consumo natalício recupera valoras de antes da troika
   
«Os  números da SIBS, a gestora da rede de multibancos, só confirmam o que já se admitia: os portugueses estão mais confiantes e gastaram mais este Natal do que no ano anterior. Entre levantamentos e pagamentos através da rede multibanco feitos no mês que antecede o dia 25 de dezembro, os portugueses movimentaram €5,674 mil milhões, um crescimento de 7,3% face a período idêntico de 2015, revelam dados da SIBS, divulgados esta terça-feira.

O facto de ter sido reposta uma parte dos cortes feitos nos salários da Administração Pública na sequência da entrada da troika em Portugal, em 2011, contribuiu para um crescimento dos gastos. Mas o aumento do valor das compras também denota um maior otimismo dos portugueses, que se traduziu em mais cerca de 380 milhões de euros em levantamentos e compras através da rede de multibanco (caixas e terminais de pagamento automático) este ano na quadra natalícia.» [Expresso]
   
Parecer:
Aos poucos o país vaio esquecendo a troika mais a dupla formada por Passos e Portas, isto é, o quinteto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»