Jumento do Dia
Não seria má ideia se Álvaro Amaro se informasse primeiro e falasse depois. Em qualquer caso, certamente que o tema terá sido motivo de queixas de Passos Coelho no almoço com Marcelo.
«Contra a decisão do Governo de pagar antecipadamente 574 mil euros a quatro autarquias socialistas, para comparticipação de obras, o presidente dos autarcas do PSD, Álvaro Amaro, fala em “política de amiguismo” e considera que a situação “pode tornar-se uma vergonha nacional”.
Ao Expresso, o também presidente da câmara da Guarda foi perentório: “Ou o Governo repondera isto ou peço ao Presidente da República que, em nome da isenção e da imparcialidade, chame a atenção do Governo, em ano de eleições autárquicas, porque isto é um mau caminho”.» [Expresso]
«No total, foram dez os municípios apoiados este ano pelo Governo, através da celebração de contratos programa no âmbito da cooperação técnica e financeira.
O número total de câmaras apoiadas foi comunicado pelo gabinete do ministro-adjunto do primeiro-ministro, esclarecendo que “os contratos-programa são celebrados com base em candidaturas apresentadas pelos municipios às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional para apoio a intervenções urgentes que não tenham outra forma de apoio, nomeadamente através de fundos comunitários”.
As autarquias apoiadas incluem “Sertã e Vouzela, dois municípios que receberam adiantamentos, nos termos da lei”, acrescentou.
Segundo o gabinete do ministro, “não existe nenhuma candidatura pendente de municípios do PSD”.» [Expresso]
Reunião da concertação social na FIL
Peço desculpas à desculpa de Santos Silva
«Ontem, dizia eu em título: "As desculpas de Santos Silva ofendem-me". Não me ofendem nada. Hoje: "Peço desculpas à desculpa de Santos Silva". Peço nada! É a minha maneira de mandar dar banho ao cão. Mando dar banho ao cão às patrulhas do falar, que elas vão ganir para outra freguesia. Por patrulharem e por patrulharem mal. Falar com elas é vir de ideias feitas e embirrar com o sarcasmo, a ironia, o humor - enfim, o gosto de falar -, tudo que faça a língua saltar das certezinhas da tabuada. A minha crónica de ontem era uma homenagem a um político capaz de comparar as reuniões de concertação social a uma feira de gado. Também para mim, as reuniões de concertação social são, ou deviam ser, feiras de gado. E o gado não é para aqui chamado, porque muge ou relincha, incapaz de metáforas ou paradoxos. Já os negociantes do acordo social, do compra e vende medidas sociais, medindo as forças, praticam uma atividade, negócio, eminentemente humana. Sobre isso Santos Silva praticou um belo falar, que repito: "O Vieira da Silva conseguiu mais um acordo! Ó Zé António, és o maior! Grande negociante... Era como uma feira de gado!" Gritou-se pela demissão. Diz-me um leitor: "Não há mais assunto além da frase do Santos Silva?" Pois, de tamanha importância, não, por isso repito. O falar quadrado está à coca de desvios e de metro de alfaiate lá andam as patrulhas. É típico dos patrulheiros: eles parecem todos duros, o instrumento é enrolado.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
Bruno Carvalho é candidato
«Bruno de Carvalho vai recandidatar-se à presidência do Sporting. O anúncio foi feito esta quinta-feira na página pessoal de Facebook do presidente do clube de futebol, depois de realizar um “exercício de humildade retrospetiva”.» [Observador]
Parecer:
Agora espera-se que o presidente Bruno faça como fez com o outro candidato e convoque uma conferência de imprensa na qualidade de presidente Bruno para comentar a candidatura do candidato Bruno.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Médicos muito práticos
«Há escolas de condução com “acordos” com clínicos para a obtenção de atestados médicos para quem tirar a carta, conta o “Jornal de Notícias” esta quinta-feira. Os atestados estão assinados, mas em branco. Escolas e alunos preenchem o resto, revela o matutino.
“Como se diz em Braga, fiquei ‘barada’ quando na escola de condução me deram os papéis para preencher para poder tirar a carta e, entre eles, estava um atestado, assinado e com a vinheta do médico, mas em branco”, relatou ao “JN” uma aluna da Universidade do Minho que na semana passada foi-se inscrever numa escola.» [Expresso]
Parecer:
MAs ninguémn pode questionar a validade dos certificados.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Outra vez leitão assado?
«O eurodeputado Francisco Assis, do PS, volta à carga para dizer que tem “fortes dúvidas” de que o Governo liderado por António Costa e com suporte parlamentar dos três partidos à esquerda do PS chegue ao fim da actual legislatura e que duvida que isso seja “desejável”.
“Tenho fortes dúvidas e, sobretudo, que seja desejável que o Governo chegue ao fim da legislatura”, declarou esta quinta-feira o ex-líder parlamentar do PS, que foi, desde a primeira hora, uma das vozes que contestaram a actual solução governativa.
"Entendo que as nossas divergências de fundo com o PCP e Bloco de Esquerda são de tal ordem em matérias fundamentais que não dão garantias de termos um Governo com uma verdadeira capacidade reformista", declarou o ex-líder parlamentar do PS, em Novembro do ano passado, apontando como exemplos de divergências de fundo as áreas da economia, das finanças, a União Europeia e "o próprio modelo de sociedade".» [Público]
Parecer:
Não há paciência para este Assis.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Assis qual percentagem de eleitores do PS que representa agora.»
Um verdadeiro burro de carga
«Apesar de reconhecer que este Governo tem dado passos no sentido de combater o centralismo, o autarca Rui Moreira continua a ser um crítico feroz da forma como as políticas públicas são geridas, considerando que Lisboa é preferida em relação a outras zonas do país, como o Norte que, sublinha, contribuiu mais para as exportações.
“Não posso deixar de dizer aquilo que, com muitas dificuldades, a indústria do Norte de Portugal tem sabido fazer nas exportações”, começa por dizer o autarca do Porto, numa entrevista ao Porto Canal que será transmitida na íntegra no sábado às 21h00, no programa Júlio Magalhães. Rui Moreira lamenta que as políticas públicas nem sempre tenham em conta essa realidade: “É pena que as políticas públicas nem sempre se lembrem disso, ainda agora andam a falar no porto do Barreiro, que é um disparate, espero não seja verdade, porque de facto é daqui, é do Norte, é do centro, que saem as exportações. Nós olhamos para a balança comercial do Norte de Portugal, é altamente positiva, mas depois olhamos para o país e nós andamos a carregar o resto do país. E a decisão política muitas vezes não nos compensa, é pena que assim seja”, defende.» [Público]
Parecer:
Este populista do Porto tem uma visão muito distorcida da realidade económica, para além de confundir o Porto com o Norte.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»